Questões Militares de Português - Crase

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Q937037 Português

                                 Para pessoas de opinião


      Você me dirá que uma das coisas que mais preza é sua opinião. Prezá-la é considerado virtude. Fulano? É uma pessoa de opinião”. É preciso força e decisão para “ter opinião". Não é fácil.

      Você me dirá, ainda, do que é capaz de fazer para defender a própria opinião. Ter opinião é tão importante que há até um direito dos mais sagrados, o direito à opinião, ultimamente, aliás, bastante afetado, pois vivemos tempos de ampliação do delito de opinião. Ter opinião, em vez de ser considerado um estágio preliminar da convicção, passa a ser ameaçador.

      Mas sem contrariar a força com que você defende as próprias opiniões e, sobretudo, defendendo o seu inalienável direito de tê-las, eu lhe proporei pensar sobre se a opinião é uma instância realmente profunda ou se é, tão-somente, uma das primeiras reações que se tem diante dos acontecimentos.

     Será a opinião uma reação profunda ou superficial? Ouso afirmar que, quase sempre, é das mais superficiais.

       Opinião é reação, e expressa um sentimento ou julgamento. Ao reagir, o sentimento realiza uma síntese do que e como somos. Esta síntese aparece na forma pela qual reagimos. A primeira reação é reveiadora do sentimento com que julgamos a vida, o mundo, as pessoas. Quase sempre a opinião surge nessa etapa inicial, patamar superficial do nosso ser. Somos um repositório de primeiras impressões!

    Pode-se, efetivamente, garantir que nossas opiniões são fruto de meditação? Ou de conhecimento sedimentado? Positivamente, não. Quem responder sinceramente, vai concluir que tem muito mais opiniões do que coisas que sabe ou conhece. Qualquer conhecimento profundo não leva à opinião; leva à análise, à convicção, à dúvida ou à evidência, e nenhuma dessas quatro instâncias tem a ver com a opinião.

     Quem (se) reparar com cuidado, verificará o quanto é levado a opinar, vale dizer, reagir, sentir, julgar, diante dos variados temas. Somos um aluvião de opiniões. Defendemo-nos de analisar, tendo opinião; preservamonos do perigoso e trabalhoso mister de pensar, tendo logo uma opinião.

    É mais fácil ter opinião do que dúvida. Opinião traz adeptos e dividendos pessoais de prestígio, respeitabilidade, aura de coragem ou heroísmo.

      As opiniões são uma espécie de fabricação em série de idéias sempre iguais, saídas do modelo pelo qual vemos o mundo, e nos faz enfocar a realidade segundo um eterno subjetivismo. Por isso a opinião quase nunca é o reflexo das variadas componentes do real. É eco a repetir a experiência anterior, diante de cada caso novo. A opinião nos defende da complexidade do real, logo, é maneira de impedir a criatividade do homem. 

     Na origem latina, opinar tem um sentido ambíguo. É muito mais conjecturar do que afirmar. A palavra chega a ter, nos seus vários sentidos, o de disfarçar. A origem do termo é mais fiel ao seu significado do que a tradução que hoje se ihe dá.

      Opinar não significa saber nem conhecer. Opinar significa ter uma opinião a respeito de algo, isto é, uma impressão sujeita a retificações, a correções, a mudanças permanentes. O sentido essencial de opinar é conjecturar, ou seja, supor uma realidade para poder discuti-la e, assim, melhor conhecê-la.

    No entanto, nos ofendemos se contrariam a nossa opinião; vivemos em busca do respeito à “nossa opinião". E, mais grave e frequente, vivemos a sofrer por causa da opinião ou de opiniões dos outros sem saber que a opinião de alguém é o resultado das manifestações (reações) mais superficiais e fáceis do seu espírito.

    A opinião é instância superficial, exercício de dúvida e de conhecimento disfarçado em certeza ou afirmação, uma conjetura em forma de assertiva. É mais a expressão de um sentimento do que a conciliação deste com o conhecimento e a verdade. A partir do momento em que sabemos de tudo isso, temos obrigatoriamente que deixar de dar tanta importância à opinião alheia e à própria. É preciso, sempre, submetê-las ao crivo da permanência, do tempo, da análise, do conhecimento, da vivência, da experimentação em situações diferentes, em estados de espírito diversos, para, só então, considerá-la significativa, válida, profunda.

