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Q670733 História
Segundo Roberto Ventura, existe muita diferença entre o que pensava Antônio Conselheiro e a versão que Euclides da Cunha fez dele e do movimento de Canudos. Escreveu Ventura que Euclides da Cunha percebia Conselheiro como um líder “guiado por forças obscuras e ancestrais e por maldições hereditárias, que o levaram à insanidade e ao conflito com a ordem” republicana. Viu Canudos como “desvio histórico capaz de ameaçar a linha reta republicana”. Contudo, os sermões do Conselheiro, recolhidos em dois volumes manuscritos a que Euclides não teve acesso, mostram um líder religioso muito diferente “do fanático místico ou do profeta milenarista retratado em Os sertões. Revelam um sertanejo letrado, capaz de exprimir, de forma articulada, suas concepções políticas e religiosas, que se vinculavam a um catolicismo tradicional, corrente na Igreja do século XIX”. (Roberto Ventura. Canudos como cidade iletrada. Revista de Antropologia, n. 40, vol. 1, 1997, retirado de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-77011997000100006 acessado em 07 03 2016) 
De acordo com esta nova interpretação de Ventura, o movimento de Canudos e seu líder lutavam pela criação de um local de 
Alternativas

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O movimento de Canudos aconteceu entre 1896 e 1897, no início do período republicano no Brasil. Seguindo o líder Antonio Conselheiro, milhares de camponeses do interior da Bahia criaram a vila de Belo Monte na região próxima à fazenda de Canudos, no vale do rio Vaza-Barris, onde estabeleceram um modo de vida que representava a possibilidade de escapar da exploração dos grandes proprietários de terra. 
A proposta da comunidade era a de fugir dos impostos abusivos e da miséria mas, ela foi entendida pelo clero e pelos mandatários locais como uma ameaça. Por sua vez Antonio Conselheiro se acreditava um enviado de Deus para lutar contra as injustiças sociais e os impostos. Ele entendia que o novo governo havia se desligado da Igreja e de Deus. Por isso Conselheiro e seus seguidores foram retratados como monarquistas e anti republicanos, sendo, por conseguinte, uma ameaça à jovem república e ao progresso. 
Tal qualificação justificou não só a repressão como também o envio de tropas federais para a região. As três expedições iniciais foram derrotadas e isso apavorou o país. O efeito foi o massacre das pessoas. As casas, destruídas e queimadas. Hoje em dia os restos de Canudos estão no fundo do açude de Cocorobó, construído em 1968.
O trecho apresentado mostra uma interpretação acerca do líder Conselheiro diferente daquela mostrada por Euclides da Cunha – jornalista enviado à região de Canudos à época do conflito – e eternizada em sua obra Os Sertões. 
A questão pede que seja identificada esta nova visão acerca da vila e de seu líder. Qual seria, então, o objetivo do movimento.
A) INCORRETA- A população de Canudos não era militarizada. Eles eram camponeses. Viam as forças do governo como contrárias à Igreja pois a proclamação da república havia separado os negócios da Igreja daqueles do Estado. Os seguidores de Antonio Conselheiro eram monarquistas porque não entendiam outra forma de governo. A ideia de república nada significava para eles. 
B) CORRETA- A vila de Belo Monte era considerada sim “refúgio sagrado", criado por alguém enviado de Deus, contra as novas leis da república que iam contra os costumes da população local, profundamente ligados à preceitos religiosos. E, por serem contra propostas do novo governo foram considerados anti-republicanos, servindo de pretexto para a perseguição de grupos monarquistas. Abriu-se então o caminho para a articulação entre os grandes proprietários e o governo federal. 
C) INCORRETA- A afirmação desta alternativa corresponde ao cangaço da década de 1910/20. E a Igreja não fez interferências a favor de Antônio Conselheiro, cuja morte, em setembro de 1897 não se sabe muito bem a causa. Mas, foi durante a Guerra de Canudos. 
D) INCORRETA- A vila de Canudos era abrigo de gente que fugia da seca e da miséria mas, não da migração para o sudeste que é posterior a essa época. E, a questão contra Conselheiro devia-se ao fato de oferecer uma alternativa de vida aos camponeses. Daí todas as desculpas criadas para a perseguição à vila e ao seu modo de vida comunitário. 
RESPOSTA: B

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Guerra de Canudos, ou Campanha de Canudos, foi o confronto entre o Exército Brasileiro e os integrantes de um movimento popular de fundo sócio-religioso liderado por Antônio Conselheiro, que durou de 1896 a 1897, então na comunidade de Canudos, no interior do estado da Bahia, no nordeste do Brasil.

A região, historicamente caracterizada por latifúndios improdutivos, secas cíclicas e desemprego crônico, passava por uma grave crise econômica e social. Milhares de sertanejos partiram para Canudos, cidadela liderada pelo peregrino Antônio Conselheiro, unidos na crença numa salvação milagrosa que pouparia os humildes habitantes do sertão dos flagelos do clima e da exclusão econômica e social.

Os grandes fazendeiros da região, unindo-se à Igreja, iniciaram um forte grupo de pressão junto à República recém-instaurada, pedindo que fossem tomadas providências contra Antônio Conselheiro e seus seguidores. Criaram-se rumores de que Canudos se armava para atacar cidades vizinhas e partir em direção à capital para depor o governo republicano e reinstalar a Monarquia.

Apesar de não haver nenhuma prova para estes rumores, o Exército foi mandado para Canudos. Três expedições militares contra Canudos saíram derrotadas, o que apavorou a opinião pública, que acabou exigindo a destruição do arraial, dando legitimidade ao massacre de até vinte mil sertanejos. Além disso, estima-se que cinco mil militares tenham morrido. A guerra terminou com a destruição total de Canudos, a degola de muitos prisioneiros de guerra, e o incêndio de todas as casas do arraial.

Qual era a religião do Antonio conselheiro?

Me der a resposta no meu what 99991789721 Por gentileza

GABARITO; B

O crescimento vertiginoso de uma comunidade que era paralela ao novo regime recém-criado (Republicano) e que era livre de cobrança de impostos e opressão dos proprietários de terras e dos mandos da Igreja CatólicaCanudos tornou-se uma ameaça ao novo regime, assim serviu de pretexto à repressão aos grupos monarquistas, o que gerou a Guerra de Canudos (1896 a 1897) ,logo contribuindo para a implantação da política dos governadores ( troca de favores entre o governo federal e os governos estaduais) criada pelo presidente Campos Sales (1898-1902). 

Lei secular é a mesma coisa que Estado Laico.

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