Questões CBM-RN 2023 para Médico Cardiologista

Q3232997

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3232997 Medicina

Métodos de avaliações coronárias intravasculares estão sendo, cada vez mais, utilizados nas síndromes coronarianas aguda e crônica, pois permitem obter informações funcionais e anatômicas que não são possíveis pela cinecoronariografia convencional. A avaliação por método intravascular com

A

fluxo fracionado de reserva (FFR) resulta em menor número de intervenções percutâneas em relação à avaliação com ultrassonografia intracoronariana (USIC).

B

fluxo fracionado de reserva (FFR) é um método prático e bem validado para avaliar as lesões de tronco de coronária esquerda.

C

razão instantânea de ondas livres (iFR) necessita da administração de adenosina para indução de hiperemia coronariana máxima.

D

ultrassonografia intracoronariana (USIC) resulta no uso de maior volume de contraste iodado em relação à tomografia de coerência óptica (OCT).

E

tomografia de coerência óptica (OCT) fornece avaliação limitada de mecanismos de falência dos stents, como neoaterosclerose, subexpansão e cobertura incompleta.

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Q3232998

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3232998 Medicina

Homem de 37 anos, médico, comparece à consulta médica com o objetivo de ser avaliado, pois pretende participar de uma meia-maratona daqui a três meses, durante uma viagem ao exterior. Iniciou, há 2 anos, a prática de corrida de rua, com 5 a 7 treinos de uma a duas horas por semana. Nunca participou desse tipo de competição. Nega comorbidades e histórico familiar de doença cardíaca ou morte súbita. O exame físico realizado não apresentou alterações. De acordo com a Atualização da Diretriz em Cardiologia do Esporte da Sociedade Brasileira de Cardiologia de 2019, esse paciente deve ser considerado

A

esportista e realizar estratificação com avaliação inicial, avaliação do risco de doença coronariana, ECG de 12 derivações e teste ergométrico.

B

esportista e realizar estratificação com avaliação inicial, avaliação do risco de doença coronariana, ECG de 12 derivações, teste ergométrico e ecocardiograma.

C

atleta adulto e realizar estratificação com avaliação inicial, avaliação do risco de doença coronariana, ECG de 12 derivações e teste cardiopulmonar.

D

atleta amador e realizar estratificação com avaliação inicial, avaliação do risco de doença coronariana, ECG de 12 derivações e teste ergométrico.

E

atleta master e realizar estratificação com avaliação inicial, avaliação do risco de doença coronariana, ECG de 12 derivações, teste ergométrico e ecocardiograma.

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Q3232999

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3232999 Medicina

A estenose aórtica apresenta prevalência crescente em razão do aumento de expectativa de vida e envelhecimento da população. O primeiro passo para indicação de intervenção é a definição da gravidade anatômica da valvopatia. Em um homem com estenose aórtica baixo fluxo e baixo gradiente (área valvar menor ou igual a 1.0 cm² e gradiente médio menor que 40 mmHg), a presença de valvopatia anatomicamente importante é reforçada por

A

área valvar indexada à superfície corporal de 0,5 cm²/m² em paciente com FEVE preservada.

B

aumento da área valvar de 0,35 cm² no ecocardiograma de estresse com dobutamina em paciente com FEVE reduzida.

C

escore de cálcio valvar de 1.500 AU em paciente com FEVE reduzida sem reserva contrátil no ecocardiograma de estresse com dobutamina.

D

impedância valvuloarterial de 3 mmHg/mL/m² em paciente com FEVE preservada.

E

teste ergométrico com resposta hiperreativa da pressão arterial em paciente com FEVE preservada.

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Q3233000

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233000 Medicina

A Cardiologia Nuclear compreende diversas técnicas em uma modalidade de imagem fisiológica obtida por meio do emprego de substâncias radioativas ou radiofármacos. Ela é capaz de fornecer contribuições ao diagnóstico para diversas doenças cardiovasculares. De acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Cardiologia Nuclear (2020), a cintilografia

A

de perfusão miocárdica apenas com etapa de estresse permite redução de exposição à radiação sem comprometer a acurácia, desde que as imagens sejam normais.

B

de perfusão miocárdica com tálio-201 reduz a exposição à radiação em relação ao tecnécio-99m, em decorrência da meia-vida mais curta.

C

de perfusão miocárdica com estresse com dipiridamol é método preferencial em pacientes com limitação motora por AVE há menos de dois meses.

D

com pirofosfato marcado com tecnécio-99m tem alta especificidade para amiloidose cardíaca na forma AL, tornando dispensável a realização de biópsia endomiocárdica.

E

com gálio-67 tem acurácia semelhante à ressonância magnética para o diagnóstico de miocardite aguda nos três primeiros meses de doença.

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Q3233001

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233001 Medicina

Os sintomas musculares relacionados às estatinas (SMRE) respondem por mais de 60% da perda da adesão a esses fármacos. Enquanto, nos ensaios clínicos randomizados, as queixas musculares que levam à descontinuação da terapia são inferiores a 1%, em estudos observacionais, a frequência de sintomas, levando à interrupção do tratamento, se eleva para 7% a 29%. De acordo com a Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção da Aterosclerose (2017), pacientes com sintomas musculares toleráveis, relacionados à sinvastatina sem elevação de creatinofosfoquinase, podem ser orientados a

A

trocar por uma estatina metabolizada em outra via.

B

realizar suplementação com vitamina D para controle dos sintomas.

C

realizar suplementação com coenzima Q10 para controle dos sintomas.

D

pesquisar anticorpos contra a HMCGR (SMRE tipo 6).

E

utilizar a medicação de forma intermitente em dias alternados.

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Q3233002

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233002 Medicina

A medida convencional da pressão arterial (PA) em consultório é a base da maior parte dos dados epidemiológicos que orientam as condutas dos médicos. Entretanto, outros métodos para a medida da pressão arterial vêm ganhando importância clínica. A medida da pressão arterial

A

deve utilizar o limiar diagnóstico para hipertensão arterial de PAS ≥ 130 e/ou PAD ≥ 80 mmHg, na MRPA (monitorização residencial da PA).

B

desacompanhada em consultório (medida SPRINT) demonstra PAS, aproximadamente, de 8 mmHg menor que a medida convencional, com mínima variabilidade individual.

C

aórtica (medida de pressão central), por meio de algoritmos específicos, a partir das medidas de braço, tem alto valor preditivo incremental para eventos cardiovasculares.

D

mais baixa na MAPA (monitorização ambulatorial da PA), com 10 mmHg na PAS e/ou 5 mmHg na PAD, em relação à de consultório, define o efeito do avental branco (EAB).

E

do teste ergométrico ou cardiopulmonar pode ser utilizada para avaliação diagnóstica da hipertensão arterial.

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Q3233003

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233003 Medicina

Paciente de 56 anos, portador de cardiopatia isquêmica com FEVE reduzida e cardiodesfibrilador implantável (CDI), comparece ao pronto atendimento relatando ter apresentado mal-estar inespecífico e, pelo menos, 6 choques do dispositivo nas últimas 2 horas. O CDI foi interrogado, evidenciando o seguinte traçado no primeiro choque.
Imagem associada para resolução da questão

Imagem associada para resolução da questão

Na abordagem desse paciente, o cardiologista deve

A

encaminhar para ablação por cateter, em caso de refratariedade à terapia antiarrítmica.

B

dar preferência aos betabloqueadores cardiosseletivos devido à melhor tolerância clínica.

C

desativar a função de desfibrilador, por se tratar de choques inapropriados.

D

evitar sedativos pela possibilidade de induzir prolongamento do intervalo QT.

E

iniciar terapia antiarrítmica com isoproterenol após correção de fatores precipitantes.

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Q3233004

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233004 Medicina

No atendimento de pacientes em parada cardiorrespiratória, a realização de manobras de ressuscitação cardiopulmonar (RCP) com alta qualidade são fundamentais para que se alcance o retorno à circulação espontânea sem déficit neurológico. Constitui-se um indicador de alta qualidade de RCP:

A

fração de compressões torácicas (FCT) de 85%.

B

pressão arterial diastólica de 15 mmHg.

C

PETCO2 (ao final da expiração) de 5 mmHg.

D

frequência de compressões de 130/minuto.

E

profundidade de compressão de 8 cm.

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Q3233005

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233005 Medicina

Fibrilação atrial (FA) é uma arritmia frequente e de tratamento, por vezes, complexo. Avaliar e reduzir o risco de acidente vascular encefálico (AVE) é um dos componentes principais da terapia da FA. Em pacientes portadores de fibrilação atrial

A

por estenose mitral reumática, a anticoagulação com varfarina é mais eficaz do que a com rivaroxaban para redução de morte e eventos cardiovasculares.

