Questões Militares
Sobre ortografia em português
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Texto 1
O seu CD favorito
Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.
Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade — os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 80 e 70.
Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.
Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timéteo.
Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado ai — não se diz que ninguém mais quer saber deles?
CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.
Texto 3
GONSALES, Fernando. Folha de São Paulo, 23.8.24.
Texto 4
Galvão Bertazzi. Folha de São Paulo. 20.8.24.
Assinale a opção cuja classificação da palavra quanto à silaba tônica está correta.
Texto 2
COBRANÇA
Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: "Aqui mora uma devedora inadimplente.
- Você não pode fazer isso comigo - protestou ela.
- Claro que posso - replicou ele.- Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou o cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.
- Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise...
- Já sei - ironizou ele. - Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.
- Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...
- Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando esse cartaz, até você saldar a sua dívida.
Neste momento começou a chuviscar.
- Você vai se molhar- advertiu ela. - Vai acabar ficando doente.
- Ele riu, amargo:
- E dai? Se você está preocupada com a minha saúde, pague o que deve.
- Posso lhe dar um guarda-chuva...
- Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.
Ela agora estava irritada:
- Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui.
- Sou seu marido - retrucou ele - e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que você quer que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.
- Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.
SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.
"O que você quer que eu faça? Que perca meu emprego?"
De acordo com a norma culta, a palavra destacada no trecho citado foi empregada INCORRETAMENTE em qual opção?
Assinale a opção na qual todas as palavras estão grafadas corretamente.
COM O САСНОRRO AO LADO
Toda manhã saía levando o cachorro a passear. Era uma boa justificativa o cachorro, para ele que, aposentado, talvez não tivesse outra. la caminhando devagar até a avenida junto ao mar, e lá chegando deixava-se ficar num banco, o olhar posto nos navios fundeados ao largo. Havia sempre muitos navios. No seu tempo de prático, navios não precisavam esperar. De lancha ou rebocador, em calmaria ou em tempestade, ele cruzava a barra e, no mar aberto, se aproximava do casco tão mais alto do que sua própria embarcação, olhava para cima avaliando a distância, começava a subir pela escadinha ondeante. Havia riscos. Muitas vezes chegara na ponte de comando encharcado. Mas era o que sabia fazer, e o fazia melhor do que outros. Melhor do que outros conhecia as lajes submersas, os bancos de areia, as correntezas todas daquele porto, e nele conduzia os navios como se a água fosse vidro e ele visse o que para os demais era oculto. Os navios entravam no porto como cegos guiados por quem vê. Havia sido um belo trabalho. Agora sentava-seno banco junto ao mar, e olhava ao longe os navios. Sabia que não estavam ali à espera do prático. O tráfego marítimo havia aumentado ano a ano, e aos poucos tornara-se necessário esperar por uma vaga no porto, como em qualquer estacionamento de automóveis. Mas. sentado no banco, com o cachorro deitado a seu lado, gostava de pensar que na névoa da manhã os navios esperavam por ele, esperavam a lancha ou o rebocador que o traria até junto do alto casco, quando então levantaria a cabeça avaliando a distância antes de começar a subir. Um a um, aqueles navios agora cravados na água como se na rocha, sairiam da névoa e, comandados por ele cruzariam a barra entrando no porto. Progressivamente, o horizonte ficaria despovoado. Seus devaneios chegavam só até esse ponto, só até o horizonte desimpedido. Acrescentava ainda um lamento de sirene, longo. Depois se levantava do banco. O cachorro se levantava do chão. O passeio da manhä estava terminado.
COLASANTI, Marina. Hora de alimentar serpentes. São Paulo: Editora Global, 2013.
Assinale a opção cuja palavra seja acentuada pela mesma razão que a sublinhada no trecho: "Toda manhã saía (...)".
Com o avanço da tecnologia, os jogos de apostas online tornaram-se uma forma popular de entretenimento para muitas pessoas em todo o mundo. No entanto, por trás da diversão aparente, existe um perigo real: a dependência. Para compreender melhor os riscos desse mundo de novidades, é preciso explorar os fatores danosos associados a esse vício, com foco especial nas apostas esportivas, cujos impactos já se alastram incontrolavelmente, e demandam medidas de intervenção urgente.
Observe a acentuação gráfica da palavra destacada no trecho: "(...) status de 'pais do futebol'(...)". 2° §
Assinale a opção na qual todas as palavras estão grafadas corretamente.
