Questões Militares Sobre noções gerais de compreensão e interpretação de texto em português

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Q724287 Português

Considere a informação.

A prática de atividades físicas ajuda a raciocinar, a planejar, a exercitar a memória, a compreender situações, linguagens e estratégias e a resolver problemas.

(Superinteressante, julho de 2010. Adaptado.) Em um texto que fala dos benefícios dos exercícios e da Educação Física, as atividades físicas descritas relacionam-se à seguinte competência:
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Q724286 Português

Considere as informações.

A COPA DA ÁFRICA VAI EMITIR MUITO CO2: 896 MIL TONELADAS

Tudo porque, como a África do Sul tem pouca infraestrutura, a maioria dos torcedores vai se locomover de avião.

Imagem associada para resolução da questão

(Superinteressante, julho de 2010. Adaptado.)

Os dados apresentados mostram que

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Q724283 Português

Instrução: Leia os textos para responder à questão.

Texto I

A seleção montada pelo técnico Dunga deixa um aprendizado: jamais coloque no comando de uma equipe alguém que não seja experiente o suficiente para os desafios que o esperam, que não tenha capacidade de buscar os melhores profissionais para cada área e que não consiga transmitir motivação e humildade ao grupo. Cobram-nos como “torcedores”, alegando que sempre queremos vencer. Não queremos vencer sempre, mas sim jogar com dignidade, arrojo e vibração.

Texto II

Sou mais um torcedor brasileiro que ainda sofre com a eliminação precoce do Brasil na Copa do Mundo diante da seleção da Holanda. Apesar disso, afirmo que o técnico Dunga está de parabéns: pela coerência, disciplina, franqueza, união da equipe e por sua coragem. São procedentes as críticas ao seu humor e aos atritos desnecessários com a imprensa; mas nada disso foi determinante para a derrota. Seus títulos e números expressivos nestes quatro anos falam por si.

(Veja, 10.07.2010.)
Comparando os pontos de vista expressos nos dois textos, é correto afirmar que seus autores têm
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Q724282 Português

Instrução: A questão baseia-se no texto.

    Cinema – Quincas Berro D´Água, de Sérgio Machado (Brasil, 2010). Lançada em 1959, a novela A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água está entre os grandes textos do escritor baiano Jorge Amado (1912-2001). Dela, o diretor de Cidade Baixa preservou o humor mórbido e o deboche. Escolheu a dedo quatro atores não muito famosos para os papéis principais. Na trama, Quincas (o experiente Paulo José) morre no dia de seu 72º aniversário. Beberrão e mulherengo, esse ex-funcionário público era símbolo da boemia na capital baiana dos anos 50. Quatro inconformados amigos dele (interpretados por Irandhir Santos, Luís Miranda, Flávio Bauraqui e Frank Menezes) roubam o cadáver no velório para uma noitada de despedida pelas ladeiras do Pelourinho. Com Mariana Ximenes e Vladimir Brichta (104 min). 14 anos. Estreou em 21/5/2010.

(Veja São Paulo, 14.07.2010.)

Analise as afirmações, que se baseiam nas informações textuais e nos contextos a que se reportam. I. O texto é uma resenha do filme de Sérgio Machado, baseado em uma obra do escritor baiano Jorge Amado, expressão do regionalismo modernista da literatura brasileira. II. O filme faz uma releitura da obra de Jorge Amado, em um viés realista e sério. III. No filme de Sérgio Machado, cuja ambientação são as ladeiras do Pelourinho, em Salvador, o protagonista da trama – a exemplo de seus amigos – é interpretado por um ator novato e desconhecido do grande público. Está correto o que se afirma em
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Q724281 Português

Instrução: A questão baseia-se no texto.

    Cinema – Quincas Berro D´Água, de Sérgio Machado (Brasil, 2010). Lançada em 1959, a novela A Morte e a Morte de Quincas Berro d´Água está entre os grandes textos do escritor baiano Jorge Amado (1912-2001). Dela, o diretor de Cidade Baixa preservou o humor mórbido e o deboche. Escolheu a dedo quatro atores não muito famosos para os papéis principais. Na trama, Quincas (o experiente Paulo José) morre no dia de seu 72º aniversário. Beberrão e mulherengo, esse ex-funcionário público era símbolo da boemia na capital baiana dos anos 50. Quatro inconformados amigos dele (interpretados por Irandhir Santos, Luís Miranda, Flávio Bauraqui e Frank Menezes) roubam o cadáver no velório para uma noitada de despedida pelas ladeiras do Pelourinho. Com Mariana Ximenes e Vladimir Brichta (104 min). 14 anos. Estreou em 21/5/2010.

(Veja São Paulo, 14.07.2010.)

Existe continuidade de sentido quando se relacionam as seguintes informações textuais:
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Q724279 Português

Instrução: Leia o texto para responder à questão.

Se você pudesse ver seu coração, não cuidaria melhor dele?

