Questões de Concurso Sobre artes cênicas
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O conceito de “quarta parede”, tão difundido nas escolas de teatro, foi forjado por Diderot, como ferramenta dramatúrgica para uso dos autores e também como indicação de representação.
Tal preocupação é resultado de um gênero que pretende “oferecer a sociedade um espelho fiel”, característico do:
O teatro de bonecos nos foi trazido pelos colonizadores europeus nos séculos XVI e XVII. A popularidade dos bonecos, inicialmente, está ligada às festas religiosas, tornando-se depois cada vez mais descontraído e profano, conforme pode-se verificar no comentário de Ana Maria Amaral e Valmor Beltrame.
“(…) Os bonecos são predominantemente de luva, com cabeças esculpidas em madeira: os traços faciais são marcados por narigões, bocas e lábios salientes pintados em cores vivas e sem preocupações naturalistas. Porém, são as características de conduta e caráter que os assemelham: são irreverentes, justiceiros, desafiam as autoridades, principalmente as judiciais, eclesiásticas e políticas, buscam provocar o riso na plateia e resolvem seus conflitos quase sempre com o recurso da pancadaria.(...)”
Os pesquisadores referem-se, especificamente, ao teatro de:
Marie-Claude Hubert, ao analisar a dramaturgia clássica, afirma:
“A ação dramática não pode começar nem terminar ao acaso. Ela só seria coerente ao satisfazer a exigência do verossímil e do necessário. (…) A unidade de ação só é crível para o espectador, se os fatos se encadearem de acordo com um princípio lógico de causalidade.”
Esta afirmação confirma o pensamento aristotélico que privilegia:
“(…) a imitação da realidade, ou melhor, sua representação (...) supõe a existência de dois objetos – o modelo e o objeto criado –, que mantém entre si uma relação complexa de similitude e de dessemelhança.”
Marie-Claude Hubert se refere ao conceito de:
“É a representação de uma ação nobre, levada a seu termo e tendo certa extensão por meio de uma linguagem temperada com variadas especiarias utilizadas separadamente, conforme as partes da obra; a representação é efetuada pelos personagens do drama e não recorre a narração; e representando a piedade e o pavor, ela realiza uma depuração desse gênero de emoções”.
Com base no texto, o gênero é:
Samuel Beckett foi um dos maiores expoentes do Teatro do Absurdo. Um dos seus mais criativos textos -- Fim de Jogo -- narra as relações entre os personagens principais Clov e Hamm.
Jean-Pierre Ryngaert ao propor uma análise possível da obra diz que a verdadeira questão da peça é:
No livro Teatralidades Contemporâneas, ao analisar o trabalho da companhia paulista O Teatro da Vertigem, Sílvia Fernandes destaca um ponto específico das pesquisas empreendidas pelo grupo, conforme transcrição abaixo.
“(…) A marca mais radical desta proposta é a concepção do teatro como pesquisa coletiva de atores, dramaturgo e encenador em busca de respostas a questões urgentes do país, especialmente das grandes metrópoles brasileiras (…) mantém a criação conjunta, mas preserva as diferenças, como se cada criador – ator, dramaturgo ou diretor – não precisasse abdicar de uma leitura própria do material experimentado em conjunto.(…)”
A principal técnica utilizada pelo grupo para montagens como Apocalipse 1,11 e O Livro de Jó foi:
Augusto Boal em sua passagem pelo Arena, sobretudo na montagem de Arena Conta Zumbi e depois em Arena Conta Tiradentes, propõe o que chamou de “sistema coringa” conforme o fragmento abaixo:
“(…) O sistema coringa foi imaginado por Boal como uma “saída” para um teatro em crise econômica, como uma “solução” estética – a um só tempo dramatúrgica e de espetáculo, destinada a viabilizar a cena possível naquele momento.(…)”
O “sistema coringa” revela-se como o afunilamento de sistemas pregressos como as esquetes do Centro Popular de Cultura – CPC – e também:
“O universo popular dos cordelistas, dos mamulengos, da linguagem dos folguedos como o reisado e o bumba-meuboi, está presente na obra de Suassuna, somado a influências do teatro religioso medieval e das tradições da Commedia dell’Arte”.
Chicó e João Grilo são os personagens principais da trama “O Auto da Compadecida” e são os chamados “amarelinhos”. Eles ludibriam seus patrões, usam de esperteza para angariarem vantagens, da mesma forma, como os criados da Commedia dell’Arte:
“Nos últimos anos do século XIX ocorreram dois fenômenos, ambos resultantes da revolução tecnológica, de uma importância decisiva para a evolução do espetáculo teatral, na medida em que contribuíram para aquilo que designamos como o surgimento do encenador.”
Esta afirmação é de Jean-Jacques Roubine e os dois fenômenos aos quais ele se refere são respectivamente:
Passo 1: Em uma folha de papel grande (cartolina ou similar) o professor desenha três colunas com os seguintes títulos: lugares; pessoas; temas. O professor esclarece que na coluna lugares devem ser listados lugares onde pessoas potencialmente podem discutir, na coluna pessoas, devem ser listados papéis sociais de pessoas que potencialmente podem se envolver em discussões e, na coluna temas, devem ser listados assuntos a respeito dos quais as pessoas potencialmente discutem.
Passo 2: Pedir ao grupo a sugestão de itens para cada coluna.
Passo 3: Solicitar aos participantes que se organizem em duplas.
Passo 4: Solicitar que cada dupla escolha um item de cada coluna para que realizem uma improvisação curta com começo, meio e fim. A proposta deve ser executada em um prazo médio de 5 a 8 minutos.
Passo 5: Cada dupla será convidada a apresentar sua cena para todo o grupo.
O texto acima descreve um exercício teatral a ser aplicado ao processo de alfabetização para a linguagem teatral a um grupo de adolescentes, para o exercício, por meio da fisicalização, de noções de ação, de espaço e de tempo.
Considerando a atenção que o professor de teatro ou facilitador de ações de teatro aplicado deve ter em relação à seleção e à organização de jogos e de exercícios teatrais para a realização de oficinas, assinale a alternativa incorreta.
Passo 1: Solicitar aos participantes que cada um pense em um movimento curto, com começo, meio e fim, e que, em seguida, o experimente.
Passo 2: Solicitar aos participantes que cada um pense em uma linha de som vocal, com começo, meio e fim, que possa ser associada ao movimento experimentado. Em seguida o participante deverá realizar simultaneamente o movimento e o som.
Passo 3: Sugerir que os participantes se organizem em trios e que cada um, em seu trio, apresente para seus colegas seu movimento e seu som.
Passo 4: Solicitar aos participantes dos trios que observem as relações de semelhança e de diferença entre os sons e os movimentos apresentados pelos colegas no contexto de seus trios.
Passo 5: Solicitar aos trios que componham uma sequência associando os movimentos aos sons apresentados por cada participante, criando uma espécie de cena a partir dessas semelhanças ou diferenças. A proposta é que, quando um participante termina de fazer seu som e seu movimento, o outro começará em seguida. A princípio, os participantes não devem realizar seus sons e seus movimentos simultaneamente.
Passo 6: Cada trio pode mostrar para os outros trios a sua pequena cena.
Considerando o texto acima, que descreve um exercício teatral a ser aplicado no processo de alfabetização para a linguagem teatral de um grupo de adolescentes no estágio inicial do processo, e a atenção que o professor de teatro ou o facilitador de ações de teatro aplicado deve ter em relação à seleção e à organização de jogos e exercícios teatrais para a realização de oficinas, assinale a alternativa correta.