Questões Militares de Português - Interpretação de Textos

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Q1901453 Português
Leia atentamente o trecho, à esquerda, do conto “A mão no ombro” e, em seguida, assinale, à direita, a alternativa CORRETA.
Deixou cair a folha seca, enfurnou as mãos nos bolsos e seguiu pisando com a mesma prudência da estátua. Contornou o tufo de begônias, vacilou entre os dois ciprestes (mas o que significava essa estátua?) e enveredou por uma alameda que lhe pareceu menos sombria. Um jardim inocente.
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Q1901452 Português
Leia atentamente, à esquerda, os versos destacados de “Amar”, da seção “AMAR-AMARO”. Em seguida, assinale, à direita, a alternativa CORRETA.
Este o nosso destino: amor sem conta, distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas, doação ilimitada a uma completa ingratidão, e na concha vazia do amor a procura medrosa, paciente, de mais e mais amor. 
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Q1901450 Português
Para apresentar a sua Antologia poética, Carlos Drummond de Andrade escreveu: “Algumas poesias caberiam talvez em outra seção que não a escolhida, ou em mais de uma. A razão da escolha está na tônica da composição, ou no engano do autor.” (“Informação – NOTA DA PRIMEIRA EDIÇÃO”). Diante do trecho citado, é possível afirmar que 
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Q1901449 Português
Assinale a alternativa que confirma a seguinte afirmação: a poética de Drummond mantém uma relação ambígua com a memória, com traços de esperança, embora sem saudosismo ou idealização.  
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Q1901448 Português
Leia atentamente, à esquerda, a primeira estrofe de “Morte do leiteiro”, da seção “NA PRAÇA DE CONVITES”. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
 Há pouco leite no país, é preciso entregá-lo cedo. Há muita sede no país, é preciso entregá-lo cedo. Há no país uma legenda, que ladrão se mata com tiro. 
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Q1901447 Português
Leia atentamente, à esquerda, o trecho destacado de Numa e a ninfa e assinale, à direita, a alternativa que a caracteriza INCORRETAMENTE. 
A Cidade Nova dança à francesa ou à americana e ao som do piano. Há por lá até o célebre tipo do pianista, tão amaldiçoado, mas tão aproveitado que bem se induz que é ocultamente querido por toda a cidade. É um tipo bem característico, bem função do lugar, o que vem a demonstrar que o ‘cateretê’ não é bem do que a Cidade Nova gosta. 
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Q1901446 Português
Leia atentamente o trecho destacado de Numa e a ninfa e o compare às declarações de I a III. Em seguida, assinale a alternativa CORRETA.
Era a política, era Campelo a garantir-lhe a impunidade e, mais alto, os protetores de Campelo dando a este mão forte e prestígio… Se o Estado é uma coação organizada, essa coação cessava por abdicação do próprio Estado… Era o ruir de tudo… Onde nos levaria tudo isso?… A sua colaboração não seria criminosa? Tinha direito perante a sua própria consciência de contribuir para semelhante ruína? Sentiu perfeitamente que esse afrouxamento da lei e da autoridade tinha por fim recrutar dedicações aos ambiciosos antipáticos à opinião. A coação legal do Estado fizera-se, para uma mascarada eleitoral, ameaça de valentão…
I. O narrador usa o discurso direto para se distanciar da personagem.
II. O discurso indireto é usado unicamente para explicitar ao leitor as certezas da personagem.
III. O uso do discurso indireto livre não é evidenciado pela falta de referência direta aos pensamentos da personagem.
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Q1901445 Português
Identifique a CORRETA caracterização do narrador de Numa e a ninfa. 
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Q1901444 Português
Acerca das personagens Numa e Lucrécio Barba de Bode, de Numa e a ninfa, é possível afirmar CORRETAMENTE que
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Q1901443 Português
Em Numa e a ninfa, o episódio (cap. 10) das contínuas interrupções do deputado Júlio Barroso no parlamento ilustra  
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Q1893073 Português
A linguagem literária é, eminentemente, conotativa e encontra nas figuras de estilo uma forma de manifestação. Analise as figuras de estilo presentes nos trechos a seguir e assinale a alternativa em que a figura de estilo empregada pelo eu lírico é a gradação.
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Q1893068 Português

Um persistente cio


É muito interessante observar o quanto a ditadura da velocidade e do “não tenho tempo a perder” retira do cotidiano das metrópoles uma das mais profundas maneiras de aproveitar, de fato, o tempo: a necessária paciência para a fruição, quase degustação lenta, dos movimentos de busca intensa do prazer originário do universo da leitura. Essa insana tacocracia, vivida sem reflexão, produz uma amarga rejeição à eroticidade inerente aos momentos nos quais é preciso entrar no cio emanado da leitura prazerosa, do mergulho intencional e povoadamente solitário que nos atinge quando nos abandonamos aos sussurros que vêm de dentro.

