Paciente de 27 anos, vítima de acidente de motocicleta, dá ...
Paciente de 27 anos, vítima de acidente de motocicleta, dá entrada no setor de emergência do hospital lúcido, ausculta pulmonar com redução do murmúrio vesicular à direita e hipertimpanismo, hemodinamicamente estável, hematoma periorbitário bilateral e retroauricular. Encaminhado à tomografia computadorizada, evoluiu em insuficiência respiratória aguda. Realizada imediatamente descompressão do hemitórax direito, porém mantém dificuldade respiratória.
O acesso da via aérea que deve ser EVITADO neste caso é a intubação
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A alternativa correta é a D - nasotraqueal.
Vamos entender por que essa é a escolha certa. O paciente descrito na questão apresenta sinais de um pneumotórax hipertensivo, demonstrado pelo hipertimpanismo e redução do murmúrio vesicular à direita. Este é um quadro de emergência que requer descompressão para estabilização, o que foi feito inicialmente. No entanto, o paciente ainda mantém dificuldade respiratória.
A intubação nasotraqueal deve ser evitada principalmente por causa do risco de fraturas de base de crânio, que é sugerido pelos hematomas periorbitário e retroauricular (sinal de Battle) indicados na questão. Intubar pela via nasal em pacientes com suspeita de fratura craniana de base é perigoso, pois pode levar a complicações como a introdução do tubo endotraqueal no cérebro.
Agora, vamos falar sobre as outras alternativas:
A - Intubação retrógrada: Esta técnica é menos comum e geralmente usada em situações onde a intubação padrão é impossível, mas não é contraindicada em casos de trauma facial ou suspeita de fraturas de base do crânio.
B - Intubação orotraqueal: É a via de escolha na maioria das situações de emergência, incluindo pacientes com trauma facial. Não há contraindicação direta, e ela poderia ser adequada nesta situação, desde que as condições do paciente o permitam.
C - Intubação por broncoscopia: Esta é uma técnica avançada que permite a visualização direta das vias aéreas e pode ser usada em cenários de trauma facial complicados, sem a propagação do risco aumentado pela via nasal.
É importante que o enfermeiro em UTI ou em emergência esteja sempre atento a esses sinais clínicos e saiba adaptar as abordagens de manejo de via aérea às condições específicas do paciente, garantindo a máxima segurança e eficácia no tratamento.
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