B

submetidos à cardioversão elétrica com menos de 48 horas do início dos sintomas, a anticoagulação não é necessária após o procedimento.

C

com alto risco de sangramento, os dispositivos de oclusão de apêndice atrial são considerados tratamento de primeira linha.

D

submetidos à ablação com retorno sustentado a ritmo sinusal, a anticoagulação não é necessária, independentemente do escore CH2ADS2VASC.

E

submetidos à implante de valva biológica em posição mitral, a terapia com varfarina é superior à com rivaroxabana para redução de eventos cardiovasculares.

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Q3233006

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233006 Medicina

Um número elevado de pacientes permanece apresentando sintomas por meses após quadros de COVID-19, a chamada “COVID longa”. Até 2.5% dos pacientes recuperados de COVID-19 apresentam sintomas relacionados à disfunção do sistema nervoso autônomo. Nas síndromes de disautonomia, um tilt test com incremento superior a 30 bpm da frequência cardíaca, acompanhado de queda de PAS em mais de 20 mmHg, sugere o diagnóstico da síndrome de

A

hipotensão ortostática primária.

B

hipotensão ortostática neurogênica.

C

taquicardia postural ortostática.

D

taquicardia sinusal inapropriada.

E

hipersensibilidade do seio carotídeo.

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Q3233007

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233007 Medicina

Texto associado

A questão deve ser respondida com base no caso abaixo.

Mulher de 42 anos, previamente hipertensa, em uso de losartan 100 mg/dia, comparece a consulta com queixa de dispneia e ortopneia progressivas nos últimos 2 meses, atualmente em classe funcional NYHA III. Ao exame físico, constatou-se que ela estava com ritmo taquicárdico irregular, creptos em bases pulmonares, turgência jugular, refluxo hepatojugular e edema bilateral de membros inferiores. O ECG realizado revelou ritmo de fibrilação atrial de alta resposta (178 bpm), QRS estreito, com eixo normal, e repolarização com alterações inespecíficas. O ecocardiograma demonstrou fração de ejeção reduzida (32% por Simpson), aumento de átrio esquerdo (44 mL/m²) e regurgitação mitral leve. Os resultados dos exames de laboratório foram os seguintes: hemoglobina de 11.8 mg/dL, 310 mil plaquetas, creatinina de 0.8 mg/dL, potássio de 4.2 mEq/L, ferritina de 210 ng/mL, TSH < 0.001 mIU/L e T4 livre de 5.4 ng/dL. Foi iniciado tratamento para insuficiência cardíaca com carvedilol, enalapril e espironolactona, com otimização progressiva de doses.

Após a compensação da doença tireoidiana, o cardiologista deve considerar uma estratégia de tratamento da fibrilação atrial (FA) baseada em controle de

A

ritmo com ablação por cateter da FA, por estar associada a maior remodelamento reverso na cardiomiopatia induzida por taquicardia.

B

ritmo com amiodarona, por se tratar de uma medicação segura em pacientes com hipertireoidismo.

C

ritmo com propafenona, por ser uma medicação com alta taxa de sucesso na conversão a ritmo sinusal.

D

frequência com betabloqueador, uma vez que a carga de fibrilação atrial não está correlacionada com a evolução clínica da insuficiência cardíaca.

E

frequência com ablação do nó atrioventricular associada à terapia de ressincronização cardíaca, pelo maior potencial de propiciar remodelamento reverso.

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Q3233008

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233008 Medicina

Texto associado

A questão deve ser respondida com base no caso abaixo.

Mulher de 42 anos, previamente hipertensa, em uso de losartan 100 mg/dia, comparece a consulta com queixa de dispneia e ortopneia progressivas nos últimos 2 meses, atualmente em classe funcional NYHA III. Ao exame físico, constatou-se que ela estava com ritmo taquicárdico irregular, creptos em bases pulmonares, turgência jugular, refluxo hepatojugular e edema bilateral de membros inferiores. O ECG realizado revelou ritmo de fibrilação atrial de alta resposta (178 bpm), QRS estreito, com eixo normal, e repolarização com alterações inespecíficas. O ecocardiograma demonstrou fração de ejeção reduzida (32% por Simpson), aumento de átrio esquerdo (44 mL/m²) e regurgitação mitral leve. Os resultados dos exames de laboratório foram os seguintes: hemoglobina de 11.8 mg/dL, 310 mil plaquetas, creatinina de 0.8 mg/dL, potássio de 4.2 mEq/L, ferritina de 210 ng/mL, TSH < 0.001 mIU/L e T4 livre de 5.4 ng/dL. Foi iniciado tratamento para insuficiência cardíaca com carvedilol, enalapril e espironolactona, com otimização progressiva de doses.

