Questões Militares
Sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história
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95% DO FOGO NO PANTANAL TÊM ORIGEM EM PROPRIEDADES PRIVADAS
A maior parte do fogo que queima o pantanal teve origem em propriedades privadas, e quase não há indícios de que tenha começado por causas naturais, como raios. Isso é o que apontam monitoramentos via satélites do bioma, feitos por diferentes instituições.
Para pesquisadores, a ação humana é o principal vetor dessas queimadas, que podem se transformar em uma das maiores crises já vistas no Pantanal. Quase 95% dos 3372 focos de incêndio no primeiro semestre de 2024 − número que é recorde para o período − ficam em áreas privadas, segundo o programa BDQueimadas, do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe).
Adaptado de folha.uol.com.br, 26/06/2024.
ÁREA ATINGIDA PELO FOGO NO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2024
(em hectares)
Fonte: Lasa/UFRJ.
A extensão e o tipo de áreas mais atingidas pelos incêndios florestais no primeiro semestre de 2024 estão relacionados ao modelo que marca a ocupação e a exploração do território brasileiro desde a colonização. Esse modelo se caracteriza principalmente por:
Uma vez completamente destruída a população guarani do Guairá, os paulistas voltaram sua atenção novamente para os Guarani do Sul. Passaram, então, a atacar as missões de Tape e Uruguai, situadas no atual território do estado do Rio Grande do Sul. A situação na província de Tape assemelhava-se àquela do Guairá, na medida em que as reduções ainda eram recém-constituídas (1633-1634) quando dos ataques portugueses (1635-1641).
Por volta de 1640, diversos fatores convergiram para dificultar o cativeiro dos Guarani pelos paulistas.
(John Manuel Monteiro, Negros da terra:
Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo, p. 75. Adaptado)
No contexto apresentado, a dificuldade em escravizar os Guarani, segundo Monteiro, tem relação com
(SANTOS, Ynaê Lopes do. História da África e do Brasil afrodescendente. Rio de Janeiro: Pallas, 2014. p. 241).
O avanço da luta abolicionista no Brasil se relaciona ao contexto histórico em que se destaca
(FRAGOSO, João; FLORENTINO, Manolo; FARIA, Sheila de Castro. A economia colonial brasileira (séculos XVI – XIX). São Paulo: Atual, 1988. p. 34)
O escambo foi uma prática largamente utilizada pelos portugueses em seu contato com os indígenas na primeira metade do século XVI. Mas não foi a única. Nesse sentido, para descrever a complexidade das relações entre portugueses e indígenas, é necessário considerar

O interior da Igreja de São Francisco é um exemplo da arte
O alarma do vice-rei não caiu em surdos ouvidos. [...]
(Caio Prado Júnior, Formação do Brasil contemporâneo, p. 230.)
O alarma do vice-rei não caiu em surdos ouvidos. [...]
(Caio Prado Júnior, Formação do Brasil contemporâneo, p. 230.)
Para Caio Prado Júnior, “o alarma do vice-rei não caiu em surdos ouvidos” porque
A divisão do território colonial brasileiro em capitanias, inicialmente ficou assim dividido:

Disponível em: https://www.historiadetudo.com/capitaniashereditarias. Acesso em: 06 de novembro de 2022.
Nesse contexto, o donatário deveria colonizar a capitania. Sobre as atividades inerentes a essa colonização das capitanias pelo donatário, assinale V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O donatário deveria fundar vilas, proteger a terra e seus colonos contra os ataques dos nativos e de estrangeiros.
( ) O donatário deveria fazer cumprir o monopólio real do estanco e do comércio colonial.
( ) O donatário por ser um mandatário do rei, uma vez cumprindo as determinações da coroa, tinha autonomia em sua capitania, inclusive para distribuir sesmarias.
( ) O donatário deveria fornecer à Coroa 1/5 dos metais preciosos que fossem encontrados na capitania.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência CORRETA:

Disponível em: https://br.pinterest.com/pin/. Acesso em: 06 de novembro de 2022.
Sobre a charge produzida no contexto dos 500 anos da chegada dos portugueses à América, é CORRETO afirmar que:
Após as primeiras expedições, os enviados da Coroa portuguesa perceberam que não seria possível obter aqui [no Brasil] lucros fáceis e imediatos
(COTRIM, Gilberto. História Global – Brasil e Geral. p. 217)
Qual foi o principal motivo que levou os colonizadores portugueses a entenderem que a exploração da colônia na América do Sul não seria fácil?
Um quilombo dirigido por homens livres. Um quilombo com escravidão. Um quilombo agrícola e cuja produção estava integrada ao mercado regional. Que quilombo era esse? Esta é a história – ou uma das histórias possíveis – do quilombo do Oitizeiro, na Bahia de 1806.
(João José Reis, Escravos e coiteiros no quilombo do Oitezeiro –
Bahia, 1806. Em: João José Reis e Flávio dos Santos Gomes (org.),
Liberdade por um fio: história dos quilombos no Brasil)
A partir do excerto, acerca dos quilombos no Brasil,
segundo o artigo de João José Reis, é correto afirmar
que
À medida que se tornava cada vez mais aparente a insuficiência do projeto dos aldeamentos enquanto forma de suprir a força de mão de obra, os colonos passaram a intensificar outros meios de recrutamento de índios para os seus serviços. A partir da década de 1580, a despeito das restrições impostas pela legislação portuguesa, os colonos começaram a favorecer a apropriação direta do trabalhador indígena através de expedições predatórias ao sertão. Realmente, a observância estrita da lei nunca figurou entre as práticas prediletas dos paulistas. […] a lei de 1570 e legislação subsequente admitiam o cativeiro […]
(John Manuel Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes das origens de São Paulo)
A legislação portuguesa admitia o cativeiro do indígena que
Em seu livro A Construção da Ordem, José Murilo de Carvalho propõe uma explicação que dá peso maior à natureza da elite política imperial, que teria tido melhores condições de enfrentar com êxito a tarefa de construir o Estado nacional, por ser bastante homogênea. Essa homogeneidade resultaria, principalmente, da educação e da profissão comuns. A maioria dos membros da elite era formada por gente que tinha educação de nível superior. Esse fato constituía, na opinião de José Murilo, um elemento poderoso de unificação ideológica por três razões. Em primeiro lugar, como muito poucas pessoas tinham instrução, a elite era uma ilha de letrados em um mar de analfabetos. Em segundo lugar, porque a educação superior se concentrava nos estudos jurídicos e fornecia assim um núcleo homogêneo de conhecimentos e habilidades. Em terceiro lugar, porque as faculdades de direito se resumiam, até a Independência, aos cursos da Universidade de Coimbra e, depois, às Faculdades de São Paulo e Olinda/Recife. A concentração geográfica e a identidade de formação intelectual promoviam contatos pessoais entre estudantes de várias capitanias e províncias. Incutia neles uma ideologia comum, dentro do estrito controle a que as escolas superiores eram submetidas pelos governos, tanto de Portugal como do Brasil.
(Boris Fausto, História do Brasil)
No excerto, há uma posição historiográfica sobre a razão pela qual
“Patriotas, vossas propriedades inda as mais opugnantes ao ideal de justiça serão sagradas”, dizia o governo revolucionário em 1817, numa proclamação que visava acalmar os proprietários temorosos que a “liberal” revolução pretendesse a “emancipação indistinta de homens de cor e escravos”.
(Emília Viotti da Costa, Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. Em: Carlos Guilherme Mota (org.), Brasil em perspectiva)
A partir do excerto, é correto afirmar que, no contexto apresentado,
“Formação do Brasil no Atlântico Sul: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo que pretendo demonstrar […]
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes:
formação do Brasil no Atlântico Sul)
Para Alencastro, “o Brasil se formou fora do Brasil” porque
Leia o poema abaixo.
ANCHIETA
Cavaleiro da mística aventura,
Herói cristão! nas provações atrozes
Sonhas, casando a tua voz às vozes
Dos ventos e dos rios na espessura:
Entrando as brenhas, teu amor procura
Os índios, ora filhos, ora algozes,
Aves pela inocência, e onças ferozes
Pela bruteza, na floresta escura.
Semeador de esperanças e quimeras,
Bandeirante de “entradas” mais suaves,
Nos espinhos a carne dilaceras:
E, porque as almas e os sertões desbraves,
Cantas: Orfeu humanizando as feras,
São Francisco de Assis pregando às aves.
Olavo Bilac. Tarde. In: Antologia: Poesias. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 3.
(Coleção a obra-prima de cada autor). Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000288.pdf
O poema do parnasiano Olavo Bilac enaltece o jesuíta espanhol José de Anchieta, que veio à América Portuguesa no século XVI. É correto afirmar que os jesuítas