Há frase mais tola do que a daquele ou daquela que diz “acho que, para passar (ou matar) o tempo, vou ler alguma coisa”? Ler um livro para matar o tempo? Não! Afonso Arinos, importante jurista mineiro, mais conhecido por ser autor da primeira lei contra a discriminação racial, que também era escritor (ingressou na Academia Brasileira de Letras em 1958, mesmo ano em que foi eleito senador), escreveu em A Escalada que “domar o tempo não é matá-lo, é vivê-lo”.

Viver o tempo! Vivificálo, tornálo substantivo e desfrutável. Ora, nada como um bom livro para fazer pulsar a vida no nosso interior, vida essa que, quando absortos na leitura, nos faz esquecer a fluidez temporal e nos permite suspender provisoriamente a mortalidade e a finitude.

Mas o que é um bom livro? A subjetividade da resposta é evidente. No entanto, é possível estabelecer um critério: um bom livro é aquele que emociona você, isto é, aquele que produz sentimentos vitais, que gera perturbações, que comove, abala ou impressiona. Em outras palavras, um bom livro é aquele que, de alguma maneira, afeta você e o impede que passe adiante incólume.

A emoção do bom livro é tão imensa que se torna, lamentavelmente, irrepetível. Álvaro Lins, crítico literário pernambucano que chegou a chefiar a Casa Civil do governo JK, fez uma reflexão que expressa uma parte dessa contraditória agonia: “Ah, a tristeza de saber, no fim da leitura de certos livros, que nunca mais os leremos pela primeira vez, que não se repetirá jamais a sensação da primeira leitura, que não teremos renovada a felicidade de ignorá-los num dia e conhecê-los no dia seguinte”.

Assim – mesmo que quase tudo hoje em dia dificulte a urgência de vivificar com uma boa leitura, especialmente a estafa resultante do desequilíbrio e da correria incessante –, muitos não se deixam humilhar pelos assassinos do tempo; para impedir a vitória da mediocridade espiritual, há os que cantam com Djavan – na belíssima “Faltando um Pedaço” – e sabem que “o cio vence o cansaço”.


CORTELLA, Mário Sérgio. Um persistente cio. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/ eq2609200226.htm. Acesso em: 10 ago. 2021. [Fragmento]

Do ponto de vista de sua tipologia, o texto é predominantemente argumentativo porque
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Q1893067 Português

Um persistente cio


É muito interessante observar o quanto a ditadura da velocidade e do “não tenho tempo a perder” retira do cotidiano das metrópoles uma das mais profundas maneiras de aproveitar, de fato, o tempo: a necessária paciência para a fruição, quase degustação lenta, dos movimentos de busca intensa do prazer originário do universo da leitura. Essa insana tacocracia, vivida sem reflexão, produz uma amarga rejeição à eroticidade inerente aos momentos nos quais é preciso entrar no cio emanado da leitura prazerosa, do mergulho intencional e povoadamente solitário que nos atinge quando nos abandonamos aos sussurros que vêm de dentro.

Há frase mais tola do que a daquele ou daquela que diz “acho que, para passar (ou matar) o tempo, vou ler alguma coisa”? Ler um livro para matar o tempo? Não! Afonso Arinos, importante jurista mineiro, mais conhecido por ser autor da primeira lei contra a discriminação racial, que também era escritor (ingressou na Academia Brasileira de Letras em 1958, mesmo ano em que foi eleito senador), escreveu em A Escalada que “domar o tempo não é matá-lo, é vivê-lo”.

Viver o tempo! Vivificálo, tornálo substantivo e desfrutável. Ora, nada como um bom livro para fazer pulsar a vida no nosso interior, vida essa que, quando absortos na leitura, nos faz esquecer a fluidez temporal e nos permite suspender provisoriamente a mortalidade e a finitude.