Essa paciente foi encaminhada para o endocrinologista, que indicou uso de iodo radioativo. Ela voltou para consulta de retorno, após 3 meses da iodoterapia, e estava assintomática, em ritmo sinusal, apresentando ecocardiograma com melhora de fração de ejeção (FEVE 59%) e exames laboratoriais cujos resultados foram os seguintes: TSH de 36 mIU/mL, colesterol total de 230 mg/dL, HDL de 45 mg/dL, LDL de 145 mg/dL e triglicerídeos de 200 mg/dL. Considerando o risco cardiovascular, as medicações em uso e a atual situação clínica da paciente, a terapia hipolipemiante deve ser

A

postergada até reavaliação.

B

iniciada com rosuvastatina 20 mg.

C

iniciada com sinvastatina 20 mg.

D

iniciada com sinvastatina/ezetimibe 40/10 mg.

E

iniciada com ezetimibe 10 mg.

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Q3233009

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233009 Medicina

Em 3 de dezembro de 1967, o cirurgião sul-africano Christiaan Barnard realizou o primeiro transplante cardíaco bem-sucedido da história, na Cidade do Cabo. Mesmo consolidado como técnica cirúrgica há mais de 50 anos, o transplante cardíaco ainda impõe grandes desafios clínicos e logísticos. Na seleção de receptores e órgãos para transplante cardíaco, o cardiologista deve considerar que

A

a presença de hipertensão pulmonar fixa no receptor (> 5 unidades Wood) indica risco cirúrgico elevado e limita o transplante.

B

o diagnóstico de cardiomiopatia restritiva no receptor é uma contraindicação relativa para o transplante.

C

o uso de catecolaminas em altas doses, mesmo por tempo prolongado, não limita a captação do coração.

D

a proporção de tamanho entre o doador e o receptor é definida com base no peso e deve estar entre 0.9 e 1.1.

E

o tempo de isquemia recomendado é de, no máximo, 8 horas, limitando a captação de órgãos à distância.

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Q3233010

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233010 Medicina

Descrita, pela primeira vez, em 1866, a anomalia de Ebstein é uma das mais frequentes doenças congênitas da valva tricúspide. O cirurgião cardiovascular brasileiro José Pedro da Silva, atualmente radicado nos Estados Unidos, trouxe grandes contribuições à terapia dessa entidade rara: a mortalidade operatória, previamente em torno de 25%, é hoje menor que 6% em centros especializados. Em pacientes adultos com anomalia de Ebstein,

A

o estudo eletrofisiológico com ablação é o tratamento de escolha para arritmias relacionadas à pré-excitação.

B

a presença de regurgitação tricúspide importante contraindica o tratamento cirúrgico.

C

a técnica cirúrgica preferencial é a troca de valva tricúspide por prótese biológica.

D

o forame oval patente não deve ser ocluído em caso de correção cirúrgica da valva tricúspide.

E

o uso de anticoagulante oral está indicado na presença de shunts esquerda-direita se o ritmo for sinusal.

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Q3233011

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233011 Medicina

Embora a maior parte dos aneurismas de aorta estejam relacionados à doença aterosclerótica, as vasculites autoimunes e infecciosas também podem levar a comprometimento da aorta. Em pacientes com aortite

A

por arterite de células gigantes, a elevação da velocidade de hemossedimentação é um dos critérios usados para diagnóstico.

B

por arterite de Takayasu, a mais frequente alteração do exame físico é a presença de sopro abdominal por estenose de artéria renal.

C

por arterite de Takayasu, a imagem da aorta não deve ser realizada após a remissão clínica, a fim de reduzir os riscos cumulativos de radiação.

D

por arterite de células gigantes, o uso de corticoides deve ser evitado pelo alto risco de complicações em idosos.

E

sifilítica, o acometimento da aorta habitualmente acontece nos primeiros 10 anos, após o contato com o treponema.

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Q3233012

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233012 Medicina

Em 1909, Carlos Chagas fez suas primeiras publicações acerca da “tripanossomíase americana”, que, posteriormente, ficaria conhecida pelo seu nome. Mais de cem anos depois, a doença de Chagas ainda mantém padrão epidemiológico de endemicidade em 21 países latino-americanos, incluindo o Brasil. Na abordagem do paciente com cardiopatia chagásica,

A

o tratamento etiológico com benznidazol não evidenciou redução de mortalidade e deterioração clínica no estágio C.

