Questões Militares
Sobre concordância verbal, concordância nominal em português
Foram encontradas 661 questões
“Bullying” e incivilidade
O “bullying” não é um fenômeno moderno, mas hoje os pais estão bem preocupados porque parece que ele se alastrou nos locais onde há grupos de crianças e jovens, principalmente na escola. Todos têm receio de que o filho seja alvo de humilhação, exclusão ou brincadeiras de mau gosto por parte dos colegas, para citar exemplos da prática, mas poucos são os que se preocupam em preparar o filho para que ele não seja autor dessas atividades.
Quando pensamos no “bullying”, logo consideramos os atos violentos e agressivos, mas é raro que os consideremos como atos de incivilidade. Vamos, então, refletir a respeito desse fenômeno sob essa ótica. Por que é que mesmo os adultos que nunca foram vítimas de atos de violência, como assalto ou furto, sentem uma grande sensação de insegurança nos espaços públicos? Simples: porque eles sentem que nesses locais tudo pode acontecer. A vida em comunidade está comprometida, e cada um faz o que julga o melhor para si sem considerar o bem comum.
Outro dia, vi uma cena que exemplifica bem essa situação. Em uma farmácia repleta de clientes, só dois caixas funcionavam , o que causou uma fila imensa. Em dado momento, um terceiro caixa abriu e o atendente chamou o próximo cliente. O que aconteceu? Várias pessoas que estavam no fim da fila e outras que aguardavam ainda a sua vez correram para serem atendidas. Apenas uma jovem mulher reagiu e disse que estavam todos com pressa e aguardando a sua vez. Ela se tornou alvo de ironias e ainda ouviu um homem dizer que “a vida é dos mais espertos".
Essa cena permite uma conclusão: a de que ser um cidadão responsável e respeitoso promove desvantagens. É esse clima que, de um modo geral, reina entre crianças e jovens: o de que ser um bom garoto ou aluno correto não é um bem em si.
Além disso, as crianças e os jovens também convivem com essa sensação de insegurança de que, na escola, tudo pode acontecer. Muitos criam estratégias para evitar serem vistos como frágeis e se tornarem alvo de zombarias. Tais estratégias podem se transformar em atos de incivilidade. A convivência promove conflitos variados e é preciso saber negociá-los com estratégias respeitosas e civilizadas.
Muitos pais ensinam seus filhos a negociarem conflitos de modo pacífico e polido, mas muitos não o fazem . É preciso estar atento a esse detalhe. Aliás, costumo dizer que é nos detalhes que a educação acontece. Faz parte também do trabalho da escola esse ensinamento. A prender a não cometer atos de incivilidade diminuiria muito o “bullying” .
Para tanto, não se pode abandonar crianças ou jovens à própria sorte: é preciso a presença educativa e reguladora dos adultos. Isso vale, principalmente, nos horários escolares em que o fenômeno mais ocorre: na entrada, na saída e no recreio.
(SAYÃO, Rosely. “Bullying” e incivilidade. Folha de S. Paulo, São Paulo, 6 mar.2008)
Laivos de memória
"... e quando tiverem chegado, vitoriosamente,
ao fim dessa primeira etapa,
mais ainda se convencerão de que
abraçaram uma carreira difícil,
árdua, cheia de sacrifícios,
mas útil, nobre e, sobretudo bela."
(NOSSA VOGA, Escola Naval, Ilha de Villegagnon, 1964)
Há quase 50 anos, experimentei um misto de angústia, tristeza e ansiedade que meu jovem coração de adolescente soube suportar com bravura.
Naquela ocasião, despedia-me dos amigos de infância e da família e deixava para trás bucólica cidadezinha da região serrana fluminense. A motivação que me levava a abandonar gentes e coisas tão caras era, naquele momento, suficientemente forte para respaldar a decisão tomada de dar novos rumos à minha vida. Meu mundo de então se tornara pequeno demais para as minhas aspirações. Meus desejos e sonhos projetavam horizontes que iam muito além das montanhas que circundam minha terra natal.
Como resistir à sedução e ao fascínio que a vida no mar desperta nos corações dos jovens?
Havia, portanto, uma convicção: aquelas despedidas, ainda que dolorosas - e despedidas são sempre dolorosas - não seriam certamente em vão. Não tinha dúvidas de que os sonhos que acalentavam meu coração pouco a pouco iriam se converter em realidade.
Em março de 1962, desembarcávamos do Aviso Rio das Contas na ponte de atracação do Colégio Naval, como integrantes de mais uma Turma desse tradicional estabelecimento de ensino da Marinha do Brasil.
Ainda que a ansiedade persistisse oprimindo o peito dos novos e orgulhosos Alunos do Colégio Naval, não posso negar que a tristeza, que antes havia ocupado espaço em nossos corações, era naquele momento substituída pelo contentamento peculiar dos vitoriosos. E o sentimento de perda, experimentado por ocasião das despedidas, provara-se equivocado: às nossas caras famílias de origem agregava-se uma nova, a Família Naval, composta pelos recém-chegados companheiros; e às respectivas cidades de nascimento, como a minha bucólica Bom Jardim, juntava-se, naquele instante, a bela e graciosa enseada Batista das Neves em Angra dos Reis, como mais tarde se agregaria a histórica Villegagnon em meio à sublime baia de Guanabara.
Ao todo foram seis anos de companheirismo e feliz convivência, tanto no Colégio como na Escola Naval. Seis anos de aprendizagem científica, humanística e, sobretudo, militar-naval. Seis anos entremeados de aulas, festivais de provas, práticas esportivas, remo, vela, cabo de guerra, navegação, marinharia, ordem-unida, atividades extraclasses, recreativas, culturais e sociais, que deixaram marcas indeléveis.
Estes e tantos outros símbolos, objetos e acontecimentos passados desfilam hoje, deliciosa e inexoravelmente distantes, em meio a saudosos devaneios.
Ainda como alunos do Colégio Naval, os contatos preliminares com a vida de bordo e as primeiras idas para o mar - a razão de ser da carreira naval.
Como Aspirantes, derrotas mais longas e as primeiras descobertas: Santos, Salvador, Recife e Fortaleza!
Fechando o ciclo das Viagens de Instrução, o tão sonhado embarque no Navio-Escola. Viagem maravilhosa! Nós, da Turma Míguens, Guardas-Marinha de 1967, tivemos a oportunidade ímpar e rara de participar de um cruzeiro ao redor do mundo em 1968: a Quinta Circum-navegação da Marinha Brasileira.
Após o regresso, as platinas de Segundo-Tenente, o primeiro embarque efetivo e o verdadeiro início da vida profissional - no meu caso, a bordo do cruzador Tamandaré, o inesquecível C-12. Era a inevitável separação da Turma do CN-62/63 e da EN-64/67.
Novamente um misto de satisfação e ansiedade tomou conta do coração, agora do jovem Tenente, ao se apresentar para servir a bordo de um navio de nossa Esquadra. Após proveitosos, mas descontraídos estágios de instrução como Aspirante e Guarda-Marinha, quando as responsabilidades eram restritas a compromissos curriculares, as platinas de Oficial começariam, finalmente, a pesar forte em nossos ombros. Sobre essa transição do status de Guarda-Marinha para Tenente, o notável escritor-marinheiro Gastão Penalva escrevera com muita propriedade: "...é a fase inesquecível de nosso ofício. Coincide exatamente com a adolescência, primavera da vida. Tudo são flores e ilusões... Depois começam a despontar as responsabilidades, as agruras de novos cargos, o acúmulo de deveres novos".
E esses novos cargos e deveres novos, que foram se multiplicando a bordo de velhos e saudosos navios, deixariam agradáveis e duradouras lembranças em nossa memória, Com o passar dos tempos, inúmeros Conveses e Praça d'Armas, hoje saudosas, foram se incorporando ao acervo profissional-afetivo de cada um dos integrantes daquela Turma de Guardas-Marinha de 1967.
Ah ! Como é gratificante, ainda que melancólico, repassar tantas lembranças, tantos termos expressivos, tanta gíria maruja, tantas tradições, fainas e eventos tão intensamente vividos a bordo de inesquecíveis e saudosos navios...
E as viagens foram se multiplicando ao longo de bem aproveitados anos de embarque, de centenas de dias de mar e de milhares de milhas navegadas em alto mar, singrando as extensas massas líquidas que formam os grandes oceanos, ou ao longo das águas costeiras que banham os recortados litorais, com passagens, visitas e arribadas em um sem número de enseadas, baías, barras, angras, estreitos, furos e canais espalhados pelos quatro cantos do mundo, percorridos nem sempre com mares bonançosos e ventos tranquilos e favoráveis.
Inúmeros foram também os portos e cidades visitadas, não só no Brasil como no exterior, o que sempre nos proporciona inestimáveis e valiosos conhecimentos, principalmente graças ao contato com povos diferentes e até mesmo de culturas exóticas e hábitos às vezes totalmente diversos dos nossos, como os ribeirinhos amazonenses ou os criadores de serpentes da antiga Taprobana, ex-Ceilão e hoje Siri Lanka .
Como foi fascinante e delicioso navegar por todos esses cantos. Cada novo mar percorrido, cada nova enseada, estreito ou porto visitado tinha sempre um gosto especial de descoberta... Sim, pois, como dizia Câmara Cascudo, "o mar não guarda os vestígios das quilhas que o atravessam. Cada marinheiro tem a ilusão cordial do descobrimento”.
(CÉSAR, CMG (RMl) William Carmo. Laivos de memória. In: Revista
de Villegagnon, Ano IV, n° 4, 2009. p. 42-50. Texto adaptado)
Texto III
(http://rasuralivre.blogspot.com/2007_04_01archive.html)
Leia o texto e responda à questão.
Quanto ao enunciado “Temos a obrigação moral de, pelo menos, dar a chance deles correrem”, analise as afirmativas.
I. Pode-se substituir a expressão “pelo menos” por “às vezes”, sem prejuízo da significação.
II. O vocábulo “deles” refere-se a “crianças”.
III. O vocábulo “chance” significa “oportunidade”.
IV. A expressão verbal “correrem” concorda com o substantivo “chance”.
V. A expressão verbal “Temos” concorda com o sujeito “a obrigação moral”.
Com base nelas, assinale a alternativa correta.
A concordância gramatical de “Os contrários”, dá-se, textualmente, com:
Analise as expressões sublinhadas das frases abaixo e a justificativa para seu emprego, considerando a norma culta da língua.
I. Este concurso veio ao encontro de meu desejo de fazer parte da corporação.
A frase está correta, pois a expressão sublinhada significa favorável, de acordo com.
II. Estarei solicitando que lhe sejam enviados os documentos pedidos.
A frase está correta, pois o gerúndio expressa ação presente ou futura.
III. É para eu vim amanhã, render guarda?
A forma verbal está correta; encontra-se no futuro do subjuntivo.
IV. O número de soldados aumentou significativamente, haja vista os crimes terem aumentado.
A frase está correta, pois a expressão sublinhada é invariável.
V. Conheci Santa Catarina há dez anos atrás.
A frase está correta; embora as palavras indiquem passado, há ideia de reforço.
VI. Meus pais e eu moramos em belas casas germinadas.
Há erro; a expressão em destaque significa que germinaram. O correto é geminadas, duplicadas.
Assinale a alternativa que completa adequadamente as lacunas da seguinte frase:
A professora já avisou ______ vezes que, para a retirada de livros da biblioteca, é _______ a apresentação de documento de identidade. Ela informou também que o empréstimo do acervo pode ser feito, todos os dias, a partir do meio-dia e ______ .
Assinale a alternativa que completa adequadamente as frases abaixo:
(1) __ ____ entrada de crianças desacompanhadas.
As mulheres ficaram (2) ____.
Os animais ficam (3) ____.
Ah! Esses (4) ____ -advogados!
Leia:
O comércio entre Brasil, Argentina e Paraguai triplicaram nos últimos tempos. Faz alguns anos que a relação comercial entre esses países melhorou muito. Existem, cada vez mais, investidores que apostam em uma economia globalizada.
No texto acima, há um erro na concordância de um verbo. Assinale a alternativa que apresenta essa ocorrência.
Observe:
I- Metade dos torcedores permaneceram no estádio.
II- André foi um dos que mais comemoraram a vitória.
III- Mais de um jogador se ofenderam mutuamente durante a partida.
Quanto à concordância verbal, estão corretas