Mas o que é um bom livro? A subjetividade da resposta é evidente. No entanto, é possível estabelecer um critério: um bom livro é aquele que emociona você, isto é, aquele que produz sentimentos vitais, que gera perturbações, que comove, abala ou impressiona. Em outras palavras, um bom livro é aquele que, de alguma maneira, afeta você e o impede que passe adiante incólume.

A emoção do bom livro é tão imensa que se torna, lamentavelmente, irrepetível. Álvaro Lins, crítico literário pernambucano que chegou a chefiar a Casa Civil do governo JK, fez uma reflexão que expressa uma parte dessa contraditória agonia: “Ah, a tristeza de saber, no fim da leitura de certos livros, que nunca mais os leremos pela primeira vez, que não se repetirá jamais a sensação da primeira leitura, que não teremos renovada a felicidade de ignorá-los num dia e conhecê-los no dia seguinte”.

Assim – mesmo que quase tudo hoje em dia dificulte a urgência de vivificar com uma boa leitura, especialmente a estafa resultante do desequilíbrio e da correria incessante –, muitos não se deixam humilhar pelos assassinos do tempo; para impedir a vitória da mediocridade espiritual, há os que cantam com Djavan – na belíssima “Faltando um Pedaço” – e sabem que “o cio vence o cansaço”.


CORTELLA, Mário Sérgio. Um persistente cio. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/ eq2609200226.htm. Acesso em: 10 ago. 2021. [Fragmento]

Leia estes trechos destacados do texto e suas respectivas reescritas:
I. “Em outras palavras, um bom livro é aquele que, de alguma maneira, afeta você e o impede que passe adiante incólume.”    Em outros termos, um bom livro é aquele que, de algum modo, abala você e evita que você passe adiante ileso.
II. “Essa insana tacocracia, vivida sem reflexão, produz uma amarga rejeição à eroticidade inerente aos momentos nos quais é preciso entrar no cio emanado da leitura prazerosa”.    Essa insensata ditadura da velocidade, vivida irrefletidamente, produz uma amarga repulsa à eroticidade intrínseca aos momentos nos quais é preciso entrar no cio advindo da leitura prazerosa.
III. “Nada como um bom livro para fazer pulsar a vida no nosso interior, vida essa que, quando absortos na leitura, nos faz esquecer a fluidez temporal”.     Nada como um bom livro para fazer aquietar a vida no nosso íntimo, vida essa que, quando fatigados na leitura, nos faz olvidar o dimanar do tempo.
Houve alteração de sentido na reescrita do trecho destacado no(s) item(ns)
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Q1893065 Português

Um persistente cio


É muito interessante observar o quanto a ditadura da velocidade e do “não tenho tempo a perder” retira do cotidiano das metrópoles uma das mais profundas maneiras de aproveitar, de fato, o tempo: a necessária paciência para a fruição, quase degustação lenta, dos movimentos de busca intensa do prazer originário do universo da leitura. Essa insana tacocracia, vivida sem reflexão, produz uma amarga rejeição à eroticidade inerente aos momentos nos quais é preciso entrar no cio emanado da leitura prazerosa, do mergulho intencional e povoadamente solitário que nos atinge quando nos abandonamos aos sussurros que vêm de dentro.

Há frase mais tola do que a daquele ou daquela que diz “acho que, para passar (ou matar) o tempo, vou ler alguma coisa”? Ler um livro para matar o tempo? Não! Afonso Arinos, importante jurista mineiro, mais conhecido por ser autor da primeira lei contra a discriminação racial, que também era escritor (ingressou na Academia Brasileira de Letras em 1958, mesmo ano em que foi eleito senador), escreveu em A Escalada que “domar o tempo não é matá-lo, é vivê-lo”.

Viver o tempo! Vivificálo, tornálo substantivo e desfrutável. Ora, nada como um bom livro para fazer pulsar a vida no nosso interior, vida essa que, quando absortos na leitura, nos faz esquecer a fluidez temporal e nos permite suspender provisoriamente a mortalidade e a finitude.

