Questões Militares Sobre figuras de linguagem em português

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Q1692138 Português
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- Em uma coletânea intitulada Os cem menores contos brasileiros do século, Cíntia Moscovich, ao ser convidada para produzir um conto com até cinquenta palavras, escreveu:
Uma vida inteira pela frente. O tiro veio por trás.
Considerando os textos I, II e III apresentados nesta prova e o microconto acima, assinale a alternativa que apresenta um comentário correto acerca deles.
Alternativas
Ano: 2021 Banca: UERJ Órgão: CBM-RJ Prova: UERJ - 2021 - CBM-RJ - Aspirante |
Q1679576 Português
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Pouco após a morte de dona Carmelita, aos 94 anos, os moradores de um pequeno povoado localizado no sertão brasileiro, chamado Bacurau, descobrem que a comunidade não consta mais em qualquer mapa. Aos poucos, percebem algo estranho na região: enquanto drones passeiam pelos céus, estrangeiros chegam à cidade pela primeira vez. Quando carros se tornam vítimas de tiros e cadáveres começam a aparecer, os habitantes chegam à conclusão de que estão sendo atacados. Falta identificar o inimigo e criar coletivamente um meio de defesa. Esse é o enredo do filme Bacurau, dirigido por Kleber Mendonça, que estreou em 2019 e obteve grande sucesso de bilheteria.
Adaptado de adorocinema.com.

A violência que o filme vinga, passada, presente e futura, é aquela que existe nas fronteiras do capitalismo e do Estado. É a violência a que estão expostos aqueles que, sem nunca serem incluídos por completo nem nos serviços públicos nem no mercado, podem a qualquer momento se tornar objetos do poder político ou do interesse econômico. É a violência que ronda os “involuntários da pátria”, na expressão certeira de Eduardo Viveiros de Castro: indígenas acossados pela fronteira extrativa, camponeses cercados por posseiros e jagunços, favelados ameaçados pela especulação imobiliária, pela polícia, pela milícia.
RODRIGO NUNES Adaptado de brasil.elpais.com, 05/10/2019.
A partir da análise de Rodrigo Nunes, a condição cartográfica do povoado fictício indica, como metáfora, o seguinte aspecto:
Alternativas
Q1675665 Português

Leia este texto.


Três náufragos cegos: Homero, Joyce e Borges, à deriva num mar de palavras. Seu navio bateu numa metáfora – a ponta de um iceberg – e foi ao fundo. Seu bote salva-vidas é levado por uma corrente literária para longe das rotas mais navegadas, eles só serão encontrados se críticos e exegetas da guarda-costeira, que patrulham o mar, os descobrirem na vastidão azul das línguas e os resgatarem de helicóptero. E, mesmo assim, se debaterão contra o salvamento. São cegos difíceis.


VERÍSSIMO, Luís Fernando. A eterna privação do zagueiro

absoluto – as melhores crônicas de futebol, cinema e literatura.

Rio de Janeiro: Objetiva, 1999. p. 167.

Considerando os recursos metafóricos que integram o processo de composição desse texto literário, assinale a alternativa em que não há uma metáfora.
Alternativas
Ano: 2018 Banca: INSTITUTO AOCP Órgão: PM-ES Prova: INSTITUTO AOCP - 2018 - PM-ES - Soldado |
Q1667070 Português

TEXTO II

Por que essa pressa?

Walcyr Carrasco


    Ando surpreso. De uns tempos para cá, as pessoas parecem estar perdendo a noção de fila. Para embarcar no aeroporto, nem se diga! Assim que o voo é chamado, sempre há um grupo de passageiros que se amontoa em frente à entrada. Crianças, idosos e deficientes têm preferência no embarque, mas poucos conseguem chegar na frente. Detalhe: os lugares são marcados previamente. Por que a pressa?

    Imagino como sofre o caixa de um bar, tendo de atender várias pessoas que gritam ao mesmo tempo. Em metrô, é um sufoco. O correto seria esperar que saia quem vai desembarcar. Tentei fazer isso no horário de pico. Fui empurrado, levei uma cotovelada na orelha e ainda me xingaram! Uma loucura! Quem quer sair empurra, quem quer entrar empurra mais!

