Questões Militares de Fisioterapia - Fisioterapia em Traumato-ortopedia e Reumatologia

Foram encontradas 275 questões

Q2090207 Fisioterapia
Síndrome do Impacto Subacromial (SIS), como entidade patológica, tem o seu desenvolvimento estreitamente relacionado à disfunção biomecânica do complexo do ombro. A fisiopatologia da SIS e das disfunções do manguito rotador pode envolver fatores intrínsecos e extrínsecos. Sobre estes fatores, analise as afirmativas a seguir.
I. Formato do acrômio: a morfologia do acrômio é um importante fator diagnóstico de impacto no manguito rotador. O efeito mecânico desse osso é considerado como a teoria extrínseca para o impacto. Bigliani e colaboradores descreveram três formas acromiais.
II. Quantidade de vascularização para o manguito: a circulação do manguito rotador é unidirecional, com o fluxo atravessando o marco da inserção do supraespinal. Com o braço aduzido lateralmente, os vasos dentro do tendão do supraespinal não são perfurados. Outras posições do braço, como sua elevação acima de 30°, aumentam a pressão intramuscular no supraespinal de modo que pode impedir a perfusão sanguínea normal. A avascularidade parece aumentar com a idade, começando bem cedo, logo aos 20 anos. Reduzir a dor e o edema e controlar a inflamação.
III. Funcionamento correto dos estabilizadores dinâmicos: se os estabilizadores dinâmicos são fracos ou estão lesionados, ocorre aumento da translação entre a cabeça do úmero e o lábio glenoidal, o que pode causar um aumento no desgaste do lábio, dependência dos limitadores estáticos e sobrecarga excêntrica dos limitadores dinâmicos. Isso, por sua vez, resulta em instabilidade e/ou impacto.
IV. Posição do braço durante as atividades: a posição do braço adotada durante as atividades contribui significativamente para o desenvolvimento do impacto subacromial. Por causa do vetor tangencial da contração do deltoide, a tendência para a translação superior da cabeça do úmero é maior entre 60 e 90° de elevação. Assim, as atividades repetitivas nesse alcance de elevação colocam alta demanda sobre o manguito rotador para contrabalançar essa tendência. Além disso, as atividades repetitivas que ocorrem durante os níveis mais altos de elevação do braço trazem a inserção do tubérculo maior e do supraespinal mais próximos do arco coracoacromial.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090206 Fisioterapia
Nenhuma discussão sobre a anatomia do pé é completa sem a menção aos vários arcos, os quais sustentam o pé por meio de três mecanismos: relação óssea entre os tarsais e os metatarsais; suporte ligamentar a partir da aponeurose plantar e dos ligamentos plantares; e, suporte muscular. Existem três arcos principais: longitudinais medial e lateral e transverso. Em relação aos três arcos principais, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O arco transverso é importante na função do pé durante as atividades de sustentação de peso. É composto pelo calcâneo, pelo tálus, pelo navicular, pelo cuneiforme medial e pelos primeiros metatarsais (dois sesamoides). Enquanto um pouco da integridade do arco depende da arquitetura óssea, também é fornecida sustentação pelos ligamentos e pelos músculos, incluindo o ligamento calcaneonavicular plantar (mola), a fáscia plantar, o tibial posterior, o fibular longo, o flexor longo dos dedos, o Flexor Longo do Hálux (FLH) e o Fibular Longo (FL). O grupo muscular do sóleo e do gastrocnêmio também foi observado como tendo efeito sobre o arco e pode achatá-lo com encurtamento adaptativo. Além de ser a fonte principal do movimento no plano frontal, o arco também é a principal estrutura de sustentação de peso do pé.
( ) O arco longitudinal lateral que é mais estável e menos móvel do que o longitudinal medial consiste do calcâneo, do cuboide e do quinto metatarsal. O ligamento plantar longitudinal superior e profundo suporta as articulações calcaneocubóidea e cubometatarsal, junto com os músculos fibular curto, longo e terceiro, abdutor do dedo mínimo e flexor curto dos dedos.
