Questões do Enem
Sobre república oligárquica - 1889 a 1930 em história
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Canudos não se rendeu. Exemplo único em toda a história, resistiu até o esgotamento completo. Vencido palmo a palmo, na precisão integral do termo, caiu no dia 5, ao entardecer, quando caíram os seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados. CUNHA, E. Os sertões. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1987.
TEXTO II
Na trincheira, no centro do reduto, permaneciam quatro fanáticos sobreviventes do extermínio. Era um velho, coxo por ferimento e usando uniforme da Guarda Católica, um rapaz de 16 a 18 anos, um preto alto e magro, e um caboclo. Ao serem intimados para deporem as armas, investiram com enorme fúria. Assim estava terminada e de maneira tão trágica a sanguinosa guerra, que o banditismo e o fanatismo traziam acesa por longos meses, naquele recanto do território nacional.
SOARES, H. M. A Guerra de Canudos. Rio de Janeiro: Altina, 1902.
Os relatos do último ato da Guerra de Canudos fazem uso de representações que se perpetuariam na memória construída sobre o conflito. Nesse sentido, cada autor caracterizou a atitude dos sertanejos, respectivamente, como fruto da
MARINS, P. C. G. Nas matas com pose de reis: a representação de bandeirantes e a tradição da retratística monárquica europeia. Revista do LEB, n. 44, fev. 2007.
A prática governamental descrita no texto, com a escolha dos temas das obras, tinha como propósito a construção de uma memória que
CARVALHO, D. F. Café, ferrovias e crescimento populacional: oflorescimento da região noroeste paulista. Disponível em: www.historica.arquivoestado.sp.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2012.
Essa nova orientação dada à expansão ferroviária, durante a Primeira República, tinha como objetivo a
CARVALHO, J. M. Os Bestializados: o Rio de Janeiro e a República que não foi. São Paulo: Companhia das Letras, 1987 (adaptado).
Nessa citação, o presidente do Brasil no período expressa uma estratégia política no sentido de
Eu mesmo me apresento: sou Antônio:
sou Antônio Vicente Mendes Maciel
(provim da batalha de Deus versus demônio
Com a res publica marca de Caim).
Moisés, do Êxodo ao Deuteronômio,
Sou natural de Quixeramobim,
O Antônio Conselheiro deste chão
Que vai ser mar e o mar vai ser sertão.
ACCIOLY, M. Antônio Conselheiro. In: FERNANDES, R. (Org.). O clarim e a oração: cem anos de Os sertões. São Paulo: Geração Editorial, 2001.
O poema, escrito em 2001, contribui para a construção de uma determinada memória sobre o movimento de Canudos, ao retratar seu líder como
PRADO, P. Retrato do Brasil. Rio de Janeiro: José Olympio. 1972.
A crítica presente no texto remete ao acordo que fundamentou o regime republicano brasileiro durante as três primeiras décadas do século XX e fortaleceu o(a)

A imagem representa as manifestações nas ruas da cidade do Rio de Janeiro, na primeira década do século XX, que integraram a Revolta da Vacina. Considerando o contexto político-social da época, essa revolta revela
MELLO, M. T. C. A república consentida: cultura democrática e científica no final do Império. Rio de Janeiro: FGV, 2007 (adaptado).
O texto defende que a consolidação de uma determinada memória sobre a Proclamação da República no Brasil teve, na Revolução de 1930, um de seus momentos mais importantes. Os defensores da Revolução de 1930 procuraram construir uma visão negativa para os eventos de 1889, porque esta era uma maneira de
FAUSTO, B. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 2004 (adaptado).
A imagem de um bem-sucedido acordo café com leite entre São Paulo e Minas, um acordo de alternância de presidência entre os dois estados, não passa de uma idealização de um processo muito mais caótico e cheio de conflitos. Profundas divergências políticas colocavam-nos em confronto por causa de diferentes graus de envolvimento no comércio exterior.
TOPIK, S. A presença do estado na economia política do Brasil de 1889 a 1930. Rio de Janeiro: Record, 1989 (adaptado).
Para a caracterização do processo político durante a Primeira República, utiliza-se com frequência a expressão Política do Café com Leite. No entanto, os textos apresentam a seguinte ressalva a sua utilização:
LEAL, V. N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa-Ômega, 1978 (adaptado).
O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social
O mestre-sala dos mares
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam nas costas
dos negros pelas pontas das chibatas...
BLANC, A.; BOSCO, J. O mestre-sala dos mares. Disponível em: www.usinadeletras.com.br. Acesso em: 19 jan. 2009.
Na história brasileira, a chamada Revolta da Chibata,
liderada por João Cândido, e descrita na música, foi
LEMOS, R. A revolução constitucionalista de 1932. SILVA, R. M.; CACHAPUZ, P B.; LAMARÃO, S. (Org). Getúlio Vargas e seu tempo. Rio de Janeiro: BNDES.
No contexto histórico da crise da Primeira República, verifica-se uma divisão no movimento tenentista. A atuação dos integrantes do movimento liderados por Juarez Távora, os chamados “liberais” nos anos 1930, deve ser entendida como
LEAL, V N. Coronelismo, enxada e voto. São Paulo: Alfa Omega.
Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada
SOARES, C. E. L. A Negregada instituição: os capoeiras no Rio de Janeiro: 1850-1890.
Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, 1994 (adaptado).
O artigo do primeiro Código Penal Republicano naturaliza medidas socialmente excludentes. Nesse contexto, tal regulamento expressava
CARVALHO, J. M. C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
I - Ei-lo, o gigante da praça,/ O Cristo da multidão!
É Tiradentes quem passa / Deixem passar o Titão.
ALVES, C. Gonzaga ou a revolução de Minas. In: CARVALHO. J. M.C. A formação das almas: O imaginário da República no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
A 1a República brasileira, nos seus primórdios, precisava constituir uma figura heróica capaz de congregar diferenças e sustentar simbolicamente o novo regime.
Optando pela figura de Tiradentes, deixou de lado figuras como Frei Caneca ou Bento Gonçalves. A transformação do inconfidente em herói nacional evidencia que o esforço de construção de um simbolismo por parte da República estava relacionado
Essas ruínas foram reconhecidas como patrimônio cultural material pelo Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) porque reúnem um conjunto de

Compreendendo o contexto em que ocorreram os fatos apresentados, o Acre tornou-se parte do território nacional brasileiro

No início do século XX, uma série de empreendimentos capitalistas chegou à região do meio-oeste de Santa Catarina — ferrovias, serrarias e projetos de colonização. Os impactos sociais gerados por esse processo estão na origem da chamada Guerra do Contestado. Entre tais impactos, encontrava-se
O Mestre-sala dos mares
Há muito tempo nas águas da Guanabara
O dragão do mar reapareceu
Na figura de um bravo marinheiro
A quem a história não esqueceu
Conhecido como o almirante negro
Tinha a dignidade de um mestre-sala
E ao navegar pelo mar com seu bloco de fragatas
Foi saudado no porto pelas mocinhas francesas
Jovens polacas e por batalhões de mulatas
Rubras cascatas jorravam nas costas
Dos negros pelas pontas das chibatas...
BLANC, A.; J. O Mestre-sala dos mares. Disponível em: www.usinadeletras.com.br.
Acesso em: 19 jan. 2009.

Esse discurso, típico do contexto histórico da República Velha e usado por chefes políticos, expressa uma realidade caracterizada