Questões de Concurso
Sobre cultura e identidade nacional em sociologia
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Quero propor duas idéias. A primeira delas é que a cultura é mais bem vista não como um complexo de padrões concretos de comportamento — costumes, usos, tradições, feixes de hábitos —, como tem sido o caso até agora, mas como um conjunto de mecanismos de controle — planos, receitas, regras, instruções (o que os engenheiros de computação chamam de programas) — para governar o comportamento. A segunda idéia é que o homem é precisamente o animal mais desesperadamente dependente desses mecanismos de controle, extragenéticos, fora da pele, dos programas culturais para ordenar seu comportamento.
C. Geertz. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 (com adaptações).
No que concerne ao conceito de cultura e tendo o texto acima como referência inicial, julgue o seguinte item.
Os símbolos culturais são instrumentos de intermediação da
adaptação humana ao meio ambiente, de interpretação das
experiências e de organização da vida em grupo.
Quero propor duas idéias. A primeira delas é que a cultura é mais bem vista não como um complexo de padrões concretos de comportamento — costumes, usos, tradições, feixes de hábitos —, como tem sido o caso até agora, mas como um conjunto de mecanismos de controle — planos, receitas, regras, instruções (o que os engenheiros de computação chamam de programas) — para governar o comportamento. A segunda idéia é que o homem é precisamente o animal mais desesperadamente dependente desses mecanismos de controle, extragenéticos, fora da pele, dos programas culturais para ordenar seu comportamento.
C. Geertz. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1978 (com adaptações).
No que concerne ao conceito de cultura e tendo o texto acima como referência inicial, julgue o seguinte item.
A cultura e seus produtos são recursos que possibilitam ao
homem fazer, explicar e entender as coisas e a vida em
sociedade.
Acerca dos conceitos relativos a sociedade e estrutura social, julgue o item que se segue.
Sociedade é um grupo autônomo de pessoas que ocupam
território comum e possuem identidade compartilhada.
Uma das principais características do Renascimento foi o interesse dos filósofos renascentistas por imaginar uma sociedade perfeita. Entre os principais autores e obras da época podem-se citar Thomas Morus (A Utopia), Tommaso Campanella (A Cidade do Sol) e Francis Bacon (Nova Atlântida). Acerca do pensamento utópico e sua importância para o desenvolvimento da sociologia, julgue o item seguinte.
O pensamento utópico serviu de base ao surgimento da
sociologia, na medida em que analisou as contradições
sociais e se propôs a resolvê-las.
Uma das principais características do Renascimento foi o interesse dos filósofos renascentistas por imaginar uma sociedade perfeita. Entre os principais autores e obras da época podem-se citar Thomas Morus (A Utopia), Tommaso Campanella (A Cidade do Sol) e Francis Bacon (Nova Atlântida). Acerca do pensamento utópico e sua importância para o desenvolvimento da sociologia, julgue o item seguinte.
As utopias revelam um apurado nível de crítica social, a
partir do destaque das imperfeições da vida cotidiana
As culturas humanas promovem a atualização e a repetição amparadas na tradição e no aprendizado.
Uma das características da linguagem humana, como elemento cultural, é o seu caráter simbólico.
Por ser portador de cultura, o homem age apenas baseado em atitudes planejadas, consciente de suas finalidades.
A ação humana distingue-se da ação animal por haver consciência de finalidade, ou seja, existe antes, como possibilidade, e sua execução é resultante da escolha dos meios necessários ao atingimento dos fins propostos.
A ação instintiva é regida por leis biológicas, idênticas na espécie e invariáveis nos indivíduos da mesma espécie.
Fundamentam um sistema cultural que se mantém inalterável ao longo da história de cada sociedade.
Estão limitados à linguagem escrita dos indivíduos das sociedades letradas, como acervo cultural manifesto.
São geneticamente herdados; por isso, a humanidade os possui em sentido especialmente universalizado.
Instruem os indivíduos sobre o modo de comunicação a ser estabelecido nos grupos.
Os sistemas de símbolos constituem intermediação conveniente às situações inesperadas, instruindo os indivíduos sobre o que e sobre como fazer, pensar e perceber.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
A construção teórica de identidades sob os mais diversos
enfoques, como o sociológico, o lingüístico e o embasado na
teoria da comunicação, não apenas adensa o conhecimento
produzido a seu respeito como propicia o aparecimento de
novas categorias dela derivadas, cada qual com significados
e métodos de análise próprios. Seriam, entre outros, os casos
de identidade nacional, identidade étnica e identidade social.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Nélson Rodrigues, por muitos considerado o fundador do
moderno teatro brasileiro, também ficou conhecido como
cronista da vida cotidiana. Sua frase famosa: “a seleção (de
futebol) é a pátria de chuteiras” deve ser entendida como
frontal negação de conhecidas teorias interpretativas da
identidade nacional brasileira, como a do “homem cordial”
de Sérgio Buarque de Hollanda e, principalmente, a do
antropólogo social Roberto DaMatta, para quem não se pode
falar em identidade brasileira única nem defini-la a partir de
manifestações culturais essencialmente populares, como o
futebol e o carnaval.
No nordeste da China, podem ser vistos os resquícios de um imenso complexo murado onde, durante a Segunda Guerra, médicos do exército japonês conduziram experimentos, em sua maioria fatais, com prisioneiros chineses, coreanos e russos. Hoje, a área abriga um dos muitos museus criados recentemente na China para exibir as atrocidades infligidas aos chineses pelas forças do Japão. Os museus são um misto peculiar de câmaras de horrores e memoriais sagrados que destacam o chamado “martírio” chinês. O objetivo de tudo isso é exposto em textos escritos nas paredes: deixar claro que o povo chinês, com seus 5.000 anos de civilização, nunca mais se deve deixar humilhar por agressores estrangeiros. Apenas uma nação grande e forte poderá garantir a sobrevivência da raça chinesa. É o que é conhecido na China como “educação patriótica”. Esse patriotismo, baseado em um sentimento coletivo de vitimização e na determinação de fazer da China a sobrevivente suprema entre as nações, acabou por tomar o lugar do marxismo-leninismo e do pensamento de Mao Tsetung como ideologia oficial da República Popular da China.
Ian Buruma. A pátria ideológica. In: Folha de S. Paulo, “Caderno Mais!”, 17/4/2005, p. 10 (com adaptações).
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Não sendo nova nas ciências humanas, pioneiramente
trabalhada pela Filosofia e pela Psicologia, a noção de
identidade se vê incorporada como objeto de estudos por
áreas como, por exemplo, a Antropologia, a Sociologia e a
História, compondo um amplo espectro interdisciplinar
conhecido como Estudos Culturais, que se amplia à medida
que avançam os debates em torno da pós-modernidade e do
multiculturalismo.
Tendo o texto como referência inicial e considerando que o tema nele abordado também remete a alguns conceitos de identidade, julgue o item abaixo.
Ao tratar das identidades, hoje, as ciências sociais não mais levam em consideração o antigo conceito de culturas híbridas. Isso se explica, fundamentalmente, pelo fato de que os movimentos migratórios, por mais intensos que possam ser, não conseguem gerar uma sobreposição de culturas diferentes e os grupos que chegam acabam por ser culturalmente incorporados pela sociedade que os acolhe.
A eficiência da comunicação, quanto à etapa de decodificação, envolve não apenas o processo de decodificação da mensagem em si. Existem outras condições que podem afetar a mensagem codificada: as habilidades de escrita, as atitudes, os conhecimentos acerca dessa mensagem e o sistema sociocultural.