Questões Militares de Português - Interpretação de Textos

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Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PM-SP Prova: FGV - 2022 - PM-SP - Soldado da Polícia Militar |
Q1963646 Português

Atenção: a questão deve ser respondida a partir do Texto I.



Texto I


“É preciso fazer uma reflexão. O turismo e os turistas que chegam a Florianópolis causam uma agonia. A invasão das praias mostra um retrato do Brasil popular, mas sem nenhuma delicadeza. Me sinto encurralado pelos hábitos de mal gosto de grande parcela dos turistas que acham que som alto à beira mar e lixo jogado em todo canto fazem parte do relax das férias. Não compreendo essa identidade do brasileiro do quanto mais bagunçado melhor. Tudo pode em nome da liberdade individual e do politicamente correto. E não bastasse o comportamento dos que chegam de fora, os locais acabam cooperando, liberando seus instintos, juntando-se à bagunça geral. E os preços então? Uma explosão numérica sem limites. Mas enfim, deve ser essa a tão sonhada identidade brasileira.”

(PRATA, Anselmo. Turismo em Santa Catarina – Vale a pena? Disponível em https://www.ronaud.com/sociedade/turismo-em-santa-catarina/)


Assinale a opção que apresenta o aspecto que não faz parte da “tão sonhada identidade brasileira”.
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PM-SP Prova: FGV - 2022 - PM-SP - Soldado da Polícia Militar |
Q1963645 Português

Atenção: a questão deve ser respondida a partir do Texto I.



Texto I


“É preciso fazer uma reflexão. O turismo e os turistas que chegam a Florianópolis causam uma agonia. A invasão das praias mostra um retrato do Brasil popular, mas sem nenhuma delicadeza. Me sinto encurralado pelos hábitos de mal gosto de grande parcela dos turistas que acham que som alto à beira mar e lixo jogado em todo canto fazem parte do relax das férias. Não compreendo essa identidade do brasileiro do quanto mais bagunçado melhor. Tudo pode em nome da liberdade individual e do politicamente correto. E não bastasse o comportamento dos que chegam de fora, os locais acabam cooperando, liberando seus instintos, juntando-se à bagunça geral. E os preços então? Uma explosão numérica sem limites. Mas enfim, deve ser essa a tão sonhada identidade brasileira.”

(PRATA, Anselmo. Turismo em Santa Catarina – Vale a pena? Disponível em https://www.ronaud.com/sociedade/turismo-em-santa-catarina/)


O Texto I mostra uma reflexão do seu autor, segundo é dito na frase inicial do texto.
Assinale a opção que apresenta a atitude que marca tal reflexão. 
Alternativas
Ano: 2022 Banca: FGV Órgão: PM-SP Prova: FGV - 2022 - PM-SP - Soldado da Polícia Militar |
Q1963644 Português

Atenção: a questão deve ser respondida a partir do Texto I.



Texto I


“É preciso fazer uma reflexão. O turismo e os turistas que chegam a Florianópolis causam uma agonia. A invasão das praias mostra um retrato do Brasil popular, mas sem nenhuma delicadeza. Me sinto encurralado pelos hábitos de mal gosto de grande parcela dos turistas que acham que som alto à beira mar e lixo jogado em todo canto fazem parte do relax das férias. Não compreendo essa identidade do brasileiro do quanto mais bagunçado melhor. Tudo pode em nome da liberdade individual e do politicamente correto. E não bastasse o comportamento dos que chegam de fora, os locais acabam cooperando, liberando seus instintos, juntando-se à bagunça geral. E os preços então? Uma explosão numérica sem limites. Mas enfim, deve ser essa a tão sonhada identidade brasileira.”

