Questões Militares Sobre sintaxe em português

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Q3272839 Português
Texto 1 


Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens? 


    Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema? 

    A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes. 

    Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto. 

    Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes. 

    Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção à saúde mental dos adolescentes nesta era digital. 

    Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidências cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar. 

    Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos.  

    O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.  

    Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos. 

    Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom.


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24, 
Leia o trecho abaixo:

“Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas.” (9° §)

A palavra "então” no trecho acima tem sentido de: 
Alternativas
Ano: 2025 Banca: IDECAN Órgão: PM-BA Prova: IDECAN - 2025 - PM-BA - Oficial Auxiliar |
Q3259205 Português
A relação de dependência entre o nome e o termo regido por ele chama-se regência nominal. A relação de dependência entre o verbo e o termo regido por ele denomina-se regência verbal. Nesse aspecto, considerando suas regras, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: IDECAN Órgão: PM-BA Prova: IDECAN - 2025 - PM-BA - Oficial Auxiliar |
Q3259204 Português
Leia o trecho do conto “Linha reta e linha curva” de Machado de Assis.


   Era em Petrópolis, no ano de 186... Já se vê que a minha história não data de longe. É tomada dos anais contemporâneos e dos costumes atuais. Talvez algum dos leitores conheça até as personagens que vão figurar neste pequeno quadro. Não será raro que, encontrando uma delas amanhã, Azevedo, por exemplo, um dos meus leitores exclame:

   – Ah! cá vi uma história em que se falou de ti. Não te tratou mal o autor. Mas a semelhança era tamanha, houve tão pouco cuidado em disfarçar a fisionomia, que eu, à proporção que voltava a página, dizia comigo: É o Azevedo, não há dúvida.

   Feliz Azevedo! À hora em que começa essa narrativa é ele um marido feliz inteiramente feliz. Casado de fresco, possuindo por mulher a mais formosa dama da sociedade, e a melhor alma que ainda se encarnou ao sol da América, dono de algumas propriedades bem situadas e perfeitamente rendosas, acatado, querido, descansado, tal é o nosso Azevedo, a quem por cúmulo de ventura coroam os mais belos vinte e seis anos.

   Deu-lhe a fortuna um emprego suave: não fazer nada. Possui um diploma de bacharel em direito; mas esse diploma nunca lhe serviu; existe guardado no fundo da lata clássica em que o trouxe da Faculdade de São Paulo. De quando em quando Azevedo faz uma visita ao diploma, aliás ganho legitimamente, mas é para não se ver mais senão daí a longo tempo. Não é um diploma, é uma relíquia.

   Quando Azevedo saiu da Faculdade de São Paulo e voltou para a fazenda da província de Minas Gerais, tinha um projeto: ir à Europa. No fim de alguns meses o pai consentiu na viagem, e Azevedo preparou-se para realizá-la. Chegou à corte no propósito firme de tomar lugar no primeiro paquete que saísse; mas nem tudo depende da vontade do homem. Azevedo foi a um baile antes de partir; aí estava armada uma rede em que ele devia ser colhido. Que rede! Vinte anos, uma figura delicada, esbelta, franzina, uma dessas figuras vaporosas que parecem desfazer-se ao primeiro raio do sol. Azevedo não foi senhor de si: apaixonou-se; daí a um mês casou-se, e daí a oito dias partiu para Petrópolis.


Disponível em: https://www.bonfinopolis.mg.gov.br/wp-content/uploads/2021/03/TODOS-OS-CONTOS.pdf. Acesso em: 11 dez. 2024.
A concordância verbal é a relação harmoniosa entre o verbo e o sujeito de uma oração. Considerando suas regras, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2025 Banca: IDECAN Órgão: PM-BA Prova: IDECAN - 2025 - PM-BA - Oficial Auxiliar |
Q3259203 Português
Leia o trecho do conto “Linha reta e linha curva” de Machado de Assis.


   Era em Petrópolis, no ano de 186... Já se vê que a minha história não data de longe. É tomada dos anais contemporâneos e dos costumes atuais. Talvez algum dos leitores conheça até as personagens que vão figurar neste pequeno quadro. Não será raro que, encontrando uma delas amanhã, Azevedo, por exemplo, um dos meus leitores exclame:

   – Ah! cá vi uma história em que se falou de ti. Não te tratou mal o autor. Mas a semelhança era tamanha, houve tão pouco cuidado em disfarçar a fisionomia, que eu, à proporção que voltava a página, dizia comigo: É o Azevedo, não há dúvida.

   Feliz Azevedo! À hora em que começa essa narrativa é ele um marido feliz inteiramente feliz. Casado de fresco, possuindo por mulher a mais formosa dama da sociedade, e a melhor alma que ainda se encarnou ao sol da América, dono de algumas propriedades bem situadas e perfeitamente rendosas, acatado, querido, descansado, tal é o nosso Azevedo, a quem por cúmulo de ventura coroam os mais belos vinte e seis anos.