    Até entre os elegantes, reina a confusão! Fui a uma festa. Serviram o jantar em um bufê, com comida farta, de dar água na boca. Os mais educadinhos foram se servindo em fila. Dali a pouco entrou uma perua no meio, estendendo as unhas pintadas:

    – Deixa eu pegar só uma saladinha!

    Pronto! Outro voou para o prato quente, furando todo mundo. A fila parou. Dois ou três aproveitaram a deixa para se servir, espetando quem estava na frente com os garfos. […] Quando chego a um restaurante e avisam que tem espera, vou embora. Ninguém respeita ordem de chegada. A começar dos maîtres, que dão preferência a clientes fiéis, conhecidos... seja lá quem for. É justo que um cliente tenha suas vantagens. Mas, então, por que não reservar a mesa com antecedência? […]

    Elevador, então, nem se fala. Elevadores, aliás, transformaram-se num purgatório. Não é inferno porque um dia a gente sai. Os espaçosos espremem os mais corteses. Nunca falta quem use um perfume fortíssimo, desses de deixar a cabeça tonta. Tudo seria passável se ao menos fosse possível entrar e sair de um elevador cheio sem passar por cenas de pugilato. Mesmo porque, como nos metrôs, quem vai entrar nunca deixa os outros desembarcar!

    É impossível que todo mundo tenha sempre tanta pressa. Minha impressão é que, com o stress da vida moderna, as pessoas andam esquecendo as regras mínimas do bem viver.

Adaptado de:<http://www.itatiaia.com.br/blog/jose-lino-souza-barros/por-que-essa-pressa-texto-de-walcyr-carrasco> . Acesso em: 24 fev. 2018.

Assinale a alternativa em que seja utilizada uma metáfora no trecho apresentado.
Alternativas
Q1665236 Português

A tira a seguir, do rato Níquel Náusea, de Fernando Gonsales, é referência para a questão.



Assinale a alternativa que identifica corretamente o recurso linguístico empregado para conferir efeito humorístico à tirinha.
Alternativas
Q1665230 Português

    Diverti-me imensamente com a história dos imbecis da web. Para quem não acompanhou, foi publicado em alguns jornais e também on-line que no curso de uma chamada lectio magistralis em Turim eu teria dito que a web está cheia de imbecis. É falso. A lectio era sobre um tema completamente diferente, mas isso mostra como as notícias circulam e se deformam entre os jornais e a web. A história dos imbecis surgiu numa conferência de imprensa durante a qual, respondendo a uma pergunta que não me lembro mais, fiz uma observação de puro bom senso. Admitindo que em 7 bilhões de habitantes exista uma taxa inevitável de imbecis, muitíssimos deles costumavam comunicar seus delírios aos íntimos ou aos amigos do bar – e assim suas opiniões permaneciam limitadas a um círculo restrito. Hoje uma parte consistente dessas pessoas tem a possibilidade de expressar as próprias opiniões nas redes sociais e, portanto, tais opiniões alcançam audiências altíssimas e se misturam com tantas outras ideias expressas por pessoas razoáveis.

    [...]

    É justo que a rede permita que mesmo quem não diz coisas sensatas se expresse, mas o excesso de besteira congestiona as linhas. E algumas reações descompensadas que vi na internet confirmam minha razoabilíssima tese. Alguém chegou a dizer que, para mim, as opiniões de um tolo e aquelas de um ganhador do prêmio Nobel têm a mesma evidência e não demorou para que se difundisse viralmente uma inútil discussão sobre o fato de eu ter ou não recebido um prêmio Nobel – sem que ninguém consultasse sequer a Wikipédia.

(Umberto Eco – Os imbecis e a imprensa responsável, 2017.)

Com base no texto de Eco, é correto afirmar:
Alternativas
Q1663243 Português

TEXTO III

Mulheres de Atenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Vivem pros seus maridos

Orgulho e raça de Atenas


Quando amadas, se perfumam

Se banham com leite, se

Arrumam

Suas melenas

Quando fustigadas não choram

Se ajoelham, pedem, imploram

Mais duras penas; cadenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Sofrem pros seus maridos

Poder e Força de Atenas

(...) 


