Questões de Concurso
Sobre teoria keynesiana em economia
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Considere o modelo keynesiano, em que o consumo e a importação dependem da renda disponível e de um componente autônomo. Ademais, o investimento das empresas e tributação dependem da renda bruta total.
Adote os seguintes termos:
Logo, o multiplicador keynesiano será igual a
Com base nesse cenário, analise as seguintes afirmações e indique se cada uma é verdadeira (V) ou falsa (F).
( ) Um aumento nos gastos do governo de R$100 milhões, assumindo um multiplicador de gastos do governo de 5, resultará em um aumento de R$500 milhões na demanda agregada, demonstrando o poderoso efeito multiplicador dos gastos governamentais.
( ) A redução da tributação, ao aumentar a renda disponível das famílias, estimula o consumo e, consequentemente, a demanda agregada, porém o efeito multiplicador da redução da tributação é geralmente menor do que o dos gastos do governo diretos, devido à propensão marginal a consumir.
( ) O efeito multiplicador dos gastos do governo é instantaneamente anulado pelo efeito da tributação sobre a renda, resultando em nenhuma mudança na demanda agregada, independentemente do tamanho do ajuste fiscal implementado.
( ) A eficácia do multiplicador fiscal depende da propensão marginal a consumir (PMC) da economia; quanto maior a PMC, maior será o impacto dos gastos do governo e da tributação na demanda agregada.
As afirmativas são, respectivamente,
Acerca das funções econômicas do Estado, das políticas públicas, da receita corrente líquida e do teorema de orçamento equilibrado, julgue o item a seguir.
De acordo com a teoria keynesiana, as políticas fiscais de
gastos e de taxação são primordiais para evitarem-se déficits
durante as recessões e promover-se a estabilidade
econômica, garantindo-se o equilíbrio do orçamento anual.
Assinale a opção que apresenta, corretamente, um argumento normativo.
A partir da teoria macroeconômica, julgue o seguinte item.
Em um modelo keynesiano simples, o efeito de um aumento
dos gastos do governo sobre o produto será tão maior quanto
maior for a propensão marginal a consumir.
( ) Desde a década de 1980 até 1994, vários planos econômicos foram implementados no Brasil, tendo como objetivos, entre outros, controlar a inflação e gerar o desenvolvimento econômico. Entre os planos destacam-se: Cruzado (1986), Bresser (1987), Verão (1989), Collor I (1990), Collor II (1991) e Real (1994).
( ) Ao analisar o Balanço de Pagamentos deve-se observar os resultados não somente da Balança Comercial, e sim das demais contas, principalmente da Balança de Serviços. A Balança de Serviços representa as negociações internacionais dos chamados bens invisíveis e os rendimentos de investimentos, possui uma série de subcontas, destacando-se: conta referente a transporte e seguros, conta de viagens internacionais e turismo, serviços de propriedade intelectual, aluguel de equipamentos, rendas de capital (incluindo juros pagos ou recebidos).
( ) Uma das análises que se pode fazer no Balanço de Pagamentos é o saldo da Balança Comercial. Um histórico recente mostra que a balança comercial de bens no Brasil registrou superávit de US$ 4,4 bilhões em janeiro de 2024, ante superávit de US$ 884 milhões em janeiro de 2023. As exportações de bens totalizaram US$ 27,3 bilhões e as importações de bens, US$ 23,0 bilhões, incrementos de 18,7% e 3,7% em comparação a janeiro de 2023.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
I. Na versão Keynesiana existem três fatores que determinam a demanda por moeda: demanda de moeda por motivo transacional, demanda de moeda por motivo precaucional e demanda por moeda para especulação.
II. Para melhor entender o conceito da moeda é importante conhecer as suas funções, quais sejam: função de meio ou instrumento de troca, função medida de valor, função reserva de valor e função-padrão de pagamento diferido.
III. No modelo keynesiano a demanda de moeda e a demanda de investimento se relacionam diretamente à taxa de juros. Se o Banco Central reduzir a oferta de moeda, a taxa de juros deverá sofrer uma redução. Com a redução da taxa de juros, o volume das despesas de investimento deverá diminuir, induzindo um dispêndio adicional em consumo e elevando o nível de renda e de emprego da economia.
IV. Um dos instrumentos da Política Monetária é a fixação da taxa de reserva. Este instrumento consiste na compra e venda de títulos públicos por parte do Banco Central. Dessa forma ele regula os fluxos gerais de liquidez gerando reservas equilibradas que atendam às demandas do mercado.