COM O CACHORRO AO LADO
Toda manhã saía levando o cachorro a passear. Era uma boa justificativa o cachorro, para ele que, aposentado, talvez não tivesse outra. la caminhando devagar até a avenida junto ao mar, e lá chegando deixava-se ficar num banco, o olhar posto nos navios fundeados ao largo. Havia sempre muitos navios. No seu tempo de prático, navios não precisavam esperar. De lancha ou rebocador, em calmaria ou em tempestade, ele cruzava a barra e, no mar aberto, se aproximava do casco tão mais alto do que sua própria embarcação, olhava para cima avaliando a distância, começava a subir pela escadinha ondeante. Havia riscos. Muitas vezes chegara na ponte de comando encharcado. Mas era o que sabia fazer, e o fazia melhor do que outros. Melhor do que outros conhecia as lajes submersas, os bancos de areia, as correntezas todas daquele porto, e nele conduzia os navios como se a água fosse vidro e ele visse o que para os demais era oculto. Os navios entravam no porto como cegos guiados por quem vê. Havia sido um belo trabalho. Agora sentava-se no banco junto ao mar, e olhava ao longe os navios. Sabia que não estavam ali à espera do prático. O tráfego marítimo havia aumentado ano a ano, e aos poucos tornara-se necessário esperar por uma vaga no porto, como em qualquer estacionamento de automóveis. Mas, sentado no banco. com o cachorro deitado a seu lado, gostava de pensar que na névoa da manhã os navios esperavam por ele, esperavam a lancha ou o rebocador que o traria até junto do alto casco, quando então levantaria a cabeça avaliando a distância antes de começar a subir. Um a um, aqueles navios agora cravados na água como se na rocha, sairiam da névoa e, comandados por ele cruzariam a barra entrando no porto. Progressivamente, o horizonte ficaria despovoado. Seus devaneios chegavam só até esse ponto, só até o horizonte desimpedido. Acrescentava ainda um lamento de sirene, longo. Depois se levantava do banco. О cachorro se levantava do chão. O passeio da manhã estava terminado.
COLASANTI, Marina. Hora de alimentar serpentes. São Paulo:
Editora Global, 2013.
Leia as manchetes:
• Pequim se nega a receber jogo da Argentina em ________________ a Messi
(https://www.uol.com.br/esporte,10.02.2024)
• ___________________ de Direitos na Rede aprofunda diálogo com ANPD sobre regulamentação de inteligência artificial
(https://www.gov.br/anpd/pt-br/assuntos/noticias, 21.03.2024)
• _________________ ao mieloma múltiplo: novo tratamento aprovado no Brasil
(https://saude.abril.com.br, 29.03.2024)
• Em sociedades ________________, universidades devem ser os principais líderes sociais em justiça restaurativa
(https://jornal.usp.br/, 11.11.2022)
De acordo com a ortografia oficial da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Leia as manchetes:
• Pequim se nega a receber jogo da Argentina em ______________ a Messi
(https://www.uol.com.br/esporte,10.02.2024)
• ____________________ de Direitos na Rede aprofunda diálogo com ANPD sobre regulamentação de inteligência artificial
(https://www.gov.br/anpd/pt-br/assuntos/noticias, 21.03.2024)
• ___________________ ao mieloma múltiplo: novo tratamento aprovado no Brasil
(https://saude.abril.com.br, 29.03.2024)
• Em sociedades _____________, universidades devem ser os principais líderes sociais em justiça restaurativa
(https://jornal.usp.br/, 11.11.2022)
De acordo com a ortografia oficial da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
Leia as manchetes:
• Pequim se nega a receber jogo da Argentina em _______________ a Messi
(https://www.uol.com.br/esporte,10.02.2024)
• ___________________ de Direitos na Rede aprofunda diálogo com ANPD sobre regulamentação de inteligência artificial
(https://www.gov.br/anpd/pt-br/assuntos/noticias, 21.03.2024)
• ___________________ ao mieloma múltiplo: novo tratamento aprovado no Brasil
(https://saude.abril.com.br, 29.03.2024)
• Em sociedades ____________________, universidades devem ser os principais líderes sociais em justiça restaurativa
(https://jornal.usp.br/, 11.11.2022)
De acordo com a ortografia oficial da língua portuguesa, as lacunas devem ser preenchidas, correta e respectivamente, com:
I. É obrigatório o uso do hífen em palavras como sobre-humano, ultra-humano, supra-humano e super-humano.
II. Do mesmo modo, as palavras anti-sequestro, anti-reflexo e anti-horário devem ser grafadas com o hífen.
III. O uso do hífen também é obrigatório em palavras com os prefixos tônicos pós-, pré- e pró-, como pós-venda, pré-científico e pró-reitor, por exemplo.
