Questões do Enem Sobre interpretação de textos em português

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Q1689049 Português

Epitáfio


Devia ter amado mais

Ter chorado mais

Ter visto o sol nascer

Devia ter arriscado mais

E até errado mais

Ter feito o que eu queria fazer


Queria ter aceitado

As pessoas como elas são

Cada um sabe a alegria

E a dor que traz no coração

[...]


Devia ter complicado menos

Trabalhado menos

Ter visto o sol se pôr

Devia ter me importado menos

Com problemas pequenos

Ter morrido de amor


BRITTO, S. A melhor banda de todos os tempos da última semana.

Rio de Janeiro: Abril Music, 2001 (fragmento).


O gênero epitáfio, palavra que significa uma inscrição colocada sobre lápides, tem a função social de homenagear os mortos. Nesse texto, a apropriação desse gênero no título da letra da canção cria o efeito de

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Q1689048 Português

Entre as tentativas de encontrar o melhor ângulo para retirar o terneiro, meu irmão, o guri e seu pai tentavam convencer Jaqueline de que a morte da vaca não seria uma grande perda: “não é a mesma coisa que perder um pai, um avô, que a gente lembra para o resto da vida, fica lá no cemitério”, “bicho é bicho”. Jefferson, o guri, repetia tudo que o pai dizia, mas já afastado, pois havia sido corrido pela mãe.

Jaqueline repete: “pra mim não tem diferença! Os bichos estão tudo na volta. Eles sabem quando eu chego, me conhecem, sabem o meu cheiro. Sou eu que dou comida. Não tem diferença nenhuma!”. O pai tenta concordar sem afrontar os caras, dizendo que as pessoas desenvolvem valor de estima pelos animais.


KOSBY, M. F. Mugido (ou diário de uma doula). Rio de Janeiro: Garupa, 2017.


No fragmento, as reações à perda de um animal refletem concepções fortalecidas pela

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Q1689047 Português

Roberto Segre. Arquiteto do mundo.


Nascido em Milão, em 1934, o arquiteto Roberto Segre emigrou para a Argentina aos cinco anos, fugindo do fascismo italiano. Ainda jovem, aos 29 anos, mudou-se para Cuba, onde permaneceu dando aulas de história da arquitetura e urbanismo na Universidade de Havana até 1994. Segre se mudaria definitivamente para o Brasil, em 1994, a convite da UFRJ. Em 2007, recebeu o título de doutor honoris causa pelo Instituto Superior Politécnico de Havana. Roberto Segre morreu, na manhã de anteontem, aos 78 anos, atropelado por um motociclista, quando caminhava na Praia de Icaraí, em Niterói, onde morava. Ele chegou a ser hospitalizado, mas não resistiu aos ferimentos. O corpo será velado amanhã, das 9 h às 17 h, no Palácio Universitário da UFRJ, Avenida Pasteur, 250, na Praia Vermelha, Urca.


Disponível em: www.iabrj.org.br. Acesso em: 9 dez. 2017 (adaptado).


Na organização desse texto, observam-se traços comumente característicos de biografias, entretanto, trata-se de um(a)

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Q1689046 Português
Mais de um terço da comida produzida no mundo perde-se no caminho entre o produtor e o mercado, ou em casa. Empresas e governos podem mudar essa situação, com melhorias nos sistemas de distribuição e oferta dos alimentos. Em casa, o consumidor pode ajudar planejando as refeições, comprando só o necessário e armazenando tudo corretamente. Ao evitar o desperdício, você ainda economiza dinheiro.

Revista Quatro Rodas, maio 2013.
O texto aborda a necessidade de se promoverem, coletivamente, mudanças de hábitos relacionados ao consumo de alimentos. Uma estratégia para estimular a adesão a essa ideia consiste em
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Q1689045 Português

Imagem associada para resolução da questão

Ronda Jean Rousey definitivamente é uma daquelas mulheres que ficará marcada na história. Ela foi capaz de fazer o que pouquíssimos conseguem: atrair o público normal, que não está acostumado a acompanhar o MMA regularmente.


RESENDE, I. Disponível em: http://espn.uol.com.br. Acesso em: 31 ago. 2017.