Elas não têm gosto ou vontade

Nem defeito, nem qualidade

Têm medo apenas

Não têm sonhos, só têm

Presságios

O seu homem, mares,

Naufrágios Lindas sirenas, morenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Temem por seus maridos

Heróis e amantes de Atenas


As jovens viúvas marcadas

E as gestantes abandonadas

Não fazem cenas

Vestem-se de negro, se

Encolhem

Se conformam e se recolhem

Às suas novenas, serenas

(HOLANDA, Chico Buarque de. Meus caros amigos. LP, 1976.

Phonogram/Philips)

Considere as afirmativas acerca da canção de Chico Buarque, texto III.


I. Na segunda estrofe, há a presença de uma gradação que reforça o grau de submissão da postura feminina.

II. Todas as ocorrências do pronome “se”, ao longo do texto, justificam-se pelo seu teor de reflexividade, realçando, assim, as ações e os gestos próprios das mulheres.

III. Os últimos versos da 1ª e 3ª estrofes destacam atributos da cidade de Atenas, por meio da utilização de prosopopeia, recurso recorrente em textos poéticos e musicais.

IV. Na quarta estrofe, há uma estrutura antitética que se dá no plano imaginário e inconsciente das mulheres.


Estão corretas apenas

Alternativas
Q1663181 Português
As escolhas das palavras e expressões são estratégias importantes na construção semântica do texto, principalmente em se tratando de um texto literário em que os vocábulos são, minuciosamente, selecionados. A partir disso, assinale a alternativa que apresenta informação INCORRETA quanto ao texto de Dalton Trevisan.
Alternativas
Q1662140 Português



TEXTO III

Mulheres de Atenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Vivem pros seus maridos

Orgulho e raça de Atenas


Quando amadas, se perfumam

Se banham com leite, se

Arrumam

Suas melenas

Quando fustigadas não choram

Se ajoelham, pedem, imploram

Mais duras penas; cadenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Sofrem pros seus maridos

Poder e Força de Atenas

(...)


Elas não têm gosto ou vontade

Nem defeito, nem qualidade

Têm medo apenas

Não têm sonhos, só têm

Presságios

O seu homem, mares,

Naufrágios

Lindas sirenas, morenas


Mirem-se no exemplo

Daquelas mulheres de Atenas

Temem por seus maridos

Heróis e amantes de Atenas


As jovens viúvas marcadas

E as gestantes abandonadas

Não fazem cenas

Vestem-se de negro, se

Encolhem

Se conformam e se recolhem

Às suas novenas, serenas

(HOLANDA, Chico Buarque de. Meus caros amigos. LP, 1976.

Phonogram/Philips)




Assinale a alternativa que analisa de modo INCORRETO a relação entre sentido e construção linguística dos textos desta prova.
Alternativas
Q1662138 Português
Considerando os elementos visuais e verbais do texto V e VI, é correto afirmar que
Alternativas
Q1658510 Português

Soneto à Lua

Augusto Frederico Schmidt

Vens chegando de longe, tão cansada,

Tão frágil e tão pálida vens vindo,

Que pareces, ó doce Lua amiga,

Vir impelida pelo vento leve.

Pelo vento gentil que está soprando

Tu pareces tangida, como um barco

Com as suas louras velas enfunadas,

E vens a navegar nos altos mares...

Atravessando campos e cidades,

Quantas artes e sortes não fizeste,

Ó triste Lua dos enamorados!

Quantas flores e virgens distraídas

Não seduziste para a estranha viagem

Por esse mar de amor, cheio de abismos!

CEGALLA, D. P., Novíssima Gramática da Língua Portuguesa, 2008.

Vocabulário:

Enfunadas: infladas;

Impelida: empurrada;

Tangida: tocada. 

Com relação às Figuras de Linguagem presentes no “Soneto à Lua”, assinale a alternativa que apresenta a exemplificação correta.
Alternativas
Q1658369 Português
A personificação é uma figura pela qual se faz os seres inanimados ou irracionais agirem e sentirem como pessoas humanas. Por meio dessa figura, também chamada prosopopeia e animização, empresta-se vida e ação a seres inanimados. A hipérbole é uma figura de pensamento que consiste em uma afirmação exagerada, uma deformação da verdade que visa a um efeito expressivo. A alternativa que contém os dois tipos de figura, uma em cada período, respectivamente, é
Alternativas
Q1613981 Português
Na Língua Portuguesa, há determinadas palavras que podem apresentar uma multiplicidade de significados, de acordo com seu contexto de uso.
A partir desse conceito, leia o texto a seguir.
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A esse respeito, é correto afirmar que o conceito apresentado se aplica à palavra “sonho”, não só por apresentar sentido ambíguo perceptível no texto da propaganda, como também porque no seu emprego identifica-se um fato linguístico denominado
Alternativas
Q1610378 Português