Marília Gabriela conversa com Gabriel, o mais novo adepto da corrente do coração. “Começou comigo, passou para o meu filho Christiano, depois para a Julia, arquiteta do Christiano, e hoje eu estou aqui com o Gabriel, irmão de Julia.” Gabriel também incluiu Becel no seu café da manhã. E não parou por aí. Agora, quando vai decidir o que comer, escuta seu coração. Foram escolhas simples, mas quando se trata da saúde do coração, pequenas mudanças podem fazer toda a diferença.

“Minha Margarina? É claro que é Becel!”

(Época, 10.07.2010.)

No contexto, a fala entre aspas do primeiro parágrafo deve ser atribuída
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Q724277 Português

Instrução: Leia o texto de Carlos Drummond de Andrade para responder à questão.

Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada...

Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente.

Analise as afirmações. I. No primeiro parágrafo, as frases são constituídas sem a presença de verbos em sua estrutura, o que permite inferir que não se pretende enfatizar ações e sim se reportar aos elementos do cotidiano do poeta, materializados nos substantivos dessas frases. II. O primeiro parágrafo caracteriza-se por frases que não se articulam sintaticamente entre si por meio de conjunções e sim pela justaposição. III. Na passagem Que vida!, evidencia-se uma ambiguidade, pois se pode pensar tanto em uma referência a bons aspectos da existência como a aspectos negativos. Está correto o que se afirma em
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Q724276 Português

Instrução: Leia o texto de Carlos Drummond de Andrade para responder à questão.

Que frio! Que vento! Que calor! Que caro! Que absurdo! Que bacana! Que tristeza! Que tarde! Que amor! Que besteira! Que esperança! Que modos! Que noite! Que graça! Que horror! Que doçura! Que novidade! Que susto! Que pão! Que vexame! Que mentira! Que confusão! Que vida! Que talento! Que alívio! Que nada...

Assim, em plena floresta de exclamações, vai-se tocando pra frente.

O texto, segundo o autor, revela que a vida é
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Q724195 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Leia o texto para responder à questão 
Quase sempre foi muito mais difícil para a seleção brasileira ganhar a vaga numa Copa. Mas nunca foi tão saboroso carimbar o passaporte para o Mundial como ontem, em Rosario. Com uma vitória por 3 a 1 sobre a Argentina de Maradona, o time nacional se garantiu na Copa da África de 2010 e vai continuar como o único país do mundo a ir a todos Mundiais. (Folha de S.Paulo, 06.09.2009)

Este texto, comparado com as informações do 1.º parágrafo de Histórias das três batalhas de Rosario, deixa evidente que
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Q724191 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Ao referir-se ao comportamento do árbitro húngaro, o autor o faz com
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Q724190 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

A partida de futebol de 1978 entre Brasil e Argentina marcou-se pela
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Q724189 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Sobre a segunda batalha de Rosario, afirma-se que I. é representada por uma disputa esportiva, cujo resultado põe em condições de igualdade Brasil e Argentina; II. aconteceu num momento histórico marcado pelo regime político ditatorial, tanto na Argentina quanto no Brasil; III. a Argentina, ainda que perdesse do Brasil, estaria na final do campeonato. Está correto o contido em
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Q724188 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

No texto, afirma-se que a primeira batalha de Rosario foi de verdade, pois ela
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Q724187 Português

Histórias das três batalhas de Rosario


    Nos livros de história, há duas batalhas de Rosario. A de 18 de junho de 1978 é a segunda. Essa de hoje [05.09.2009], pelo visto, corre o risco de ser a terceira. Espera-se que nesta, pela primeira vez, os brasileiros ganhem.

    Na primeira, batalha de verdade, com canhão e cavalaria, ocorrida no século 19, os republicanos da aliança argentino-uruguaia levaram a melhor sobre as tropas imperiais brasileiras. Não foi uma vitória acachapante, mas os “castelhanos” ficaram com o terreno.

    Ganharam e ainda se apropriaram da partitura de uma marcha, que tocam sempre que um presidente brasileiro vai a Buenos Aires.

    Essa primeira batalha aconteceu em 1827. Morreram cerca de 400 pessoas – e o nome da batalha na verdade era “Passo do Rosario”, ou ainda “de Ituzaingó”, e aconteceu no Rio Grande do Sul, um pouco distante do Pampa argentino.

    Na segunda, não morreu ninguém, que se saiba (ao menos não em campo). Nos dois países, estava-se em uma ditadura, mas, como o jogo era em Rosario, os ditadores de lá estavam mais perto do evento em si.

    Batalha horrível, diga-se. Joguinho feio, que acabou em empate. A Argentina, nem invicta era. Perdera da Itália na fase inicial. Se perdesse do Brasil, provavelmente ficaria fora da final. Provavelmente, não, ficaria. Note-se: o Brasil, com Maracanazo e tudo, era tri; a Argentina nunca vencera nada.