( ) O arco longitudinal medial forma a convexidade do dorso do pé e consiste de cabeças metatarsais 1 a 5, incluindo os sesamoides (arco I); cuneiformes 1 a 3 e cuboide (arco II); e, navicular e cuboide (arco III). O adutor do hálux, o fibular longo e os tibiais, posterior e anterior, adicionam sustentação dinâmica a esse arco.
A sequência está correta em
Alternativas
Q2090205 Fisioterapia
O músculo esquelético possui consideráveis capacidades regenerativas e o processo de sua regeneração após a lesão constitui uma cascata de eventos bem estudados. A capacidade de regeneração está primariamente baseada no tipo e na extensão da lesão. O processo essencial da regeneração muscular é semelhante, seja qual for a causa da lesão, embora o resultado e o tempo de regeneração variem de acordo com o tipo, a gravidade e a extensão da lesão. De forma mais ampla, existem três fases no processo de cicatrização de músculos lesionados: a fase destrutiva, a fase de reparo e a fase de remodelamento. Em relação a estas fases, analise as afirmativas a seguir.
I. Fase destrutiva: as fibras musculares e suas bainhas de tecido conjuntivo são totalmente rompidas, surgindo um espaço entre as extremidades das fibras musculares rompidas quando elas se retraem. Essa fase é caracterizada pela necrose do tecido muscular, degeneração e infiltração pelos leucócitos polimorfonucleares (PMN) durante a formação de hematomas e edemas no local da lesão.
II. Fase de reparo: a fase de reparo envolve geralmente as seguintes etapas: - formação de hematoma: o espaço entre as extremidades rompidas das fibras é preenchido inicialmente por hematoma. Durante o primeiro dia, este é invadido por células inflamatórias, incluindo fagócitos, que começam a desfazer o coágulo sanguíneo. - formação da matriz: o sangue derivado do encadeamento cruzado de fibronectina e fibrina forma a matriz primária, que age como suporte e local de ancoragem para a invasão de fibroblastos. A matriz dá a força inicial para o tecido da lesão suportar as forças aplicadas sobre ele. Os fibroblastos iniciam a síntese de proteínas da matriz extracelular. - formação de colágeno: a produção de colágeno do tipo 1 pelos fibroblastos aumenta a resistência à tensão do músculo lesionado. A proliferação excessiva de fibroblastos pode levar à formação de tecido cicatricial denso, criando uma barreira mecânica que restringe ou retarda consideravelmente a regeneração completa das fibras musculares.
III. Fase de remodelamento: nessa fase, o músculo regenerado amadurece e contrai-se com a reorganização do tecido cicatricial. Há, muitas vezes, restauração incompleta da capacidade funcional do músculo lesionado. A patologia dos danos musculoesqueléticos varia dependendo da causa inicial. Os danos musculares podem se desenvolver durante a imobilidade prolongada por hospitalização. Uma das consequências potenciais da lesão muscular ou da inatividade é a atrofia. A quantidade de atrofia muscular depende do uso antes do repouso e da função do músculo. Músculos antigravidade (como o quadríceps) tendem a ter atrofia maior do que os músculos antagonistas (como os isquiotibiais).
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090204 Fisioterapia
Considerando-se que, aparentemente, a fascite plantar é decorrente de danos, é bastante lógico que os exames fisioterapêuticos também se baseiem em danos. Essa abordagem deve ser investigada em vários testes aleatórios controlados. Pollard e So relataram a recuperação total de um indivíduo de 35 anos de idade, com história de três meses de fascite plantar, utilizando uma combinação de mobilizações talocrural e talocalcânea, alongamento, fortalecimento, órtese sob medida e modalidades de dor. Patla e Abbott relataram a recuperação de atividades funcionais indolores com alongamento manual do tibial posterior em dois pacientes com queixas primárias de fascite plantar. Em uma série de casos, Young e colaboradores trataram quatro pacientes usando uma abordagem fisioterapêutica com base em danos, com ênfase na terapia manual. Todos os quatro pacientes demonstraram alívio total da dor e retorno às atividades. Com base nesses estudos, as intervenções que devem incluir o tratamento reabilitacional de fascite plantar, analise as afirmativas a seguir.