   Deu-lhe a fortuna um emprego suave: não fazer nada. Possui um diploma de bacharel em direito; mas esse diploma nunca lhe serviu; existe guardado no fundo da lata clássica em que o trouxe da Faculdade de São Paulo. De quando em quando Azevedo faz uma visita ao diploma, aliás ganho legitimamente, mas é para não se ver mais senão daí a longo tempo. Não é um diploma, é uma relíquia.

   Quando Azevedo saiu da Faculdade de São Paulo e voltou para a fazenda da província de Minas Gerais, tinha um projeto: ir à Europa. No fim de alguns meses o pai consentiu na viagem, e Azevedo preparou-se para realizá-la. Chegou à corte no propósito firme de tomar lugar no primeiro paquete que saísse; mas nem tudo depende da vontade do homem. Azevedo foi a um baile antes de partir; aí estava armada uma rede em que ele devia ser colhido. Que rede! Vinte anos, uma figura delicada, esbelta, franzina, uma dessas figuras vaporosas que parecem desfazer-se ao primeiro raio do sol. Azevedo não foi senhor de si: apaixonou-se; daí a um mês casou-se, e daí a oito dias partiu para Petrópolis.


Disponível em: https://www.bonfinopolis.mg.gov.br/wp-content/uploads/2021/03/TODOS-OS-CONTOS.pdf. Acesso em: 11 dez. 2024.
As regras de concordância nominal informam que o adjetivo, o pronome, o artigo e o numeral concordam em gênero e número com o substantivo a que se referem. Nesse contexto, assinale a alternativa correta sobre suas regras.
Alternativas
Q3256315 Português

Texto 2


COBRANÇA


   Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: "Aqui mora uma devedora inadimplente.


   - Você não pode fazer isso comigo - protestou ela.


   - Claro que posso - replicou ele.- Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou o cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.


    - Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise... 


    - Já sei - ironizou ele. - Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.


    - Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...


   - Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando esse cartaz, até você saldar a sua dívida.


    Neste momento começou a chuviscar.


   - Você vai se molhar- advertiu ela. - Vai acabar ficando doente.


   - Ele riu, amargo:


   - E dai? Se você está preocupada com a minha saúde, pague o que deve.


   - Posso lhe dar um guarda-chuva...


   - Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.


   Ela agora estava irritada:


   - Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui. 


   - Sou seu marido - retrucou ele - e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que você quer que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.


  - Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.



SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.

Assinale a opção que apresenta uma oração sem sujeito.
Alternativas
Q3256311 Português

Texto 2


COBRANÇA


   Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: "Aqui mora uma devedora inadimplente.


   - Você não pode fazer isso comigo - protestou ela.


   - Claro que posso - replicou ele.- Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou o cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.


    - Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise... 


    - Já sei - ironizou ele. - Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.


    - Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...


   - Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando esse cartaz, até você saldar a sua dívida.


    Neste momento começou a chuviscar.


   - Você vai se molhar- advertiu ela. - Vai acabar ficando doente.


   - Ele riu, amargo:


   - E dai? Se você está preocupada com a minha saúde, pague o que deve.


   - Posso lhe dar um guarda-chuva...


   - Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.


   Ela agora estava irritada:


   - Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui. 


   - Sou seu marido - retrucou ele - e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que você quer que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.


  - Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.



SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.

Em qual oração o verbo NÃO necessita de complemento por ter significação completa?
Alternativas
Q3256304 Português

Texto 2


COBRANÇA


   Ela abriu a janela e ali estava ele, diante da casa, caminhando de um lado para outro. Carregava um cartaz, cujos dizeres atraíam a atenção dos passantes: "Aqui mora uma devedora inadimplente.


   - Você não pode fazer isso comigo - protestou ela.


   - Claro que posso - replicou ele.- Você comprou, não pagou. Você é uma devedora inadimplente. E eu sou o cobrador. Por diversas vezes tentei lhe cobrar, você não pagou.


    - Não paguei porque não tenho dinheiro. Esta crise... 


    - Já sei - ironizou ele. - Você vai me dizer que por causa daquele ataque lá em Nova York seus negócios ficaram prejudicados. Problema seu, ouviu? Problema seu. Meu problema é lhe cobrar. E é o que estou fazendo.


    - Mas você podia fazer isso de uma forma mais discreta...


   - Negativo. Já usei todas as formas discretas que podia. Falei com você, expliquei, avisei. Nada. Você fazia de conta que nada tinha a ver com o assunto. Minha paciência foi se esgotando, até que não me restou outro recurso: vou ficar aqui, carregando esse cartaz, até você saldar a sua dívida.


