Uma mulher de 52 anos, com antecedente de crises convulsivas...

Para resolver esta questão de Neurologia, é importante entender os diferentes tipos de crises epilépticas e suas características. O tema central é o diagnóstico diferencial entre tipos de crises epilépticas, especialmente as crises parciais complexas (agora chamadas de crises discognitivas) e crises de ausência.

Alternativa Correta: C

A alternativa C afirma que a semiologia (ou seja, o conjunto de sinais e sintomas) da crise sugere ser uma crise parcial complexa, atualmente chamada de crise discognitiva, com provável origem no lobo temporal esquerdo.

Justificativa:

• Crise parcial complexa (crise discognitiva): Este tipo de crise é caracterizado por alteração da consciência juntamente com movimentos automáticos ou automações, como mexer a boca como se estivesse mastigando ou arrumar a blusa. A paciente tem episódios de "ficar com o olhar parado" e "sem responder aos chamados", o que indica alteração da consciência.
• Mal-estar epigástrico ascendente: É uma sensação comum nas crises epilépticas de origem temporal, o que sustenta a hipótese de origem no lobo temporal.

Análise das Alternativas Incorretas:

A - Crise de ausência e Epilepsia Generalizada: As crises de ausência geralmente ocorrem na infância e são crises de curta duração (alguns segundos), não se manifestando com automatismos complexos (como mexer a boca ou arrumar a blusa) e não costumam ter aura como o mal-estar epigástrico.

B - Crise parcial complexa: A descrição do mal-estar epigástrico é um componente típico de crises temporais, mas a alternativa não menciona a origem provável no lobo temporal, o que é uma informação crucial que está presente na alternativa C.

D - Relação entre crises febris e epilepsia: Embora existam estudos que apontem uma correlação, afirmar que crises febris geralmente deixam sequelas é uma generalização incorreta. A maioria das crianças com crises febris não desenvolve epilepsia.

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A resposta correta é a alternativa C. A semiologia descrita sugere uma crise parcial complexa, atualmente chamada de crise discognitiva. Esse tipo de crise é caracterizado por alterações do comportamento e consciência, com sintomas como olhar fixo, movimentos involuntários da boca e membros, além de alterações emocionais e sensoriais. A presença de um mal-estar epigástrico ascendente pode indicar a origem no lobo temporal, que é uma região comumente afetada por crises parciais complexas. É importante destacar que a presença de antecedente de crises convulsivas febris na infância pode ter relação com o desenvolvimento de epilepsia no futuro, mas não é uma regra.