    Qual de nós está disposto a aceitar que a própria opinião, embora válida e respeitável, é uma forma superficial de manifestação? Quem está disposto a se dar ao trabalho de atribuir à opinião sua verdadeira função, que é nobiiíssima: a de ser trânsito, passagem, via, para a Convicção, para a Análise, para Dúvida e para a Evidência - os quatro elementos que compõem a verdade?

      Esta é a minha opinião...

TÁVOLA, Artur da. Alguém que já não fui. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1985.

Marque a opção em que o acento indicativo de crase é facultativo.
Alternativas
Q936170 Português

Avalie o emprego do sinal indicativo de crase na palavra ou expressão em destaque nos períodos seguintes.


I. O médico é um profissional incansável e que, muitas vezes, fica a mercê da ocasião de entrar em cena: não existem horários, momentos, já que não poderá abandonar seus pacientes.

II. No exercício da clínica e em face da singularidade de cada pessoa, o encontro clínico médico-paciente será sempre uma experiência exemplar, única, caso a caso, repleta de valores de toda ordem.

III. O profissionalismo, na medicina, abrange múltiplos atributos, entre os quais o conhecimento e a habilidade, pois o médico deve atuar de modo ético e ser sensível aqueles que diferem quanto à cultura, à idade ou ao gênero.

IV. A relação de confiança estabelecida entre médico-paciente é importante nos instantes de grande dor, tanto do paciente quanto dos familiares, e esse profissional precisa estar preparado para ajudá-los a encarar momentos tão difíceis.

O emprego do sinal indicativo de crase está correto apenas em

Alternativas
Q935479 Português

Assinale a alternativa que apresenta a quantidade adequada de acento grave para que o texto abaixo atenda às exigências normativas.


Dercy Gonçalves, Jô Soares e Ana Maria Braga vão se somar, daqui a pouco, a Caetano, Gil e Paulo Coelho (na falta de Raul Seixas) como ícones de uma geração de velhinhos “prafrentex”. Como a psicanalista Angela Mucida mostrou em O sujeito não envelhece: psicanálise e velhice (Autêntica, 2004), para essa geração, não envelhecemos, desde que possamos reconhecer o desejo e conferir dignidade a ele como centro e razão de uma vida bem realizada. Nossa condição de sujeito se impõe a de pessoa, que gradualmente perde suas prerrogativas, a condição de indivíduo, que gradualmente se perde na massa, e a condição de corpo que se degrada.

Alternativas
Q934977 Português

Leia o texto abaixo e responda à questão.


O ANJO DA NOITE


    O guarda-noturno caminha com delicadeza, para não assustar, para não acordar ninguém. Lá vão seus passos vagarosos, cadenciados, cosendo a sua sombra com a pedra da calçada.
    Vagos rumores de bondes, de ônibus, os últimos veículos, já sonolentos, que vão e voltam quase vazios. O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio, o choro de alguma criança, um resto de conversa, alguma risada. Mas vai andando. A noite é serena, a rua está em paz, o luar põe uma névoa azulada nos jardins, nos terraços, nas fachadas: o guarda-noturno para e contempla.
    À noite, o mundo é bonito, como se não houvesse desacordos, aflições, ameaças. Mesmo os doentes, parece que são mais felizes: esperam dormir um pouco à suavidade da sombra e do silêncio. Há muitos sonhos em cada casa. É bom ter uma casa, dormir, sonhar. O gato retardatário que volta apressado, com certo ar de culpa, num pulo exato galga o muro e desaparece; ele também tem o seu cantinho para descansar. O mundo podia ser tranquilo. As criaturas podiam ser amáveis. No entanto, ele mesmo, o guarda-noturno, traz um bom revólver no bolso, para defender uma rua...
    E se um pequeno rumor chega ao seu ouvido e um vulto parece apontar da esquina, o guarda-noturno torna a trilhar longamente, como quem vai soprando um longo colar de contas de vidro.
    E recomeça a andar, passo a passo, firme e cauteloso, dissipando ladrões e fantasmas. É a hora muito profunda em que os insetos do jardim estão completamente extasiados, ao perfume da gardênia e à brancura da lua. E as pessoas adormecidas sentem, dentro de seus sonhos, que o guarda-noturno está tomando conta da noite, a vagar pelas ruas, anjo sem asas, porém armado.

