Questões Militares
Sobre história geral em história
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Os comerciantes estão sequestrando o nosso povo dia após dia – filhos deste país, filhos de nossos nobres e vassalos, mesmo as pessoas de nossa própria família [...]. Essa corrupção e depravação estão tão generalizadas que a nossa terra é inteiramente despovoada. [...] Precisamos neste reino só de sacerdotes e professores, e nenhuma mercadoria, a menos que seja vinho e farinha para o santo sacramento [...]. É nosso desejo que este reino não seja um lugar para o comércio ou transporte de escravos.
(MEREDITH, Martin. O Destino da África: cinco mil anos de riquezas, ganância e desafios. Tradução Marlene Suano. Rio de Janeiro: Zahar, 2017, p. 122.)
Com base no texto acima e nos conhecimentos acerca dos contatos entre sociedades africanas e europeias no início da Idade Moderna, é correto afirmar que:
[...] essa foi a única revolta de escravos bem-sucedida da História, e as dificuldades que tiveram de superar colocam em evidência a magnitude dos interesses envolvidos.
(JAMES, C. J. R. Os Jacobinos Negros. Tradução Afonso Teixeira Filho. São Paulo: Boitempo, 2010, p. 15.)
O excerto acima se refere à/ao:
[...] o acúmulo de agressões que atingiram as populações do Ocidente de 1348 ao começo do século XVIII criou, de alto a baixo do corpo social, um abalo psíquico profundo [...]. Constitui-se um ‘país do medo’ no interior do qual uma civilização se sentiu ‘pouco à vontade’ e povoou de fantasmas mórbidos.
(DELUMEAU, J. História do Medo no Ocidente: 1300-1800, Uma Cidade Sitiada. Tradução Maria Lucia Machado. São Paulo: Companhia das Letras, 2009, p. 43.)
De acordo com os conhecimentos sobre a Europa no século XIV, são duas das principais “agressões” relacionadas ao excerto acima:
O choque da morte de Maomé foi uma das mais sérias crises que a comunidade muçulmana teve de enfrentar. Até então, Maomé guiara cada um de seus passos. Como então poderiam continuar sem ele? [...] Alguns muçulmanos mais comprometidos também ficaram imaginando se a morte de Maomé pusera mesmo fim à sua empreitada, e os que desejavam apontar um sucessor dividiram-se imediatamente em grupos rivais.
(ARMSTRONG, Karen. Maomé: uma biografia do profeta. Tradução Andréia Guerini, Fabiano Seixas Fernandes, Walter Carlos Costa. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 288-289.)
Considerando o excerto acima, é correto afirmar que a crise acarretada pela morte de Maomé teve como resultado:

Nathaniel Currier. Destruição do chá no porto de Boston, 1846
Esse episódio ficou conhecido como a “Festa do chá em Boston” e teve como objetivo principal

Com base no gráfico, analise as afirmativas a seguir sobre a geopolítica do petróleo, desde os anos 1970.
I. Em 1973, o petróleo árabe foi usado como arma contra o mundo ocidental, principalmente contra os Estados Unidos e os países europeus que apoiaram Israel na Guerra do Yom Kippur, contra Egito e Síria.
II. Em 1979, a paralisação da produção petrolífera do Irã, em função da Revolução Islâmica liderada pelo aiatolá Khomeini, provocou uma crise que fez explodir o preço médio do barril.
III. Em 2011, as guerras na Líbia e na Síria contribuíram para altas expressivas no preço do barril, sobretudo em função da intensidade da Primavera Árabe na Arábia Saudita, o maior produtor de petróleo.
Está correto o que se afirma em
Maria Regina Celestino de Almeida, “Povos Indígenas no Brasil”, in http://bndigital.bn.gov.br
A respeito das relações entre europeus e indígenas, durante o período de colonização da América Portuguesa, assinale a afirmativa correta.
Adaptado de KONDER, Leandro. Introdução ao fascismo. Rio de Janeiro: Edições do Graal, 1977. p. 4.
A partir do trecho, pode-se afirmar que o fascismo é
Para a civilização greco-romana, a democracia