(PRATA, Anselmo. Turismo em Santa Catarina – Vale a pena? Disponível em https://www.ronaud.com/sociedade/turismo-em-santa-catarina/)


A parte inicial do Texto I diz que os turistas “causam uma agonia”. A razão dessa agonia é
Alternativas
Q1963097 Português

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Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Qual é a figura de linguagem presente no excerto “Sempre fui, e serei, [...] uma ilha visitável.”?
Alternativas
Q1963096 Português

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Em relação ao excerto “[...] apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia [...]”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1963094 Português

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Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Sobre o excerto “[...] sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor.”, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1963092 Português

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Em relação ao excerto “[...] agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado [...]”, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q1963090 Português

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
A partir da leitura do texto, assinale a alternativa INCORRETA. 
Alternativas
Q1963089 Português

ILHA VISITÁVEL


Carlos Castelo

7 de abril de 2022



                    Eu sou a crônica, sou natural ali do Rio de Janeiro. Sou eu quem leva o dia a dia para milhões de brasileiros.

                    Esse ano completo 170 primaveras em nossas plagas. Não é pouca coisa. Após tanto tempo, posso afirmar até com certo orgulho: mesmo quem não frequenta jornais e revistas, me conhece. Já viu o Veríssimo, o Otto, a Clarice em minha companhia. Se não reparou, agora vou jogar pesado. Perdoe-me o leitor por abrir um parêntese tão avantajado, mas notem o que Machado de Assis – o próprio, de fardão e pincenê – declarou a meu respeito: 

                   Essas vizinhas, entre o jantar e a merenda, sentaram-se à porta, para debicar os sucessos do dia. Provavelmente começaram a lastimar-se do calor. Uma dizia que não pudera comer ao jantar, outra que tinha a camisa mais ensopada do que as ervas que comera. Passar das ervas às plantações do morador fronteiro, e logo às tropelias amatórias do dito morador, e ao resto, era a coisa mais fácil, natural e possível do mundo. Eis a origem da crônica.

                    Era só o começo. Andei na pena e no tinteiro de um sem-número de coroados das letras nacionais. Bandeira disse que sou um conjunto de quase nadas. Drummond foi mais longe, defendeu a minha inutilidade:

                    O inútil tem sua forma particular de utilidade. É a pausa, o descanso, o refrigério do desmedido afã de racionalizar todos os atos de nossa vida (e a do próximo) sob o critério exclusivo de eficiência, produtividade, rentabilidade e tal e coisa. Tão compensatória é essa pausa que o inútil acaba por se tornar da maior utilidade, exagero que não hesito em combater, como nocivo ao equilíbrio moral.

                    E não são apenas poetas apontando a minha conveniência. Eis aí o crítico Antonio Candido, que não me deixa mentir (apesar de que, como sou cruza de ficção com jornalismo, até poderia). 

                    A crônica está sempre ajudando a estabelecer ou restabelecer a dimensão das coisas e das pessoas. Em lugar de oferecer um cenário excelso, numa revoada de adjetivos e períodos candentes, pega o miúdo e mostra nele uma grandeza, uma beleza ou uma singularidade insuspeitadas.

                    Era para ficar inflada de contentamento. Acontece que, apesar de tanta fortuna crítica, desafortunadamente os anos 20 de hoje não são os 50 do século passado. [...] 

                    De lá para cá, muita coisa mudou. Jornais e revistas estão longe de ser o que foram sob Samuel Wainer ou Assis Chateaubriand. Minha presença era massiva, terminou sendo substituída por fotos de pratos de comida, gatinhos fofos, cãezinhos hilários, frases de autoajuda e dancinhas nas redes sociais.

                    Os candidatos a me representar foram minguando. Refiro-me aos ótimos, os regulares fervilham por aí. Entretanto, como os talentosos ainda existem e não desistem, vou ocupando espaços como este. 

                    Afinal, eu sou a crônica. Nunca pretendi ser monumental, nem ciência exata. Sempre fui, e serei, como dizia o poeta, uma ilha visitável, sem acomodações de residência. 


Adaptado de: https://revistacult.uol.com.br/home/ilha-visitavel/. Acesso em: 18 de abr. 2022.
Em relação aos mecanismos de coesão empregados no texto, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1961083 Português

O copo de café quente do McDonald's.