(MEIRELES, Cecilia. Quadrante 2. In ww w.gotasdeliteraturabrasileira.blogspot.com )
No trecho “O guarda-noturno, que passa rente às casas, pode ouvir ainda a música de algum rádio,” (2o §), o acento da crase está corretamente empregado. Feitas as alterações no trecho acima, está correto afirmar que há uma situação de crase facultativa em:
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Q933377 Português
Passeio à Infância

    Primeiro vamos lá embaixo no córrego; pegaremos dois pequenos carás dourados. E como faz calor, veja, os lagostins saem da toca. Quer ir de batelão, na ilha, comer ingás? Ou vamos ficar bestando nessa areia onde o sol dourado atravessa a água rasa? Não catemos pedrinhas redondas para atiradeira, porque é urgente subir no morro; os sanhaços estão bicando os cajus maduros. É janeiro, grande mês de janeiro!
    Podemos cortar folhas de pita, ir para o outro lado do morro e descer escorregando no capim até a beira do açude. Com dois paus de pita, faremos uma balsa, e, como o carnaval é no mês que vem, vamos apanhar tabatinga para fazer formas de máscaras. Ou então vamos jogar bola-preta: do outro lado do jardim tem um pé de saboneteira.
    Se quiser, vamos. Converta-se, bela mulher estranha, numa simples menina de pernas magras e vamos passear nessa infância de uma terra longe. É verdade que jamais comeu angu de fundo de panela?
    Bem pouca coisa eu sei: mas tudo que sei lhe ensino. Estaremos debaixo da goiabeira; eu cortarei uma forquilha com o canivete. Mas não consigo imaginá-la assim; talvez se na praia ainda houver pitangueiras... Havia pitangueiras na praia? Tenho uma ideia vaga de pitangueiras junto à praia. Iremos catar conchas cor-de-rosa e búzios crespos, ou armar o alçapão junto do brejo para pegar papa-capim. Quer? Agora devem ser três horas da tarde, as galinhas lá fora estão cacarejando de sono, você gosta de fruta-pão assada com manteiga? Eu lhe dou aipim ainda quente com melado. Talvez você fosse como aquela menina rica, de fora, que achou horrível nosso pobre doce de abóbora e coco.
    Mas eu a levarei para a beira do ribeirão, na sombra fria do bambual; ali pescarei piaus. Há rolinhas. Ou então ir descendo o rio numa canoa bem devagar e de repente dar um galope na correnteza, passando rente às pedras, como se a canoa fosse um cavalo solto. Ou nadar mar afora até não poder mais e depois virar e ficar olhando as nuvens brancas. Bem pouca coisa eu sei; os outros meninos riram de mim porque cortei uma iba de assa-peixe. Lembro-me que vi o ladrão morrer afogado com os soldados de canoa dando tiros, e havia uma mulher do outro lado do rio gritando.
    Mas como eu poderia, mulher estranha, convertê-la em menina para subir comigo pela capoeira? Uma vez vi uma urutu junto de um tronco queimado; e me lembro de muitas meninas. Tinha uma que era para mim uma adoração. Ah, paixão da infância, paixão que não amarga. Assim eu queria gostar de você, mulher estranha que ora venho conhecer, homem maduro. Homem maduro, ido e vivido; mas quando a olhei, você estava distraída, meus olhos eram outra vez os encantados olhos daquele menino feio do segundo ano primário que quase não tinha coragem de olhar a menina um pouco mais alta da ponta direita do banco.
    Adoração de infância. Ao menos você conhece um passarinho chamado saíra? E um passarinho miúdo: imagine uma saíra grande que de súbito aparecesse a um menino que só tivesse visto coleiros e curiós, ou pobres cambaxirras. Imagine um arco-íris visto na mais remota infância, sobre os morros e o rio. O menino da roça que pela primeira vez vê as algas do mar se balançando sob a onda clara, junto da pedra.
    Ardente da mais pura paixão de beleza é a adoração da infância. Na minha adolescência você seria uma tortura. Quero levá-la para a meninice. Bem pouca coisa eu sei; uma vez na fazenda riram: ele não sabe nem passar um barbicacho! Mas o que sei lhe ensino; são pequenas coisas do mato e da água, são humildes coisas, e você é tão bela e estranha! Inutilmente tento convertê-la em menina de pernas magras, o joelho ralado, um pouco de lama seca do brejo no meio dos dedos dos pés.
    Linda como a areia que a onda ondeou. Saíra grande! Na adolescência me torturaria; mas sou um homem maduro. Ainda assim às vezes é como um bando de sanhaços bicando os cajus de meu cajueiro, um cardume de peixes dourados avançando, saltando ao sol, na piracema; um bambual com sombra fria, onde ouvi silvo de cobra, e eu quisera tanto dormir. Tanto dormir! Preciso de um sossego de beira de rio, com remanso, com cigarras. Mas você é como se houvesse demasiadas cigarras cantando numa pobre tarde de homem.