Ronda Rousey é uma atleta de MMA (Mixed Martial Arts – Artes Marciais Mistas), campeã nessa modalidade. Por seu desempenho na área das lutas, ela se contrapõe ao modelo de feminilidade normativo. No contexto da sociedade contemporânea, no qual mulheres têm conquistado diferentes espaços, Ronda

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Q1689044 Português

Os smartphones estão sugando a sua

produtividade. Você abriria mão deles?


Telefones inteligentes drenam nossa atenção mesmo

quando desligados. E isso não é nada bom para a sua

carreira. Pesquisadores e empresas tentam achar uma

solução para o problema. 


   Funcionários estão distraídos com seus smartphones, browsers web, aplicativos de mensagem, sites de compras e muitas redes sociais.
   Os trabalhadores distraídos são improdutivos. Uma pesquisa da CareerBuilder descobriu que os gerentes de contratação acreditam que os funcionários são extremamente improdutivos e mais da metade desses gerentes acreditam que os smartphones são culpados.
   Alguns empregadores disseram que os smartphones degradam a qualidade do trabalho, diminuem a moral, interferem no relacionamento entre chefe e empregado e fazem com que os funcionários percam os prazos. (Os funcionários entrevistados discordaram e apenas 10% disseram que os telefones prejudicam a produtividade durante o horário de trabalho.)
    A única solução é uma combinação entre treinamento, educação e melhor gerenciamento.
   Os departamentos de RH devem procurar um problema maior: a distração extrema do smartphone pode significar que os funcionários estão completamente desativados do trabalho. Os motivos para isso devem ser identificados e abordados.
  A pior “solução” é a negação.

ELGAN, M. Disponível em: http://idgnow.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado)

Ao expor um problema contemporâneo do mercado de trabalho e apontar uma solução, o texto evidencia a
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Q1689043 Português

O Brasil (descrição física e política)


O Brasil é um país maior do que os menores e menor do que os maiores. É um país grande, porque, medida sua extensão, verifica-se que não é pequeno. Divide-se em três zonas climatéricas absolutamente distintas: a primeira, a segunda e a terceira. Sendo que a segunda fica entre a primeira e a terceira. Há muitas diferenças entre as várias regiões geográficas do país, mas a mais importante é a principal. Na agricultura faz-se exclusivamente o cultivo de produtos vegetais, enquanto a pecuária especializa-se na criação de gado. A população é toda baseada no elemento humano, sendo que as pessoas não nascidas no país são, sem exceção, estrangeiras. Tão privilegiada é hoje, enfim, a situação do país que os cientistas procuram apenas descobrir o que não está descoberto, deixando para a indústria tudo o que já foi aprovado como industrializável e para o comércio tudo o que é vendável. É, enfim, o país do futuro, e este se aproxima a cada dia que passa.


FERNANDES, M. In: ANTUNES, I. Língua, texto e ensino: outra escola possível.

São Paulo: Parábola, 2009 (adaptado).


Em relação ao propósito comunicativo anunciado no título do texto, esse gênero promove uma quebra de expectativa ao

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Q1689042 Português
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Os quadrinhos apresentam a sequência de certos dispositivos eletrônicos criados no decorrer da história, destacando
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Q1689041 Português

Estória de um gibi da Turma da Mônica, intitulada

Brincadeira de menino


     Mônica, conhecida personagem de Maurício de Sousa, passa na casa da sua melhor amiga, Magali, para convidá-la para brincar. A mãe da Magali diz que a menina está com gripe e precisa de repouso, e por isso não vai poder sair de casa. Mônica sai triste e pensativa, quando cruza com o Cebolinha e convida-o para brincar com ela de “casinha”. Ele se recusa e diz: “— Homem não blinca de casinha”, e Mônica retruca: “— Ah, Cebolinha! Que preconceito!”. Cebolinha responde: “— Pleconceito uma ova! Casinha é coisa de menina! Vou te mostlar o que é blincadeila de menino!”. Enquanto ele sai de cena, Mônica fica debaixo de uma árvore brincando sozinha e Cebolinha faz várias aparições com brinquedos e brincadeiras supostamente só de meninos: aparece “voando” num skate, mas cai na frente dela. Depois aparece numa bicicleta, mas bate numa pedra e cai. Aparece de patins, tropeça e cai. Reaparece chutando uma bola, mas a bola bate na árvore e volta acertando sua cabeça. Desanimado e desistindo das “suas” brincadeiras, Cebolinha aparece no último quadro, ao lado da Mônica, brincando de “casinha”.