B

o bloqueio divisional anterossuperior esquerdo (BDAS) é o distúrbio de condução mais frequentemente encontrado.

C

o teste sorológico com quimioluminescência magnética (CMIA) positivo isoladamente é suficiente para fechar o diagnóstico.

D

o escore de Rassi, baseado apenas em características clínicas e eletrocardiográficas, é um acurado preditor de mortalidade.

E

o achado de taquicardia ventricular não sustentada no Holter de forma assintomática não está associado com aumento de mortalidade.

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Q3233013

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233013 Medicina

Os testes não invasivos anatômicos e funcionais são parte importante da estratificação dos pacientes com síndrome coronariana crônica. A escolha por um dos métodos deve levar em consideração a probabilidade pré-teste de doença coronariana obstrutiva, as características dos pacientes, a disponibilidade e a expertise local bem como a acurácia dos testes. Considere as propriedades de testes não invasivos no diagnóstico da doença coronariana anatomicamente significativa, expostas no quadro abaixo.
Imagem associada para resolução da questão

O teste não invasivo com maior poder para confirmar o diagnóstico de doença arterial coronariana anatomicamente significativa é

A

ecocardiograma com estresse.

B

ressonância com estresse.

C

cintilografia miocárdica.

D

angiotomografia de coronárias.

E

teste ergométrico.

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Q3233014

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233014 Medicina

A pericardite tuberculosa é uma complicação relativamente infrequente da infecção pelo Mycobacterium tuberculosis, ocorrendo em 1 a 4% da população com tuberculose pulmonar. A apresentação clínica é amplamente variável, e o diagnóstico é, por vezes, desafiador. Na pericardite tuberculosa,

A

a cultura do líquido pericárdico tem sensibilidade modesta e especificidade elevada.

B

a alta atividade de adenosina deaminase (ADA) é insuficiente para diagnosticar a tuberculose.

C

a biópsia pericárdica não determina maior sensibilidade diagnóstica em relação à pericardiocentese.

D

a abordagem cirúrgica com pericardiectomia está recomendada como tratamento inicial.

E

o tratamento com corticoides é contraindicado, por aumentar o risco de recorrência.

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Q3233015

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233015 Medicina

Paciente de 87 anos, hipertensa, com doença renal crônica em tratamento conservador, é levada à consulta ambulatorial com queixa de dispneia e intolerância a esforços. Foram dosados peptídeos natriuréticos, com NT-Pro-BNP de 320 pg/mL e, em seguida, realizou-se ecocardiograma, com laudo sumarizado abaixo.

Imagem associada para resolução da questão

Com base nos exames, no escore HFA-PEFF, a paciente apresenta

A

5 pontos, confirmando o diagnóstico de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada (ICFEP).

B

4 pontos (intermediário), sendo indicada complementação diagnóstica com teste de estresse diastólico.

C

3 pontos (intermediário), sendo indicada complementação diagnóstica com cateterismo direito.

D

2 pontos (intermediário), sendo indicada complementação diagnóstica com teste cardiopulmonar.

E

1 ponto, descartando o diagnóstico de ICFEP e direcionando para a pesquisa de causa extracardíacas.

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Q3233016

Ano: 2023 Banca: COMPERVE - UFRN Órgão: CBM-RN Prova: COMPERVE - UFRN - 2023 - CBM-RN - Médico Cardiologista |

Q3233016 Medicina

Um evento coronariano agudo é a primeira manifestação da doença cardiovascular aterosclerótica em até 50% dos pacientes que apresentam essa complicação. Identificar, adequadamente, indivíduos assintomáticos que estão sob maior risco é fundamental para instituir medidas preventivas, com a definição adequada de metas individuais. De acordo com a Diretriz Brasileira de Dislipidemia e Prevenção de Aterosclerose (2017), é considerado um paciente de risco cardiovascular intermediário:

A

homem de 45 anos com escore de risco global de 15%.

B

homem de 35 anos com escore de cálcio coronariano de 100.

C

homem de 40 anos com doença renal crônica estágio IIIA.

D

mulher de 55 anos com diabetes recém-diagnosticado.

E

mulher de 60 anos com placa de 50% unilateral em a. carótida comum.

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Questões de Concurso Militar CBM-RN 2023 para Médico Cardiologista

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