Questões Militares de Português - Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

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Q1811675 Português
TEXTO I

O HOMEM CORDIAL
Marco A Rossi
(Fonte: Marco. A .Rossi. Acesso 10/01/2013 às 12:30 p.m
http://travessia21.blogspot.com.br/2013/01/o-homem-cordial.html.)
Analise as afirmativas sobre o texto I.
I. Ao afirmar que o “homem cordial” é fruto de um “cruzamento” (l. 5), o autor refere-se à mistura entre a cultura brasileira e as estrangeiras. II. A conjunção “embora” (l. 10) conecta enunciados que demonstram um traço contraditório no comportamento do “homem cordial”. III. A citação do livro “Raízes do Brasil” configura, no texto, o que se denomina “argumento de autoridade”, com a finalidade de conferir peso aos argumentos de Marco Rossi. IV. Predomina no texto uma postura crítica do autor que, questionando os limites da tese de Sérgio Buarque, aponta para um novo tipo de homem cordial.
Está correto o que se afirma apenas em
Alternativas
Q1811105 Português

Mesmo?


    Há alguns anos, namorei um professor de Direito e procurador-geral da União (do tipo com mestrado, doutorado, pós-doutorado e mil especializações) cujo apreço pela língua portuguesa chegava a ser irritante até para mim. Não sei se por implicância ou por exibicionismo, esse homem, nos nossos momentos de brigas (que não eram poucos; afinal, éramos mais possessivos do que todos os pronomes possessivos juntos), tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu. E o que acontecia? Eu ficava tão irritada com a situação que sempre perdia no quesito argumentação.

    Certa vez, após almoçarmos em uma tarde de sábado, ele foi para a minha casa. Enquanto esperávamos pelo elevador, eu comentei:

    — Ainda chegará o dia em que todas essas placas de aviso de elevadores serão corrigidas. Aff!

    — Oi?

    — Você nunca reparou? “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. ”

    — E daí?

    — E daí que a palavra “mesmo” não pode retomar outra palavra, como elevador.

    — Claro que pode! “Mesmo” é um pronome demonstrativo. Está demonstrando onde devemos ou não entrar.

    — Realmente, “mesmo” pode atuar como pronome demonstrativo, mas ele retoma uma oração, não uma palavra, Maurício.

      — Exemplo?

    — Eu sou uma namorada fiel; por isso espero que o meu namorado faça o mesmo. Viu? Recupera-se, aí, a oração sobre fidelidade.

    — Isso é uma indireta, Cíntia?

    — Não, é direta mesmo.

    — E esse “mesmo” de agora?

    — É um advérbio com valor reforçativo, Maurício. Ele reforça quão galinha você é. O elevador chegou. Vamos.

    — Mesmo? Hahaha...

     — Não fuja do assunto. Estou cansada das suas ciscadas por aí.

    Chegando, eu retirei as minhas roupas e coloquei um roupão. Ele tirou os sapatos, como quem mostra que vai ficar, mas recebeu um telefonema sei lá de quem e prontamente respondeu:

     — Claro que vou. Em dez minutos estarei aí.

     — Oi??? Você vai me deixar aqui mesmo?

     — E esse “mesmo”?

     — Equivale à palavra “realmente” e ao provável término do nosso namoro se você sair daqui.

    Perguntei para ele de quem se tratava, mas Maurício desconversou. Disse que eu não conhecia a pessoa em questão, que ele precisava “dar uma passada” no tal lugar, que eu não iria gostar do barzinho, blá-blá-blá... E começou a ladainha linguisticamente ortodoxa comum aos discursos que ele ensaiava nas nossas brigas:

    — Cíntia, eu sou um homem de conduta ilibada, de quem você não pode duvidar. E você é a mulher pela qual sou apaixonado. Você tem tudo quanto quer de mim e ainda assim sempre duvida dos lugares onde digo que estou.

    — É mesmo? Fiquei lisonjeada...

    — Esse “mesmo” foi irônico. Não admito ironias sobre a minha fidelidade.

    — Maurício, você não me engana. Eu ouvi voz de mulher. Quem está lá? Quantas mulheres são? De onde é esse amigo misterioso do qual eu nunca ouvi falar? Aposto que é aniversário de mulher, por isso você não quer me levar. Não é? Você já estava distante na hora do almoço. Eu senti!

    — Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso! Sou um namorado de cuja fidelidade você não pode duvidar. Quer saber? Vou embora. Passar bem. E saiu correndo do meu apartamento.

    E eu saí correndo atrás dele, afinal de contas, ele tinha de me ouvir. Mas o caso é que eu estava de roupão e não me lembrei desse detalhe. Pois bem: vi-me de roupão, no meio da rua, brigando com o Senhor Sabe-Tudo. Cena de novela: atirei-me na frente do carro dele e disse:

    — Daqui você não sai.

    Ele, frio como um iceberg, respondeu:

    — Só se você me disser que “mesmo” substitui palavra, que estou certo.