Julho, 1945

Crônica extraída do livro “200 crônicas escolhidas”, de Rubem Braga.

Texto adaptado à nova ortografia.
A possibilidade da presença de um acento grave ocorre na opção:
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Q922528 Português

TEXTO 2


                                Hino de Pernambuco


                          Coração do Brasil em teu seio

                          Corre o sangue de heróis – rubro veio

                          Que há de sempre o valor traduzir

                          És a fonte da vida e da história

                          Desse povo coberto de glória

                          O primeiro, talvez, no porvir


                           Salve, ó terra dos altos coqueiros!

                           De belezas soberbo estendal!

                           Nova Roma de bravos guerreiros

                           Pernambuco, imortal! Imortal!


                           Esses montes e vales e rios

                           Proclamando o valor de teus brios

                           Reproduzem batalhas cruéis

                           No presente és a guarda avançada

                           Sentinela indormida e sagrada

                           Que defende da Pátria os lauréis


                           Salve, ó terra dos altos coqueiros!

                           De belezas soberbo estendal!

                           Nova Roma de bravos guerreiros

                           Pernambuco, imortal! Imortal!

Trecho do Hino de Pernambuco. Letra de Oscar Brandão da Rocha e música de Nicolino Milano. Disponível em: https://www.letras.mus.br/hinos-de-estados/1655087/. Acesso em: 10/07/2018.

Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase foi CORRETAMENTE empregado.
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Ano: 2018 Banca: IADES Órgão: PM-DF Prova: IADES - 2018 - PM-DF - Soldado Músico |
Q910423 Português

Texto 3 para responder à questão.


Disponível em: <https://www.educare.pt/opiniao/artigo/ver/?id=12065>. Acesso em: 7 mar. 2018 (fragmento), com adaptações.
Considerando a estrutura morfossintática e o conteúdo do texto apresentado, assinale a alternativa correta.
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Q910350 Português

Antes de colocar o pé na estrada, você precisa ver essas dicas da PMDF



(Figura ampliada na página 17)


Disponível em: <http://guardiandf.com.br/2016/11/26/antes-de-colocar-o-pe-naestrada-voce-precisa-ver-essas-dicas-da-pmdf/>. Acesso em: 1o maio 2018.
Considerando o emprego do sinal indicativo de crase, assinale a alternativa correta.
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Q910173 Português

Salve, lindo pendão¹ da esperança,

Salve, símbolo augusto² da paz!

Tua nobre presença à lembrança

A grandeza da pátria nos traz.

(trecho do Hino à Bandeira – letra de Olavo Bilac- música de Francisco Braga)

Glossário:

¹ Pendão – bandeira, flâmula

² Augusto – nobre

No fragmento do texto “Tua nobre presença à lembrança/ A grandeza da pátria nos traz”, ocorre crase
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Q910170 Português

Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas do período seguinte:


Mineradora paga multa milionária de um bilhão de reais


A tristeza dos pescadores do Rio Doce refere-se ___ desgraça que ocorreu no local em novembro de 2015. ___ empresa responsável foi aplicada ___ multa. No entanto, esta não foi suficiente para devolver ___ natureza o equilíbrio ambiental aniquilado. Pouco ___ pouco esses pescadores tentam encontrar alternativa sustentável.

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Q908574 Português

Leia o texto seguinte.


A crase é um fenômeno fonético ( ` ) que representa a junção da preposição “a” com o artigo feminino “a”. Além disso, pode haver crase também na combinação da mesma preposição com pronomes demonstrativos que se iniciem com a letra “a”.

(Disponível em <http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/gramatica/crase.htm>. Acesso em 10 fev. 2018).


