Questões de Contabilidade Geral - Teste de Recuperabilidade (impairment) para Concurso
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Em 31 de dezembro de 2019, uma empresa S.A. testa um ativo imobilizado ao seu valor recuperável. O ativo está contabilizado pelo custo histórico, sendo seu valor contábil de R$ 150.000,00 e tendo a vida útil remanescente estimada em 10 anos. O valor recuperável da máquina foi determinado com base no cálculo do valor em uso (considerado valor recuperável), no total de R$ 116.000,00. Entre os anos de 2020 e 2022, não ocorreu nenhum evento que exigisse que o valor recuperável do ativo fosse reestimado, e nenhuma perda ou reversão por impairment foi reconhecida. Em 30 de dezembro de 2023, foram capitalizados R$ 25.000,00 para melhorar o desempenho do ativo, considerados como benfeitorias. Em 31 de dezembro de 2023, a empresa avaliou que a perda por desvalorização reconhecida em período anterior não mais existia e que o valor recuperável do ativo era de R$ 118.000,00.
Considerando-se as informações apresentadas, verifica-se que o valor da reversão da redução ao valor recuperável em
31 de dezembro de 2023, em reais, é de
Julgue o item que se segue, relativo a testes de impairment, critérios de avaliação e mensuração do imobilizado e demonstração dos fluxos de caixa.
Quando intangíveis estiverem incorporados a itens do
imobilizado, a entidade deve avaliar o item patrimonial mais
significativo para estabelecer o tratamento contábil
adequado, seja como imobilizado ou como intangível.
Julgue o item que se segue, relativo a testes de impairment, critérios de avaliação e mensuração do imobilizado e demonstração dos fluxos de caixa.
A perda decorrente de desvalorização de um ativo por
impairment ocorre quando o maior montante entre o valor
justo líquido de despesa de venda desse ativo e o seu valor
em uso, se for maior que este, apresentar-se inferior ao seu
valor contábil.
Ao final do exercício de 2023, uma empresa apresentou as seguintes informações referentes a uma máquina:
• Custo de aquisição: R$ 800.000;
• Depreciação acumulada: R$ 100.000;
• Perda por redução ao valor recuperável: R$ 100.000 (exercício de 2022).
De acordo com as normas contábeis, em 31/12/2023, a empresa realizou o teste de redução ao valor recuperável para essa máquina e obteve os seguintes resultados:
• Valor justo líquido: R$ 780.000;
• Valor em uso: R$ 800.000.
Com base nas informações apresentadas, é correto afirmar que
Em 31/12/2022, a fábrica realizou o teste de recuperabilidade desse terreno e constatou que seu valor em uso era de R$170.000, enquanto o seu valor justo era de R$190.000. Para vender o terreno, a fábrica deveria incorrer em despesas legais de alienação no valor de R$15.000.
Assinale o valor do terreno no balanço patrimonial da fábrica após o teste de recuperabilidade, conforme a NBC TG 01 – REDUÇÃO AO VALOR RECUPERÁVEL DE ATIVOS.
A máquina utilizada para a produção do principal produto de uma determinada entidade deve ser desreconhecida quando
Considerando as informações apresentadas, o analista da CVM identificou uma perda por redução ao valor recuperável de ativos da empresa S.A. no total de:
As entidades devem realizar, anualmente, testes para verificar se seus ativos imobilizados e intangíveis (estes de vida útil determinada ou não) estão mantendo a perspectiva de geração de benefícios econômicos no mínimo equivalentes ao seu custo contábil.
Considerando aspectos relativos a mensuração de ativos, redução a valor recuperável, provisões e tratamento contábil aplicável aos impostos e contribuições, julgue o seguinte item.
O valor recuperável de um ativo não gerador de caixa é o
menor entre o valor contábil e o seu valor em uso.
Considere o valor presente de R$ 262.962 para os R$ 350.000 com vencimento em 3 anos e o valor presente de R$ 87.040 para os R$ 35.000 de juros anuais durante 3 anos.
Considerando-se as informações apresentadas, a perda por redução, ao valor recuperável em 31 de dezembro de 2023, será de:
Neste caso, só pode ser reconhecida se o valor recuperável da unidade for
A questão a seguir refere-se ao texto reproduzido a seguir.
O futuro do trabalho ou o trabalho sem futuro?
Marcelo Augusto Vieira Graglia
Billy Turnbull era um rapaz astuto, nos seus recém-completados 14 anos de vida. Naquela manhã fria de maio de 1831, caminhava pela rua principal de Bedlington em direção à mina que ficava no lado oeste da cidade, próxima à estrada que levava ao norte. Por entre a névoa, Billy já distinguia as pedras da igreja de São Authbert. Cerca de 400 metros abaixo, virou à esquerda, após a casa de Walter Daglass. Três portas acima, havia um arco que levava a um pátio com seis residências e um pomar. As casas eram decrépitas, para dizer o mínimo. O campo de batatas ficava do outro lado da parede dos fundos, seguia por ali para cortar caminho.
Naquela manhã fria, quando Billy Turnbull finalmente chegou à entrada da mina, a querela já estava armada. Dezenas de homens, vestidos em seus farrapos e com seus rostos tingidos pelo pó preto do carvão, se aglomeravam em torno da máquina a vapor recém-adquirida pelo Sr. Stephens. Com suas pás e picaretas, amotinados, golpeavam o equipamento que respondia emitindo longos chiados. Em pouco tempo, a máquina parecia morta, imóvel e silenciosa. Assustado, Billy viu Brian Llewellin saindo do meio dos mineiros e vindo em sua direção. Quando o amigo se aproximou, perguntou: O que está havendo, Brian? Ao que este respondeu: Não sou Brian, meu nome é Ned Ludd.