    — Maurício, não me irrite! Já expliquei que “mesmo” não substitui palavra e ponto final.

    — Ele, divertindo-se com a situação, disse:

    — Então, como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?

    — “Antes de entrar no elevador, verifique se este se encontra parado neste andar”. Pronto, Maurício. Agora saia do carro. Os vizinhos já estão olhando. Não vê que estou de roupão?

    — É mesmo? Coitadinha... Isso é para você aprender a não desconfiar de mim.

    Deu ré e foi embora.

    Então eu fiquei ali, na rua, de roupão, sem a chave do portão do prédio, à espera de um vizinho com quem eu pudesse contar.

    E você, leitor, neste momento pergunta a si mesmo: mesmo? De roupão na rua?

    Mesmo...

CHAGAS, Cíntia. Sou péssimo em português: chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de português dando boas risadas. 1 ed. Rio de Janeiro: HarperColllins, 2018.

Assinale a opção CORRETA. A situação que dá origem aos acontecimentos (conflito) no conto “Mesmo?” é:
Alternativas
Q1811104 Português

Mesmo?


    Há alguns anos, namorei um professor de Direito e procurador-geral da União (do tipo com mestrado, doutorado, pós-doutorado e mil especializações) cujo apreço pela língua portuguesa chegava a ser irritante até para mim. Não sei se por implicância ou por exibicionismo, esse homem, nos nossos momentos de brigas (que não eram poucos; afinal, éramos mais possessivos do que todos os pronomes possessivos juntos), tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu. E o que acontecia? Eu ficava tão irritada com a situação que sempre perdia no quesito argumentação.

    Certa vez, após almoçarmos em uma tarde de sábado, ele foi para a minha casa. Enquanto esperávamos pelo elevador, eu comentei:

    — Ainda chegará o dia em que todas essas placas de aviso de elevadores serão corrigidas. Aff!

    — Oi?

    — Você nunca reparou? “Antes de entrar no elevador, verifique se o mesmo se encontra parado neste andar. ”

    — E daí?

    — E daí que a palavra “mesmo” não pode retomar outra palavra, como elevador.

    — Claro que pode! “Mesmo” é um pronome demonstrativo. Está demonstrando onde devemos ou não entrar.

    — Realmente, “mesmo” pode atuar como pronome demonstrativo, mas ele retoma uma oração, não uma palavra, Maurício.

      — Exemplo?

    — Eu sou uma namorada fiel; por isso espero que o meu namorado faça o mesmo. Viu? Recupera-se, aí, a oração sobre fidelidade.

    — Isso é uma indireta, Cíntia?

    — Não, é direta mesmo.

    — E esse “mesmo” de agora?

    — É um advérbio com valor reforçativo, Maurício. Ele reforça quão galinha você é. O elevador chegou. Vamos.

    — Mesmo? Hahaha...

     — Não fuja do assunto. Estou cansada das suas ciscadas por aí.

    Chegando, eu retirei as minhas roupas e coloquei um roupão. Ele tirou os sapatos, como quem mostra que vai ficar, mas recebeu um telefonema sei lá de quem e prontamente respondeu:

     — Claro que vou. Em dez minutos estarei aí.

     — Oi??? Você vai me deixar aqui mesmo?

     — E esse “mesmo”?

     — Equivale à palavra “realmente” e ao provável término do nosso namoro se você sair daqui.

    Perguntei para ele de quem se tratava, mas Maurício desconversou. Disse que eu não conhecia a pessoa em questão, que ele precisava “dar uma passada” no tal lugar, que eu não iria gostar do barzinho, blá-blá-blá... E começou a ladainha linguisticamente ortodoxa comum aos discursos que ele ensaiava nas nossas brigas:

    — Cíntia, eu sou um homem de conduta ilibada, de quem você não pode duvidar. E você é a mulher pela qual sou apaixonado. Você tem tudo quanto quer de mim e ainda assim sempre duvida dos lugares onde digo que estou.

    — É mesmo? Fiquei lisonjeada...

    — Esse “mesmo” foi irônico. Não admito ironias sobre a minha fidelidade.

    — Maurício, você não me engana. Eu ouvi voz de mulher. Quem está lá? Quantas mulheres são? De onde é esse amigo misterioso do qual eu nunca ouvi falar? Aposto que é aniversário de mulher, por isso você não quer me levar. Não é? Você já estava distante na hora do almoço. Eu senti!

    — Não me venha, Cíntia Chagas (ele sempre me chamava de Cíntia Chagas durante as brigas), com o seu discurso falacioso! Sou um namorado de cuja fidelidade você não pode duvidar. Quer saber? Vou embora. Passar bem. E saiu correndo do meu apartamento.

