A partir das informações e das figuras apresentadas, julgue ...

"A dilatação do tempo é compreendida como uma defasagem na medida de um intervalo de tempo entre dois s cujos relógios foram previamente sincronizados. Essa dessincronização pode ocorrer em duas situações distintas. A primeira delas é se um dos referenciais mover-se com velocidade próxima à velocidade da luz, isto é, cerca de 300 mil quilômetros por segundo. A segunda pode ocorrer quando um dos referenciais estiver em uma região de potencial gravitacional diferente do que está o primeiro."

Tomando como referência o item anterior da mesma prova, que diz: "A velocidade média de um satélite GPS cujo raio de órbita mede 24 × 10³ km é inferior a 4 km/s.", nota-se que a velocidade relativa do satélite é muito inferior a da luz, como exposto acima (300.000 km/s >> 4 km/s).

A questão afirma que em 1 dia o satélite da 2 voltas na órbita terrestre de raio 24 × 10³ km. Logo, considerando a órbita circular, temos:

V = Espaço/tempo = 2 * pi * 24 × 10³ / (24h/2) = 4pi * 10³ km/h = 4*pi/3,6 km/s = 3,49 km/s << 300.000 km/s

Desta forma, não há como perceber essa defasagem de tempo devido a velocidade, para este caso.

relatividade espacial - tempo passa mais devagar para quem está mais rápido. relatividade geral - tempo passa mais rápido para a situação com menor gravidade.

Na teoria da relatividade especial, a dilatação temporal prevê que, para um observador na Terra, o relógio de um satélite GPS na verdade fica atrasado em relação ao seu próprio tempo próprio. Isso ocorre devido à combinação da dilatação temporal (devido à velocidade do satélite) e ao efeito da dilatação gravitacional (devido ao campo gravitacional mais fraco experimentado pelo satélite em órbita).

Portanto, a afirmação de que o relógio de um satélite GPS fica adiantado em relação ao tempo próprio do satélite devido à alta velocidade está incorreta. Ele fica adiantado do ponto de vista do satélite (devido à dilatação temporal causada pela gravidade mais intensa experimentada na superfície da Terra), mas a partir da Terra, ele está atrasado devido à dilatação temporal causada pela velocidade relativística do satélite.