Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
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Texto 1A1-I
A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa continuidade. Dona Ana explicava que “antes tinha o povo Cuchi, depois teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cumaru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros estrangeiros.
No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapioca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como pertencentes à mesma espécie botânica (Crescentia cujete), a primeira era ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipadu e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas atuais da região também destacam essa especificidade funcional. Assim, distinguem-se até hoje dois tipos de árvore no Alto Rio Negro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes diferentes pelos falantes da língua tukano.
Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plantios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do rio Cassiquiari (afluente do rio Orinoco, na fronteira entre Colômbia e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de Santarém ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que marcaram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam que em Manaus só tinha cuia. De lá, uma família chamada Coimbra chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no Alto Rio Negro.
Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada kipu-wahro. Antes de produzirem frutos, perdem todas as folhas uma vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as folhas e a produção de frutos durante todo o ano.
Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais. São Paulo: Ubu Editora, p. 155-156 (com adaptações).
Texto 1A1-I
A manhã era fresca na palhoça da velha dona Ana no Alto Rio Negro, um lugar onde a história é viva e a gente é parte dessa continuidade. Dona Ana explicava que “antes tinha o povo Cuchi, depois teve Baré escravizado vindo de Manaus pra cá na época do cumaru, da batala, do pau-rosa. Muitos se esconderam no rio Xié. Agora somos nós”. Terra de gente poliglota, de encontros e desencontros estrangeiros.
No início desse mundo, havia dois tipos de cuia: a cuia de tapioca e a cuia de ipadu. Embora possam ser classificadas como pertencentes à mesma espécie botânica (Crescentia cujete), a primeira era ligada ao uso diário, ao passo que a outra era usada como veículo de acesso ao mundo espiritual em decorrência do consumo de ipadu e gaapi (cipó Banisteriopsis caapi). Os pesquisadores indígenas atuais da região também destacam essa especificidade funcional. Assim, distinguem-se até hoje dois tipos de árvore no Alto Rio Negro: as árvores de cuiupis e as de cuias, que recebem nomes diferentes pelos falantes da língua tukano.
Dona Ana me explica que os cuiupis no Alto Rio Negro são plantios muito antigos dos Cuchi, e os galhos foram trazidos da beira do rio Cassiquiari (afluente do rio Orinoco, na fronteira entre Colômbia e Venezuela), onde o cuiupi “tem na natureza”, pois cresce sozinho e em abundância. Já a cuia redonda, diz-se que veio de Santarém ou de Manaus, com o povo Baré nas migrações forçadas que marcaram a colonização do Rio Negro. Os homens mais velhos atestam que em Manaus só tinha cuia. De lá, uma família chamada Coimbra chegou trazendo gado e enriqueceu vendendo cuias redondas no Alto Rio Negro.
Cuiupis e cuias diferem na origem e também nos ritmos de vida. As árvores de cuiupi frutificam durante a estação chamada kipu-wahro. Antes de produzirem frutos, perdem todas as folhas uma vez por ano. A árvore de cuia, diferentemente do cuiupi, mantém as folhas e a produção de frutos durante todo o ano.
Priscila Ambrósio Moreira. Memórias sobre as cuias. O que contam os quintais e as florestas alagáveis na Amazônia brasileira? In: Joana Cabral de Oliveira et al. (Org.). Vozes Vegetais. São Paulo: Ubu Editora, p. 155-156 (com adaptações).
De acordo com o texto 1A1-I, no Alto Rio Negro, cuiupis e cuias se distinguem
I pela classificação botânica.
II pela serventia.
III pela procedência.
IV pelo padrão de frutificação.
Estão certos apenas os itens
Considere o cartaz para responder à questão.
(Campanha #NÃOÉAMORQUANDO. http://janeirobranco.com.br)
Considere o cartaz para responder à questão.
(Campanha #NÃOÉAMORQUANDO. http://janeirobranco.com.br)
Leia o texto para responder à questão.
Para Lilia Schwarcz, Brasil está reescrevendo
a história da escravidão
“É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil. Revogam-se as disposições em contrário.” Com menos de 20 palavras, a escravidão foi abolida no Brasil há 130 anos, em 13 de maio de 1888.
Para a historiadora Lilia Schwarcz, o 13 de maio não deve ser uma data de celebração, mas sim de reflexão sobre o papel do Brasil, que foi o último dos países das Américas a abolir formalmente a escravidão mercantil.