    E eu saí correndo atrás dele, afinal de contas, ele tinha de me ouvir. Mas o caso é que eu estava de roupão e não me lembrei desse detalhe. Pois bem: vi-me de roupão, no meio da rua, brigando com o Senhor Sabe-Tudo. Cena de novela: atirei-me na frente do carro dele e disse:

    — Daqui você não sai.

    Ele, frio como um iceberg, respondeu:

    — Só se você me disser que “mesmo” substitui palavra, que estou certo.

    — Maurício, não me irrite! Já expliquei que “mesmo” não substitui palavra e ponto final.

    — Ele, divertindo-se com a situação, disse:

    — Então, como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?

    — “Antes de entrar no elevador, verifique se este se encontra parado neste andar”. Pronto, Maurício. Agora saia do carro. Os vizinhos já estão olhando. Não vê que estou de roupão?

    — É mesmo? Coitadinha... Isso é para você aprender a não desconfiar de mim.

    Deu ré e foi embora.

    Então eu fiquei ali, na rua, de roupão, sem a chave do portão do prédio, à espera de um vizinho com quem eu pudesse contar.

    E você, leitor, neste momento pergunta a si mesmo: mesmo? De roupão na rua?

    Mesmo...

CHAGAS, Cíntia. Sou péssimo em português: chega de sofrimento! Aprenda as principais regras de português dando boas risadas. 1 ed. Rio de Janeiro: HarperColllins, 2018.

Os pressupostos são informações implícitas que são marcadas lexicalmente na frase. Considerando o contexto, analise os fragmentos do texto “Mesmo?” abaixo quanto à ocorrência de informações implícitas, e, a seguir, assinale a opção CORRETA:


I. “[...] tentava, de todas as formas, mostrar que dominava a última flor do Lácio, vulgo língua portuguesa, mais do que eu.”

II. “Estou cansada de suas ciscadas por aí.”

III. “É mesmo? Fiquei lisonjeada...”

IV. “— Então como ficaria a placa do elevador, Rainha da Língua Portuguesa?”


Há informações implícitas nos itens:

Alternativas
Q1810458 Português
Como informar as crianças em momentos de crise?
Maria Carolina Cristianini*

     1§ Enfrentar crises não é novidade para quem vive na Terra. Entre guerras, períodos de recessão e tragédias naturais e humanas, de tempos em tempos as crises surgem. É necessário muita sobriedade nesses momentos. E, então, são os adultos que, efetivamente, assumem o papel de lidar com a situação e resolvê-la – conforme a possibilidade de atuação de cada um. Mas há outra questão. O mundo não é formado somente pelos maiores de idade.
     2§ É a partir disso que convido a uma reflexão: como os adultos ao seu redor, ou você mesmo, têm explicado a crise atual – e os seus mais diversos sentidos –, causada pela pandemia de Covid 19, a crianças e adolescentes? Posso afirmar, com a segurança de uma trajetória que passa de 12 anos nesta área, que o jornalismo infantojuvenil é, sim, o melhor amigo de pais, mães, tios, tias, professores e professoras neste momento.
     3§ Levar os fatos para os jovens, apurados com as mesmas técnicas usadas no jornalismo profissional “para adultos”, tem, sim, os mais diversos benefícios quando se está diante de algo que presenciamos pela primeira vez, como o novo coronavírus. Alguns desses impactos positivos: usa linguagem adequada para este público, garantindo o seu entendimento e o contexto do que está acontecendo; acalma diante da ansiedade que algo desconhecido naturalmente traz; e abre a oportunidade para que a criança ou o adolescente se sinta inserido na situação como parte integrante e ativa da sociedade, sem estar à margem do noticiário.
     4§ O jornalismo infantojuvenil pode transformar uma geração, a partir da informação de qualidade e do incentivo ao desenvolvimento do senso crítico e à construção de uma cidadania ativa, em qualquer idade.

* Editora-chefe do jornal Joca, voltado para crianças e jovens.
Folha de S. Paulo, Tendências/Debates, 21 fev. 2021, p. A3. Adaptado.
“A pontuação marca na escrita as diferenças de entonação, contribuindo para tornar mais preciso o sentido que se quer dar ao texto.”
CEREJA, William Roberto; MAGALHÃES, Thereza Cochar. Gramática reflexiva – texto, semântica e interação. São Paulo: Atual, 2013, p. 314.
A esse respeito, avalie o que se informa sobre os sinais de pontuação.
I. Os travessões, no segundo parágrafo, complementam a informação expressa anteriormente. II. As vírgulas em “E são os adultos que, efetivamente, assumem o papel...” (1§) isolam o aposto. III. As aspas em “para adultos” (3§) são usadas com finalidade irônica para realçar a ambiguidade. IV. A resposta para a indagação contida no título encontra guarida no segundo parágrafo do texto.
Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q1810454 Português
Como informar as crianças em momentos de crise?
Maria Carolina Cristianini*