Mas o que é um bom livro? A subjetividade da resposta é evidente. No entanto, é possível estabelecer um critério: um bom livro é aquele que emociona você, isto é, aquele que produz sentimentos vitais, que gera perturbações, que comove, abala ou impressiona. Em outras palavras, um bom livro é aquele que, de alguma maneira, afeta você e o impede que passe adiante incólume.

A emoção do bom livro é tão imensa que se torna, lamentavelmente, irrepetível. Álvaro Lins, crítico literário pernambucano que chegou a chefiar a Casa Civil do governo JK, fez uma reflexão que expressa uma parte dessa contraditória agonia: “Ah, a tristeza de saber, no fim da leitura de certos livros, que nunca mais os leremos pela primeira vez, que não se repetirá jamais a sensação da primeira leitura, que não teremos renovada a felicidade de ignorá-los num dia e conhecê-los no dia seguinte”.

Assim – mesmo que quase tudo hoje em dia dificulte a urgência de vivificar com uma boa leitura, especialmente a estafa resultante do desequilíbrio e da correria incessante –, muitos não se deixam humilhar pelos assassinos do tempo; para impedir a vitória da mediocridade espiritual, há os que cantam com Djavan – na belíssima “Faltando um Pedaço” – e sabem que “o cio vence o cansaço”.


CORTELLA, Mário Sérgio. Um persistente cio. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/fsp/equilibrio/ eq2609200226.htm. Acesso em: 10 ago. 2021. [Fragmento]

Na construção desse texto, o autor defende que
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Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879447 Português
Leia um fragmento da Carta de Pero Vaz de Caminha, a seguir. (A imagem é meramente ilustrativa) 

Imagem associada para resolução da questão

Fonte: https://www.culturagenial.com/carta-pero-vaz-de-caminha/ 

“Nela, até agora, não pudemos saber que haja ouro, nem prata, nem coisa alguma de metal ou ferro; nem lho vimos. Porém a terra em si é de muito bons ares [...]. Porém o melhor fruto que dela se pode tirar me parece que será salvar esta gente.”
(Carta de Pero Vaz de Caminha. In: MARQUES, A.; BERUTTI, F.; FARIA, R. História moderna através de textos. São Paulo: Contexto, 2001.)

Nesse trecho, o relato de Caminha alinha-se ao projeto colonizador da Coroa Portuguesa para a nova terra, pois, essencialmente,

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Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879442 Português

Observe a tira do Calvin a seguir.


Imagem associada para resolução da questão


A função da linguagem predominante na fala de Calvin, por testar o canal de contato com outra pessoa, é a: 

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Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879441 Português

Leia a seguir os versos de João Cabral Melo Neto.



“Está apenas em que a terra

é por aqui mais macia;

está apenas no pavio,

ou melhor, na lamparina:”



O valor semântico correto para a expressão destacada (sublinhada) é de:

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Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879440 Português

TEXTO a ser utilizado para responder a questão.



“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (Trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis)

Neste trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis o autor-personagem faz uma comparação com Moisés. Essa comparação é baseada em ambos:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879439 Português

TEXTO a ser utilizado para responder a questão.



“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (Trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis)

Qual a diferença entre “AUTOR DEFUNTO” e “DEFUNTO AUTOR”?
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Exército Órgão: EsSA Prova: Exército - 2021 - EsSA - Sargento - Geral |
Q1879438 Português

TEXTO a ser utilizado para responder a questão.



“Algum tempo hesitei se devia abrir estas memórias pelo princípio ou pelo fim, isto é, se poria em primeiro lugar o meu nascimento ou a minha morte. Suposto o uso vulgar seja começar pelo nascimento, duas considerações me levaram a adotar diferente método: a primeira é que eu não sou propriamente um autor defunto, mas um defunto autor, para quem a campa foi outro berço; a segunda é que o escrito ficaria assim mais galante e mais novo. Moisés, que também contou a sua morte, não a pôs no intróito, mas no cabo: diferença radical entre este livro e o Pentateuco.” (Trecho do livro “Memórias Póstumas de Brás Cubas” de Machado de Assis)

O autor personagem decidiu iniciar sua narrativa pelo fim, pois:
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Respostas
801: A
802: C
803: B
804: B
805: B
806: E
807: E
808: A
809: E
810: C
811: A
812: D
813: C
814: B
815: D
816: E
817: A
818: B
819: C
820: D