    Neste momento começou a chuviscar.


   - Você vai se molhar- advertiu ela. - Vai acabar ficando doente.


   - Ele riu, amargo:


   - E dai? Se você está preocupada com a minha saúde, pague o que deve.


   - Posso lhe dar um guarda-chuva...


   - Não quero. Tenho de carregar o cartaz, não um guarda-chuva.


   Ela agora estava irritada:


   - Acabe com isso, Aristides, e venha para dentro. Afinal, você é meu marido, você mora aqui. 


   - Sou seu marido - retrucou ele - e você é minha mulher, mas eu sou cobrador profissional e você é devedora. Eu a avisei: não compre essa geladeira, eu não ganho o suficiente para pagar as prestações. Mas não, você não me ouviu. E agora o pessoal lá da empresa de cobrança quer o dinheiro. O que você quer que eu faça? Que perca meu emprego? De jeito nenhum. Vou ficar aqui até você cumprir sua obrigação.


  - Chovia mais forte, agora. Borrada, a inscrição tornara-se ilegível. A ele, isso pouco importava: continuava andando de um lado para o outro, diante da casa, carregando o seu cartaz.



SCLIAR, Moacyr. O imaginário cotidiano. São Paulo: Global, 2001.

Leia atentamente o seguinte trecho:

"Você comprou, não pagou."

Qual conjunção pode ser empregada para ligar as orações do trecho, sem alterar seu sentido?
Alternativas
Q3256302 Português

Texto 1 


O seu CD favorito


    Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.


    Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade - os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 60 e 70.


     Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.


    Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo. 


    Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado aí - não se diz que ninguém mais quer saber deles?


CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.


Observe o seguinte fragmento:

"Não se trata, pois, de uma questão de idade." (3° §)

A palavra destacada expressa, no texto, valor semântico de: 
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Q3256294 Português

Texto 1 


O seu CD favorito


    Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.


    Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade - os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 60 e 70.


     Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.


    Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo. 


    Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado aí - não se diz que ninguém mais quer saber deles?


CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.


A mudança na ordem das palavras altera o sentido e a função delas em:
Alternativas
Q3256293 Português

Texto 1 


O seu CD favorito


    Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.


    Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade - os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 60 e 70.


     Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.


    Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo. 


    Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado aí - não se diz que ninguém mais quer saber deles?


CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.


Quanto à concordância verbal, assinale a opção em que a reescritura do trecho indicado se mantém de acordo com a norma culta.
Alternativas
Q3256291 Português

Texto 1 


O seu CD favorito


    Em sua enquete de domingo, há duas semanas, a Folha perguntou ao leitor: "Qual é o seu CD favorito? Você ainda tem exemplares físicos?". Seguiram-se 18 respostas. Li-as atentamente, fazendo uma tabulação de orelhada, apurei o seguinte.


    Dos 18 discos citados, há apenas três de artistas brasileiros: Sandy & Junior, Marisa Monte e o Clube da Esquina. Três em 18. Não sei explicar essa desnacionalização do nosso gosto musical. Em outros tempos seriam citados Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Jorge Ben Jor, Wilson Simonal, Rita Lee, Elis Regina, Maria Bethânia, Gal Costa, Beth Carvalho, Clara Nunes, Fagner, Ney Matogrosso e outros, para ficarmos apenas nos artistas de grande vendagem e prestigio. Talvez fosse uma questão de idade - os leitores, certamente mais jovens, já não se identificariam com aqueles nomes, todos dos anos 60 e 70.


     Mas, ao observar quais os discos estrangeiros, veem-se George Harrison, Bonnie Tyler, Iron Maiden, Pink Floyd, Queen, os Bee Gees e os Beatles, todos igualmente dos anos 60 e 70, e Madonna, o Tears for Fears e o Destruction, dos anos 80. A caçula das referências é a pop-punk Avril Lavigne, que já tem mais de 20 anos de carreira. Duas citações surpreendentes são o cantor folk-rock-country Kenny Rogers e a orquestra do francês Paul Mauriat, que vieram dos pré-diluvianos anos 50. Não se trata, pois, de uma questão de idade.


    Nem de género musical porque, se os roqueiros ingleses e americanos predominam, os brasileiros estão conspicuamente ausentes — ninguém falou em Blitz, Titãs, Legião Urbana, RPM, Paralamas, Sepultura, Gang 90 & Absurdettes, Lobão e os Ronaldos. Ninguém se lembrou de Raul Seixas. E, em outra área, nem de Roberto Carlos, Waldick Soriano, Nelson Ned, Agnaldo Timóteo. 


    Onze dos 18 leitores ainda escutam "exemplares físicos". Há algo de errado aí - não se diz que ninguém mais quer saber deles?