Fonte: J.L. Abu-Lughod, Before European Hegemony, 1989, p. 34.
Com base no mapa, avalie as afirmativas a seguir e assinale (V) para a verdadeira e (F) para a falsa.
( ) Os circuitos 2 e 3 mostram que o Mar Mediterrâneo era dominado pelas cidades italianas de Veneza e Gênova, as quais, desde o século XI, apoiaram as Cruzadas para obter mercadorias orientais de luxo que chegavam até o Império Bizantino e Oriente Próximo.
( ) O circuito 3 mostra o eixo terrestre da rota da seda, que conectava o império Yuan chinês a Antioquia, na Síria medieval, constituindo uma via comercial para seda, papel, chá e cerâmica para o Oeste e vidro e produtos metalúrgicos para o Oriente, entre outros.
( ) Os circuitos 3 e 4 mostram a vitória do Islã sobre os mongóis, no século XIII, e a expansão do califado de Bagdá como centro propulsor do comércio e do expansionismo dos Omíada no Oriente Médio.
Assinale a opção que indica a sequência correta, de cima para baixo.
Politicamente, a Europa Oriental era o calcanhar de Aquiles do sistema soviético. Após a Primavera de Praga, ficou claro que os regimes satélites comunistas haviam perdido legitimidade como tal na maior parte da região. Tinham sua existência mantida por coerção do Estado, apoiado pela ameaça de intervenção soviética, ou, na melhor das hipóteses, dando aos cidadãos condições materiais e relativa liberdade muito superiores à média leste-europeia, mas que a crise econômica tornava impossíveis de manter. Contudo, com uma exceção, nenhuma forma séria de oposição política organizada ou qualquer outra era possível. Em um país, a conjunção de três fatores produziu essa possibilidade. A opinião pública do país estava esmagadoramente unida não apenas pela antipatia ao regime, mas por um nacionalismo antirrusso (e antijudeu) e conscientemente católico romano; a Igreja retinha uma organização independente nacional; e a classe operária demonstrara seu poder político com greves maciças, em intervalos, desde meados da década de 1950. E a partir de meados da década de 1970, teve de enfrentar tanto um movimento, trabalhista politicamente organizado, apoiado por uma assessoria de dissidentes intelectuais politicamente sofisticados, sobretudo ex-marxistas, quanto também uma Igreja cada vez mais agressiva.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991. Adaptado)
O excerto trata da
A peculiaridade da Guerra Fria era a de que, em termos objetivos, não existia perigo iminente de guerra mundial. Mais que isso: apesar da retórica apocalíptica de ambos os lados, mas, sobretudo, do lado americano, os governos das duas superpotências aceitaram a distribuição global de forças no fim da Segunda Guerra Mundial […]
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991)
Acerca da distribuição de forças com o fim da Segunda Guerra, é correto afirmar que
[…] é preciso explicar por que a reação da direita após a Primeira Grande Guerra conseguiu vitórias cruciais na forma do fascismo. Antes de 1914 já existiam movimentos extremistas da ultradireita – histericamente nacionalistas e xenofóbicos, promotores dos ideais da guerra e da violência, intolerantes e dados a atos violentamente coercivos, totalmente antiliberais, antidemocráticos, antiproletários, antissocialistas e antinacionalistas, defensores do sangue e do solo e dos valores antigos que a modernidade estava destruindo. Eles tinham alguma influência dentro da direita política e em alguns círculos intelectuais, mas em lugar algum chegam a dominar ou controlar.
(Eric Hobsbawm, Era dos extremos: o breve século XX: 1914-1991)
Para o autor de Era dos extremos, o que deu ao fascismo sua oportunidade, após a Primeira Guerra Mundial, foi
[…] o surgimento dos movimentos operários ou, de maneira mais geral, da política democrática teve uma relação nítida com o surgimento do “novo imperialismo”. A partir do momento em que o grande imperialista Cecil Rhodes observou em 1895 que, para evitar a guerra civil, era preciso se tornar imperialista, a maioria dos observadores se conscientizou do assim chamado “imperialismo social” […]
(Eric J. Hobsbawm, A era dos impérios)
Para Hobsbawm, o “imperialismo social” deve ser entendido como
Houve três ondas revolucionárias principais no mundo ocidental entre 1815 e 1848. (A Ásia e a África permaneciam até então imunes: as primeiras revoluções em grande escala na Ásia [...] só ocorreram na década de 1850). A primeira ocorreu em 1820-24. Na Europa, ela ficou limitada principalmente ao Mediterrâneo, com Espanha e Portugal (1820), Nápoles (1820) e a Grécia (1821) como seus epicentros. Fora a grega, todas essas insurreições foram sufocadas. […]
A segunda onda revolucionária ocorreu em 1829-34 […].
(Eric J. Hobsbawm, A Era das revoluções: Europa 1789-1848)
Segundo Hobsbawm, essa “segunda onda revolucionária”, entre outros eventos,