Leia:


Mulher Tupperware - s.f. A que tem orgulho de ser mulher. Que é ousada e audaciosa. Contemporânea. Vencedora. Que tem objetivos de vida e luta por eles. Sintonizada com seu tempo. Que rejeita imitações. Que aprecia o belo e o poético! (Da sabedoria popular) Revista Veja, 5 mar, 1997


Em relação à expressão em destaque no texto publicitário acima, observa-se a presença da seguinte figura de linguagem:



Alternativas
Q1610375 Português

Vergonha de viver


Clarice Lispector


    Há pessoas que têm vergonha de viver: são os tímidos, entre os quais me incluo. Desculpem, por exemplo, estar tomando lugar no espaço. Desculpem eu ser eu. Quero ficar só! grita a alma do tímido que só se liberta na solidão. Contraditoriamente quer o quente aconchego das pessoas. (...)

   Sempre fui uma tímida muito ousada. Lembro-me de quando há muitos anos fui passar férias numa grande fazenda. Ia-se de trem até uma pequeníssima estação deserta. Donde se telefonava para a fazenda que ficava a meia hora dali, num caminho perigosíssimo, rude e tosco (...). Telefonei para a fazenda e eles me perguntaram se queria carro ou cavalo. Eu disse logo cavalo. E nunca tinha montado na vida.

   Foi tudo muito dramático. Caiu uma grande chuva de tempestade furiosa e fez-se subitamente noite fechada. Eu, montada no belo cavalo, nada enxergava a minha frente. Mas os relâmpagos revelavam-me verdadeiros abismos. (...) E eu, ensopada, morria de medo: sabia que corria risco de vida. Quando finalmente cheguei à fazenda, não tinha força de desmontar (...).

    De 12 para 13 anos mudamo-nos do Recife para o Rio, a bordo de um navio inglês. Eu não sabia ainda inglês. Mas escolhia no cardápio ousadamente os nomes de comida mais complicados. (...) 

    Com sete anos eu mandava histórias e histórias para a seção infantil que saía às quintas-feiras num diário. Nunca foram aceitas. E eu, teimosa, continuava escrevendo. (...)


www.cronicabrasileira.org.br


A questão referem-se ao texto acima.


Em relação aos recursos de escrita utilizados pela autora, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1370292 Português

TEXTO VII

INCLUIR É VIVER A BELEZA DA DIVERSIDADE


Incluir é viver a beleza da diversidade,

É respeitar as nossas muitas diferenças.

É superar limites

E compreender nossas distintas realidades. 


Incluir é agir.


Incluir é aprender hoje, amanhã e sempre

A conviver com nossas incompletudes,

Acreditando que podemos evoluir

Se para isso conjugarmos o verbo agir


Incluir é sentir.


Incluir é verbo/ação pela busca de irmos além

Da simples integração e aceitação: é movimento

De inteireza, de inteira interação,

De corpo, alma e sentimento. 


Incluir é viver acreditando que como humanos,

Podemos sempre seguir adiante:

Se nossa realidade imediata nos limita,

Boas doses de sonho alimentam um outro dia.


Incluir è aprender.

Incluir é viver.


Incluir é aprender a estar em processo

Dinâmico e permanente de busca, de

aprimoramento

Sabendo-se ser, toda hora, todo dia

Ser em construção

Aprendendo com Ana, Paula, Maria, Pedro, Antonia, Freire e João.


Incluir é pensar.


Incluir é verbo/ação quando juntos estamos,

Em qualquer idade,

Agindo, sendo, vivendo e pensando

No como fazer para (re) aprender

A viver com amorosidade.


Incluir é verbo/ação quando deixarmos

Um pouco de lado o simples falar

E passarmos com amor, coragem,

Ideal e muita vontade, a agir.


Incluir é agir.