CASTRO, Ruy. Folha de São Paulo, 20.6.24.


Em: "Mas, ao observar quais os discos estrangeiros [...]" (3° §), a palavra destacada pode ser substituída, sem alterar o sentido do texto, por:
Alternativas
Q3256054 Português
Texto 2


Por parte de pai 


    Debruçado na janela meu avô espreitava a rua da Paciência, inclinada e estreita. Nascia lá em cima, entre casas miúdas e se espichava preguiçosa, morro abaixo. Morria depois da curva, num largo com sapataria, armazém, armarinho, farmácia, igreja, tudo perto da escola Maria Tangará, no Alto de São Francisco.

    [...] Eu brincava na rua, procurando o além dos olhos, entre pedras redondas e irregulares calçando a rua da Paciência. Depois das chuvas, essas pedras centenárias, cinza, ficavam lisas e limpas, cercadas de umidade e areia lavada. Nas enxurradas desciam lascas de malacheta brilhando como ouro e prata, conforme a luz do sol.  

    [...] Meu avô, pela janela, me vigiava ou abençoava, até hoje não sei, com seu olhar espantado de quem vê cada coisa pela primeira vez. E aqueles que por ali passavam lhe cumprimentavam: “Oi, seu Queirós”. Ele respondia e rimava: "Tem dó de nós". Minha avo, assentada na sala, fazendo bico de croché em pano de prato, não via a rua. 

    [...] O café, colhido no quintal da casa, dava para o ano todo, gabava meu avô, espalhando a colheita pelo chão de terreiro, para secar. O quintal se estendia para muito depois do olhar, acordando surpresa em cada sombra. Torrado em panela de ferro, o café era moído preso no portal da cozinha. O café do bule era grosso e forte, o da cafeteira, fraco e doce. Um para adultos e outro para crianças. O aroma do café se espalhava pela casa, despertando a vontade de mastigar queijo, saborear bolo de fubá, comer biscoito de polvilho, assado em forno de cupim. [...] Minha avó, coado o café, deixava o bule e a cafeteira sobre a mesa forrada com toalha de ponto cruz, e esperava as quitandeiras.

    Tudo se comprava na porta: verduras, leite, doces, pães. Com a caderneta do armazém comprava-se o que não podia ser plantado em casa. No final do mês, ao pagar a conta ganhava-se uma lata de marmelada. 

    Depois do cafezal, na divisa com a serra, corria o córrego, fino e transparente. Tomávamos banho pelados, até a ponta dos dedos ficarem enrugadas. Meu avô raras vezes, nos fazia companhia. 

    [...] Meu avô conhecia o nome das frutas. Na hora de volitar, ele trazia, se equilibrando pelos caminhos, uma lata de areia para minha avó arear as panelas de ferro. 

    [...] Atrás da horta havia chiqueiro onde três ou quatro porcos dormiam e comiam, sem desconfiar do futuro. Se eu fosse porco não engordava nunca, imaginava. Ia passar fome, fazer regime, para continuar vivendo, 

    [...] Meu avô me convidou, naquela tarde, para me assentar ao seu lado nesse banco cansado. Pegou minha mão e, sem tirar os olhos do horizonte, me contou: 

    O tempo tem uma boca imensa. Com sua boca do tamanho da eternidade ele vai devorando tudo, sem piedade. O tempo não tem pena. Mastiga rios, arvores, crepúsculos. Tritura os dias, as noites, o sol, a lua, as estrelas. Ele é o dono de tudo. Pacientemente ele engole todas as coisas, degustando nuvens, chuvas, terras, lavouras. Ele consome as historias e saboreia os amores. Nada fica para depois do tempo. 

    [...] As madrugadas, os sonhos, as decisões, duram na boca do tempo. Sua garganta traga as estações, os milénios, o ocidente, o oriente, tudo sem retorno. E nós, meu neto, marchamos em direção a boca do tempo. 

    Meu avô foi abaixando a cabeça e seus olhos tocaram em nossas mãos entrelaçadas. Eu achei serem pingos de chuva as gotas rolando sobre os meus dedos, mas a noite estava clara, como tudo mais. 


Queirós, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995. 
Assinale a opção que indica a composição correta doperíodo abaixo.

“[...] Se eu fosse porco não engordava nunca [...]." (8º §)
Alternativas
Q3256052 Português
Texto 2


Por parte de pai 


    Debruçado na janela meu avô espreitava a rua da Paciência, inclinada e estreita. Nascia lá em cima, entre casas miúdas e se espichava preguiçosa, morro abaixo. Morria depois da curva, num largo com sapataria, armazém, armarinho, farmácia, igreja, tudo perto da escola Maria Tangará, no Alto de São Francisco.

