Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Q2130636 Português
O pavão

Rubem Braga

        Eu considerei a glória de um pavão ostentando o esplendor de suas cores; é um luxo imperial. Mas andei lendo livros, e descobri que aquelas cores todas não existem na pena do pavão. Não há pigmentos. O que há são minúsculas bolhas d’água em que a luz se fragmenta, como em um prisma. O pavão é um arco-íris de plumas.
       
      Eu considerei que este é o luxo do grande artista, atingir o máximo de matizes com um mínimo de elementos. De água e luz ele faz seu esplendor; seu grande mistério é a simplicidade.         

     Considerei, por fim, que assim é o amor, oh minha amada; de tudo que ele suscita e esplende e estremece e delira em mim existem apenas meus olhos recebendo a luz do teu olhar. Ele me cobre de glórias e me faz magnífico.

(Crônicas Escolhidas

Avalie as informações abaixo acerca do texto. 


I- O texto tem como objetivo desconstruir o conceito já estabelecido sobre a pigmentação das penas do pavão.

II- As metáforas construídas para o pavão encaminham o texto para as conclusões pessoais do autor sobre o sentimento amoroso.

III- O emprego da linguagem figurada, no primeiro parágrafo, objetiva reforçar a necessidade de se exaltar a simplicidade e a criatividade do grande artista.

IV- O uso das expressões “máximo de matizes” e “mínimas bolhas” coloca em evidência o contraste entre a pequenez de quem ama e a grandiosidade da pessoa amada.


Está correto o que se afirma em 

Alternativas
Q2121257 Português
O que somos para os outros diz sobre a nossa identidade. O sentido da vida está no outro. Podemos construir um mundo melhor ou viver em nosso mundinho individualista cheio de espelhos que refletem somente a solidão de alguém sem sentido para viver.

Dê sentido a sua vida.

https://www.correntebrasilia.com.br/2021/11/de-sentido-a-sua-vida2/?gclid=CjwKCAiAxP2eBhBiEiwA5puhNfGpWM0Nn6QHdK0e59e. Acesso em 07.02.2023
Após a leitura do texto, conclui-se que
Alternativas
Q2121247 Português
Texto 02

O mundo está em constante evolução. Coisas que antes eram impossíveis aos nossos olhos, hoje são consideradas comuns no nosso cotidiano e até mesmo indispensáveis. Anos atrás era inacreditável imaginar que com um pequeno aparelho em mãos conseguiríamos acessar praticamente qualquer conteúdo que quiséssemos de qualquer lugar do mundo, não é verdade? Essa e outras mudanças foram possíveis graças à tecnologia e à forma como ela avança cada vez mais.

Impactos gerados pela tecnologia

Essas mudanças impactam também o comportamento do ser humano, que tem que aprender a acompanhar essa evolução e conviver com novas tecnologias. Essa adaptação traz consigo uma série de benefícios, como melhora na qualidade de vida, acesso rápido e fácil ao conhecimento, simplificação da troca de informações e a quebra de várias barreiras da comunicação. Outro fator de destaque é a inclusão social. Constantemente surgem novas tecnologias que auxiliam na rotina de pessoas com deficiências físicas e cognitivas, ajudando que essas pessoas tenham mais facilidade para se inserir na sociedade e tenham um padrão de vida melhor.

A tecnologia durante a pandemia do Covid-19

É importante também ressaltar que durante a pandemia do Covid-19 foi notório que a tecnologia desempenhou um papel fundamental, não somente para indivíduos mas também para organizações. Ela possibilitou que relações fossem mantidas mesmo que à distância; contribuiu para o fácil acesso e a divulgação de informações importantes, ajudou para que negócios sobrevivessem e outros até mesmo crescessem ainda mais, como foi o caso do e-commerce.

https://www.infornet.com.br/blog/a-importancia-da-tecnologia-no-nosso-cotidiano/ Acesso em 04/02/2023. 
Em qual alternativa abaixo, existe uma mensagem que contraria o que o texto declara?
Alternativas
Q2121246 Português
Texto 01

A Vida me ensinou

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;

Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para lhes mostrar que sou diferente do que elas pensam;

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;

Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal, eu posso ser sempre melhor.