(Autor: João Beauclair)

Considerando o texto de João Beauclair, responda o que se pede.
I. A inclusão acontece por meio do aprender, do pensar e do atuar. II. Ao especificar "Aprendendo com Ana, Paula, Maria, Pedro, Antonia, Freire e João.”, o eu- -lírico busca estabelecer que o conhecimento pertence a determinadas pessoas. III. A inclusão ocorrerá aceitando-se a realidade e aguardando a concretização do sonho que alimentará outros dias. IV. O uso da expressão, “Se para isso conjugarmos o verbo agir'' no 4a verso da 3a estrofe, aponta, por meio de uma metáfora, uma condição para evoluir. V. O uso predominante das formas verbais no infinitivo sugere que as ações expressas por elas remetem, de modo unânime, a todas as pessoas.

Dentre as alternativas, assinale aquela que representa as assertivas corretas.
Alternativas
Q1365331 Português
As palavras que aparecem no terceiro quadrinho do Texto 4 podem ser classificadas como:
Alternativas
Q1355876 Português
A pipa e a flor
   
    ... Era uma vez uma pipa. O menino que a fez estava alegre, e imaginou que a pipa também estaria. Por isso fez nela uma cara risonha, colando tiras de papel de seda vermelho: dois olhos, um nariz, uma boca...
    Ò pipa boa: levinha, travessa, subia alto...
    Gostava de brincar com o perigo, vivia zombando dos fios e dos galhos das árvores.
    Mas aconteceu um dia, ela estava começando a subir, correndo de um lado para o outro no vento, olhou para baixo e viu, lá no quintal, uma flor. Ela já tinha encontrado muitas flores. Só que desta vez os seus olhos e os olhos da fior se encontraram, e ela sentiu uma coisa estranha. Não, não era a beleza da flor. Já vira outras, mais belas. Eram os olhos...
    A pipa ficou enfeitiçada. Não mais queria ser pipa. Só queria ser uma coisa: fazer o que a florzinha quisesse. Ah! Ela era tão maravilhosa. Que felicidade se pudesse ficar de mãos dadas com ela, pelo resto dos seus dias...
    E assim, resolveu mudar de dono. Aproveitando-se de um vento forte, deu um puxão repentino na linha, ela arrebentou e a pipa foi cair, devagarinho, ao lado da flor.
    E deu a linha para ela segurar.
    Ela segurou forte.
   Agora, sua linha nas mãos da flor, a pipa pensou que voar seria muito mais gostoso. Lá de cima conversaria com ela, e ao voltar lhe contaria estórias para que ela dormisse. E ela pediu:
    - Florzinha, me solta...
     E a florzinha soltou.
    A pipa subiu bem alto e seu coração bateu feliz. Quando se está lá no alto é bom saber que há alguém esperando, lá embaixo.
    (...)
(ALVES, Rubem. A pipa e a flor. São Paulo: Loyola, 2004, p. 12-24)
Assinale a opção que apresenta a figura de linguagem empregada predominantemente no texto quando narrado o encontro da pipa com a flor.
Alternativas
Q1353324 Português
Hortelã


Neto, Paulo. Poesia Futebol Clube e outros poemas. São Paulo: formato, 2007. P.22
In CEREJA Willian Roberto. Português:Linguagens 7. 9ed. São Paulo. Saraiva, 2015.

A partir de uma leitura atenta do texto, marque a única assertiva correta.
Alternativas
Q1346311 Português

Sobre a linguagem do texto 4, marque o item correto.

I. A linguagem apresentada no texto é predominantemente coloquial.

II. “A vela no breu” (versos 21 e 43) traz uma ideia antitética.

III. Em “atropelando os sinais” (verso 24), percebe-se a presença de conotação.

IV. O poeta faz uma relação de similaridade entre as ideias contidas nos versos 43 e 44: “vela” como “chama” e “breu” como “diferença”.

V. Os vocábulos “crença” (verso 6) e “compreensão” (verso 16) apresentam sinonímia perfeita.

O item que contém as afirmativas corretas é

Alternativas
Respostas
81: D
82: C
83: A
84: E
85: D
86: C
87: C
88: A
89: B
90: B
91: B
92: E
93: D
94: D
95: A
96: A
97: B
98: C
99: C
100: A