     1§ Enfrentar crises não é novidade para quem vive na Terra. Entre guerras, períodos de recessão e tragédias naturais e humanas, de tempos em tempos as crises surgem. É necessário muita sobriedade nesses momentos. E, então, são os adultos que, efetivamente, assumem o papel de lidar com a situação e resolvê-la – conforme a possibilidade de atuação de cada um. Mas há outra questão. O mundo não é formado somente pelos maiores de idade.
     2§ É a partir disso que convido a uma reflexão: como os adultos ao seu redor, ou você mesmo, têm explicado a crise atual – e os seus mais diversos sentidos –, causada pela pandemia de Covid 19, a crianças e adolescentes? Posso afirmar, com a segurança de uma trajetória que passa de 12 anos nesta área, que o jornalismo infantojuvenil é, sim, o melhor amigo de pais, mães, tios, tias, professores e professoras neste momento.
     3§ Levar os fatos para os jovens, apurados com as mesmas técnicas usadas no jornalismo profissional “para adultos”, tem, sim, os mais diversos benefícios quando se está diante de algo que presenciamos pela primeira vez, como o novo coronavírus. Alguns desses impactos positivos: usa linguagem adequada para este público, garantindo o seu entendimento e o contexto do que está acontecendo; acalma diante da ansiedade que algo desconhecido naturalmente traz; e abre a oportunidade para que a criança ou o adolescente se sinta inserido na situação como parte integrante e ativa da sociedade, sem estar à margem do noticiário.
     4§ O jornalismo infantojuvenil pode transformar uma geração, a partir da informação de qualidade e do incentivo ao desenvolvimento do senso crítico e à construção de uma cidadania ativa, em qualquer idade.

* Editora-chefe do jornal Joca, voltado para crianças e jovens.
Folha de S. Paulo, Tendências/Debates, 21 fev. 2021, p. A3. Adaptado.
O texto escrito é uma unidade de sentido produzida por um autor e interpretada por um receptor, no caso o leitor.
A esse respeito, avalie o que se afirma a respeito do processo de elaboração do texto “Como informar as crianças em momentos de crise?”.
I. A autora defende a tese de que os adultos desconhecem o poder de transformação do jornalismo infantojuvenil e, por isso, apresenta uma crítica explícita sobre isso. II. A produtora do texto faz referências a outros locutores, citando afirmações feitas por eles, o que caracteriza uma estratégia de convencimento em relação à tese defendida. III. O texto, em determinada passagem, enfoca um fato global e nasce de uma indagação para a qual se projeta um posicionamento conclusivo baseado em conhecimentos obtidos. IV. A jornalista utiliza recursos da língua para dar ênfase às suas opiniões, como, por exemplo, a repetição do advérbio de afirmação (2§ e 3§), intercalado em algumas frases que contêm essas opiniões.
Está correto apenas o que se afirma em
Alternativas
Q1810450 Português
Adolescer: o luto pelo fim da infância e o medo da vida adulta
Bebel Soares*



     1§ Aprendi a reconhecer meus sentimentos. A entender cada um deles. A controlar a fúria, a raiva. Aprendi a acolher a tristeza, a frustração. Aprendi a deixar transbordar a alegria, a euforia. Depois de muito tempo, amadureci. 
      2§ Hoje sou brisa, mas já fui vendaval. Hoje sou montanha, mas já fui vulcão. Adolescer é uma tempestade. O luto pelo fim da infância, o medo da vida adulta. Os conflitos internos. As emoções transbordando, às vezes incontroláveis.  
     3§ Ser adolescente é um desafio para quem é e para os responsáveis por esse ser em transformação. Hoje sou adulta e me preparo para ser mãe de adolescente. 
     4§ Adolescentes precisam é confiar no amor incondicional dos pais. Saber que estaremos por perto, mesmo ouvindo desaforos. Saber que estamos fazendo o certo, mesmo quando eles acham que está tudo errado. Que não vamos desistir deles. Que vamos insistir para que estudem. Que vamos repetir a mesma coisa mil vezes para ter certeza de que eles ouviram.  
     5§ Adolescente não é adulto, e não é mais criança, e a gente se lembra tanto do que eles não são, que se esquece do que eles são. Esse é um desafio, olhar para o que eles são hoje, agora, e não o que eles deixaram de ser, ou o que eles não são ainda. Deixar de ver o que falta e olhar para as potências, as capacidades.
     6§ Difícil é aceitar que eles estão crescendo e que está chegando a hora de deixarmos que voem sozinhos.