A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; a alegrar quem precisa; a pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;

A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro;

Me ensinou a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenho que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

https://www.andrecastropalestras.com.br/single-post/2018/06/20/-a-vida-me-ensinou-texto-por-charles-chaplin
Todas as alternativas abaixo apresentam dois textos: o primeiro extraído do texto 01 e o segundo, um texto novo. Assinale a alternativa em que o segundo texto NÃO tem o mesmo sentido do primeiro.
Alternativas
Q2121239 Português
Texto 01

A Vida me ensinou

A vida me ensinou a dizer adeus às pessoas que amo, sem tirá-las do meu coração;

Sorrir às pessoas que não gostam de mim, para lhes mostrar que sou diferente do que elas pensam;

Fazer de conta que tudo está bem quando isso não é verdade, para que eu possa acreditar que tudo vai mudar;

Calar-me para ouvir; aprender com meus erros. Afinal, eu posso ser sempre melhor.

A lutar contra as injustiças; sorrir quando o que mais desejo é gritar todas as minhas dores para o mundo.

Amar incondicionalmente, pois também preciso desse amor; a alegrar quem precisa; a pedir perdão; a sonhar acordado; a acordar para a realidade (sempre que fosse necessário); a aproveitar cada instante de felicidade; a chorar de saudade sem vergonha de demonstrar;

A sentir a dor do adeus e do que se acaba, sempre lutando para preservar tudo o que é importante para a felicidade do meu ser; a abrir minhas janelas para o amor; a não temer o futuro;

Me ensinou a aproveitar o presente, como um presente que da vida recebi, e usá-lo como um diamante que eu mesmo tenho que lapidar, lhe dando forma da maneira que eu escolher.

https://www.andrecastropalestras.com.br/single-post/2018/06/20/-a-vida-me-ensinou-texto-por-charles-chaplin
Sobre o texto 01, assinale a alternativa que indica um dos ensinamentos da vida.
Alternativas
Q2118047 Português
Aumento de infecções causa escassez global de antibióticos



(Donato Paolo Mancini, Hannah Kuchler. https://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2022/12/aumento-de-infeccoes-causaescassez-global-de-antibioticos.shtml. 22.dez.2022)
Em relação ao texto e suas possíveis inferências, analise as afirmativas a seguir:
I. A escassez de antibióticos em função do provocado nos últimos anos com o cenário mundial da covid-19 leva à necessidade de prescrição de antibióticos de amplo espectro, o que pode provocar, ao revés, no longo prazo, resistência microbiana às substâncias.
II. O aumento dos casos de infecção microbiana no mundo, após o período de isolamento social provocado pela covid-19, se deu em função do afrouxamento das medidas pandêmicas preventivas e restritivas.
III. Entre os vários impactos relacionados à escassez de antibióticos, e principalmente ao grau de sua ausência no mercado, ao lado de motivos ligados à guerra na Ucrânia, está a falta de notificação a órgãos de controle mundial da saúde, motivados pela noção de que a escassez clara e declarada pode elevar naturalmente os preços, pela lógica da economia global.
Assinale
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Soldado |
Q2101590 Português
INSTRUÇÃO: Leia o texto 1 para responder à questão.

A dispersão da violência e os memes

Em 1487 foi lançado o "Martelo das Bruxas", um livro que ensinava às pessoas comuns a identificarem feiticeiros, a utilizarem a tortura para conseguirem confissões e a prepararem os rituais para matar os hereges na fogueira. A obra assassina foi um sucesso editorial e influente nos primórdios da imprensa. Enquanto a tipografia firmava-se como instrumento de combate ao analfabetismo, aquele livro difundia desinformação, ódio e medo. Suas mensagens tornaram-se memes dispersados, além da tipografia.
Meme é um termo criado pelo biólogo Richard Dawkins em 1976, para descrever ideias que se espalham por repetição. O meme é eficaz se for difundido indefinidamente e facilmente recordado, resistindo quase que imutável por gerações. Este significado é mais abrangente do que a nossa intuição dá a esses pedaços de informação, massivamente presente nas mídias sociais.
O espaço digital concede mais uma via de difusão de memes. Códigos digitados compartilhados repetidamente criam e consolidam hábitos, linguagem e senso de grupo; as bases necessárias para a elaboração das teorias conspiratórias. Estas podem cristalizar a violência online para agressões de fato, offline. A época da pandemia da COVID-19, traz seus exemplos. O primeiro-ministro da Hungria Viktor Orban associou a pandemia às migrações, o ex-ministro italiano Matteo Salvini culpou os refugiados pelas infecções na Itália, muçulmanos foram responsabilizados pelo dispersar do vírus na Índia, africanos na China foram discriminados. Nesses cantos do mundo ocorreram violência física contra vulneráveis. Memes viajam e são aceitos passivamente, obliterando a inteligência e o pensamento crítico.
As ameaças abstratas, como a da destruição da "cultura" e da "perda da identidade local" por hábitos de imigrantes, se espalham mais do que as notícias sobre perigos concretos.
Pedaços de informações distorcidas trafegam mais rapidamente do que estudos completos sobre incômodos problemas. Suposições, ilações fortalecem as bases emocionais que inflamam preconceito e racismo. Além disso, transmitem angústia, horror e medo, portanto, incitam a lógica da autodefesa. [...]


Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/luciano-melo/2022/10/a-dispersao-da-violencia-e-os-memes.shtml. Acesso em: 20 de outubro de 2022.
Sobre o texto, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Q2101527 Português
Leia o texto a seguir
Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: https://me.me/i/doutorl-nao-levanto-a-cabeca-riosozinho-nao-converso-com-6139854. Acesso em: 8 de outubro de 2022.

Com base na linguagem verbal e não verbal desse texto, considerando as falas das duas personagens e o papel desempenhado por elas no contexto, assinale a alternativa INCORRETA:
Alternativas
Q2101520 Português
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.

A arte de revelar sem matar a graça

Após exibir o último episódio da meia-temporada de The Walking Dead — seriado de zumbis de maior audiência dos EUA — o canal de TV AMC divulgou inadvertidamente em sua página do Facebook a morte violenta de um de seus principais personagens. Devido à diferença de fuso horário entre as costas leste e oeste do continente norte-americano, milhares de fãs do seriado que ainda não haviam assistido ao episódio ficaram furiosos ao descobrir com antecedência o final bombástico.
A frustração dos espectadores que seguiam a série foi tão grande, e tantas as reclamações, que o canal se viu obrigado a deletar a postagem e publicar um pedido de desculpas: “Ouvimos a reação de vocês ao post da noite passada, e pedimos desculpas. Sem nenhuma intenção negativa, nos precipitamos e soltamos um spoiler. Por favor saibam que estamos trabalhando para garantir que, no futuro, possíveis spoilers nas redes sociais da AMC sejam exterminados antes que possam infectar a transmissão na costa oeste dos EUA”. Essa falta de timing da AMC, ao divulgar prematuramente informações sobre um de seus programas mais vistos, está longe de ser um caso isolado. Os chamados spoilers têm se mostrado verdadeiros “estragaprazeres” para uma parcela do público consumidor de narrativas (o termo vem do verbo to spoil, “estragar”) — ocorrendo principalmente no ambiente virtual, onde as informações circulam com maior velocidade.
Em alguns casos mais extremos, spoilers também têm sido fonte de prejuízo para estúdios, interferindo na audiência de programas e melando a surpresa de projetos confidenciais. [...]
Há quem diga que conhecer de antemão os rumos de uma estória não interfere em nada na experiência de desfrutá-la. Seja como for, com a abundância — e a concomitância — de tramas serializadas e narrativas em geral, criou-se um ambiente propício ao surgimento de uma etiqueta para poupar o público de informações não solicitadas, com avisos de spoilers tão restritivos na abertura dos textos quanto cercas de arame farpado com placas de “não ultrapasse”. Contudo, em se tratando de redes sociais, ficar imune a revelações inconvenientes pode ser uma tarefa quase impossível, tão arriscada como passear por um campo minado. Para se manter desinformado só há dois modos: filtrar as redes sociais com aplicativos que bloqueiem referências a assuntos específicos ou basicamente manter-se off-line e, ainda assim, ter de proibir os amigos de comentar sobre — recomenda o crítico Fernando Oliveira, autor do blog Mundo da TV.


Fonte: MURANO, Edgard. A arte de revelar sem matar a graça. Revista LÍNGUA. São Paulo: Editora Segmento. Ano 9. n.112. Fev. 2015. p.16- 17. [Fragmento]. 
A partir da leitura desse texto, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101217 Português
Leia o poema a seguir, extraído do livro “O coração disparado”, de Adélia Prado.
 Órfã na janela
Estou com saudade de Deus, uma saudade tão funda que me seca. Estou como palha e nada me conforta. O amor hoje está tão pobre, tem gripe, meu hálito não está para salões. Fico em casa esperando Deus, cavacando a unha, fungando meu nariz choroso, querendo um pôster dele no meu quarto, gostando igual antigamente da palavra crepúsculo. Que o mundo é desterro eu toda vida soube. Quando o sol vai-se embora é pra casa de Deus que vai, pra casa onde está meu pai.
Fonte: PRADO, Adélia. Poesia reunida. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2015. p. 158.

