Questões de Concurso Militar CIAAR 2018 para Primeiro Tenente - Psiquiatria
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Paciente de 23 anos, sexo masculino, comparece para atendimento psiquiátrico acompanhado por seu pai, preocupado com a “solidão” do filho. O paciente não apresenta queixas espontâneas. Relatam história de um padrão difuso de distanciamento das relações sociais e de expressão restrita de emoções em contextos interpessoais. Segundo o acompanhante, paciente sempre demonstrou pouco interesse em manter relações íntimas com outras pessoas, quase sempre opta por atividades solitárias e não tem amigos próximos ou confidentes que não sejam os familiares de primeiro grau. Paciente diz não ter interesse em experiências sexuais com outra pessoa, fala que tem prazer em poucas atividades, mostra-se indiferente ao elogio ou à crítica de outros e demonstra frieza emocional. Não há história de comorbidades clínicas ou de uso de substâncias psicoativas. O pai relata desenvolvimento neuropsicomotor dentro dos limites da normalidade e desempenho acadêmico regular. O paciente, atualmente, trabalha com seu pai em uma pequena empresa familiar. Negam alterações abruptas do comportamento de qualquer natureza.
Com base no caso descrito, é correto afirmar que o diagnóstico mais provável é o de transtorno da personalidade
M.O., 41 anos, sexo masculino, comparece para atendimento em serviço de saúde mental acompanhado por sua irmã. Conta que é motorista de caminhão de uma grande empresa de construção civil e que, duas semanas antes, ao retornar de uma obra de pavimentação urbana, o veículo que dirigia perdeu o freio em uma avenida de intensa movimentação e foi obrigado a fazer uma manobra drástica, de forma a tombar o caminhão e evitar o atropelamento de inúmeras pessoas. Nesse contexto, um colega de trabalho que o acompanhava assustou-se e decidiu pular do veículo no momento que ele estava tombando, sendo atingido fatalmente e vindo a óbito. M.O. sofreu leves escoriações no tórax e no membro inferior direito, sendo avaliado em serviço de pronto-atendimento especializado e liberado. Desde então, conta que vem apresentando lembranças angustiantes do evento, com pesadelos relacionados ao acidente e dificuldades para dormir. Diz que, frequentemente, revive a cena do amigo saltando do caminhão e não tem conseguido sentir prazer em nada. Chora com facilidade, se sente constantemente irritado e não tem conseguido conviver adequadamente com amigos e familiares, permanecendo em sua casa por todo o dia. Relata que não consegue dirigir seu próprio carro, motivo pelo qual a irmã teve de levá-lo ao atendimento, e que, durante o trajeto no trânsito, apresentou episódios de taquicardia, hipervigilância e sudorese. M.O. não tem história pregressa de adoecimento mental, nega comorbidades clínicas ou uso de substâncias psicoativas.
Com base no caso descrito, é correto afirmar que o diagnóstico mais apropriado é