Questões de Concurso Comentadas sobre sociologia
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( ) Karl Marx e Friedrich Engels elaboraram o conceito de materialismo histórico.
( ) O modo de produção não é histórico, pois depende dos indivíduos de determinada época ou lugar.
( ) As relações de produção são determinadas pelo estágio de desenvolvimento das forças produtivas de uma sociedade.
( ) A estrutura econômica da sociedade tem a função de reproduzir a vida social da superestrutura.
( ) Entre os críticos do materialismo histórico destacou-se Walter Benjamin, sociólogo da Escola de Frankfurt.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
I- A questão fundamental acerca da permanência das condições sociais que reproduzem a desigualdade social e a pobreza impedindo uma substantiva emancipação humana está na esfera da produção e não da distribuição, isto é, no momento em que se defrontam trabalhadores e capitalistas – vendedores e compradores da força de trabalho - enquanto proprietários privados de mercadorias; II- A relação de compra e venda da força de trabalho reflete a desigualdade social e real a qual estão submetidos os homens sob a ordem burguesa, contudo, esta relação tende a ser mistificada sob um discurso de igualdade formal entre o contratante e o contratado; III- Considerando a reprodução do capital, a desigualdade social torna-se ineliminável, posto que esta reprodução é assentada na acumulação, ou seja, a necessidade de acumular e concentrar capital determina a exploração da força de trabalho.
Dos itens acima:
J. H. Turner. Sociologia: conceitos e aplicações. São Paulo: Makron Books, 1999. (com adaptações).
Quanto à estrutura social, assinale a opção correta.
A abordagem marxista dos fenômenos da sociedade é basicamente sincrônica e despreza os fatores históricos e as transformações sociais.
Para Marx, a estrutura social é decorrente da produção material.
O atributo definidor da ação social é sua homogeneidade.
Quando o indivíduo é tomado pelo sentimento de "vergonha, ao participar da injustiça universal", abre caminho para:
“O trabalho e a produção, a organização e o convívio sociais, a construção do "eu" e do “outro” são temas clássicos e permanentes das Ciências Humanas e da Filosofia. Constituem objetos de conhecimentos de caráter histórico, geográfico, econômico, político, jurídico, sociológico, antropológico, psicológico e, sobretudo, filosófico. Já apontam, por sua própria natureza, uma organização interdisciplinar. Agrupados e reagrupados, a critério da escola, em disciplinas específicas ou em projetos, programas e atividades que superem a fragmentação disciplinar, tais temas e objetos, ao invés de uma lista infindável de conteúdos a serem transmitidos e memorizados, constituem a razão de ser do estudo das Ciências Humanas no Ensino Médio.”
(MINISTÉRIO DA EDUCAÇAO. PCNEM. Brasília: Semted MEC, 1999, p. 9)
Os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (PCNEM) introduziram o ensino da Sociologia na área de Ciências Humanas e suas Tecnologias e propuseram a organização de seus conteúdos e práticas pedagógicas a partir de competências e habilidades.
Com relação aos PCNEM, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) A interdisciplinaridade ocupa uma função inovadora e de destaque, pois é o meio indicado para promover o diálogo entre as disciplinas listadas na área de Ciências Humanas e suas Tecnologias.
( ) A opção pelo princípio das “competências e habilidades” indica o objetivo de superar um modelo de ensino conteudístico, a favor de um modelo de ensino orientado para o “aprender a fazer e a conhecer”.
( ) Os temas clássicos indicados permitem introduzir os alunos nas principais questões e abordagens enfocadas pela História, pela Sociologia e pela Antropologia, entre outras disciplinas..
As afirmativas são, respectivamente,
O processo de globalização, em curso desde o final da década de 1980, incluiu a difusão dos fluxos econômicos em escala planetária, em decorrência da mundialização do capitalismo.
Nesse sentido, a economia globalizada
Os estudos de David Harvey sobre a condição pós-moderna oferecem uma análise do fenômeno da compressão espaço-temporal, ilustrada pelo autor com a imagem a seguir.
A respeito da compressão espaço-temporal, com base na imagem, analise as afirmativas a seguir.
I. Esta compressão é característica do período posterior às crises europeias de 1848 e passou por dois momentos de aceleração: em 1910, com a afirmação do taylorismo e do fordismo, e após a crise de 1973, com a passagem pósmoderna para um sistema de acumulação flexível.
II. A história do capitalismo venceu progressivamente as barreiras espaciais, de modo que o espaço foi reduzido à “aldeia global” das telecomunicações e à “astronave terra”, caracterizadas pela interdependência econômica e ecológica.
III. A relação entre espaço geográfico, tempos econômicos e capital é o objeto da reflexão do autor, para quem a compressão espaço-temporal resulta de fenômenos psicológicos e subjetivos, que determinam a representação pós-moderna do mundo.