Sobre o texto, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101216 Português
Leia o poema a seguir, extraído do livro “Morte e vida severina”, de João Cabral de Melo Neto.

O retirante resolve apressar os passos para chegar logo ao Recife
– Nunca esperei muita coisa, digo a Vossas Senhorias. O que me fez retirar não foi a grande cobiça; o que apenas busquei foi defender minha vida da tal velhice que chega antes de se inteirar trinta; se na serra vivi vinte, se alcancei lá tal medida, o que pensei, retirando, foi estendê-la um pouco ainda. Mas não senti diferença entre o agreste e a caatinga, e entre a caatinga e aqui a mata a diferença é a mais mínima. Está apenas em que a terra é por aqui mais macia; está apenas no pavio, ou melhor, na lamparina: pois é igual o querosene que em toda parte ilumina, e quer nesta terra gorda quer na serra, de caliça, a vida arde sempre com a mesma chama mortiça. Agora é que compreendo por que em paragens tão ricas o rio não corta em poços como ele faz na Caatinga: vive a fugir dos remansos a que a paisagem o convida, com medo de se deter, grande que seja a fadiga. Sim, o melhor é apressar o fim desta ladainha, fim do rosário de nomes que a linha do rio enfia; é chegar logo ao Recife, derradeira ave-maria do rosário, derradeira invocação da ladainha, Recife, onde o rio some e esta minha viagem se fina.

Fonte: ELO NETO, João Cabral de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2003. p. 186-187.

Sobre os versos, é INCORRETO afirmar que:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101215 Português
Leia o soneto a seguir

Soneto da separação
De repente do riso fez-se o pranto Silencioso e branco como a bruma E das bocas unidas fez-se a espuma E das mãos espalmadas fez-se o espanto. De repente da calma fez-se o vento Que dos olhos desfez a última chama E da paixão fez-se o pressentimento E do momento imóvel fez-se o drama. De repente, não mais que de repente Fez-se de triste o que se fez amante E de sozinho o que se fez contente. Fez-se do amigo próximo o distante Fez-se da vida uma aventura errante De repente, não mais que de repente.
Fonte: MORAES, Vinicius de. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1986. p. 226-227.

Assinale a alternativa que apresenta CORRETAMENTE um verso do soneto em que há antítese: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101177 Português
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 
Sobre o texto e sua composição, analise as afirmativas a seguir:

I- Em relação à situação de uso e à variação linguística empregada no texto do anúncio, o cronista enaltece a linguagem apurada do anúncio como propriedade da amostra que serve de exemplo a ser seguido por outros anunciantes.
II- A construção desse texto evidencia que, nele, predomina a função metalinguística da linguagem porque o locutor se expressa por meio de uma língua que é objeto acerca do qual ele trata.
III- O ponto e vírgula no trecho “Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável [...]” foi empregado para separar, no período, orações de mesma natureza.
IV- Em relação ao gênero, esse texto é uma crônica elaborada a partir de um anúncio, analisado pelo narrador que expressa sua avaliação crítica ao comparar esse anúncio antigo com os de sua época sobre tema semelhante.

Estão CORRETAS as afirmativas: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101176 Português
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 
Considerando-se a composição do texto, seus elementos coesivos, sua estrutura sintática e seus aspectos semântico-discursivos, é CORRETO afirmar que, no trecho:
Alternativas
Ano: 2023 Banca: IBGP Órgão: CBM-MG Prova: IBGP - 2023 - CBM-MG - Cadete |
Q2101175 Português
Instrução: Leia o texto a seguir para responder à questão.


ANÚNCIO DE JOÃO ALVES

      Figura o anúncio em um jornal que o amigo me mandou, e está assim redigido:

   À procura de uma besta – A partir de 6 de outubro do ano cadente, sumiu-me uma besta vermelho-escuro com os seguintes característicos: calçada e ferrada de todos os membros locomotores, um pequeno quisto na base da orelha direita e crina dividida em duas seções em consequência de um golpe, cuja extensão pode alcançar de 4 a 6 centímetros, produzido por um jumento.