I. Repouso ou pelo menos eliminação de qualquer atividade com carga axial contínua do calcanhar e força de tensão sobre a fáscia.
II. Calçados com boa absorção de impactos no calcanhar e sustentação do arco longitudinal medial e da banda da fáscia plantar são recomendáveis. O fisioterapeuta deve identificar qualquer sobrecarga do tecido que esteja ocorrendo, bem como quaisquer deficiências biomecânicas (inflexibilidade do flexor plantar e fraqueza) e adaptações funcionais (correr na ponta dos pés, comprimento da passada encurtado, inversão do pé).
III. Exercícios de fortalecimento. Uma série de exercícios de fortalecimento é prescrita para a fascite (enrugar a toalha, pegar bolinhas com os pés.)
IV. Um regime de alongamento do gastrocnêmio e da banda fascial medial é especialmente importante antes de levantar-se pela manhã e após períodos de tempo sedentários durante o dia, bem como antes e depois de exercícios.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Q2090203 Fisioterapia
A articulação do quadril e os tecidos adjacentes são propensos a lesões do tecido mole, síndromes de impacto, desequilíbrios musculares de força e flexibilidade e distúrbios articulares. Trata-se também de uma área de referência de sintomas para outras regiões. A intervenção para a articulação do quadril deve levar em consideração as influências que a coluna lombar, a pelve e as extremidades inferiores podem ter sobre essa área. O paciente avança para o estágio funcional quando não há mais nenhuma dor e quando a amplitude de movimento é igual àquela do membro não envolvido. Ele também deve estar apto a executar caminhadas normais e atividades da vida diária sem dor. Sobre os objetivos desta fase, analise as afirmativas a seguir.
I. Atingir a amplitude de movimento total livre de dor; restaurar a cinemática articular normal; melhorar a força muscular para dentro dos limites normais; melhorar o controle neuromuscular; e, restaurar a relação de pares de força muscular normal.
II. Os seguintes exercícios são recomendados para essa fase: exercícios em quatro apoios incorporando balanço para a frente e para trás (esses exercícios ajudam a alongar a cápsula articular e aplicam compressão articular); fazer investidas, agachar-se e circundução do quadril (esses exercícios estimulam a sustentação de peso enquanto aumentam a ADM e alongam a cápsula). Exercícios de cadeia aberta com pesos de caneleira ou elástico podem ser usados para desenvolver a força e a resistência de toda a musculatura do quadril (os exercícios são inicialmente executados a partir de contrações concêntricas e, então, avançam para contrações excêntricas).
III. A ponte utiliza o peso do corpo como força de resistência dos extensores e abdutores do quadril. Existe uma variedade de exercícios de ponte, do tradicional (onde o paciente deita em supino com os quadris e joelhos flexionados e os pés repousando na mesa e, então, eleva o tronco até que ele esteja em paralelo com as coxas) aos exercícios de ponte unilaterais mais difíceis. A resistência manualmente aplicada pode ser superimposta sobre a pelve ou sobre as coxas para gerar tensão muscular máxima nos músculos que se contraem.
IV. O fortalecimento do músculo glúteo médio é, muitas vezes, um importante componente do programa de reabilitação do quadril. O glúteo médio pode ser fortalecido posicionando-se em decúbito lateral, com a parte superior da perna em leve extensão e rotação externa do quadril, ou de pé com o exercício da queda pélvica.
Está correto o que se afirma em
Alternativas
Respostas
36: A
37: A
38: A
39: A
40: A