Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Q1811687 Português
TEXTO II

A VERDADEIRA LEI DE GÉRSON
Raul Marinho Gregorin

(http://www.geocities.ws/cp_adhemar/leidegerson.html. Acesso em: 10
abril 2017. Texto revisado conforme a nova ortografia.)
Levando em consideração que anáfora é uma palavra ou expressão que retoma um termo explícito ou implícito no texto, assinale a opção cujo termo sublinhado NÃO retoma anaforicamente a(s) palavra(s) indicada(s).
Alternativas
Q1811683 Português
TEXTO II

A VERDADEIRA LEI DE GÉRSON
Raul Marinho Gregorin

(http://www.geocities.ws/cp_adhemar/leidegerson.html. Acesso em: 10
abril 2017. Texto revisado conforme a nova ortografia.)
De acordo com os episódios da história da propaganda abordados no texto II, podemos notar que as vantagens, às vezes, com o tempo, revelam problemas que as tornam desvantagens. Essa ideia está presente no seguinte trecho:
Alternativas
Q1811681 Português
TEXTO II

A VERDADEIRA LEI DE GÉRSON
Raul Marinho Gregorin

(http://www.geocities.ws/cp_adhemar/leidegerson.html. Acesso em: 10
abril 2017. Texto revisado conforme a nova ortografia.)
A partir da leitura do texto II, é correto afirmar que
Alternativas
Q1811675 Português
TEXTO I

O HOMEM CORDIAL
Marco A Rossi
(Fonte: Marco. A .Rossi. Acesso 10/01/2013 às 12:30 p.m
http://travessia21.blogspot.com.br/2013/01/o-homem-cordial.html.)
Analise as afirmativas sobre o texto I.
I. Ao afirmar que o “homem cordial” é fruto de um “cruzamento” (l. 5), o autor refere-se à mistura entre a cultura brasileira e as estrangeiras. II. A conjunção “embora” (l. 10) conecta enunciados que demonstram um traço contraditório no comportamento do “homem cordial”. III. A citação do livro “Raízes do Brasil” configura, no texto, o que se denomina “argumento de autoridade”, com a finalidade de conferir peso aos argumentos de Marco Rossi. IV. Predomina no texto uma postura crítica do autor que, questionando os limites da tese de Sérgio Buarque, aponta para um novo tipo de homem cordial.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1811105 Português

Mesmo?


    Há alguns anos, namorei um professor de Direito e procurador-geral da União (do tipo com mestrado, doutorado, pós-doutorado e mil especializações) cujo apreço pela língua portuguesa chegava a ser irritante até para mim. Não sei se por implicância ou por exibicionismo, esse homem, nos nossos momentos de brigas (que não eram poucos; afinal, éramos mais possessivos do que todos os pronomes possessivos juntos), tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu. E o que acontecia? Eu ficava tão irritada com a situação que sempre perdia no quesito argumentação.

    Certa vez, após almoçarmos em uma tarde de sábado, ele foi para a minha casa. Enquanto esperávamos pelo elevador, eu comentei:

    — Ainda chegará o dia em que todas essas placas de aviso de elevadores serão corrigidas. Aff!

    — Oi?

    — Você nunca reparou? “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. ”

    — E daí?

    — E daí que a palavra “mesmo” não pode retomar outra palavra, como elevador.

    — Claro que pode! “Mesmo” é um pronome demonstrativo. Está demonstrando onde devemos ou não entrar.

    — Realmente, “mesmo” pode atuar como pronome demonstrativo, mas ele retoma uma oração, não uma palavra, Maurício.

      — Exemplo?

    — Eu sou uma namorada fiel; por isso espero que o meu namorado faça o mesmo. Viu? Recupera-se, aí, a oração sobre fidelidade.

    — Isso é uma indireta, Cíntia?

    — Não, é direta mesmo.

    — E esse “mesmo” de agora?

    — É um advérbio com valor reforçativo, Maurício. Ele reforça quão galinha você é. O elevador chegou. Vamos.

    — Mesmo? Hahaha...

     — Não fuja do assunto. Estou cansada das suas ciscadas por aí.

    Chegando, eu retirei as minhas roupas e coloquei um roupão. Ele tirou os sapatos, como quem mostra que vai ficar, mas recebeu um telefonema sei lá de quem e prontamente respondeu:

     — Claro que vou. Em dez minutos estarei aí.

     — Oi??? Você vai me deixar aqui mesmo?

     — E esse “mesmo”?

     — Equivale à palavra “realmente” e ao provável término do nosso namoro se você sair daqui.

    Perguntei para ele de quem se tratava, mas Maurício desconversou. Disse que eu não conhecia a pessoa em questão, que ele precisava “dar uma passada” no tal lugar, que eu não iria gostar do barzinho, blá-blá-blá... E começou a ladainha linguisticamente ortodoxa comum aos discursos que ele ensaiava nas nossas brigas:

    — Cíntia, eu sou um homem de conduta ilibada, de quem você não pode duvidar. E você é a mulher pela qual sou apaixonado. Você tem tudo quanto quer de mim e ainda assim sempre duvida dos lugares onde digo que estou.

    — É mesmo? Fiquei lisonjeada...

    — Esse “mesmo” foi irônico. Não admito ironias sobre a minha fidelidade.

    — Maurício, você não me engana. Eu ouvi voz de mulher. Quem está lá? Quantas mulheres são? De onde é esse amigo misterioso do qual eu nunca ouvi falar? Aposto que é aniversário de mulher, por isso você não quer me levar. Não é? Você já estava distante na hora do almoço. Eu senti!

    — Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso! Sou um namorado de cuja fidelidade você não pode duvidar. Quer saber? Vou embora. Passar bem. E saiu correndo do meu apartamento.

    E eu saí correndo atrás dele, afinal de contas, ele tinha de me ouvir. Mas o caso é que eu estava de roupão e não me lembrei desse detalhe. Pois bem: vi-me de roupão, no meio da rua, brigando com o Senhor Sabe-Tudo. Cena de novela: atirei-me na frente do carro dele e disse:

    — Daqui você não sai.

    Ele, frio como um iceberg, respondeu:

    — Só se você me disser que “mesmo” substitui palavra, que estou certo.

    — Maurício, não me irrite! Já expliquei que “mesmo” não substitui palavra e ponto final.

    — Ele, divertindo-se com a situação, disse:

    — Então, como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?

    — “Antes de entrar no elevador, verifique se este se encontra parado neste andar”. Pronto, Maurício. Agora saia do carro. Os vizinhos já estão olhando. Não vê que estou de roupão?

    — É mesmo? Coitadinha... Isso é para você aprender a não desconfiar de mim.

    Deu ré e foi embora.

    Então eu fiquei ali, na rua, de roupão, sem a chave do portão do prédio, à espera de um vizinho com quem eu pudesse contar.

    E você, leitor, neste momento pergunta a si mesmo: mesmo? De roupão na rua?

    Mesmo...

CHAGAS, Cíntia. Sou péssimo em português: chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de português dando boas risadas. 1 ed. Rio de Janeiro: HarperColllins, 2018.

Assinale a opção CORRETA. A situação que dá origem aos acontecimentos (conflito) no conto “Mesmo?” é:
Alternativas
Respostas
621: C
622: A
623: C
624: B
625: B