   Essa besta, muito domiciliada nas cercanias deste comércio, é muito mansa e boa de sela, e tudo me induz ao cálculo de que foi roubada, assim que hão sido falhas todas as indagações.

   Quem, pois, apreendê-la em qualquer parte e a fizer entregue aqui ou pelo menos notícia exata ministrar, será razoavelmente remunerado. Itambé do Mato Dentro, 19 de novembro de 1899. João Alves Júnior.

   Cinquenta e cinco anos depois, prezado João Alves Júnior, tua besta vermelho-escura, mesmo que tenha aparecido, já é pó no pó. E tu mesmo, se não estou enganado, repousas suavemente no pequeno cemitério de Itambé. Mas teu anúncio continua um modelo no gênero, se não para ser imitado, ao menos como objeto de admiração literária.

   Reparo antes de tudo na limpeza de tua linguagem. Não escreveste apressada e toscamente, como seria de esperar de tua condição rural. Pressa, não a tiveste, pois o animal desapareceu a 6 de outubro, e só a 19 de novembro recorreste à Cidade de Itabira. Antes, procedeste a indagações. Falharam. Formulaste depois um raciocínio: houve roubo. Só então pegaste da pena, e traçaste um belo e nítido retrato da besta.

   Não disseste que todos os seus cascos estavam ferrados; preferiste dizê-lo “de todos os seus membros locomotores”. Nem esqueceste esse pequeno quisto na orelha e essa divisão da crina em duas seções, que teu zelo naturalista e histórico atribuiu com segurança a um jumento.

   Por ser “muito domiciliada nas cercanias deste comércio”, isto é, do povoado, e sua feirinha semanal, inferiste que não teria fugido, mas antes foi roubada. Contudo, não o afirmas em tom peremptório: “tudo me induz a esse cálculo”. Revelas aí a prudência mineira, que não avança (ou não avançava) aquilo que não seja a evidência mesma. É cálculo, raciocínio, operação mental e desapaixonada como qualquer outra, e não denúncia formal.

   Finalmente – deixando de lado outras excelências de tua prosa útil – a declaração final: quem a apreender ou pelo menos “notícia exata ministrar”, será “razoavelmente remunerado”. Não prometestes recompensa tentadora; não fazes praças de generosidade ou largueza; acenas com o razoável, com a justa medida das coisas, que deve prevalecer mesmo no caso de bestas perdidas e entregues.

   Já é muito tarde para sairmos à procura de tua besta, meu caro João Alves do Itambé; entretanto essa criação volta a existir, porque soubeste descrevê-la com decoro e propriedade, num dia remoto, e o jornal a guardou e alguém hoje a descobre, e muitos outros são informados da ocorrência. Se lesses os anúncios de objetos e animais perdidos, na imprensa de hoje, ficarias triste. Já não há essa precisão de termos e essa graça no dizer, nem essa moderação nem essa atitude crítica. Não há, sobretudo, esse amor à tarefa bem feita, que se pode manifestar até mesmo num anúncio de besta sumida. 


Fonte: ANDRADE, Carlos Drummond de. Fala, amendoeira. Rio de Janeiro: José Olympio,1978. p.82-4. 
A partir da leitura desse texto, é CORRETO afirmar que: 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100297 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Sinais de quem sofre bullying

   Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema que merece a nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32 países, incluindo o Brasil, aponta que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em incidentes de bullying na internet, conhecido como cyberbullying.
    Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta que um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Além disso, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%).
    Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as crianças e os adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer muitas coisas, entre elas, demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying. Esse é um dos melhores meios para identificar se uma criança sofre com zombarias, ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência emocional.
   O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante que encarem as situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação, fazendo com que eles se sintam pior.
    Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o menor não irá ajudar. Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática. Em paralelo, vale buscar a ajuda de um profissional experiente na área.

(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
As expressões em destaque no 3º e no 4º parágrafos expressam, correta e respectivamente, as noções de
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100296 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Sinais de quem sofre bullying

   Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema que merece a nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32 países, incluindo o Brasil, aponta que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em incidentes de bullying na internet, conhecido como cyberbullying.
    Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta que um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Além disso, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%).
    Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as crianças e os adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer muitas coisas, entre elas, demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying. Esse é um dos melhores meios para identificar se uma criança sofre com zombarias, ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência emocional.
   O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante que encarem as situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação, fazendo com que eles se sintam pior.
    Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o menor não irá ajudar. Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática. Em paralelo, vale buscar a ajuda de um profissional experiente na área.