IV. O hífen está corretamente empregado quando o prefixo “bem” exercer a função de advérbio, a exemplo de bem-aplicado, bem-aceito e bem-elaborado.
( ) No fragmento do texto “Apesar de ela ter sido treinada nas habilidades básicas necessárias para operar a máquina [...].”, é correto, também, juntar a preposição “de” ao pronome “ela”, ou seja, “dela”.
( ) No fragmento do texto “Situações como essa são muito frequentes no ambiente de trabalho.”, o pronome em destaque estabelece uma relação semântica textual denominada anáfora.
( ) A palavra “equipamento” apresenta uma relação de hiperonímia com a palavra em destaque no seguinte fragmento do texto: “[...] ninguém a ensinou a identificar os sinais de uma máquina mal ajustada.”
( ) No fragmento do texto “Para que o treinamento seja eficaz, ele deve estar intimamente relacionado à maneira como as coisas realmente são feitas na sua organização.”, ocorre o fenômeno da crase porque se trata de uma locução conjuntiva.
( ) No fragmento do texto “[...] com isso, atrasamos as entregas para nossos clientes [...].”, o verbo em destaque nessa oração quanto à predicação é transitivo direto.
( ) No fragmento do texto “Em vez disso, o maître teve de repetir seu pedido de desculpas sem jeito em todas as mesas [...].”, a expressão em destaque pode ser substituída por “Ao invés disso”.
A sequência CORRETA, de cima para baixo, é:
I - a) De acordo com a morfologia, as palavras “não”, “mais” e “desses” são classificadas, respectivamente, como: advérbio, conjunção e pronome. b) A palavra “treinamento” apresenta um sufixo nominal designativo de ação.
II - a) A translineação da palavra “atendente” pode ser “a-tendente” ou “aten-dente”. b) A cedilha é uma notação léxica colocada sobre a letra “c”, a fim de obter o fonema /s/ antes das vogais “a”, “o” e “u" como na palavra “organização”.
III - a) As palavras “sem” e “tem” apresentam encontros vocálicos. b) As palavras “você” e “abacaxí” são acentuadas porque são vocábulos oxítonos terminados em “e” fechado e em “i”.
Há, pelo menos, uma assertiva CORRETA em:
( ) Usa-se hífen em palavras compostas cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação própria, mas perderam sua significação individual para constituir uma unidade semântica, um conceito único, “amor-perfeito”.
( ) Não se usa o hífen em palavras que têm o primeiro elemento terminado em vogal e o segundo elemento iniciado com as mesmas vogais, como "microondas", seguindo a regra de que o hífen é omitido quando o segundo elemento começa com uma vogal diferente da vogal que termina o primeiro elemento.
( ) O hífen é utilizado em compostos em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com 'r' ou 's', duplicando-se estas letras, como em "anti-rábico", de acordo com a regra de que o hífen deve ser usado antes de 'r' ou 's' para indicar a duplicação dessas consoantes.
( ) Emprega-se o hífen em palavras compostas quando o segundo elemento começa com 'h', como em "super-homem", porque o hífen é mantido para destacar a preservação da letra 'h' no início do segundo elemento.
( ) O hífen é utilizado em compostos quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo inicia com uma vogal diferente, como em "extra-escolar", conforme a regra que estipula a utilização do hífen se o segundo elemento começar com uma vogal distinta da que termina o primeiro elemento.
Marque a opção que apresenta a sequência correta.
( ) Usa-se hífen em palavras compostas cujos elementos conservam sua autonomia fonética e acentuação própria, mas perderam sua significação individual para constituir uma unidade semântica, um conceito único, “amor-perfeito”.
( ) Não se usa o hífen em palavras que têm o primeiro elemento terminado em vogal e o segundo elemento iniciado com as mesmas vogais, como "microondas", seguindo a regra de que o hífen é omitido quando o segundo elemento começa com uma vogal diferente da vogal que termina o primeiro elemento.
( ) O hífen é utilizado em compostos em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo começa com 'r' ou 's', duplicando-se estas letras, como em "anti-rábico", de acordo com a regra de que o hífen deve ser usado antes de 'r' ou 's' para indicar a duplicação dessas consoantes.
( ) Emprega-se o hífen em palavras compostas quando o segundo elemento começa com 'h', como em "super-homem", porque o hífen é mantido para destacar a preservação da letra 'h' no início do segundo elemento.
( ) O hífen é utilizado em compostos quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo inicia com uma vogal diferente, como em "extra-escolar", conforme a regra que estipula a utilização do hífen se o segundo elemento começar com uma vogal distinta da que termina o primeiro elemento.
Marque a opção que apresenta a sequência correta.