    [...] Eu brincava na rua, procurando o além dos olhos, entre pedras redondas e irregulares calçando a rua da Paciência. Depois das chuvas, essas pedras centenárias, cinza, ficavam lisas e limpas, cercadas de umidade e areia lavada. Nas enxurradas desciam lascas de malacheta brilhando como ouro e prata, conforme a luz do sol.  

    [...] Meu avô, pela janela, me vigiava ou abençoava, até hoje não sei, com seu olhar espantado de quem vê cada coisa pela primeira vez. E aqueles que por ali passavam lhe cumprimentavam: “Oi, seu Queirós”. Ele respondia e rimava: "Tem dó de nós". Minha avo, assentada na sala, fazendo bico de croché em pano de prato, não via a rua. 

    [...] O café, colhido no quintal da casa, dava para o ano todo, gabava meu avô, espalhando a colheita pelo chão de terreiro, para secar. O quintal se estendia para muito depois do olhar, acordando surpresa em cada sombra. Torrado em panela de ferro, o café era moído preso no portal da cozinha. O café do bule era grosso e forte, o da cafeteira, fraco e doce. Um para adultos e outro para crianças. O aroma do café se espalhava pela casa, despertando a vontade de mastigar queijo, saborear bolo de fubá, comer biscoito de polvilho, assado em forno de cupim. [...] Minha avó, coado o café, deixava o bule e a cafeteira sobre a mesa forrada com toalha de ponto cruz, e esperava as quitandeiras.

    Tudo se comprava na porta: verduras, leite, doces, pães. Com a caderneta do armazém comprava-se o que não podia ser plantado em casa. No final do mês, ao pagar a conta ganhava-se uma lata de marmelada. 

    Depois do cafezal, na divisa com a serra, corria o córrego, fino e transparente. Tomávamos banho pelados, até a ponta dos dedos ficarem enrugadas. Meu avô raras vezes, nos fazia companhia. 

    [...] Meu avô conhecia o nome das frutas. Na hora de volitar, ele trazia, se equilibrando pelos caminhos, uma lata de areia para minha avó arear as panelas de ferro. 

    [...] Atrás da horta havia chiqueiro onde três ou quatro porcos dormiam e comiam, sem desconfiar do futuro. Se eu fosse porco não engordava nunca, imaginava. Ia passar fome, fazer regime, para continuar vivendo, 

    [...] Meu avô me convidou, naquela tarde, para me assentar ao seu lado nesse banco cansado. Pegou minha mão e, sem tirar os olhos do horizonte, me contou: 

    O tempo tem uma boca imensa. Com sua boca do tamanho da eternidade ele vai devorando tudo, sem piedade. O tempo não tem pena. Mastiga rios, arvores, crepúsculos. Tritura os dias, as noites, o sol, a lua, as estrelas. Ele é o dono de tudo. Pacientemente ele engole todas as coisas, degustando nuvens, chuvas, terras, lavouras. Ele consome as historias e saboreia os amores. Nada fica para depois do tempo. 

    [...] As madrugadas, os sonhos, as decisões, duram na boca do tempo. Sua garganta traga as estações, os milénios, o ocidente, o oriente, tudo sem retorno. E nós, meu neto, marchamos em direção a boca do tempo. 

    Meu avô foi abaixando a cabeça e seus olhos tocaram em nossas mãos entrelaçadas. Eu achei serem pingos de chuva as gotas rolando sobre os meus dedos, mas a noite estava clara, como tudo mais. 


Queirós, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995. 
Segundo Cunha e Cintra (2016), o aposto é uma palavra que se liga a um substantivo ou a um pronome para especifica-lo, explica-lo, resumi-lo.

Assinale a opção em que o termo sublinhado é um aposto. 
Alternativas
Q3256051 Português
Texto 2


Por parte de pai 


    Debruçado na janela meu avô espreitava a rua da Paciência, inclinada e estreita. Nascia lá em cima, entre casas miúdas e se espichava preguiçosa, morro abaixo. Morria depois da curva, num largo com sapataria, armazém, armarinho, farmácia, igreja, tudo perto da escola Maria Tangará, no Alto de São Francisco.

    [...] Eu brincava na rua, procurando o além dos olhos, entre pedras redondas e irregulares calçando a rua da Paciência. Depois das chuvas, essas pedras centenárias, cinza, ficavam lisas e limpas, cercadas de umidade e areia lavada. Nas enxurradas desciam lascas de malacheta brilhando como ouro e prata, conforme a luz do sol.  

    [...] Meu avô, pela janela, me vigiava ou abençoava, até hoje não sei, com seu olhar espantado de quem vê cada coisa pela primeira vez. E aqueles que por ali passavam lhe cumprimentavam: “Oi, seu Queirós”. Ele respondia e rimava: "Tem dó de nós". Minha avo, assentada na sala, fazendo bico de croché em pano de prato, não via a rua. 

