Questões Militares
Sobre período colonial: produção de riqueza e escravismo em história
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À medida que se tornava cada vez mais aparente a insuficiência do projeto dos aldeamentos enquanto forma de suprir a força de mão de obra, os colonos passaram a intensificar outros meios de recrutamento de índios para os seus serviços. A partir da década de 1580, a despeito das restrições impostas pela legislação portuguesa, os colonos começaram a favorecer a apropriação direta do trabalhador indígena através de expedições predatórias ao sertão. Realmente, a observância estrita da lei nunca figurou entre as práticas prediletas dos paulistas. […] a lei de 1570 e legislação subsequente admitiam o cativeiro […]
(John Manuel Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes das origens de São Paulo)
A legislação portuguesa admitia o cativeiro do indígena que
Em seu livro A Construção da Ordem, José Murilo de Carvalho propõe uma explicação que dá peso maior à natureza da elite política imperial, que teria tido melhores condições de enfrentar com êxito a tarefa de construir o Estado nacional, por ser bastante homogênea. Essa homogeneidade resultaria, principalmente, da educação e da profissão comuns. A maioria dos membros da elite era formada por gente que tinha educação de nível superior. Esse fato constituía, na opinião de José Murilo, um elemento poderoso de unificação ideológica por três razões. Em primeiro lugar, como muito poucas pessoas tinham instrução, a elite era uma ilha de letrados em um mar de analfabetos. Em segundo lugar, porque a educação superior se concentrava nos estudos jurídicos e fornecia assim um núcleo homogêneo de conhecimentos e habilidades. Em terceiro lugar, porque as faculdades de direito se resumiam, até a Independência, aos cursos da Universidade de Coimbra e, depois, às Faculdades de São Paulo e Olinda/Recife. A concentração geográfica e a identidade de formação intelectual promoviam contatos pessoais entre estudantes de várias capitanias e províncias. Incutia neles uma ideologia comum, dentro do estrito controle a que as escolas superiores eram submetidas pelos governos, tanto de Portugal como do Brasil.
(Boris Fausto, História do Brasil)
No excerto, há uma posição historiográfica sobre a razão pela qual
“Patriotas, vossas propriedades inda as mais opugnantes ao ideal de justiça serão sagradas”, dizia o governo revolucionário em 1817, numa proclamação que visava acalmar os proprietários temorosos que a “liberal” revolução pretendesse a “emancipação indistinta de homens de cor e escravos”.
(Emília Viotti da Costa, Introdução ao estudo da emancipação política do Brasil. Em: Carlos Guilherme Mota (org.), Brasil em perspectiva)
A partir do excerto, é correto afirmar que, no contexto apresentado,
“Formação do Brasil no Atlântico Sul: o leitor que bateu o olho na capa do livro estará intrigado com o subtítulo. Quer dizer então que o Brasil se formou fora do Brasil? É exatamente isso: tal é o paradoxo que pretendo demonstrar […]
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes:
formação do Brasil no Atlântico Sul)
Para Alencastro, “o Brasil se formou fora do Brasil” porque
Leia o poema abaixo.
ANCHIETA
Cavaleiro da mística aventura,
Herói cristão! nas provações atrozes
Sonhas, casando a tua voz às vozes
Dos ventos e dos rios na espessura:
Entrando as brenhas, teu amor procura
Os índios, ora filhos, ora algozes,
Aves pela inocência, e onças ferozes
Pela bruteza, na floresta escura.
Semeador de esperanças e quimeras,
Bandeirante de “entradas” mais suaves,
Nos espinhos a carne dilaceras:
E, porque as almas e os sertões desbraves,
Cantas: Orfeu humanizando as feras,
São Francisco de Assis pregando às aves.
Olavo Bilac. Tarde. In: Antologia: Poesias. São Paulo: Martin Claret, 2002. p. 3.
(Coleção a obra-prima de cada autor). Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000288.pdf
O poema do parnasiano Olavo Bilac enaltece o jesuíta espanhol José de Anchieta, que veio à América Portuguesa no século XVI. É correto afirmar que os jesuítas
O Brasil conheceu vários ciclos na economia que renderam vultosas produções e um expressivo quantitativo econômico. Entre os ciclos que tiveram importância significativa em território brasileiro, pode-se destacar o do pau-brasil, o da cana-de-açúcar, o do ouro, o do algodão, o do café e o da borracha.