• Propensão marginal a consumir (PMC): 0,8
• Investimento autônomo (I): R$ 100
• Gastos do governo (G): R$ 200
Com base no modelo keynesiano, o nível de renda de equilíbrio (Y) será igual a
C = 200 + 0,8.Yd T = 0,5.Y I = 100 G = 200 (X-M) = 100
em que, C representa o consumo, Yd é a renda disponível, I é o nível de investimento, T é o imposto sobre a renda, G é o gasto do governo, (X-M) representam as exportações líquidas.
O nível de renda de equilíbrio é igual a
O princípio da demanda efetiva de Keynes afirma que:
O modelo keynesiano simples de determinação da renda a curto prazo (lado real) apresenta algumas características, exceto:
De acordo com o Princípio da Equivalência Ricardiana, os consumidores são racionais e se preocupam com o futuro; por isso, baseiam seus gastos não somente em seus rendimentos atuais, mas também na renda esperada. As famílias poupam a renda disponível adicional de modo a pagar a obrigação fiscal futura que a redução fiscal no presente acarreta. Devido a isso, uma redução de impostos financiada pelo endividamento do governo deixa o consumo inalterado. No entanto, os defensores da abordagem tradicional do endividamento do governo acreditam que uma redução nos impostos, financiada por endividamento do governo, eleva a renda atual dos consumidores e, consequentemente, o consumo, ainda que a renda futura seja mais baixa.
Com base no texto acima, a alternativa que apresenta um aspecto que justifique o fato de, para abordagem tradicional de endividamento do governo, o consumo do presente não permanecer inalterado, como afirma o Princípio da Equivalência Ricardiana, é:
Um aumento da taxa monetária de juros retarda a produção de riquezas em todos os ramos em que ela é elástica, sem estimular a produção da moeda (que, por hipótese, é perfeitamente inelástica). A taxa monetária de juros, determinando o nível de todas as demais taxas de juros de mercadorias, refreia o investimento para produzir essas mercadorias, sem poder estimular o investimento necessário para produzir moeda que, por hipótese, não pode ser produzida [...]. Quer isso dizer que o desemprego aumenta porque as pessoas querem a Lua; os homens não podem conseguir emprego quando o objeto de seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se produz e cuja demanda não pode ser facilmente contida. O único remédio consiste em persuadir o público de que Lua e queijo verde são praticamente a mesma coisa, e a fazer funcionar uma fábrica de queijo verde (isto é, um Banco Central) sob o controle do poder público.
KEYNES, J. M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p.229. Adaptado.
No trecho mencionado, Keynes reconhece o papel do Banco Central na estabilização da economia nos períodos que se seguem às crises monetário-financeiras. Apesar disso, o autor não viveu para testemunhar as políticas monetárias não convencionais, como as taxas de juros nominais próximas de zero (Zero Lower Bound) e as políticas de afrouxamento monetário (Quantitative Easing - QE), adotadas pelo Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve Bank - FED) e pelo Banco Central Europeu, nos anos imediatamente após a crise financeira global de 2008.
Com respeito ao QE, o principal objetivo do FED e do Banco Central Europeu, alinhado com a concepção de Keynes sobre a determinação das taxas de juros, foi
Por conhecimento incerto, não pretendo distinguir o que é conhecido como certo do que é, apenas, provável. Neste sentido, o jogo da roleta não está sujeito à incerteza; nem sequer à possibilidade de se ganhar na loteria. Ou, ainda, a própria esperança de vida é apenas moderadamente incerta. O sentido em que estou usando o termo [incerteza] é aquele segundo o qual a perspectiva de uma guerra europeia é incerta, o mesmo ocorrendo com o preço do cobre e a taxa de juros daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção [...]. Sobre esses problemas, não existe qualquer base científica para cálculos probabilísticos. Simplesmente, nada sabemos a respeito.
KEYNES, J. M. The general theory of employment. The Quarterly Journal of Economics, v. 51, n. 2, February, 1937, p.213-214, (tradução nossa). Adaptado.
De acordo com Keynes, diante da incerteza futura, os agentes econômicos tomam decisões relevantes, baseando-se
No que se refere à fundamentação teórica e às orientações para a implementação dessas regras, verifica-se que
• propensão marginal a consumir (c) = 0,9. • propensão marginal a tributar (t) = 0,2. • propensão marginal a transferir do governo (r) = 0 • propensão marginal a investir (i) = 0,3. • propensão marginal a importar (m) = 0,1.
Então, o multiplicador keynesiano será
Dessa maneira a deflação é