    [...] O café, colhido no quintal da casa, dava para o ano todo, gabava meu avô, espalhando a colheita pelo chão de terreiro, para secar. O quintal se estendia para muito depois do olhar, acordando surpresa em cada sombra. Torrado em panela de ferro, o café era moído preso no portal da cozinha. O café do bule era grosso e forte, o da cafeteira, fraco e doce. Um para adultos e outro para crianças. O aroma do café se espalhava pela casa, despertando a vontade de mastigar queijo, saborear bolo de fubá, comer biscoito de polvilho, assado em forno de cupim. [...] Minha avó, coado o café, deixava o bule e a cafeteira sobre a mesa forrada com toalha de ponto cruz, e esperava as quitandeiras.

    Tudo se comprava na porta: verduras, leite, doces, pães. Com a caderneta do armazém comprava-se o que não podia ser plantado em casa. No final do mês, ao pagar a conta ganhava-se uma lata de marmelada. 

    Depois do cafezal, na divisa com a serra, corria o córrego, fino e transparente. Tomávamos banho pelados, até a ponta dos dedos ficarem enrugadas. Meu avô raras vezes, nos fazia companhia. 

    [...] Meu avô conhecia o nome das frutas. Na hora de volitar, ele trazia, se equilibrando pelos caminhos, uma lata de areia para minha avó arear as panelas de ferro. 

    [...] Atrás da horta havia chiqueiro onde três ou quatro porcos dormiam e comiam, sem desconfiar do futuro. Se eu fosse porco não engordava nunca, imaginava. Ia passar fome, fazer regime, para continuar vivendo, 

    [...] Meu avô me convidou, naquela tarde, para me assentar ao seu lado nesse banco cansado. Pegou minha mão e, sem tirar os olhos do horizonte, me contou: 

    O tempo tem uma boca imensa. Com sua boca do tamanho da eternidade ele vai devorando tudo, sem piedade. O tempo não tem pena. Mastiga rios, arvores, crepúsculos. Tritura os dias, as noites, o sol, a lua, as estrelas. Ele é o dono de tudo. Pacientemente ele engole todas as coisas, degustando nuvens, chuvas, terras, lavouras. Ele consome as historias e saboreia os amores. Nada fica para depois do tempo. 

    [...] As madrugadas, os sonhos, as decisões, duram na boca do tempo. Sua garganta traga as estações, os milénios, o ocidente, o oriente, tudo sem retorno. E nós, meu neto, marchamos em direção a boca do tempo. 

    Meu avô foi abaixando a cabeça e seus olhos tocaram em nossas mãos entrelaçadas. Eu achei serem pingos de chuva as gotas rolando sobre os meus dedos, mas a noite estava clara, como tudo mais. 


Queirós, Bartolomeu Campos. Por parte de pai. Belo Horizonte: RHJ, 1995. 
Assinale a opção em que o frecho sublinhado NÃO é um adjunto adverbial. 
Alternativas
Q3256043 Português

Texto 1


Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens? 



    Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema? 


    A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes. 


    Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto. 


    Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes.


    Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção de saúde mental dos adolescentes nesta era digital. 


    Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidéncias cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar. 


    Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos. 


    O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.


    Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos. 


    Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom. 


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24

Assinale a opção em que a locução destacada equivale a um advérbio. 
Alternativas
Q3256038 Português

Texto 1


Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens? 



    Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema? 


    A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes. 


    Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto. 


    Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes.


    Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção de saúde mental dos adolescentes nesta era digital. 


    Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidéncias cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar. 


    Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos. 


    O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.


    Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos. 


    Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom. 


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24

Observe o período abaixo:

“Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção a saúde mental dos adolescentes nesta era digital.” (5° §)

Assinale a opção que apresenta o número correto de orações do período acima.
Alternativas
Q3256036 Português

Texto 1


Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens? 



    Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema? 


    A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes. 


    Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto. 


    Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes.


    Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção de saúde mental dos adolescentes nesta era digital. 


    Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidéncias cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar. 


    Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos. 


    O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.


    Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos. 


    Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom. 


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24

Em qual alternativa o termo destacado é um sujeito? 
Alternativas
Q3256035 Português

Texto 1


Redes sociais são amigas ou inimigas da saúde mental de jovens? 



    Com o uso generalizado e quase constante de redes sociais, têm surgido debates sobre seus impactos na salde mental, especialmente dos mais jovens. A popularização dessas preocupações levou pesquisadores de diversas áreas a se dedicarem a compreender as nuances dessa relação. Afinal, o que revelam as evidências sobre o tema? 