    O jogo, a batalha, acabou no 0 a 0. Os argentinos tinham um jogador, Luque, que deveria ter sido preso. Bateu o jogo inteiro, abaixo da linha da cintura. Bateu no primeiro lance, um pontapé em Batista ouvido no planeta. O árbitro, um húngaro de nome Palotay e lisura sem par, não viu nada demais, já que de modo geral saía pouco sangue.

    Para compensar a classe alviceleste, o Brasil colocou em campo o ínclito meio-campista Chicão, conhecido pela sua técnica admirável. Na base da pancada mútua, o jogo acabou parelho, com Roberto Dinamite perdendo um gol no finzinho.

    Empate na batalha, faltava um jogo pra cada lado.

    O Brasil pegou a Polônia e, aos trancos e barrancos, enfiou 3 a 0. A Argentina precisava ganhar de quatro do Peru.

    A alegria brasileira durou algumas horas. À noite, os comandados de Menotti, o técnico argentino, surraram os peruanos (cujo goleiro era... argentino naturalizado peruano, coitado). O jogo foi 6 a 0. Finalistas e campeões.

    Parte da torcida no Brasil ficou até feliz, assim a ditadura não poderia usar a Copa a seu favor. Já a ditadura deles, usou. Sem nenhum pudor.

(Folha de S.Paulo, 05.09.2009. Adaptado)

Sobre as batalhas de Rosario referidas no texto, é correto afirmar que
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Q721537 Português

A partir do texto acima, julgue o item subsequente.

A repetição do segmento “Todos os seres humanos” (l.2) confere ênfase à informação do texto.

Alternativas
Q721535 Português

Com base nas ideias e estruturas do texto acima, julgue o item que se segue.

A palavra “imperativo” (l.7) está sendo empregada, nesse texto, com o sentido de exigência, necessidade, dever.

Alternativas
Q721382 Português


Com relação às ideias e estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

O emprego do pronome “nossa" (l.12) é um recurso discursivo que insere o leitor no texto e, nesse caso, especificamente, por meio do apelo à sua identidade nacional.
Alternativas
Q721380 Português


Com relação às ideias e estruturas do texto acima, julgue o item a seguir.

Segundo o texto, a consolidação política da democracia depende, entre outros fatores, das conquistas alcançadas no âmbito da segurança pública.
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Q718385 Português

A casa das ilusões perdidas  


            Quando ela anunciou que estava grávida, a primeira reação dele foi de desagrado, logo seguida de franca irritação. Que coisa, disse, você não podia tomar cuidado, engravidar logo agora que estou desempregado, numa pior, você não tem cabeça mesmo, não sei o que vi em você, já deveria ter trocado de mulher havia muito tempo. Ela, naturalmente, chorou, chorou muito. Disse que ele tinha razão, que aquilo fora uma irresponsabilidade, mas mesmo assim queria ter o filho. Sempre sonhara com isso, com a maternidade – e agora que o sonho estava prestes a se realizar, não deixaria que ele se desfizesse. 

            – Por favor, suplicou. – Eu faço tudo que você quiser, eu dou um jeito de arranjar trabalho, eu sustento o nenê, mas, por favor, me deixe ser mãe.

            Ele disse que ia pensar. Ao fim de três dias daria a resposta. E sumiu.

           Voltou, não ao cabo de três dias, mas de três meses. Àquela altura ela já estava com uma barriga avançada que tornava impossível o aborto; ao vê-lo, esqueceu a desconsideração, esqueceu tudo – estava certa de que ele vinha com a mensagem que tanto esperava, você pode ter o nenê, eu ajudo você a criá-lo.

          Estava errada. Ele vinha, sim, dizer-lhe que podia dar à luz a criança; mas não para ficar com ela. Já tinha feito o negócio: trocariam o recém-nascido por uma casa. A casa que não tinham e que agora seria o lar deles, o lar onde – agora ele prometia – ficariam para sempre.

           Ela ficou desesperada. De novo caiu em prantos, de novo implorou. Ele se mostrou irredutível. E ela, como sempre, cedeu.

           Entregue a criança, foram visitar a casa. Era uma modesta construção num bairro popular. Mas era o lar prometido e ela ficou extasiada. Ali mesmo, contudo, fez uma declaração.

          – Nós vamos encher esta casa de crianças. Quatro ou cinco, no mínimo.

         Ele não disse nada, mas ficou pensando. Quatro ou cinco casas, aquilo era um bom começo.


                                                                                                             Moacyr Scliar. Folha de S.Paulo, 14/06/99.  

De acordo com o texto, é correto afirmar que
Alternativas
Q718072 Português

Imagem associada para resolução da questão

(Disponível em http://pousadaluaazul.com.br/planetapraia/?p=1780)

A charge selecionada critica

Alternativas
Respostas
2521: D
2522: A
2523: C
2524: A
2525: B
2526: B
2527: E
2528: C
2529: D
2530: A
2531: B
2532: C
2533: A
2534: E
2535: C
2536: C
2537: C
2538: C
2539: C
2540: A