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Q1827502 Medicina
Homem de 21 anos de idade, sem comorbidades, apresenta quadro de febre, vômitos e cefaleia intensa há 3 dias. Ao exame físico: escala de Glasgow: 15; PA: 115 x 80 mmHg, FC: 95 bpm, FR: 16 ipm e T: 38,1 ºC; discreta rigidez de nuca, sem déficit neurológico focal e fundo de olho normal. Resultado do exame de líquor: pressão normal; leucócitos: 186/mm3 (92% de linfócitos); glicorraquia: normal e proteínas: 72 mg/dL.
O diagnóstico mais provável é
Alternativas

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Vamos analisar a questão apresentada e identificar qual é o diagnóstico mais provável para o paciente descrito no enunciado.

Alternativa correta: D - meningite viral.

A questão central é o diagnóstico diferencial de uma síndrome infecciosa com envolvimento neurológico. Para resolver essa questão, precisamos compreender os achados clínicos e laboratoriais característicos de diferentes condições médicas, como meningite viral, encefalite, infecções bacterianas e sepse.

Justificativa para a alternativa correta: O paciente apresenta sinais e sintomas típicos de meningite viral, como febre, cefaleia, vômitos e rigidez de nuca, sem déficit neurológico focal e com exame de líquor característico: leucócitos aumentados, com predomínio de linfócitos, pressão normal, glicorraquia normal, e proteínas levemente elevadas. Estes achados são sugestivos de uma meningite viral, que é frequentemente associada a linfocitose no líquor e níveis normais de glicose.

Análise das alternativas incorretas:

A - encefalite aguda: A encefalite geralmente causa alterações no estado mental ou déficits neurológicos focais, o que não foi observado neste paciente, que mantém uma escala de Glasgow de 15.

B - dengue: A dengue não causa rigidez de nuca e os achados de líquor não são típicos desta infecção. A dengue geralmente se manifesta com febre, dor retro-orbital, mialgias, e pode causar sangramentos.

C - infecção bacteriana sistêmica: Embora possa causar febre e sintomas inespecíficos, a infecção bacteriana sistêmica, como sepse, geralmente leva a alterações mais pronunciadas no estado geral do paciente e não exibiria o perfil de líquor visto aqui, que sugere uma infecção viral.

E - sepse: A sepse é uma resposta sistêmica grave a uma infecção, e o paciente muitas vezes apresenta sinais de instabilidade hemodinâmica e disfunção de órgãos, o que não é o caso deste paciente que tem sinais vitais estáveis.

Entender como interpretar as características dos sinais clínicos e resultados laboratoriais é essencial para o diagnóstico diferencial em medicina intensiva. Ao se deparar com questões desse tipo, é importante focar nos detalhes do caso clínico apresentado, pois pequenas pistas podem direcionar ao diagnóstico correto.

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O diagnóstico mais provável para o caso apresentado é a meningite viral, indicado pelos sintomas de febre, vômitos e cefaleia intensa, além da rigidez de nuca e do resultado do exame de líquor com leucócitos predominantemente linfócitos. Outros fatores, como a pressão normal no líquor e a ausência de déficit neurológico focal e fundo de olho normal, também apoiam esse diagnóstico. A opção A, encefalite aguda, também é uma possibilidade, mas é menos provável devido à ausência de sinais neurológicos focais. As opções B, C e E não explicam completamente o quadro clínico apresentado.

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