A história acima foi construída a partir de personagens fictícios, mas baseada em fatos históricos. Ned Ludd era a alcunha utilizada por muitos dos trabalhadores envolvidos em protestos e sabotagens. O ludismo foi um movimento de trabalhadores iniciado na Inglaterra, no início do século 19, que utilizou a destruição de máquinas como forma de pressionar os empregadores contra as condições precárias e contra a mecanização que causava demissões e substituição de funções mais qualificadas por outras de pouca exigência técnica e mais mal remuneradas.
No campo do trabalho humano, é histórico o temor pelos efeitos potencialmente destruidores da tecnologia sobre os postos de trabalho, simbolicamente representado pelo movimento ludista. Nesta segunda década do século 21, novamente a emergência de uma nova onda de inovação tecnológica reacende a polêmica com visões diametralmente opostas: de um lado, a daqueles que vislumbram um futuro brilhante, no qual a tecnologia libertaria a humanidade da obrigação do trabalho duro, repetitivo, desestimulante, ao mesmo tempo que elimina doenças, promove a longevidade, o conforto e o deleite com novas possibilidades lúdicas e sensoriais trazidas por artefatos tecnológicos e ambientes digitais; de outro, em posição antagônica, há aqueles que temem as consequências potencialmente nefastas da proliferação da tecnologia de forma intensa por tantos campos sensíveis. Soma-se ainda o risco da desumanização das relações e da interferência voraz de sistemas de inteligência artificial (IA) em campos eminentemente humanos, num cenário de pós-humanismo cibernético.
O que alimenta esses temores? Embora a automação tenha sido historicamente confinada a tarefas rotineiras envolvendo atividades baseadas em regras explícitas, a IA está entrando rapidamente em domínios dependentes de reconhecimento de padrões e pode substituir os humanos em uma ampla gama de tarefas cognitivas não rotineiras, seja em relação ao trabalho industrial, de serviço ou de conhecimento. Nessa transformação, há aspectos claramente positivos e outros que inspiram maior reflexão.
Parafraseando a célebre frase narrada por Tucídides, na colossal obra História da Guerra do Peloponeso, quando a delegação da cidade de Corinto se empenhava em convencer os relutantes espartanos a abandonar seu temor em declarar guerra a Atenas: não devemos temer a tecnologia (Atenas), o que devemos temer são a nossa ignorância, a nossa indiferença e a nossa inércia. A ignorância, no sentido de não entendermos ou não buscarmos entender o processo histórico que ora se movimenta; a indiferença, no sentido de não nos sensibilizarmos com os efeitos deletérios possíveis, especialmente sobre grandes parcelas menos protegidas ou desfavorecidas da nossa sociedade, de ignorarmos os riscos; ademais, a inércia, traduzida pelo não agir, enquanto indivíduos, sociedade e governos não se preparam devidamente, não estabelecem estratégias adequadas, não constroem seus diques, seus programas, projetos e políticas públicas robustas e suficientes para enfrentar um mundo em transformação.
John Maynard Keynes, em Economic possibilities for our grandchildren (1930), argumentava que o aumento da eficiência técnica havia ocorrido de forma mais rápida do que seria possível para lidar com o problema da absorção da força de trabalho. A depressão mundial – consumada com a quebra da Bolsa de Nova York em 1929 e a enorme anomalia do desemprego que se estabeleceu – impedia a clareza de visão necessária para que muitos pudessem captar as tendências que se afiguravam, como a do desemprego estrutural. Para Keynes, isso significava “desemprego devido à nossa descoberta de meios de economizar o uso do trabalho ultrapassando o ritmo em que podemos encontrar novos usos para o trabalho”. O economista previa que, mantidas as taxas de crescimento da produtividade geradas pela incorporação de tecnologias nos processos produtivos, e outras condições, em 100 anos o problema econômico mundial da escassez poderia ser resolvido. Em contrapartida, esse ganho de produtividade se daria, principalmente, pela substituição do trabalho humano; portanto, não seria necessário, no futuro, um contingente tão grande de pessoas trabalhando. Dessa forma, o principal problema econômico seria de distribuição de riqueza, não mais de escassez.
Disponível em: <https://revistacult.uol.com.br/.>. Acesso em: 03 nov. 2023.
Com relação a variações patrimoniais, ativo imobilizado e intangível e redução ao valor recuperável, julgue o item subsecutivo.
A redução ao valor recuperável de um ativo reflete sempre
uma diminuição do seu valor registrado na contabilidade,
quando o seu valor contábil é maior que o valor recuperável.
A sociedade empresária realiza teste de redução ao valor recuperável de seus ativos anualmente, em 31/12, de acordo com o Pronunciamento Técnico CPC 01 (R1) - Redução ao Valor Recuperável de Ativos. Através do teste foram estimados, respectivamente, o valor em uso e o valor justo da van nos anos seguintes, do seguinte modo:
• 31/12/2019: R$172.000 e R$168.000
• 31/12/2020:R$135.000 e R$141.000
• 31/12/2021:R$105.000 e R$108.000
Ainda, as despesas de venda em cada ano são estimadas em R$4.000. Em 01/07/2022 a van foi vendida por R$100.000.
O resultado com a venda da van nessa data foi