Internet:<https://abralic.org.br>(com adaptações).
A respeito do ciclo da borracha, assinale a opção correta.
Os índios reduzidos fraudulentamente ao cativeiro constituem a imensa maioria da população servil. Ora, nenhum colono existe, por muito miserável, que não explore uma criatura do gentio. Com dois ou três índios tem a vida assegurada: um lhe pesca, outro lhe caça, outro lhe granjeia as roças.
(Alcântara Machado. Vida e morte do bandeirante, 2006. Adaptado.)
O excerto descreve as relações sociais na Capitania de São Vicente anteriores ao descobrimento das minas de ouro no final do século XVII. Confrontando-se a colonização dessa região com a de Pernambuco e da Bahia na mesma época, percebe-se, no povoamento do planalto paulista,
A entrada de homens a serviço da Coroa portuguesa nos sertões do Estado do Brasil produziu diversos conflitos entre indígenas e conquistadores. Apesar das diversas circunstâncias de cada embate, as autoridades régias denominaram Guerra dos Bárbaros os levantes indígenas no interior do nordeste em fins do século XVII e início do XVIII.
A respeito da Guerra dos Bárbaros, analise as afirmativas a seguir, considerando V para a(s) afirmativa(s) verdadeira(s) e F para a(s) falsa(s).
( ) A Coroa lusa denominava de “gentios bravos”os índios rebeldes e, com base em informações obtidas por aliados tupi, os cronistas coloniais construíram um imaginário sobre os grupos que habitavam o sertão e que se rebelavam à ação colonizadora, definindo-os “tapuia”, sinônimo de bárbaro, inimigo, indomável.
( ) Os confrontos entre luso-brasileiros e comunidades tapuias nos sertões nordestinos foram motivados pela concessão de sesmarias à recém-criada Companhia de Comércio de Pernambuco e Paraíba, a quem caberia o controle do sertão paraibano após a expulsão dos holandeses.
( ) Devido ao despreparo das infantarias locais e à resistência oferecida pelos tapuias, os colonos nordestinos aliaram-se aos paulistas, a quem interessava reduzir os índios rebelados à escravidão, em nome da guerra justa, tornando a sua participação na Guerra dos Bárbaros um empreendimento lucrativo.
A sequência correta é:
(Luiz Felipe de Alencastro, O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. Texto adaptado)
Na sua manifestação, Cadornega parece
A respeito do escravismo no Brasil imperial e no contexto após o fim da escravidão, julgue o item subsecutivo.
A abolição da escravidão deu início a um processo de
inclusão social dos ex-escravizados, construindo-se um
contexto de igualdade sociorracial que pode ser corretamente
descrito como uma democracia racial.
A respeito do escravismo no Brasil imperial e no contexto após o fim da escravidão, julgue o item subsecutivo.
A opção pela escravização africana massiva foi consolidada
pela América Portuguesa no século XVII.
A respeito do escravismo no Brasil imperial e no contexto após o fim da escravidão, julgue o item subsecutivo.
Embora no Brasil tenha havido experiências de imigração no
decorrer do século XIX, foi apenas após a abolição da
escravidão que a imigração de europeus em massa se tornou
realidade, especialmente em São Paulo.
A respeito do escravismo no Brasil imperial e no contexto após o fim da escravidão, julgue o item subsecutivos.
O escravismo era elemento central da sociedade brasileira do
período imperial.
A Lei Áurea, que acabou com a escravidão no Brasil em maio de 1888, possuía várias cláusulas voltadas para a inclusão social dos ex-escravizados.
Na América portuguesa, as ordens religiosas estavam diretamente envolvidas com as políticas dos descimentos e aldeamentos indígenas.
(Lilia Schwarcz e Heloísa Starling. Brasil: uma biografia. 1. ed. São Paulo: Cia das Letras, 2015)
De acordo com as autoras, na obra Brasil: uma biografia, a referida nova realidade consiste