Como é o teatro de Brasília? Tem o caráter explosivo
das montagens de Hugo Rodas e Ary Pára-Raios ou é a
mistura de circo, de música e de teatro non-sense do grupo
Udi-Grudi? Tem cuidado em tratar, contemporaneamente,
questões relacionadas às expressões mais tradicionais da
nossa cultura, como faz a Cortejo Cia de Atores, ou o
compromisso irremediável com o tratamento político de
temas atuais, como o teatro de Humberto Pedrancini? É a
voz de uma geração de jovens, como em Fernando Villar, ou
a fala das feiras populares em boca de bonecos de madeira,
como em Chico Simões? O rigor estético do teatro visual de
Adriano e Fernando Guimarães ou a comédia ligeira dos
humoristas do grupo Os Melhores do Mundo? É tudo isso
somado, amalgamado, e muito mais. O teatro de Brasília
tem a cara de Brasília. Essa face multifacetada, feita de
tantas heranças, de tantas lembranças e de tantos desejos
futuros.
F.P. Villar e E. F. Carvalho (Org). Histórias do teatro brasiliense.
Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2004 (com adaptações).
Considerando o texto e os assuntos por ele suscitados,
assinale a alternativa incorreta.