Questões Militares
Sobre morfologia em português
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I. No primeiro quadrinho, em “Não tolero gente intolerante!”, o verbo tem o sentido de apreciar, gostar de. Em “intolerante”, o “in” é um prefixo de negação. I. Cada personagem, no fim das contas, se revela intolerante, de algum modo. A tirinha poderia ser resumida com a seguinte expressão: “Atire a primeira pedra quem não tem pecado.” III. No quadrinho três, o sentido do verbo “tolerar” é suportar, aguentar; o tom da discussão é elevado, conforme podemos ver nas exclamações da tirinha. IV. “Putz”, “cara” e “tá” revelam o coloquialismo da discussão. O emprego da conjunção adversativa “mas” deixa evidente a oposição de argumentos da tirinha. Estão corretas
I. A janela do primeiro quadrinho e a do segundo podem ser eliminadas, porque não têm um sentido no conjunto da tirinha. II. As expressões fisionômicas dos personagens, no terceiro quadrinho, da esquerda para a direita, revelam o inesperado da cena, que terá desfecho no quarto quadrinho. III. Pela fala do personagem da janela, subentende-se que a discussão estava se estendendo cada vez mais e incomodando. IV. Os advérbios, o tom imperativo de algumas frases, as exclamações, tudo denuncia o clima de intolerância que atravessa o texto. Estão corretas
“Caso os apreciadores de bons filmes concordassem e, se a crítica ratificasse, com ‘Parasita’ o Oscar 2020 reconheceria que o eixo principal da inovação cinematográfica vem, e há décadas, da Ásia.”
Avalie o que se afirma sobre as orações sublinhadas.
I. Valem-se da construção verbal na voz passiva. II. Apresentam tempos e modos verbais distintos. III. Exemplificam um tipo de oração subordinada adverbial. IV. São ambas orações principais do período que integram. V. Vêm introduzidas por conjunção e exprimem uma circunstância.
Está correto apenas o que se afirma em
A esse respeito, leia os textos a seguir.
Texto I

Disponível em: < https://br.pinterest.com/pin/780319072916753735/?lp=true >. Acesso em: 10 fev. 2020.
Texto II “... para entendê-lo e amá-lo.” (2º §)
Preencha corretamente as lacunas.
De acordo com a norma-padrão, nos dois textos é _______________ a colocação do pronome oblíquo enclítico quando ocorre, na oração, a presença do infinitivo_______________ regido da _______________ “para”.
A sequência que preenche corretamente as lacunas do texto é
Com base nesse conceito, avalie as frases em que o termo “a” em destaque foi empregado como preposição.
I. “A experiência é atordoante. Vivenciei-a.” II. “... o que, por sua vez, leva a mais distribuição...” III. “Estamos tão acostumados a enxergar os números...” IV. “... sofisticados de indexar a importância do que é publicado...”
Está correto apenas o que se indica em
“Shaun enfrenta percalços como a falta de confiança dos pacientes e o desprezo dos colegas de profissão. Autistas que tentam trabalhar de forma regular vivem problemas semelhantes? Sim, absolutamente. Os autistas enfrentam preconceitos, suposições, julgamentos injustos e prematuros. Todos nós, em alguma medida, encaramos desafios e somos julgados o tempo todo. Mas é um processo mais extremo para Shaun, sem dúvida. E o fato de ele não ficar para baixo nunca é uma das coisas mais inspiradoras para mim.”
Informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) o que se afirma acerca da grafia e da acentuação das palavras presentes no parágrafo.
( ) Substituir “percalços” por “percalsos” corrige adequadamente a grafia desse vocábulo. ( ) Emprega-se o “h” medial no termo “semelhantes” por se tratar de uma letra integrante de um dígrafo. ( ) Colocar o acento circunflexo na sílaba -ÊN de “pacientes” é o mais correto, pois se trata de uma palavra paroxítona terminada em “s”. ( ) Usa-se o acento agudo em “Mas”, que no texto é uma conjunção e um monossílabo, somente se, em outro contexto, for empregada como adjetivo.
A sequência correta é
Abaixo são feitas afirmações que consideram aspectos gramaticais e de interpretação do texto II.
I- A repetição do síndeto “E” introduz formas verbais que mostram a violência contra a personagem. É o que vemos em “apanhando”, “sangrando”, “surrá-la” e “jogou-a".
II- As metáforas que têm como núcleos os adjetivos “santa” e “anjo” encobrem uma postura de certo modo conformada dos vizinhos e parentes. Eles se mantêm distantes do que acontece.
III- O advérbio “igualmente”. (l. 03), no sentido denotativo é sinônimo de “ juntos”, e significa que tanto vizinhos quanto parentes se surpreendem com a morte de D. Eulália; no sentido conotativo, é irônico e sinônimo de “como antes”, significando que vizinhos e parentes se surpreendem com a morte, assim como já haviam se surpreendido quando ela apanhava.
IV- No dicionário Aurélio, eulalia significa boa maneira de falar, boa dicção e dicção fácil. No texto, porém, o sentido de Eulália é outro: ela é a mulher que apanha, sangra e é jogada pela janela, mas mantém-se sem voz, fazendo valer as metáforas “é uma santa” e “é um anjo”.
V- Em “romper em asas o voo de sua trajetória”, está presente o sentido conotativo. A autora, valendo-se do eufemismo, suaviza, criticamente, a morte de D. Eulália.
Estão corretas
TEXTO III
Mulheres de Atenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Vivem pros seus maridos
Orgulho e raça de Atenas
Quando amadas, se perfumam
Se banham com leite, se
Arrumam
Suas melenas
Quando fustigadas não choram
Se ajoelham, pedem, imploram
Mais duras penas; cadenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Sofrem pros seus maridos
Poder e Força de Atenas
(...)
Elas não têm gosto ou vontade
Nem defeito, nem qualidade
Têm medo apenas
Não têm sonhos, só têm
Presságios
O seu homem, mares,
Naufrágios
Lindas sirenas, morenas
Mirem-se no exemplo
Daquelas mulheres de Atenas
Temem por seus maridos
Heróis e amantes de Atenas
As jovens viúvas marcadas
E as gestantes abandonadas
Não fazem cenas
Vestem-se de negro, se
Encolhem
Se conformam e se recolhem
Às suas novenas, serenas
(HOLANDA, Chico Buarque de. Meus caros amigos. LP, 1976.
Phonogram/Philips)
Assinale a alternativa que classifica, correta e respectivamente, o processo de formação das palavras destacadas nas frases abaixo.
1 – “Ia tomar sol, esquentar o corpo gigantesco que agora se dobrava em dois...”
2 – “Gostava tanto de ver o florir e o carregar do cacau...”
3 – “O rapaz avistou um vulto e, inconsequentemente, soltou um grito, acordando a fera.”
Complete os espaços em branco e, em seguida, assinale a alternativa com a sequência correta.
Durante a paralisação da última terça-feira, os integrantes das coligações ________________ reuniram-se usando calças e camisetas _____________.
Perdedor, vencedor
O perdedor cumprimentou o vencedor. Apertaram-se as mãos por cima da rede. Depois foram para o vestiário, lado a lado. No vestiário, enquanto tiravam a roupa, o perdedor apontou para a raquete do outro e comentou, sorrindo:
- Também, com essa raquete...
Era uma raquete importada, último tipo. Muito melhor do que a do perdedor. O vencedor também sorriu, mas não disse nada. Começou a descalçar os tênis. O perdedor comentou, ainda sorrindo:
- Também, com esses tênis...
O vencedor quieto. Também sorrindo. Os dois ficaram nus e entraram no chuveiro. O perdedor examinou o vencedor e comentou:
- Também, com esse físico...
O vencedor perdeu a paciência.
- Olha aqui - disse. - Você poderia ter um físico igual ao meu, se se cuidasse. Se perdesse essa barriga. Você tem dinheiro, senão não seria sócio deste clube. Pode comprar uma raquete igual à minha e tênis melhores do que os meus.
Mas sabe de uma coisa? Não é equipamento que ganha jogo. É a pessoa. É a aplicação, a vontade de vencer, a atitude. E você não tem uma atitude de vencedor.
Prefere atribuir sua derrota à minha raquete, aos meus tênis, ao meu físico, a tudo menos a você mesmo. Se parasse de admirar tudo que é meu e mudasse de atitude, você também poderia ser um vencedor, apesar dessa barriga.
O perdedor ficou em silêncio por alguns segundos, depois disse:
- Também, com essa linha de raciocínio...
Luis Fernando Verissimo
Disponível em: https://docente.ifrn.edu.br/marcelmatias/Disciplinas/lingua-portuguesa/lingua-portuguesa2012.2/perdeedor-vencedor/view.