      (I) ____ (Por que, Por quê, Porque, Porquê) um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E (II) ___ (a, à, á, há) uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado.

      Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si (III) ____________ (mesmo, mesma)? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café?

      Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo.  

      A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares.

      O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento.

      O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café.

      Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso.

Assinale a alternativa que preencha corretamente a lacuna.
Em relação ao texto lido, podemos afirmar que houve o uso da função da linguagem ______. 
Alternativas
Q1961077 Português

O copo de café quente do McDonald's.



      (I) ____ (Por que, Por quê, Porque, Porquê) um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E (II) ___ (a, à, á, há) uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado.

      Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si (III) ____________ (mesmo, mesma)? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café?

      Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo.  

      A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares.

      O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento.

      O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café.

      Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso.

Ainda segundo o texto: “O copo de café quente do McDonald's”, pode-se afirmar que a tipologia textual perpassa pela estrutura do texto, sabe-se também que um texto, não precisa estar restrito a apenas uma tipologia textual, por exemplo, a tipologia descritiva está sempre associada a uma outra tipologia. Analise as afirmativas abaixo e dê valores Verdadeiro (V) ou Falso (F).

( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE expositivo, enquadra-se na categoria de notícias, artigos, reportagens, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE narrativo, adapta-se na categoria de romances, contos, fábulas, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE descritivo, adequa-se na categoria de diários, folhetos, anúncios, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE argumentativo, corresponde à categoria de manifestos, sermões , teses, etc. ( ) O texto é PREDOMINANTEMENTE injuntivo, condiz com a categoria de manuais de instruções, guias rodoviários, bulas de remédio, etc.

Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
Alternativas
Q1961076 Português

O copo de café quente do McDonald's.



      (I) ____ (Por que, Por quê, Porque, Porquê) um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E (II) ___ (a, à, á, há) uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado.

      Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si (III) ____________ (mesmo, mesma)? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café?

      Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo.  

      A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares.

      O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento.

      O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café.

      Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso.

Pode-se afirmar que os gêneros textuais são tipos relativamente estáveis de enunciados, eles, geralmente, exercem uma função social específica e apresentam intenções comunicativas bem características. Retorne ao texto “O copo de café quente do McDonald's” e assinale a alternativa que caracteriza o gênero textual PREDOMINANTE.
Alternativas
Q1961075 Português

O copo de café quente do McDonald's.



      (I) ____ (Por que, Por quê, Porque, Porquê) um processo é considerado frívolo? Um exemplo é o caso ocorrido, por conta de um acidente entre a rede McDonald's e Stella Liebeck, o qual originou um processo. Quase todos parecem saber disso. E (II) ___ (a, à, á, há) uma boa chance de tudo o que se acredita estar errado.

      Em 1992, Stella Liebeck, de 79 anos, comprou uma xícara de café para viagem em um drive-thru do McDonald's, em Albuquerque, e o derramou em seu colo. Conjecturou-se: O café não deveria estar quente? O McDonald's não derramou o café nela? Ela derramou o café em si (III) ____________ (mesmo, mesma)? Ela estava dirigindo o carro? Ela não prestou atenção no café?

      Fatos: Stella Liebeck não estava dirigindo quando derramou o café, nem o carro estava em movimento. Ela era a passageira de um veículo que estava parado no estacionamento do McDonald's, no qual, ela havia comprado o café. Ela estava com o copo entre os joelhos, enquanto removia a tampa para adicionar o creme e o açúcar, quando o copo tombou e derramou todo o conteúdo em seu colo.  

      A mensagem do júri: o café não estava apenas quente, mas perigosamente quente. A política corporativa do McDonald's era servi-lo a uma temperatura que pudesse causar queimaduras graves em segundos. Os ferimentos de Liebeck estavam longe de ser frívolos. Ela estava vestindo uma calça de moletom que absorveu o café e o manteve contra a pele. Ela sofreu queimaduras de terceiro grau (o tipo mais sensível) e precisou de enxertos de pele na parte interna das coxas e em outros lugares.

