Questões de Concurso
Sobre desigualdade social no brasil em sociologia
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As afirmativas a seguir identificam corretamente indicadores sociais classificados segundo a área temática da realidade social a que se referem, à exceção de uma. Assinale-a.
( ) Houve durante o século XX, excetuando-se os períodos das guerras mundiais, uma propensão a uma melhor distribuição de rendas, principalmente nos países centrais do capitalismo e durante a vigência da política de estado que se convencionou chamar de “welfare state” (estado de bem-estar social).
( ) O neoliberalismo e a globalização acabaram por, ao contrário do que apregoavam, proporcionar a execução de políticas econômicas que, como no “quantitative easing” (flexibilização monetária quantitativa), provocaram uma concentração de rendas jamais percebidas segundo a ONG The World Inequality Database (2023).
( ) A retirada do Estado, parcial ou totalmente, de atividades de assistência social como educação, saúde, segurança alimentar, meio ambiente e acolhimento psicossocial, provocou o surgimento e o fortalecimento de movimentos sociais de pessoas que se organizaram para reivindicar, e mesmo prover, estas necessidades.
( ) Um dos reflexos, observados pela sociologia, provocados pela concentração de rendas é o do aumento da violência urbana contra o jovem, contra a mulher, contra o negro e contra o pobre.
Assinale a alternativa que apresenta a sequência correta de cima para baixo.
I. Nas grandes cidades, também se acirraram as diferenças de renda e de nível de vida. Sobretudo na cidade são mais visíveis as contradições de um regime que exclui grandes massas de jovens, negando-lhes o direito à infância, à escola, ao emprego e ao salário.
II. A pobreza é endêmica em nosso país, e essa é a principal causa do abandono dos jovens a sua própria sorte nas periferias de nossas cidades, mas também essa condição reflete a incapacidade individual de os jovens se transformarem em empreendedores.
III. A violência urbana é fator preponderante na exclusão de jovens nas grandes cidades, e a responsabilidade disso é o abusivo consumo de drogas ilícitas pela própria população jovem.
Assinale a alternativa correta.
I. Prevalência da família nuclear. II. A desigualdade social é generalizada e tem sua base na divisão social do trabalho das relações de produção capitalistas, de onde emanam as classes sociais dominantes e subalternas. III. Gestão social pelo Conselho de Anciãos e sociedade sem Estado. IV. Não há a propriedade privada da terra, as comunidades apropriam-se livremente dela pelo trabalho e se tem a posse comunal. Quais estão corretas?
“É provavelmente por um efeito de inércia cultural que continuamos tomando o sistema escolar como um fator de mobilidade social, segundo a ideologia da “escola libertadora”, quando, ao contrário, tudo tende a mostrar que ele é um dos fatores mais eficazes de conservação social, pois fornece a aparência de legitimidade às desigualdades sociais, e sanciona a herança cultural e o dom social tratado como dom natural.”
BOURDIEU, P. A escola conservadora: As desigualdades frente à escola e à cultura. In: BOURDIEU, P. Escritos de Educação. Petrópolis: Vozes, 2007, p. 41.
Com base no trecho, os alunos concluem que, para o autor, a educação escolar é um instrumento de
Ainda existe uma resistência muito grande no sistema de justiça em incorporar o paradigma da Lei Maria da Penha. Persiste uma construção da imagem das vítimas. O comportamento delas é submetido a um escrutínio moral no tribunal do júri. Por outro lado, há uma tendência à desumanização do autor dos crimes — que pode ter tido “um lapso”, “uma forte emoção”, ou pode ter bebido ou usado drogas, ou ser efetivamente um pervertido sexual, alguém que tem um comportamento monstruoso. Nunca o criminoso é o homem racional para quem a lei é dirigida. E isso oculta o conteúdo político da discussão sobre a desigualdade de gênero na sociedade. O discurso que é feito é sempre o de que aquele caso é pontual, uma tragédia individual, e não um episódio que é recorrente na sociedade.
Fernanda Matsuda. A violência doméstica fatal: o problema
do feminicídio íntimo no Brasil. Cejus/FGV, 2014.
Internet:
Tendo o texto precedente como referência inicial, julgue o item seguinte a respeito de gênero e violência.
Desde a década de 30 do século XX, ensaístas da sociologia
brasileira vêm mostrando que as mulheres são vítimas de
violência doméstica e sexual.
“O conflito era evidente e as camadas subalternas passaram a ser alvo do mesmo preconceito com que eram encarados os povos "selvagens" vindos de terras do além-mar pela colonização” (Cristina Costa 1997).
Por uma perspectiva sociológica, embora tenha havido, no período em questão, uma mudança no mercado de trabalho brasileiro para diminuir a desigualdade, a lógica de hierarquização de status entre as ocupações pouco se modificou.
As mulheres, por possuírem um status social inferior na organização social atual, estão mais suscetíveis a violências. Esse quadro foi agravado durante a pandemia, quando houve um aumento da violência doméstica sofrida pelas mulheres.
Assinale a alternativa correta com relação às favelas.
A prática do crime é tão antiga quanto a humanidade. Mas o crime global, a formação de redes entre poderosas organizações criminosas e seus associados, com atividades compartilhadas em todo o planeta, constitui um novo fenômeno que afeta profundamente a economia no âmbito internacional e nacional, a política, a segurança e, em última análise, as sociedades em geral. A Cosa Nostra siciliana e suas associadas, a máfia norte-americana, os cartéis colombianos e mexicanos, as redes criminosas nigerianas, a Yakuza do Japão, as tríades chinesas, a constelação formada pelas mafiyas russas, os traficantes de heroína da Turquia, as posses jamaicanas e um sem-número de grupos criminosos locais e regionais em todos os países uniram-se em uma rede global e diversificada que ultrapassa fronteiras e estabelece vínculos de todos os tipos.
Manuel Castells. Fim de milênio. São Paulo: Paz e Terra, 1999, p. 203-4 (com adaptações).
Atuando como aviãozinho (entregador), buscando marmitas de comida, trazendo cigarros ou desempenhando as funções de olheiros, meninos das periferias de grandes centros urbanos brasileiros protagonizam um tipo de crime em expansão: o aliciamento de crianças pelo tráfico de drogas ilícitas.