Crônica de Luis Fernando Verissimo publicada no livro "Diálogos impossíveis".
“Também, com essa raquete...” “Também, com esses tênis...” “Também, com esse físico...” “Também, com essa linha de raciocínio...”
Leia:
“Discreta e formosíssima Maria,/ Enquanto estamos vendo a qualquer hora/ Em tuas faces a rosada Aurora,/ Em teus olhos e boca, o sol e o dia:/ Goza, goza da flor da mocidade,/ Que o tempo trata a toda ligeireza/ E imprime em toda flor sua pisada.” (Gregório de Matos)
As locuções adverbiais destacadas exprimem, respectivamente, as circunstâncias de
Primeiro eu vesti o colete de mototáxi que guardei por três meses enquanto esperava a oportunidade da moto. Saí pilotando pelo bairro, não andei nem três quarteirões e uma mulher fez sinal com a mão.
Para aí, mototáxi.
Parei e ela me olhou assustada quando chegou perto.
Oxe, e é mulher, é?
Eu dei um sorrisinho meio troncho. Disse que pois é. Ela montou na garupa e falou que pelo menos ficava mais à vontade pra segurar na minha cintura. Não segurava na cintura de mototáxi homem que era pra não dar liberdade. Eu disse que pois é de novo.
Fui deixar essa mulher tão longe que eu nem sabia onde era aquilo. Ela foi me ensinando. Parecia que não ia chegar nunca. O sol rachando.
Quando a gente chegou lá, na frente de uma casa de taipa toda se desmontando, ela perguntou quanto tinha dado a corrida. Eu fiquei pensando por um tempo e ela me olhando impaciente, mas eu tava juntando a cara pra falar que era dez reais. Achando que ela ia reclamar do preço, falei oito, mas ela me entregou o dinheiro e sumiu pra dentro da casa.
Fiquei tomando coragem pra voltar. Não sabia voltar, na verdade. Fiquei olhando pra todo lado, o celular quase sem sinal. Longe demais, longe de um jeito que nem dez conto pagava. O resumo era, então, a minha burrice. Otária demais, só oito reais. Dirigindo na chinelada, com medo de qualquer cara de macho que aparecia nas calçadas. Eu só achava que iam me roubar. Imagina se levam minha moto zerada…
Fiquei nessa angústia, duas horas perdida. Até que avistei a estrada de volta pra Matriz. Depois, comecei a reconhecer melhor as casinhas, as cercas, as placas. Entrei de novo na cidade com a maior alegria. Mais feliz do que quando peguei a moto pela primeira vez.
Leia o texto para responder à questão.
Qual é o papel de um museu que conta histórias de vida?
O Museu da Pessoa foi criado em 1991 com o objetivo de registrar e preservar histórias de vida de todo e qualquer indivíduo. A ideia é valorizar essas memórias e torná-las uma fonte de compreensão, conhecimento e conexão entre as pessoas, dos narradores aos visitantes que a instituição atrai.
O Museu da Pessoa é colaborativo, ou seja, qualquer pessoa pode se voluntariar para contar sua história. Todas as pessoas que se dispõem a falar são entrevistadas por colaboradores da instituição, que durante longas conversas buscam estimular os participantes a lembrar os detalhes de sua trajetória. É possível encontrar nos arquivos histórias de professores, poetas, comerciantes e trabalhadores rurais, de variadas idades e regiões do país.
A curadora e fundadora do Museu da Pessoa, Karen Worcman, teve a ideia de criar a instituição no fim dos anos 1980, quando participou de um projeto de entrevistas com imigrantes no Rio e percebeu que os depoimentos ouvidos ajudavam a contar a história mais ampla do país. Mais de 25 anos depois da fundação do museu, Worcman pensa o mesmo. “A história de cada pessoa é uma perspectiva única sobre a história comum que todos nós vivemos como sociedade”, disse a curadora ao jornal Nexo.
Para Worcman, as narrativas do acervo podem fazer o público do museu não só conhecer a vida de outras pessoas mas também “aprender sobre o mundo e a sociedade com o olhar do outro”. Abertas a outros pontos de vista, as pessoas transformam seu modo de ver o mundo e criam uma sociedade mais justa e igualitária.
(Mariana Vick, Nexo Jornal, 29 de junho de 2020. Adaptado)