    A pesquisa de Sumer Vaid e outros autores introduziu o conceito de “sensibilidade as mídias sociais" para explorar como a relação entre o uso de mídias sociais e o bem-estar varia entre diferentes indivíduos e contextos. O estudo revelou que na média há uma pequena associação negativa entre o uso das redes e o bem-estar subsequente. Contudo essa associação variava muito a depender de outras características dos participantes. 


    Por exemplo, indivíduos com disposições psicológicas vulneráveis, como depressão, solidão ou insatisfação com a vida, tendiam a experimentar uma sensibilidade negativa mais acentuada em comparação com aqueles não vulneráveis, Além disso, certos contextos físicos e sociais de uso das redes intensificaram essa sensibilidade negativa, sugerindo que a sua influência na saúde mental é multifacetada e dependente do contexto. 


    Já Amy Orben e outros pesquisadores decidiram investigar como o uso de redes sociais influencia a satisfação com a vida apenas em certas fases de desenvolvimento, como a puberdade e a transição para a independência, aos 19 anos. Isso destaca como as transformações neurocognitivas e sociais da adolescência podem intensificar o impacto das redes.


    Dado o papel crucial das interações nessa idade, as redes sociais, que medem aprovação social por meio de "curtidas"”, podem exacerbar preocupações com autoestima e aceitação. Apesar dessas descobertas, os autores recomendam mais estudos sobre o uso de mídias em diferentes estágios de desenvolvimento, para entender melhor essa interação e formular politicas de proteção de saúde mental dos adolescentes nesta era digital. 


    Nesse sentido, a psicóloga e pesquisadora Candice Odgers defende cautela para as interpretações das pesquisas que estabelecem uma ligação direta entre o uso de redes sociais e o surgimento de problemas de saúde mental. Odgers adverte que, apesar das preocupações legitimas acerca de seus impactos adversos, as evidéncias cientificas atuais não confirmam uma relação causal direta. Ela enfatiza a importância de distinguir entre correlação e causalidade e de considerar a influência de uma série de fatores genéticos e ambientais no bem-estar. 


    Então, enquanto algumas pesquisas sugerem uma associação negativa entre o uso de mídias sociais e a saúde mental, é crucial reconhecer a diversidade de experiências entre os usuários. Fatores como disposições psicológicas, contextos de uso e a natureza interativa das plataformas sociais desempenham papéis significativos nessa equação, de acordo com ponderações desses mesmos estudos. 


    O fato é que as redes vieram para ficar. Até o momento, os resultados das pesquisas enfatizam a importância de adotar uma perspectiva mais abrangente e individualizada ao examinar seus impactos.


    Educadores, pais, legisladores e o setor de tecnologia precisam, antes de tudo, reconhecer a complexidade envolvida para então formular estratégias que minimizem os riscos associados ao uso dessas plataformas. No entanto, não podemos negligenciar os benefícios que elas oferecem, como a interação social com pessoas distantes e o acesso à informação, que podem ser benéficos para muitos. 


    Se não considerarmos esses fatores, corremos o risco de, ao buscar um culpado para os problemas de saúde mental de nossa época, ficarmos sem soluções efetivas e descartarmos o que há de bom. 


BIZARRIA, Deborah. Folha de São Paulo, 5.4.24

De acordo com Cunha e Cintra (2016), o verbo pode se ligar ao seu complemento diretamente, sem uma preposição entre o verbo e o complemento, ou indiretamente, com o uso de uma preposição entre esses elementos.

Em qual opção o verbo destacado liga-se indiretamente ao seu complemento?
Alternativas
Q3228350 Português
Texto 3 