(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
Na passagem – é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao comportamento dos seus filhos – a expressão numérica destacada deve ser entendida como
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100294 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Sinais de quem sofre bullying

   Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema que merece a nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32 países, incluindo o Brasil, aponta que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em incidentes de bullying na internet, conhecido como cyberbullying.
    Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta que um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Além disso, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%).
    Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as crianças e os adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer muitas coisas, entre elas, demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying. Esse é um dos melhores meios para identificar se uma criança sofre com zombarias, ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência emocional.
   O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante que encarem as situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação, fazendo com que eles se sintam pior.
    Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o menor não irá ajudar. Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática. Em paralelo, vale buscar a ajuda de um profissional experiente na área.

(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
Diante dos dados de pesquisas, a autora recomenda que as campanhas de conscientização sobre o bullying sejam 
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100293 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Sinais de quem sofre bullying

   Apesar das inúmeras campanhas de conscientização, o bullying segue sendo um tema que merece a nossa atenção. Uma pesquisa realizada pela Microsoft, em 2020, em 32 países, incluindo o Brasil, aponta que 43% dos entrevistados estiveram envolvidos em incidentes de bullying na internet, conhecido como cyberbullying.
    Por sua vez, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar 2019, feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística com 188 mil estudantes com idades entre 13 e 17 anos, aponta que um em cada 10 adolescentes já se sentiu ameaçado, ofendido e humilhado em redes sociais ou aplicativos. Além disso, 23% dos estudantes afirmaram ter sido vítimas de bullying em ambiente escolar. Os motivos? Aparência do corpo (16,5%), aparência do rosto (11,6%) e cor ou raça (4,6%).
    Além de seguir com as campanhas de conscientização e de abordar o assunto com as crianças e os adolescentes, entendo que é importante que pais e responsáveis estejam 100% atentos ao comportamento dos seus filhos. A forma como estes agem pode nos dizer muitas coisas, entre elas, demonstrar se eles estão sendo autores ou vítimas de bullying. Esse é um dos melhores meios para identificar se uma criança sofre com zombarias, ridicularizações, humilhações e outro tipo de violência emocional.
   O assunto precisa ser tratado com seriedade pelos pais e responsáveis. É interessante que encarem as situações juntos, sem pressionar os filhos a reagir ou minimizar a situação, fazendo com que eles se sintam pior.
    Nesse momento, é relevante pedir discrição para lidar com o assunto, pois expor o menor não irá ajudar. Ao contrário, apenas irá incentivar os colegas a aumentar a prática. Em paralelo, vale buscar a ajuda de um profissional experiente na área.

(Sueli Bravi Conte, Revista Bem-Estar, 05.06.2022. Adaptado)
Segundo o texto,
Alternativas
Ano: 2023 Banca: VUNESP Órgão: PM-SP Prova: VUNESP - 2023 - PM-SP - Soldado PM de 2a Classe |
Q2100286 Português
Leia o texto, para responder à questão.

Exercícios

     Há senhores, graves senhores, que leem graves estudos de filosofia ou coisas afins, ou procuram sozinhos filosofar, considerando as suas ideias que eles julgam próprias. Isto em geral os leva à redescoberta da pólvora. Mas não há de ser nada... Porque estou me lembrando agora é dos tempos em que havia cadeiras na calçada e muitas estrelas lá em cima, e a preocupação dos pequenos, alheios à conversa da gente grande, era observar a forma das nuvens, que se punham a figurar dragões ou bichos mais complicados, ou fragatas que terminavam naufragando, ou mais prosaicamente uma vasta galinha que acabava pondo um ovo luminoso: a lua.
     E esses exercícios eram muito mais divertidos, meus graves senhores, que os de vossas ideias, isto é, os de vossas nuvens interiores.

(Mario Quintana, A vaca e o hipogrifo.)
O trecho do texto no qual o autor afirma que as ideias dos que filosofam nada têm de original é: 
Alternativas
Respostas
181: A
182: D
183: A
184: C
185: D
186: B
187: D
188: D
189: D
190: A
191: D
192: C
193: D
194: C
195: D
196: A
197: B
198: D
199: D
200: B