Está correto o que se afirma em
A sociedade da informação, para usar a expressão de Manuel Castells, corresponde às transformações técnicas, organizacionais e administrativas que têm como principal fator os insumos baratos de informação propiciados pelos avanços tecnológicos na microeletrônica e telecomunicações. As transformações em direção à sociedade da informação definem um novo paradigma, o da tecnologia da informação, que expressa a transformação tecnológica em curso e suas implicações com a economia e a sociedade.
Em relação às características do paradigma da tecnologia da informação, analise as afirmativas a seguir.
I. Graças às novas tecnologias, predomina a lógica das redes, uma vez que pode ser implementada em qualquer tipo de processo.
II. A tecnologia digital favorece a flexibilidade, já que permite modificar os processos em função de sua alta capacidade de reconfiguração.
III. A convergência das tecnologias mostra a interligação entre diversas áreas de saber, graças, por exemplo, à microeletrônica, à robótica e à inteligência artificial.
Assinale:
“Na sociedade aristocrática de corte, a vida sexual era por certo muito mais escondida do que na sociedade medieval. O que o observador de uma sociedade industrializada-burguesa amiúde interpreta como ‘frivolidade’ da sociedade de corte nada mais é do que essa orientação rumo à privacidade. Não obstante, medidos pelo padrão de controle dos impulsos na própria sociedade burguesa, o ocultamento e a segregação da sexualidade na vida social, tanto quanto na consciência, foram relativamente sem importância nessa fase. Aqui, também, o julgamento de fases posteriores é com frequência induzido em erro porque os padrões, da pessoa que julga e da aristocracia de corte, são considerados como absolutos e não como opostos inseparáveis, e também porque o padrão próprio é utilizado como medida de todos os demais.”
(ELIAS, N. O Processo Civilizador: Uma história dos costumes. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994, v. 1, p. 178.)
Em O Processo Civilizador, Norbert Elias analisa a história dos costumes, buscando compreender o curso das transformações gerais da sociedade ocidental que, na longa duração, contribuíram para um processo civilizatório.
A esse respeito, com base no fragmento acima, assinale V para a afirmativa verdadeira e F para a falsa.
( ) O autor examina a dinâmica civilizadora, entendida como as reações dos indivíduos às condições materiais de vida.
( ) O autor estuda os processos de naturalização de hábitos e costumes, como os processos de controle das emoções individuais.
( ) O autor identifica representações sociais e hábitos analisando o processo cognitivo pelo qual lhe são atribuídos significados.
As afirmativas são, respectivamente,
“Um sistema de disposições duráveis e transponíveis que, integrando todas as experiências passadas, funciona a cada momento como uma matriz de percepções, de apreciações e de ações – e torna possível a realização de tarefas infinitamente diferenciadas, graças às transferências analógicas de esquemas”.
A definição acima se refere ao conceito sociológico de
Eu vi os expoentes da minha geração destruídos pela loucura,
morrendo de fome, histéricos, nus,
arrastando-se pelas ruas do bairro negro de madrugada
em busca de uma dose violenta de qualquer coisa,
que pobres, esfarrapados e olheiras fundas, viajaram
fumando sentados na sobrenatural escuridão dos miseráveis
apartamentos sem água quente, flutuando sobre
os tetos das cidades contemplando jazz,
que se atiraram sob caminhões de carne em busca de um
ovo,
que jogaram seus relógios do telhado fazendo seu lance
de aposta pela Eternidade fora do Tempo & despertadores
caíram nas suas cabeças por todos os dias
da década seguinte.
(Allen Ginsberg, Uivo, 1956.)
O movimento da contracultura teve como marco de lançamento na sociedade norte-americana o poema “Uivo” de A. Ginsberg, na década de 1950, que disseminou um discurso de contestação e denúncia dos valores da sociedade de consumo do pós-Segunda Guerra.
As opções a seguir caracterizam corretamente aspectos da contra cultura, à exceção de uma. Assinale-a.
“A sociologia nasceu como reflexão crítica sobre uma sociedade lacerada e contraditória, industrial e capitalista, dividida entre a ciência e o dinheiro, entre o organicismo e o individualismo. Todavia, a sociologia que se pode chamar de clássica se definiu pelo seu otimismo: ela considerou como necessária e possível a complementaridade da ordem social e da liberdade pessoal através da interiorização de normas sociais que, por sua vez, repousam sobre uma concepção ao mesmo tempo universalista e individualista do ser humano. O conceito central desta sociologia é o de instituição.”
(Adaptado de TOURAIN, A. Sociologia. Milão: Jaca Book, 1998, p. 25.)
Para Alain Tourain, a sociologia clássica conceituou instituição, em termos de organização social, como
Karl Marx definiu a sociedade moderna como “capitalista” e buscou explicar seus mecanismos de funcionamento examinando a realidade em sua mudança constante. A esse respeito afirmou: “(...) provoca a cólera e o açoite da burguesia e de seus portavozes doutrinários, porque no entendimento e na explicação positiva daquilo que existe, abriga também o entendimento de sua negação, de sua morte inelutável”.
Esse trecho se refere ao conceito marxiano de