Questões ENEM de Português - Interpretação de Textos

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Q2543008 Português
Trechos do discurso de Ulysses Guimarães na promulgação da Constituição em 1988
Senhoras e senhores constituintes.
      Dois de fevereiro de 1987. Ecoam nesta sala as reivindicações das ruas. A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. São palavras constantes do discurso de posse como presidente da Assembleia Nacional Constituinte.
        Hoje, 5 de outubro de 1988, no que tange à Constituição, a Nação mudou. A Constituição mudou na sua elaboração, mudou na definição dos Poderes. Mudou restaurando a federação, mudou quando quer mudar o homem cidadão. E é só cidadão quem ganha justo e suficiente salário, lê e escreve, mora, tem hospital e remédio, lazer quando descansa.
          A Nação nos mandou executar um serviço. Nós o fizemos com amor, aplicação e sem medo.
        A Constituição certamente não é perfeita. Ela própria o confessa ao admitir a reforma. Quanto a ela, discordar, sim. Divergir, sim. Descumprir, jamais. Afrontá-la, nunca.
        Quando, após tantos anos de lutas e sacrifícios, promulgamos o Estatuto do Homem, da Liberdade e da Democracia, bradamos por imposição de sua honra.
      Nós, os legisladores, ampliamos os nossos deveres. Teremos de honrá-los. A Nação repudia a preguiça, a negligência e a inépcia.
    O povo é o superlegislador habilitado a rejeitar pelo referendo os projetos aprovados pelo Parlamento.
         Não é a Constituição perfeita, mas será útil, pioneira, desbravadora.
         Termino com as palavras com que comecei esta fala.
         A Nação quer mudar. A Nação deve mudar. A Nação vai mudar. A Constituição pretende ser a voz, a letra, a vontade política da sociedade rumo à mudança.
         Que a promulgação seja o nosso grito.
         Mudar para vencer. Muda, Brasil!

Disponível em: www.senadofederal.br. Acesso em: 30 out. 2021.

O discurso de Ulysses Guimarães apresenta características de duas funções da linguagem: ora revela a subjetividade de quem vive um momento histórico, ora busca informar a população sobre a Carta Magna. Essas duas funções manifestam-se, respectivamente, nos trechos:
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Q2543007 Português
Tiranos de nós mesmos: a servidão voluntária na era da sociedade do desempenho
      Byung-Chul Han, no opúsculo Sociedade do cansaço, discute a ascensão de um novo paradigma social, em que a sociedade disciplinar de Foucault é substituída pela sociedade do desempenho. Esse novo modelo social é movido por um imperativo de maximizar a produção. Nós, sujeitos de desempenho, somos constante e sistematicamente pressionados a aperfeiçoar nossa performance e a aumentar nossa produção.
     A crença subjacente, segundo Han, é a de que nada é impossível. Nós podemos fazer tudo. Estamos constantemente pressionados por um poder fazer ilimitado. É um excesso de positividade, que se constitui em verdadeira violência neuronal.
        E por isso produzimos. Produzimos até a exaustão. E, mesmo cansados, continuamos produzindo. Uma meta é sempre substituída por outra. A tarefa nunca acaba. É frustrante e esgotante. O resultado é uma sociedade que gera fracassados e depressivos, a quem só resta recorrer a medicamentos para continuar produzindo mais eficientemente.
Disponível em: http://justificando.cartacapital.com.br. Acesso em: 24 ago. 2017 (adaptado).

Com base nessa reflexão acerca do livro Sociedade do cansaço, que discute o novo modelo da sociedade do desempenho, o resenhista a
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Q2543006 Português
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Ao abordar a temática da violência contra a mulher, o cartaz conjuga as linguagens verbal e não verbal para 
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Q2543005 Português
       A historiografia do país demonstra que foi necessário considerável esforço do colonizador português em impor sua língua pátria em um território tão extenso. Trata-se de um fenômeno político e cultural relevante o fato de, na atualidade, a língua portuguesa ser a língua oficial e plenamente inteligível de norte a sul do país, apesar das especificidades e da grande diversidade dos chamados “sotaques” regionais. Esse empreendimento relacionado à imposição da língua portuguesa foi adotado como uma das estratégias de dominação, ocupação e demarcação das fronteiras do território nacional, sucessivamente, em praticamente todos os períodos e regimes políticos. Da Colônia ao Império, da República ao Estado Novo e daí em diante.
        Tomemos como exemplo o nheengatu, uma língua baseada no tupi antigo e que foi fruto do encontro, muitas vezes belicoso e violento, entre o colonizador e as populações indígenas da costa brasileira e de grande parte da Amazônia. Foi a língua geral de comunicação no período colonial até ser banida pelo Marquês de Pombal, a partir de 1758, caindo em pleno processo de desuso e decadência a partir de então. Foram falantes de nheengatu que nominaram uma infinidade de lugares, paisagens, acidentes geográficos, rios e até cidades. Atualmente, resta um pequeno contingente de falantes dessa língua no extremo norte do país. É utilizada como língua franca em regiões como o Alto Rio Negro, sendo inclusive fator de afirmação étnica de grupos indígenas que perderam sua língua original, como os Barés, Arapaços, Baniwas e Werekenas.

Disponível em: http://desafios.ipea.gov.br. Acesso em: 20 out. 2021 (adaptado).

Da leitura do texto, depreende-se que o patrimônio linguístico brasileiro é
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Q2543004 Português
A criança e a lógica

        Uma menina vê a foto da mãe grávida e ouve a seguinte explicação: “Você estava na minha barriga, filha”. Imediatamente, a criança chega à incrível conclusão: “Mamãe, então você é o lobo mau?”. A partir dos 2 anos, a criança começa a dominar as palavras, mas sua lógica, que difere da do adulto, surpreende os pais pelas associações. Para uma psicóloga infantil, esse raciocínio se explica pelo fato de que a lógica, nos primeiros anos de vida, é primitiva e rígida, não admite que para a mesma questão existam várias possibilidades. Quando a mãe diz que vai chegar em casa à noite, a criança não compreende por que, afinal, a promessa ainda não foi cumprida se já está escuro. Ou se ela já ouviu que as pessoas morrem quando estão velhinhas e de repente acontece de alguém próximo perder a vida ainda jovem, ela pode custar a se conformar. “O importante é falar a verdade e ter paciência. Com o tempo, as crianças percebem que um fato pode ter mais de uma explicação, e vários fatos influenciam uma mesma situação. A lógica vai, assim, aprimorando-se e ficando mais próxima da do adulto entre os 5 e 6 anos”, afirma a especialista.

Disponível em: http://revistacrescer.globo.com. Acesso em: 15 nov. 2014 (adaptado).


O texto cita a opinião de uma psicóloga como estratégia argumentativa para
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Respostas
46: B
47: A
48: B
49: A
50: C