OLIVEIRA, A. B.; PERIM, G. L. (Org.). Fundamentos pedagógicos para o programa Segundo Tempo. Brasília: Ministério do Esporte, 2008 (adaptado).



Refletindo sobre as relações de gênero nas brincadeiras infantis, a estória mostra que
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Q1689040 Português

A África possui os próprios estilos de reggae e centenas de bandas. Clubes de reggae são encontrados na Europa, na Austrália e nos Estados Unidos. Todos, de Erick Clapton a Caetano Veloso, já realizaram suas incursões ao reggae. A fonte desse som é a Jamaica, a terceira maior ilha do Caribe.

No fim dos anos 1960, o reggae também começava a conquistar certo espaço em várias regiões do Brasil e logo o som caiu nas graças dos maranhenses. Na cidade de São Luís, o grande investimento midiático, o crescente mercado de discos e o desenvolvimento do circuito das radiolas fizeram o movimento reggae alcançar a solidez em meados da década de 1980.


FARIAS, J.; PINTO, T. Da Jamaica ao Brasil: por uma história social do reggae. Disponível em: www.eumed.net. Acesso em: 18 nov. 2011 (adaptado).


Considerada por alguns “capital brasileira do reggae”, a cidade de São Luís também é reconhecida pelos festejos juninos que incluem Bumba meu boi, Tambor de crioula, Cacuriá e as tradicionais quadrilhas. O conjunto dessas características demonstra a

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Q1689038 Português

Brasil tem quase 3 mil lixões ou aterros irregulares, diz levantamento


Apesar da lei que acabou com lixões, vazadouros funcionam normalmente.

   

 O Brasil ainda despeja 30 milhões de toneladas de lixo por ano, de forma inadequada, expondo os cidadãos ao risco de doenças. E isso, apesar da lei que determinou o fim dos lixões. Corta, descasca, abre a embalagem, joga fora os restos, espreme, corta mais, descasca mais, abre outra embalagem. Quantas vezes essas cenas se repetem por dia em milhões de lares brasileiros?


Disponível em: http://g1.globo.com. Acesso em: 11 dez. 2017.
O recurso linguístico que interrompe o fluxo argumentativo para incluir o leitor na problemática do texto é a

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Q1689037 Português

Autobiografia de José Saramago


Nasci numa família de camponeses sem terra, em Azinhaga, uma pequena povoação situada na província do Ribatejo, na margem direita do Rio Almonda, a uns cem quilômetros a nordeste de Lisboa. Meus pais chamavam-se José de Sousa e Maria da Piedade. José de Sousa teria sido também o meu nome se o funcionário do Registro Civil, por sua própria iniciativa, não lhe tivesse acrescentado a alcunha por que a família de meu pai era conhecida na aldeia: Saramago. (Cabe esclarecer que saramago é uma planta herbácea espontânea, cujas folhas, naqueles tempos, em épocas de carência, serviam como alimento na cozinha dos pobres.) Só aos sete anos, quando tive de apresentar na escola primária um documento de identificação, é que se veio a saber que o meu nome completo era José de Sousa Saramago… Não foi este, porém, o único problema de identidade com que fui fadado no berço. Embora tivesse vindo ao mundo no dia 16 de novembro de 1922, os meus documentos oficiais referem que nasci dois dias depois, a 18: foi graças a esta pequena fraude que a família escapou ao pagamento da multa por falta de declaração do nascimento no prazo legal.

No texto, o autor discute o poder que os documentos oficiais exercem sobre a vida das pessoas. Qual fato torna isso evidente?
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Q1689036 Português

Razão de ser

Escrevo. E pronto.

Escrevo porque preciso,

preciso porque estou tonto.

Ninguém tem nada com isso.

Escrevo porque amanhece,

E as estrelas lá no céu

Lembram letras no papel,

Quando o poema me anoitece.

A aranha tece teias.

O peixe beija e morde o que vê.

Eu escrevo apenas.

Tem que ter por quê?


LEMINSKI, P. Melhores poemas de Paulo Leminski. São Paulo: Global, 2013.



Ao abordar o próprio processo de criação, o poeta recorre a exemplificações com o propósito de representar a escrita como uma atividade que
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Q1689035 Português

A verdade sobre o envelhecimento das populações


    Tem se tornado popular produzir grandes projeções de redução de prosperidade baseada no envelhecimento demográfico. Mas será que isso é realmente um problema?

    A média de idade nos Estados Unidos é atualmente de 36 anos. Na Etiópia, a média é de 18 anos. O país com maior número de idosos é a Alemanha, onde a média de idade é de 45 anos. Países em que a população mais jovem domina são mais pobres, e aqueles com a população dominante mais idosa são mais ricos. Então por que temer o envelhecimento da população?

    Existem pelo menos duas razões. A primeira é psicológica: em analogia ao envelhecimento das pessoas, sugere que, à medida que as populações envelhecem, tornam-se mais fracas e perdem acuidade mental. A segunda decorre dos economistas e de um indicador conhecido como razão de dependência, que pressupõe que todos os adultos com menos de 65 anos contribuem para a sociedade, e todos com mais de 65 anos são um peso. E a proporção de pessoas com mais de 65 anos tende a aumentar. 


LUTZ, W. Azul Magazine, ago. 2017 (adaptado).

A articulação entre as informações do texto leva à compreensão de que ele propõe um(a)
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Q1689034 Português

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O Globo, 12 fev. 2012 (adaptado).


Considerando-se os contextos de uso de “Todas chora”, essa expressão é um exemplo de variante linguística

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Q1689033 Português

     De acordo com alguns estudos, uma inovação do português brasileiro é o R caipira, às vezes tão intenso que parece valer por dois ou três, como em porrrta ou carrrne.


     Associar o R caipira apenas ao interior paulista é uma imprecisão geográfica e histórica, embora o R tenha sido uma das marcas do estilo matuto do ator Mazzaropi em 32 filmes. Seguindo as rotas dos bandeirantes paulistas em busca de ouro, os linguistas encontraram o R supostamente típico de São Paulo em cidades de Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, formando um modo de falar similar ao português do século XVIII.


     Quem tiver paciência e ouvido apurado poderá encontrar também na região central do Brasil o S chiado, uma característica típica do falar carioca que veio com os portugueses em 1808 e era um sinal de prestígio por representar o falar da Corte.


     A história da língua portuguesa no Brasil está revelando as características preservadas do português, como a troca do L pelo R, resultando em pranta em vez de planta. Camões registrou essa troca em Os Lusíadas — lá está um frautas no lugar de flautas —, e o cantor e compositor paulista Adoniran Barbosa a deixou registrada em frases como “frechada do teu olhar”, do samba Tiro ao Álvaro.


FIORAVANTI, C. Disponível em: http://revistapesquisa.fapesp.br. Acesso em: 11 dez. 2017.

Com base na afirmação de que “associar o R caipira apenas ao interior paulista é uma imprecisão geográfica e histórica”, o texto propõe uma discussão sobre a(s)
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Q1677489 Português

Ponto morto


A minha primeira mulher

se divorciou do terceiro marido.

A minha segunda mulher

acabou casando com a melhor amiga dela.

A terceira (seria a quarta?)

detesta os filhos do meu primeiro casamento.

Estes, por sua vez, não suportam os filhos

do terceiro casamento da minha primeira mulher.

Confesso que guardo afeto pelas minhas ex-sogras.

Estava sozinho

quando um dos meus filhos acenou para mim no

meio do engarrafamento.

A memória demorou para engatar seu nome.

Por segundos, a vida parou em ponto morto.


MASSI, A. A vida errada. Rio de Janeiro: 7Letras, 2001.


No poema, a singularidade da situação representada é efeito da correlação entre

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Q1677488 Português

O livro It – A Coisa, de Stephen King 


   Durante as férias escolares de 1958, em Derry, pacata cidadezinha do Maine, Bill, Richie, Stan, Mike, Eddie, Ben e Beverly aprenderam o real sentido da amizade, do amor, da confiança e... do medo. O mais profundo e tenebroso medo. Naquele verão, eles enfrentaram pela primeira vez a Coisa, um ser sobrenatural e maligno, que deixou terríveis marcas de sangue em Derry. Quase trinta anos depois, os amigos voltam a se encontrar. Uma nova onda de terror tomou a pequena cidade. Mike Hanlon, o único que permanece em Derry, dá o sinal. Precisam unir forças novamente. A Coisa volta a atacar e eles devem cumprir a promessa selada com sangue que fizeram quando crianças. Só eles têm a chave do enigma. Só eles sabem o que se esconde nas entranhas de Derry. O tempo é curto, mas somente eles podem vencer a Coisa. Em It – A Coisa, clássico de Stephen King em nova edição, os amigos irão até o fim, mesmo que isso signifique ultrapassar os próprios limites.


Disponível em: www.livrariacultura.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.


Relacionando-se os elementos que compõem esse texto, depreende-se que sua função social consiste em levar o leitor a

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Q1677487 Português

Cartas se caracterizam por serem textos efêmeros, inscritas no tempo de sua produção e escritas, muitas vezes, no papel que se tem à mão. Por isso, frequentemente, salvo um esforço dos próprios missivistas ou de terceiros, preocupados em preservá-las, facilmente desaparecem, seja pelo corriqueiro de seu conteúdo, seja pela sua fragilidade material. Nem sempre é assim, porém. Temos assistido, nestas duas décadas do século XXI, a um grande interesse pelas chamadas écritures du moi (“escritas do eu”, na expressão de Georges Gusdorf): nunca se estudaram tantas memórias, diários, cartas, quanto nesses últimos tempos. Publicações de memórias, diários, cartas sempre houve. Estudos, no entanto, que os enxergassem como objetos de pesquisa, e não como auxiliares para a interpretação da obra de um escritor, como protagonistas, e não como coadjuvantes, eram raros.


Nesse sentido, engana-se quem abre o volume Cartas provincianas: correspondência entre Gilberto Freyre e Manuel Bandeira, lançado pela Global Editora, e julga deparar-se apenas com um livro de cartas. A organizadora preocupou-se em contextualizar cada uma das 68 cartas, em um trabalho cuidadoso e pormenorizado de reconstituição das condições de produção de cada uma delas, um verdadeiro resgate.


TIN, E. Diálogos intermitentes. Pesquisa Fapesp, n. 259, set. 2017.


De acordo com o texto, o gênero carta tem assumido a função social de material de cunho científico por

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Q1677486 Português

Como o preconceito contribui para o aumento da epidemia de aids


Apesar dos avanços da medicina, a mentalidade em relação à aids e ao HIV continua na década de 1980.


O último Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, de 2016, mostrou que os casos de HIV entre os jovens no Brasil aumentaram consideravelmente. O problema avançou: das 32 321 novas infecções por HIV registradas em 2015, 24,8% aconteceram com pessoas entre 15 e 24 anos.


Muitos apontam como causa o fato de que os adolescentes não conviveram com o auge da epidemia. Mas, para os especialistas, a questão é bem mais complexa. “Continuamos com essa visão hipócrita de que falar sobre sexo incita os mais jovens, e não damos ferramentas para que eles tomem decisões mais seguras em relação à sexualidade”, afirma Georgiana Braga-Orillard, diretora do Unaids, programa conjunto da ONU sobre HIV e aids, que tem como meta acabar com a epidemia até 2030.


A questão do preconceito não pode ser separada de uma síndrome estigmatizante como a aids. Leis como a que garante o tratamento gratuito pelo SUS e a que penaliza atos de discriminação ajudam, mas não são suficientes para mudar a mentalidade da sociedade, que ainda enxerga quem vive com o vírus como um “merecedor”. Além disso, o acesso à saúde e à orientação não é igual para todos.


Disponível em: http://revistaplaneta.terra.com.br. Acesso em: 2 set. 2017 (adaptado).


Essa reportagem discute o preconceito de não se falar abertamente sobre sexo com os mais jovens como um fator responsável pelo avanço do número de casos de aids no Brasil. A estratégia usada pelo repórter para tentar desconstruir esse preconceito é

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Respostas
241: B
242: E
243: C
244: D
245: D
246: E
247: C
248: B
249: A
250: C
251: C
252: C
253: B
254: D
255: B
256: D
257: B
258: D
259: E
260: A