Ricos ficam mais ricos, mesmo na retração econômica
A parcela 1% mais rica da população mundial concentra hoje 50,1% da riqueza das famílias de todo o mundo, de acordo com relatório do Credit Suisse do ano passado. A elite mundial atualmente possui cerca de 50% da riqueza do planeta, mas a tendência é que o percentual continue a aumentar, segundo o estudo da Biblioteca da Câmara dos Comuns britânica, encomendado pelo deputado trabalhista Liam Byrne. Se as tendências observadas desde a crise financeira de 2008 continuarem, observa o relatório, o chamado 1% terá, em suas mãos, 64% da riqueza global daqui a apenas doze anos. Estudo da Oxfam, divulgado em janeiro deste ano, utilizando também dados do Credit Suisse, apontou que cerca de 7 milhões de pessoas que compõem o grupo dos 1% mais ricos do mundo ficaram com 82% de toda a riqueza global gerada em 2017.
Rafael Georges da Cruz, coordenador de campanhas da Oxfam Brasil, comenta a concentração de renda entre os mais ricos. “As últimas pesquisas da Oxfam têm revelado que as desigualdades de patrimônio no mundo têm crescido, a concentração do patrimônio no topo, no 1% mais rico, nos bilionários, tem crescido”, afirma. Segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), há quinze milhões de brasileiros vivendo na pobreza extrema com até R$ 136 mensais. Pela Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos (PNCBA), do Dieese, no primeiro trimestre de 2018, o valor da cesta básica subiu em dezoito das vinte capitais pesquisadas. “Em abril, o salário mínimo necessário seria de R$ 3.706,44, ou seja, quase quatro vezes superior ao salário mínimo brasileiro”, conta.
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A produção e a distribuição da riqueza são um tema crucial nos estudos sociológicos desde Marx até os dias atuais. Tendo o texto acima e os conceitos da teoria materialista histórico‐dialética própria dos escritos de Karl Marx como referência inicial, julgue os itens de 69 a 76.