* Fundadora da Rede Materna Padecendo no Paraíso.
Estado de Minas, Bem Viver, 21 fev. 2021, p. 6. Adaptado.
Preencha corretamente as lacunas do texto.
A função _______________ da linguagem está presente nos dois parágrafos iniciais no texto. Por meio desse tipo de função, é possível identificar opiniões, emoções, sentimentos e pontos de vista da autora. Uma das principais características dessa função é a presença de sequências em que predomina a ___________ pessoa do discurso, construindo a _______________ pretendida.
Alternativas
Q1810447 Português
Adolescer: o luto pelo fim da infância e o medo da vida adulta
Bebel Soares*



     1§ Aprendi a reconhecer meus sentimentos. A entender cada um deles. A controlar a fúria, a raiva. Aprendi a acolher a tristeza, a frustração. Aprendi a deixar transbordar a alegria, a euforia. Depois de muito tempo, amadureci. 
      2§ Hoje sou brisa, mas já fui vendaval. Hoje sou montanha, mas já fui vulcão. Adolescer é uma tempestade. O luto pelo fim da infância, o medo da vida adulta. Os conflitos internos. As emoções transbordando, às vezes incontroláveis.  
     3§ Ser adolescente é um desafio para quem é e para os responsáveis por esse ser em transformação. Hoje sou adulta e me preparo para ser mãe de adolescente. 
     4§ Adolescentes precisam é confiar no amor incondicional dos pais. Saber que estaremos por perto, mesmo ouvindo desaforos. Saber que estamos fazendo o certo, mesmo quando eles acham que está tudo errado. Que não vamos desistir deles. Que vamos insistir para que estudem. Que vamos repetir a mesma coisa mil vezes para ter certeza de que eles ouviram.  
     5§ Adolescente não é adulto, e não é mais criança, e a gente se lembra tanto do que eles não são, que se esquece do que eles são. Esse é um desafio, olhar para o que eles são hoje, agora, e não o que eles deixaram de ser, ou o que eles não são ainda. Deixar de ver o que falta e olhar para as potências, as capacidades.
     6§ Difícil é aceitar que eles estão crescendo e que está chegando a hora de deixarmos que voem sozinhos.

* Fundadora da Rede Materna Padecendo no Paraíso.
Estado de Minas, Bem Viver, 21 fev. 2021, p. 6. Adaptado.
Informe se é verdadeiro ou falso o que se afirma sobre os aspectos estilísticos presentes no segundo parágrafo do texto.
( ) A construção antitética se faz presente. ( ) A analogia é um dos recursos empregados. ( ) A repetição de palavras empobrece o discurso. ( ) A denotação se sobrepõe à linguagem figurada.
A sequência correta é
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Provas: Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Análise de Sistemas | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Biblioteconomia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Anestesiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Serviços Jurídicos | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Administração | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Fisioterapeuta | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pedagogia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Clínica Médica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cancerologia Clínica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cardiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Geral | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Torácica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Neurologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ciências Contábeis | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Enfermagem | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Endocrinologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Gastroenterologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Geriatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ginecologia e Obstetrícia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina de Família e Comunidade | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Hematologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina Intensiva | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Nefrologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Otorrinolaringologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pediatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psiquiatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oftalmologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Radiologia |
Q1809781 Português
Instruções: A questão se refere ao texto a seguir.

Adolescer: o luto pelo fim da infância e o medo da vida adulta
Bebel Soares* 

   1§ Aprendi a reconhecer meus sentimentos. A entender cada um deles. A controlar a fúria, a raiva. Aprendi a acolher a tristeza, a frustração. Aprendi a deixar transbordar a alegria, a euforia. Depois de muito tempo, amadureci.
    2§ Hoje sou brisa, mas já fui vendaval. Hoje sou montanha, mas já fui vulcão. Adolescer é uma tempestade. O luto pelo fim da infância, o medo da vida adulta. Os conflitos internos. As emoções transbordando, às vezes incontroláveis.
  3§ Ser adolescente é um desafio para quem é e para os responsáveis por esse ser em transformação. Hoje sou adulta e me preparo para ser mãe de adolescente.
   4§ Adolescentes precisam é confiar no amor incondicional dos pais. Saber que estaremos por perto, mesmo ouvindo desaforos. Saber que estamos fazendo o certo, mesmo quando eles acham que está tudo errado. Que não vamos desistir deles. Que vamos insistir para que estudem. Que vamos repetir a mesma coisa mil vezes para ter certeza de que eles ouviram.
   5§ Adolescente não é adulto, e não é mais criança, e a gente se lembra tanto do que eles não são, que se esquece do que eles são. Esse é um desafio, olhar para o que eles são hoje, agora, e não o que eles deixaram de ser, ou o que eles não são ainda. Deixar de ver o que falta e olhar para as potências, as capacidades.
   6§ Difícil é aceitar que eles estão crescendo e que está chegando a hora de deixarmos que voem sozinhos.
* Fundadora da Rede Materna Padecendo no Paraíso.
Estado de Minas, Bem Viver, 21 fev. 2021, p. 6. Adaptado.
É correto afirmar que a frase “O luto pelo fim da infância, o medo da vida adulta.” (2§), no contexto em que foi empregada, pressupõe ser a adolescência, fundamentalmente, um período da vida humana bastante
Alternativas
Ano: 2021 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Provas: Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Análise de Sistemas | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Biblioteconomia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Industrial | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Bioquímica ou Análises Clínicas | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Hospitalar | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Anestesiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Serviços Jurídicos | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Administração | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Fisioterapeuta | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pedagogia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Clínica Médica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psicologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cancerologia Clínica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cardiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Geral | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Torácica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Neurologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ciências Contábeis | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Enfermagem | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Endocrinologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Gastroenterologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Geriatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ginecologia e Obstetrícia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina de Família e Comunidade | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Hematologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina Intensiva | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Nefrologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Otorrinolaringologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pediatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psiquiatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oftalmologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Radiologia |
Q1809779 Português
Instruções: A questão se refere ao texto a seguir.

