São acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de ...

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Q1969796 Português
Texto 2A01

     Era um sábado de abril. B... chegara àquele porto e descera a terra, deu alguns passeios. Ao dobrar uma esquina, viu certo movimento no fim da outra rua, e picou o passo a descobrir o que era.
      Era um incêndio no segundo andar de uma casa. Polícia, autoridades, bombas iam começar o seu ofício.
      B... viu episódios interessantes, que esqueceu logo, tal foi o grito de angústia e terror saído da boca de um homem que estava ao pé dele. Não teve tempo nem língua em que perguntasse ao desconhecido o que era. Ali, no meio do fumo que rompia por uma das janelas, destacava-se do clarão, ao fundo, a figura de uma mulher.
     A mulher parecia hesitar entre a morte pelo fogo e a morte pela queda. A alma generosa do oficial não se conteve, rompeu a multidão e enfiou pelo corredor.
    Não se lembrava como pôde fazer isso; lembrava-se que, a despeito das dificuldades, chegou ao segundo andar. Tudo aí era fumo. O fumo rasgou-se de modo que ele pôde ver o busto da mulher...
     – A mulher, — disse ele ao terminar a aventura, e provavelmente sem as reticências que Abel metia neste ponto da narração, — a mulher era um manequim, posto ali de costume ou no começo do incêndio, como quer que fosse, era um manequim.
     A morte agora, não tendo mulher que levasse, parecia espreitá-lo a ele, salvador generoso. Desceu os degraus a quatro e quatro. Transpondo a porta da sala para o corredor, quando a multidão ansiosa estava a esperá-lo, na rua, uma tábua, um ferro, o que quer que era caiu do alto e quebrou-lhe a perna...
     Tratou-se a bordo e em viagem. Desembarcando aqui, no Rio de Janeiro, foi para o hospital onde Abel o conheceu. Contava partir em breves dias. Abel não se despediu dele. Mais tarde soube que, depois de alguma demora em Inglaterra, foi mandado a Calcutá, onde descansou da perna quebrada, e do desejo de salvar ninguém. 

Machado de Assis. Um incêndio.
 In: Obra completa de Machado de Assis, Vol. II, Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.
Internet: <https://www.machadodeassis.ufsc.br>(com adaptações). 
São acentuados graficamente de acordo com a mesma regra de acentuação gráfica os vocábulos
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ACENTUAM-SE AS VOGAIS I e U TÔNICOS

  • EM HIATO COM VOGAL ANTERIOR

  • SOZINHOS NA SÍLABA OU SEGUIDOS DE S

  • NÃO SEGUIDOS DE NH

  • NÃO PRECEDIDOS DE DITONGO

Gabarito E:

A. aí (hiato); Calcutá (oxítona)

B. incêndio (paroxítona terminada em ditongo crescente ou proparoxítona eventual); ninguém (oxítona)

C. espreitá-lo (oxítona); tábua (proparoxítona)

D. pôde (acento diferencial); angústia (paroxítona terminada em ditongo crescente ou proparoxítona eventual)

E. saído (hiato); aí (hiato)

Ano: 2013 Banca: Cespe Órgão:  SEE/AL

As palavras “língua”, “Júlio”, “início”, “série” e “convivência” são classificadas ora como paroxítonas terminadas em ditongo crescente, ora como proparoxítonas eventuais ou relativas.

Gabarito Certo.

regra de hiato, encontro de duas vogais em uma silaba.

ACENTUAM-SE AS VOGAIS I e U TÔNICOS

  • EM HIATO COM VOGAL ANTERIOR
  • SOZINHOS NA SÍLABA OU SEGUIDOS DE S
  • NÃO SEGUIDOS DE NH
  • NÃO PRECEDIDOS DE DITONGO

é a regra do HIATO

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