      O júri teve acesso a processos similares durante o julgamento: o caso de Liebeck estava longe de ser um evento isolado. O McDonald's recebeu mais de 700 relatórios prévios de danos causados por seu café, incluindo relatos de queimaduras de terceiro grau, e pagou indenizações em alguns casos. Liebeck propôs receber US$ 20.000 para cobrir suas despesas médicas e perda de renda, mas o McDonald's nunca ofereceu mais de US$ 800, então o caso foi a julgamento.

      O júri considerou Liebeck parcialmente culpada por seus ferimentos, reduzindo a compensação no acordo. Mas o prêmio de indenização punitiva do júri ganhou as manchetes. Apesar de centenas de pessoas terem sofrido ferimentos similares. Ciente da procrastinação do McDonald's, o júri concedeu à Liebeck o equivalente a dois dias de receita de vendas de café.

      Isso não foi, no entanto, o fim de tudo. A indenização original por danos punitivos foi finalmente reduzida em mais de 80% pelo juiz e, para evitar o que provavelmente seriam anos e anos de apelações, Liebeck e o McDonald’s chegaram a um acordo sigiloso.

Com foco na compreensão do texto, Bechara (2019, p. 616) explica que a compreensão de texto consiste em analisar o que realmente está escrito, ou seja, coletar dados do texto. E interpretação consiste em saber o que se infere (conclui) do que está escrito. Assim sendo, leia as alternativas e selecione a única proposição correta.
Alternativas
Q1944843 Português





(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)



(GOELLNER, Silvana Vilodre. “A produção cultural do corpo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). Corpo, gênero e sexualidade; um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 28-29.)
Imagem associada para resolução da questão


Considerando o Texto IV e os trechos dele extraídos, assinale a alternativa em que o termo referente do pronome grifado é o substantivo “corpo”. 
Alternativas
Q1944842 Português





(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)



(GOELLNER, Silvana Vilodre. “A produção cultural do corpo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). Corpo, gênero e sexualidade; um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 28-29.)
Sobre as relações propostas entre argumentos do Texto IV e os demais textos desta prova, assinale a alternativa INCORRETA.
Alternativas
Q1944841 Português





(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)



(GOELLNER, Silvana Vilodre. “A produção cultural do corpo”. In: LOURO, Guacira Lopes (Org.). Corpo, gênero e sexualidade; um debate contemporâneo na educação. Petrópolis: Vozes, 2003, p. 28-29.)
O objetivo principal do Texto IV é
Alternativas
Q1944840 Português

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)
Alguns recursos linguísticos empregados na construção do Texto III têm a função de demonstrar um posicionamento contrário em relação à visão científica sobre o crime e o criminoso exposta nos Textos I e II. Assinale a alternativa que NÃO apresenta um desses recursos.
Alternativas
Q1944839 Português

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)
Na leitura que Machado de Assis faz do julgamento de Manuel de Souza e Silva, o seu olhar se concentra
Alternativas
Q1944838 Português

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)
Considerando as características formais do Texto III, bem como seu local de publicação e sua relação com os fatos noticiados na semana anterior, é correto classificá-lo como
Alternativas
Q1944837 Português

(ASSIS, Machado de. A Semana – 165. Edição, apresentação e notas por John Gledson. In: Machadiana Eletrônica, Vitória, v. 4, n.9, p. s-s, jul.-dez. 2021.- com adaptações.)
No Texto III, o narrador posiciona-se sobre os seguintes aspectos: as notícias policiais dos jornais e o embasamento científico da investigação dos médicos legistas no caso do assassinato em análise. A opinião do narrador sobre esses aspectos é, respectivamente, de  
Alternativas
Respostas
721: D
722: A
723: D
724: C
725: E
726: D
727: A
728: E
729: C
730: E
731: A
732: A
733: E
734: C
735: B
736: B
737: D
738: D
739: C
740: A