Adolescer: o luto pelo fim da infância e o medo da vida adulta
Bebel Soares* 

   1§ Aprendi a reconhecer meus sentimentos. A entender cada um deles. A controlar a fúria, a raiva. Aprendi a acolher a tristeza, a frustração. Aprendi a deixar transbordar a alegria, a euforia. Depois de muito tempo, amadureci.
    2§ Hoje sou brisa, mas já fui vendaval. Hoje sou montanha, mas já fui vulcão. Adolescer é uma tempestade. O luto pelo fim da infância, o medo da vida adulta. Os conflitos internos. As emoções transbordando, às vezes incontroláveis.
  3§ Ser adolescente é um desafio para quem é e para os responsáveis por esse ser em transformação. Hoje sou adulta e me preparo para ser mãe de adolescente.
   4§ Adolescentes precisam é confiar no amor incondicional dos pais. Saber que estaremos por perto, mesmo ouvindo desaforos. Saber que estamos fazendo o certo, mesmo quando eles acham que está tudo errado. Que não vamos desistir deles. Que vamos insistir para que estudem. Que vamos repetir a mesma coisa mil vezes para ter certeza de que eles ouviram.
   5§ Adolescente não é adulto, e não é mais criança, e a gente se lembra tanto do que eles não são, que se esquece do que eles são. Esse é um desafio, olhar para o que eles são hoje, agora, e não o que eles deixaram de ser, ou o que eles não são ainda. Deixar de ver o que falta e olhar para as potências, as capacidades.
   6§ Difícil é aceitar que eles estão crescendo e que está chegando a hora de deixarmos que voem sozinhos.
* Fundadora da Rede Materna Padecendo no Paraíso.
Estado de Minas, Bem Viver, 21 fev. 2021, p. 6. Adaptado.
Nesse texto em que o gênero “crônica” se aproxima do gênero “conto”, é correto afirmar que, em certas passagens, a adolescência é abordada
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Ano: 2021 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Provas: Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Civil | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Anestesiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Sacerdote Católico Apostólico Romano | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Química | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Metalúrgica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Mecânica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Eletrônica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Clínica Médica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cancerologia Clínica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cardiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Geral | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Torácica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Neurologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Elétrica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia de Telecomunicações | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia da Computação | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Endocrinologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Gastroenterologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Geriatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ginecologia e Obstetrícia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina de Família e Comunidade | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Hematologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina Intensiva | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Nefrologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Otorrinolaringologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pediatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psiquiatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oftalmologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Radiologia |
Q1809771 Português
Instruções: A questão se refere ao texto a seguir.

O youtuber e Machado de Assis, ou uma polêmica bem-vinda
Cláudia Costin*

   1§ Uma polêmica apareceu nos últimos dias, nas redes sociais, a partir de um comentário do youtuber Felipe Neto, sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias. Segundo ele, o que estas deveriam promover seria a leitura por prazer, de forma a constituir, nas jovens mentes, o hábito de ler como uma atividade para toda a vida.
   2§ Devo me confessar uma grande admiradora de Machado de Assis, um de nossos maiores escritores, um homem à frente de sua época, crítico de valores associados a aparências e à superficialidade humana na busca de status e do bacharelismo vigente. Mas entendi que nem sempre a linguagem do século 19 pode ser fácil para os adolescentes deste tempo de informações imediatas e superficiais.
   3§ Num contexto em que adultos letrados leem muito pouco e não são vistos lendo livros por seus filhos, é compreensível que os jovens não percam tempo lendo outra coisa que não o que a escola lhes exige. A última edição da pesquisa Retratos da Leitura coloca-nos claramente como um país de não leitores. A média de livros lidos entre os entrevistados por ano é de 4,95 e só 2,55 deles lidos por inteiro.
   4§ Cabe sim à escola fomentar a leitura por prazer, oferecendo livros que atraiam o interesse das novas gerações. Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos, formar pensadores independentes, com um repertório cultural variado, aptos a entender a cultura de seu tempo e sua gênese, torna-se uma prioridade.
   5§ E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.

* Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Folha de S. Paulo, Opinião, 29 jan. 2021, p. A2. Adaptado.
Com a frase “Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos...” (4§) é correto inferir que, figurativamente, o mundo contemporâneo submete o ser humano a um comportamento mais
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Q1809122 Português
O youtuber e Machado de Assis, ou uma polêmica bem-vinda
Cláudia Costin*

    1§ Uma polêmica apareceu nos últimos dias, nas redes sociais, a partir de um comentário do youtuber Felipe Neto, sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias. Segundo ele, o que estas deveriam promover seria a leitura por prazer, de forma a constituir, nas jovens mentes, o hábito de ler como uma atividade para toda a vida.
    2§ Devo me confessar uma grande admiradora de Machado de Assis, um de nossos maiores escritores, um homem à frente de sua época, crítico de valores associados a aparências e à superficialidade humana na busca de status e do bacharelismo vigente. Mas entendi que nem sempre a linguagem do século 19 pode ser fácil para os adolescentes deste tempo de informações imediatas e superficiais. 
    3§ Num contexto em que adultos letrados leem muito pouco e não são vistos lendo livros por seus filhos, é compreensível que os jovens não percam tempo lendo outra coisa que não o que a escola lhes exige. A última edição da pesquisa Retratos da Leitura coloca-nos claramente como um país de não leitores. A média de livros lidos entre os entrevistados por ano é de 4,95 e só 2,55 deles lidos por inteiro. 
    4§ Cabe sim à escola fomentar a leitura por prazer, oferecendo livros que atraiam o interesse das novas gerações. Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos, formar pensadores independentes, com um repertório cultural variado, aptos a entender a cultura de seu tempo e sua gênese, torna-se uma prioridade.
    5§ E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.

* Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Folha de S. Paulo, Opinião, 29 jan. 2021, p. A2. Adaptado.
“Denomina-se referenciação as diversas formas de introdução, no texto, de novas entidades ou referentes. Quando tais referentes são retomados mais adiante ou servem de base para a introdução de novos referentes, tem-se o que se denomina progressão referencial.”  KOCH, Ingedore Villaça; ELIAS, Vanda Maria. Ler e compreender os sentidos do texto. 3. ed. São Paulo: Contexto, 2010, p. 123.
O referente do item em destaque está corretamente indicado entre parênteses em 
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Ano: 2021 Banca: Aeronáutica Órgão: CIAAR Provas: Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Industrial | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Bioquímica ou Análises Clínicas | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Farmácia Hospitalar | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Civil | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Anestesiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Química | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Metalúrgica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Mecânica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Eletrônica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Clínica Médica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cancerologia Clínica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cardiologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Geral | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Cirurgia Torácica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Neurologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia Elétrica | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia de Telecomunicações | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Engenharia da Computação | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Endocrinologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Gastroenterologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Geriatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Ginecologia e Obstetrícia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina de Família e Comunidade | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Hematologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Medicina Intensiva | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Nefrologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Otorrinolaringologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Pediatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Psiquiatria | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Oftalmologia | Aeronáutica - 2021 - CIAAR - Primeiro Tenente - Radiologia |
Q1809117 Português
O youtuber e Machado de Assis, ou uma polêmica bem-vinda
Cláudia Costin*

    1§ Uma polêmica apareceu nos últimos dias, nas redes sociais, a partir de um comentário do youtuber Felipe Neto, sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias. Segundo ele, o que estas deveriam promover seria a leitura por prazer, de forma a constituir, nas jovens mentes, o hábito de ler como uma atividade para toda a vida.
    2§ Devo me confessar uma grande admiradora de Machado de Assis, um de nossos maiores escritores, um homem à frente de sua época, crítico de valores associados a aparências e à superficialidade humana na busca de status e do bacharelismo vigente. Mas entendi que nem sempre a linguagem do século 19 pode ser fácil para os adolescentes deste tempo de informações imediatas e superficiais. 
    3§ Num contexto em que adultos letrados leem muito pouco e não são vistos lendo livros por seus filhos, é compreensível que os jovens não percam tempo lendo outra coisa que não o que a escola lhes exige. A última edição da pesquisa Retratos da Leitura coloca-nos claramente como um país de não leitores. A média de livros lidos entre os entrevistados por ano é de 4,95 e só 2,55 deles lidos por inteiro. 
    4§ Cabe sim à escola fomentar a leitura por prazer, oferecendo livros que atraiam o interesse das novas gerações. Em tempos em que o trabalho humano, inclusive o que demanda habilidades mentais, vem sendo substituído por algoritmos, formar pensadores independentes, com um repertório cultural variado, aptos a entender a cultura de seu tempo e sua gênese, torna-se uma prioridade.
    5§ E a literatura nos ajuda a entender não só fatos pretéritos, mas as análises que, a cada época, eram feitas sobre a organização da sociedade. Machado, nesse sentido, é fundamental e merece, dia a dia, uma introdução à altura, instigante e engajadora, feita por bons professores, que orientem os alunos na leitura de suas obras e os ajudem a nelas navegar com profundidade e prazer estético.

* Diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais, da FGV, e ex-diretora de educação do Banco Mundial.
Folha de S. Paulo, Opinião, 29 jan. 2021, p. A2. Adaptado.
Em relação ao comentário do youtuber Felipe Neto sobre a atitude de escolas que tornam as obras de Machado de Assis obrigatórias, é correto afirmar que a autora, no seu texto,
Alternativas
Q1806555 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

No que se refere aos aspectos linguísticos do texto 2A2-I, julgue o item que se segue.


No quinto parágrafo, o termo “o qual”, no trecho “sob o domínio do qual”, refere-se à expressão “o proprietário da fazenda”.

Alternativas
Q1806548 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


De acordo com o texto, a crítica que Graciliano Ramos faz em seu romance recai sobre a ação opressora do próprio ser humano sobre outros seres humanos menos favorecidos.

Alternativas
Q1806547 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


O autor do texto se propõe a presentar uma leitura que foge do lugar comum de interpretação do romance Vidas Secas.

Alternativas
Q1806546 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


Depreende-se do texto que as consequências da seca atingem, da mesma forma, todos aqueles que vivem em regiões afetadas pela estiagem.

Alternativas
Q1806545 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


O inverno de que trata o romance Vidas Secas é caracterizado por maior aridez.

Alternativas
Q1806544 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


Fabiano consegue, com muita persistência, garantir abrigo temporário para a família.

Alternativas
Q1806543 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


Infere-se do texto que o tipo de migração vivida pelos personagens do romance de Graciliano Ramos é observado no contexto atual e tende a tornar-se mais comum com as mudanças climáticas.

Alternativas
Q1806542 Português

Texto 2A2-I


    O termo “refugiado ambiental” é utilizado para se referir às pessoas que fogem de onde vivem, em razão de problemas como seca, erosão dos solos, desertificação, inundações, desmatamento, mudanças climáticas, entre outros. A migração causada por eventos climáticos não é nova, mas tende a intensificar-se. O tema é bastante atual, mas, na obra Vidas Secas, o escritor Graciliano Ramos já tratava, embora com outras palavras, dos refugiados do clima do semiárido brasileiro.

    Vidas Secas não é um romance de seca, no entanto. A centralidade dessa obra literária está em um “ano bom”, ou seja, um ano de chuvas na caatinga. O sétimo capítulo, localizado bem no centro da obra, composta por 13 capítulos, é intitulado “Inverno”, o que remete ao período de chuvas na região. Essa visão contraria certa leitura superficial da obra.

    Graciliano Ramos acreditava em um mundo com mais justiça social e menos desigualdades no Nordeste, para o que era necessário transformar o modelo de sociedade extremamente perverso que caracterizava as relações sociais no meio rural.

    Ao mostrar a vida da uma família de sertanejos durante um ano de “inverno”, com relativa segurança e estabilidade, o escritor alagoano questionou as relações sociais excludentes e tensivas, que impediam essa família de viver com mais estabilidade no Nordeste brasileiro.

    Na obra, quando a família ocupou uma fazenda abandonada, no fim de uma seca, o vaqueiro parecia satisfeito. Mas suas esperanças esmoreceram, pois as chuvas vieram e, com elas, também o proprietário da fazenda, sob o domínio do qual o vaqueiro passou a viver, sendo humilhado, enganado, animalizado.

    Somente com muita insistência, Fabiano conseguiu ficar trabalhando ali como vaqueiro. Moraria com a família pouco “mais de um ano” numa “casa velha” da fazenda.

     Para o escritor de Vidas Secas, a opressão à família de Fabiano era causada por questões sociais, não pela seca. Caso tivesse acesso à terra e à água, a família conseguiria obter o sustento, como resultado do seu esforço e trabalho.

     A condição climática natural da caatinga era instrumentalizada pelos latifundiários para a exploração de uma população extremamente vulnerável à seca, como era o caso da família de Fabiano e sinhá Vitória.

     A concentração fundiária era, e continua sendo, uma das formas mais perversas de impedir a autonomia dos pequenos produtores rurais do semiárido brasileiro. O romance denuncia a realidade social dos sertanejos pobres que viviam no Nordeste da época, cujo cotidiano era marcado pela opressão, humilhação, miséria, espoliação econômica e extremas privações, sobretudo nos períodos de seca.


Internet: <https://www.letrasambientais.org.br>  (com adaptações)

Com relação às ideias do texto 2A2-I, julgue o item seguinte.


Segundo o texto, o romance Vidas Secas limita-se a criticar a seca e as privações causadas por ela.

Alternativas
Respostas
621: B
622: B
623: A
624: B
625: D
626: C
627: D
628: C
629: C
630: D
631: A
632: C
633: C
634: C
635: C
636: E
637: E
638: C
639: C
640: E