Considerando essa definição, a frase que exige o acento indicativo de crase é

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Q906425 Português
Assinale a alternativa em que o sinal indicativo de crase está empregado corretamente.
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Ano: 2018 Banca: Marinha Órgão: EAM Prova: Marinha - 2018 - EAM - Marinheiro |
Q892540 Português

Texto para responder a questão.


      Pelo mar fomos descobertos e a partir do mar e dos rios consolidamos nossa independência e fixamos as fronteiras ao norte, sul e a oeste; o que garantiu a integridade do nosso território, com dimensões continentais. Também pelo mar e rios, ao longo de nossa história, nos defendemos das mais graves agressões à soberania nacional.

      Assim, entender a importância dos mares e rios exige a absorção de conhecimentos e percepções que, normalmente, deixam de estar à disposição de significativa parte do Povo Brasileiro; porém, cada vez mais, constatamos que é pela via marítima e hidrovias que trafegamos os produtos e serviços essenciais à pátria.

      O nosso Brasil, continental, guarda relação inseparável com os espaços oceânicos e ribeirinhos, tanto devido à sua origem como por dispor de imensas riquezas que, seguramente, serão cada vez mais importantes para o desenvolvimento de nosso País.

      Em datas importantes, como o Dia Nacional da Amazônia Azul, sempre devemos atentar para os conselhos de Rui Barbosa: “...mas não basta admirar: é preciso aprender e prosperar. O mar é o grande avisador. Pô-lo Deus a bramir junto ao nosso sono, para nos pregar que não durmamos. Por ora a sua proteção nos sorri, antes de se trocar em severidade...”

      Em decorrência da relevância dos fatos históricos que nos associam ao mar e aos rios e da magnitude das riquezas da Amazônia Azul, o Congresso Nacional, por meio da Lei n°13.187, de 2015, instituiu o dia 16 de novembro como “O Dia Nacional da Amazônia Azul”.

      [...]

      Tendo em vista as diretrizes da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM) e os estudos geopolíticos voltados para os oceanos, a “Oceanopolítica”, a Marinha do Brasil vem consolidando o conceito político-estratégico “Amazônia Azul”, que insere em posição decisiva os espaços oceânicos e ribeirinhos, sobre os destinos do Povo Brasileiro e na dinâmica das Relações Internacionais.[...]

      O nosso território no mar é crucial na regulação do clima, absorvendo e paulatinamente liberando imensas quantidades de calor e processamento de nutrientes, por meio de ciclos naturais, e contempla ampla gama de serviços, reservas minerais e alimentos que beneficiam grande parcela da nossa população.

      Cabe ressaltar as vulnerabilidades estratégicas, como as plataformas de exploração de petróleo e gás, usinas de energia e a localização, próximas à costa, de instalações sensíveis e de significativos centros populacionais e industriais do Brasil. Destacam-se, entre muitos, o complexo nuclear de Angra dos Reis e as mais importantes cidades e as maiores empresas de nosso País. Nos portos e terminais portuários circulam parcela preponderante das riquezas nacionais, tais como granéis sólidos e líquidos, contêineres e commodities de toda ordem, como aquelas oriundas do agronegócio.

      A relevância em proteger esse legado tem direcionado a Marinha do Brasil na consecução dos seus programas estratégicos, entre outros: Programa Nuclear da Marinha, Programa de Desenvolvimento de Submarinos, Programa de Construção das Corvetas Classe Tamandaré e Obtenção da Capacidade Operacional Plena. Na atualidade, quando os desafios alcançam crescente dinâmica e as ameaças ocorrem a partir de cenários sempre complexos e multifacetados, estarmos preparados para defender a Amazônia Azul caracteriza condição imprescindível para que o País preserve e amplie a sua prosperidade e exerça a sua soberania, quando for necessário. Vale destacar que os programas estratégicos da Marinha do Brasil possuem forte sinergia com os setores acadêmicos, industriais e empresariais.

      [...]

      Na ocasião em que comemoramos esta importante data, plena de envolvimentos com o nosso passado e basilar para um presente e futuro, devemos exaltar tão valioso patrimônio; entretanto, cônscios das dimensões que envolvem a Amazônia Azul: soberania nacional, diplomática, econômica, ambiental, científica, tecnológica e de inovação, relembramos, mais uma vez, as palavras de Rui Barbosa: “...O mar é um curso de força e uma escola de previdência. Todos os seus espetáculos são lições: não os contemplemos frivolamente...”

      “...Esquadras não se improvisam...” 

BARBOSA JUNIOR, llques. ALTE ESQ. Dia Nacional da Amazônia Azul. Disponível em: <https://www.marinha.mil.br/content/dia-nacional-da-amazonia-azul> - Acesso em 20 nov. 2017 - Com adaptações.

Em que opção o uso do acento indicador de crase é facultativo?
Alternativas
Q889747 Português
Considere o fragmento abaixo para responder a questão seguinte.

“Já outra professora quase destruiu para sempre qualquer pretensão minha à originalidade literária.”
O acento grave deixaria de ser obrigatório na seguintes reescritura:
Alternativas
Q889330 Português

Com relação às regras de crase, marque a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas.


Dedico-me ____ sua lei, meu Deus! Cumpro suas regras. Apresento-me ____ vós, sensível ____ minha fé.

Alternativas
Q889320 Português

Complete as lacunas das frases abaixo com a, à, as, às, de acordo com a justificativa do emprego ou ausência do acento grave. Em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.


1 – Caminhava pela avenida de ponta ____ ponta. (locução formada por palavra repetida)

2 – Após longa viagem, a filha voltou ____ casa paterna. (palavra casa acompanhada de adjetivo)

3 – Saiu de sua residência ____ pressas. (locução adverbial feminina)

4 – Era um senhor distinto, possuía calçados ____ Luís XV. (elipse diante de palavra masculina)

Alternativas
Ano: 2018 Banca: AOCP Órgão: PM-TO Prova: AOCP - 2018 - PM-TO - Soldado da Polícia Militar |
Q879457 Português

Texto I

Inteligência emocional no trabalho, por que ela é tão importante?

por José Roberto Marques

   Um profissional calmo, com firmeza na hora de avaliar a situação, com resiliência e que saiba gerenciar imprevistos tem muito mais chances de alcançar o sucesso do que um profissional estressado e impulsivo. [...]

   Inteligência emocional é saber compreender e gerenciar suas próprias emoções e também das pessoas a sua volta. Saber gerir as próprias emoções é muito importante para qualquer profissional, pois assim saberá o que realmente está sentindo, será capaz de entender o significado de cada emoção e como elas podem afetar o seu desempenho e também de outros. Além disso, facilitará a percepção do comportamento de cada pessoa da sua equipe ou com as quais se relaciona.

A inteligência de Daniel Goleman
   No ano de 1995, o psicólogo Daniel Goleman revolucionou e expandiu a forma como nós enxergamos o que é inteligência. Em seu livro “Inteligência Emocional”, ele mostrou como o nível intelectual de uma pessoa não pode ser medido apenas por sua capacidade de completar equações e seu pensamento racional. Utilizandose de embasamentos teóricos, exemplos reais e conhecimento da anatomia do cérebro humano, o autor conseguiu mostrar como as emoções têm um papel fundamental em todas as decisões que tomamos, das mais simples até aquelas mais complexas.

Importância de trabalhar a inteligência emocional no trabalho
   Ter um controle sobre o fluxo das emoções e a capacidade de refrear impulsos é uma qualidade essencial para conseguir ter sucesso e um bom relacionamento interpessoal com todos a sua volta. […] Desenvolver inteligência emocional pode trazer mudanças radicais para o ambiente de trabalho, pois as relações interpessoais entre profissionais formam um fator prioritário à conquista da excelência em todas as áreas.

Adaptado de: http://www.ibccoaching.com.br/portal/coaching-e-psicologia/inteligencia-emocional-trabalho-importante/ (Fragmentos) Acesso em 21/01/2018.

Em “[...] as relações interpessoais entre profissionais formam um fator prioritário à conquista da excelência em todas as áreas [...]”, o sinal indicativo de crase justifica-se
Alternativas
Q879400 Português

                                               Texto I


                                              LIVRO II

 
      1 . Sendo, pois, de duas espécies a virtude, intelectual e moral, a primeira, por via de regra, gera-se e cresce graças ao ensino — por isso requer experiência e tempo; enquanto a virtude moral é adquirida em resultado do hábito, donde ter-se formado o seu nome por uma pequena modificação da palavra (hábito). Por tudo isso, evidencia-se também que nenhuma das virtudes morais surge em nós por natureza; com efeito, nada do que existe naturalmente pode formar um hábito contrário à sua natureza. Por exemplo, à pedra, que por natureza se move para baixo, não se pode imprimir o hábito de ir para cima, ainda que tentemos adestrá-la jogando-a dez mil vezes no ar; nem se pode habituar o fogo a dirigir-se para baixo, nem qualquer coisa que por natureza se comporte de certa maneira a comportar-se de outra.

      Não é, pois, por natureza, nem contrariando a natureza que as virtudes se geram em nós. Digase, antes, que somos adaptados por natureza a recebê-las e nos tornamos perfeitos pelo hábito. Por outro lado, de todas as coisas que nos vêm por natureza, primeiro adquirimos a potência e mais tarde exteriorizamos os atos. Isso é evidente no caso dos sentidos, pois não foi por ver ou ouvir frequentemente que adquirimos a visão e a audição, mas, pelo contrário, nós as possuíamos antes de usá-las, e não entramos na posse delas pelo uso. Com as virtudes dá-se exatamente o oposto: adquirimo-las pelo exercício, como também sucede com as artes. Com efeito, as coisas que temos de aprender antes de poder fazê- las, aprendemo-las fazendo (...); por exemplo, os homens tornam-se arquitetos construindo e tocadores de lira tangendo esse instrumento. Da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, e assim com a temperança, a bravura, etc. Isto é confirmado pelo que acontece nos Estados: os legisladores tornam bons os cidadãos por meio de hábitos que lhes incutem. Esse é o propósito de todo legislador, e quem não logra tal  desiderato falha no desempenho da sua missão. Nisso, precisamente, reside a diferença entre as boas e as más constituições. Ainda mais: é das mesmas causas e pelos mesmos meios que se gera e se destrói toda virtude, assim como toda arte: de tocar a lira surgem os bons e os maus músicos. Isso também vale para os arquitetos e todos os demais; construindo bem, tornam-se bons arquitetos; construindo mal, maus. Se não fosse assim não haveria necessidade de mestres, e todos os homens teriam nascido bons ou maus em seu ofício.

      Isso, pois, é o que também ocorre com as virtudes: pelos atos que praticamos em nossas relações com os homens nos tornamos justos ou injustos; pelo que fazemos em presença do perigo e pelo hábito do medo ou da ousadia, nos tornamos valentes ou covardes. O mesmo se pode dizer dos apetites e da emoção da ira: uns se tornam temperantes e calmos, outros intemperantes e irascíveis, portando-se de um modo ou de outro em igualdade de circunstâncias. Numa palavra: as diferenças de caráter nascem de atividades semelhantes. É preciso, pois, atentar para a qualidade dos atos que praticamos, porquanto da sua diferença se pode aquilatar a diferença de caracteres. E não é coisa de somenos que desde a nossa juventude nos habituemos desta ou daquela maneira. Tem, pelo contrário, imensa importância, ou melhor: tudo depende disso.

ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco: tradução de Leonel Vallandro e Gerd Bornheim da versão inglesa de W.D. Ross (Os pensadores). 4. ed. São Paulo: Nova Cultural, 1991, p.29-30. 

Assinale a alternativa em que se justifica corretamente o uso do acento grave na seguinte frase:


“Por exemplo, à pedra, que por natureza se move para baixo, não se pode imprimir o hábito de ir para cima [...]”

Alternativas
Ano: 2017 Banca: Marinha Órgão: CFN Prova: Marinha - 2017 - CFN - Soldado Fuzileiro Naval |
Q868956 Português

Considere a frase:


“Distraído, o pai não reparou que ele juntava ação às palavras (...)” – linhas 12 e 13.


Observe que o acento indicativo de crase foi utilizado corretamente. Para que as frases abaixo fiquem igualmente corretas, preencha as lacunas utilizando o mesmo acento, quando necessário, e assinale a alternativa correta.


“Comunico __ V.Sa. que encaminhamos __ petição anexa __ Divisão de Pagamento que está apta __ prestar __ informações solicitadas.”

Alternativas
Q866038 Português

Assinale a opção que completa corretamente as lacunas das sentenças abaixo.


Preciso informar _______ Vossa Excelência que, quanto _____ revisão dos cálculos, ________ medidas serão tomadas daqui ______ dois meses.

Alternativas
Respostas
181: C
182: B
183: B
184: E
185: A
186: E
187: A
188: C
189: A
190: A
191: B
192: C
193: A
194: C
195: D
196: A
197: D
198: B
199: A
200: E