Perigos da dependência em jogos de apostas online

    Com o avanço da tecnologia, os jogos de apostas online tornaram-se uma forma popular de entretenimento para muitas pessoas em todo o mundo. No entanto, por trás da diversão aparente, existe um perigo real: a dependência. Para compreender melhor os riscos desse mundo de novidades, é preciso explorar os fatores danosos associados a esse vício, com foco especial nas apostas esportivas, cujos impactos já se alastram incontrolavelmente, e demandam medidas de intervenção urgente.
    Com o incontestável status de "país do futebol", parece óbvio que as apostas que mais chamem a atenção no Brasil sejam ligadas a esse tema. É nesse contexto de paixão dos torcedores que as apostas esportivas, em especial as relacionadas ao futebol, acabam por se tornar uma das formas mais comuns desses jogos. Mas, embora haja regulamentação, o número ainda desmedido de anúncios a respeito, aliado à facilidade crescente de acesso a plataformas de apostas e à emoção de acompanhar os jogos em tempo real, podem levar à dependência em jogos de apostas online relativos a esse esporte.
    Esse mal hábito pode ter diversos riscos e consequências, que não afetam apenas o indivíduo viciado, mas também o seu círculo familiar, os amigos próximos e a sociedade como um todo. Por estarem naturalmente mais vulneráveis, certos grupos populacionais são mais suscetíveis à dependência em jogos de apostas. Com as facilidades do acesso constante à internet, esses grupos atualmente incluem principalmente jovens, pessoas com problemas emocionais ou financeiros, além de indivíduos com histórico de dependência em outras áreas, como álcool ou drogas.
    Embora seja um movimento contrário ao da publicidade desse gênero, é preciso que as autoridades reguladoras implementem restrições e limites rigorosos para mitigar os riscos associados ao jogo de aposta online. Essa ação inclui regras que levem em consideração a idade, limites de gastos e proibição desse tipo de publicidade veiculada em mídias abertas ou direcionada a grupos potencialmente vulneráveis.
    Reconhecer os riscos associadosà compulsividade no jogo e implementar medidas de prevenção e tratamento é passo essencial para enfrentar esse desafio crescente. Mas vale lembrar que essa realidade demanda uma abordagem multifacetada, que envolve conscientização pública, regulamentação rigorosa e suporte individualizado, a fim de que, trabalhando em conjunto, se possa ter alguma chance de reduzir os danos causados pela dependência em jogos de apostas online.

[Adaptado do site: https://www.marceloparazzi.com.br/blog/perigos-dadependenciaem-jogos-de-apostas-online/]
Assinale a opção em que o termo destacado possui amesma função sintática do vocábulo sublinhado no trecho"É nesse contexto de paixão dos torcedores (...)". 2° §
Alternativas
Q3228345 Português
Texto 3 

Perigos da dependência em jogos de apostas online

    Com o avanço da tecnologia, os jogos de apostas online tornaram-se uma forma popular de entretenimento para muitas pessoas em todo o mundo. No entanto, por trás da diversão aparente, existe um perigo real: a dependência. Para compreender melhor os riscos desse mundo de novidades, é preciso explorar os fatores danosos associados a esse vício, com foco especial nas apostas esportivas, cujos impactos já se alastram incontrolavelmente, e demandam medidas de intervenção urgente.
    Com o incontestável status de "país do futebol", parece óbvio que as apostas que mais chamem a atenção no Brasil sejam ligadas a esse tema. É nesse contexto de paixão dos torcedores que as apostas esportivas, em especial as relacionadas ao futebol, acabam por se tornar uma das formas mais comuns desses jogos. Mas, embora haja regulamentação, o número ainda desmedido de anúncios a respeito, aliado à facilidade crescente de acesso a plataformas de apostas e à emoção de acompanhar os jogos em tempo real, podem levar à dependência em jogos de apostas online relativos a esse esporte.
    Esse mal hábito pode ter diversos riscos e consequências, que não afetam apenas o indivíduo viciado, mas também o seu círculo familiar, os amigos próximos e a sociedade como um todo. Por estarem naturalmente mais vulneráveis, certos grupos populacionais são mais suscetíveis à dependência em jogos de apostas. Com as facilidades do acesso constante à internet, esses grupos atualmente incluem principalmente jovens, pessoas com problemas emocionais ou financeiros, além de indivíduos com histórico de dependência em outras áreas, como álcool ou drogas.
    Embora seja um movimento contrário ao da publicidade desse gênero, é preciso que as autoridades reguladoras implementem restrições e limites rigorosos para mitigar os riscos associados ao jogo de aposta online. Essa ação inclui regras que levem em consideração a idade, limites de gastos e proibição desse tipo de publicidade veiculada em mídias abertas ou direcionada a grupos potencialmente vulneráveis.
    Reconhecer os riscos associadosà compulsividade no jogo e implementar medidas de prevenção e tratamento é passo essencial para enfrentar esse desafio crescente. Mas vale lembrar que essa realidade demanda uma abordagem multifacetada, que envolve conscientização pública, regulamentação rigorosa e suporte individualizado, a fim de que, trabalhando em conjunto, se possa ter alguma chance de reduzir os danos causados pela dependência em jogos de apostas online.

[Adaptado do site: https://www.marceloparazzi.com.br/blog/perigos-dadependenciaem-jogos-de-apostas-online/]
Observe o fragmento abaixo.
"Reconhecer os riscos associados à compulsividade no jogo e implementar medidas de prevenção e tratamento é passo essencial (...)". 5°§

Quanto à concordância, a forma verbal destacada foi usada corretamente. Assinale a opção em que o vocábulo sublinhado também foi empregado de forma correta.
Alternativas
Respostas
21: B
22: C
23: D
24: A
25: D
26: C
27: C
28: C
29: D
30: A
31: B
32: B
33: E
34: E
35: D
36: C
37: B
38: D
39: D
40: C