Além disso, Schwarcz propõe que a abordagem do tema deixe de focar apenas os aspectos que mostram os africanos como vítimas passivas e abarque a resistência dos escravizados, para propagar o conhecimento de que os escravos e escravas não foram trazidos para cá pacificamente — evidenciando, assim, a violência que permeou o fenômeno da miscigenação brasileira.
(Luiza Calegari. Revista Exame.
https://exame.abril.com.br. 13.05.2018. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Para Lilia Schwarcz, Brasil está reescrevendo
a história da escravidão
“É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil. Revogam-se as disposições em contrário.” Com menos de 20 palavras, a escravidão foi abolida no Brasil há 130 anos, em 13 de maio de 1888.
Para a historiadora Lilia Schwarcz, o 13 de maio não deve ser uma data de celebração, mas sim de reflexão sobre o papel do Brasil, que foi o último dos países das Américas a abolir formalmente a escravidão mercantil.
Além disso, Schwarcz propõe que a abordagem do tema deixe de focar apenas os aspectos que mostram os africanos como vítimas passivas e abarque a resistência dos escravizados, para propagar o conhecimento de que os escravos e escravas não foram trazidos para cá pacificamente — evidenciando, assim, a violência que permeou o fenômeno da miscigenação brasileira.
(Luiza Calegari. Revista Exame.
https://exame.abril.com.br. 13.05.2018. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Para Lilia Schwarcz, Brasil está reescrevendo
a história da escravidão
“É declarada extinta desde a data desta Lei a escravidão no Brasil. Revogam-se as disposições em contrário.” Com menos de 20 palavras, a escravidão foi abolida no Brasil há 130 anos, em 13 de maio de 1888.
Para a historiadora Lilia Schwarcz, o 13 de maio não deve ser uma data de celebração, mas sim de reflexão sobre o papel do Brasil, que foi o último dos países das Américas a abolir formalmente a escravidão mercantil.
Além disso, Schwarcz propõe que a abordagem do tema deixe de focar apenas os aspectos que mostram os africanos como vítimas passivas e abarque a resistência dos escravizados, para propagar o conhecimento de que os escravos e escravas não foram trazidos para cá pacificamente — evidenciando, assim, a violência que permeou o fenômeno da miscigenação brasileira.
(Luiza Calegari. Revista Exame.
https://exame.abril.com.br. 13.05.2018. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Orientações de segurança
1. Desligue da tomada todos os aparelhos e equipamentos que não serão utilizados e confira se o registro de gás está fechado.
2. Deixe um vizinho ou amigo ciente de sua localização e oriente-o a acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 se algo suspeito acontecer.
(www.policiamilitar.sp.gov.br. Adaptado)
Leia o texto para responder à questão.
Orientações de segurança
1. Desligue da tomada todos os aparelhos e equipamentos que não serão utilizados e confira se o registro de gás está fechado.
2. Deixe um vizinho ou amigo ciente de sua localização e oriente-o a acionar a Polícia Militar pelo telefone 190 se algo suspeito acontecer.
(www.policiamilitar.sp.gov.br. Adaptado)
Leia a tira para responder à questão.
(Mort Walker. Recruta Zero.
O Estado de S.Paulo. http://cultura.estadao.com.br)
I. Em “Senhor Diretor”, Maria Emília é uma mulher marcada por uma rígida repressão sexual. II. Em “A Sauna”, após repassar sua vida a limpo, o narrador protagonista se arrepende de seus atos egoístas e mesquinhos. III. Em “WM”, os fatos da vida de Wlado não são revelados ao leitor. IV. Em “Seminário dos ratos”, a invasão dos ratos simboliza uma aterrorizante ameaça ao poder representado pelo Secretário do Bem-Estar Público e Privado e pelo Chefe de Relações Públicas.
I. A descrição da pensão, a caracterização da sua dona, o cheiro, a janela quebrada, os pesadelos e o desaparecimento das formigas são elementos que contribuem para a construção de uma atmosfera de suspense. II. O trecho a seguir exemplifica a dubiedade da narrativa: “– Um anão. Raríssimo, entende? E acho que não falta nenhum ossinho, vou trazer as ligaduras, quero ver se no fim da semana começo a montar ele.” III. A vulnerabilidade das protagonistas pode ser constatada em seus atos corriqueiros, como ter um ursinho de pelúcia e o cuidado recíproco que têm uma pela outra.
Sobre essa passagem, é correto afirmar: