Questões de Concurso
Sobre teoria keynesiana em economia
Foram encontradas 476 questões
De acordo com o Princípio da Equivalência Ricardiana, os consumidores são racionais e se preocupam com o futuro; por isso, baseiam seus gastos não somente em seus rendimentos atuais, mas também na renda esperada. As famílias poupam a renda disponível adicional de modo a pagar a obrigação fiscal futura que a redução fiscal no presente acarreta. Devido a isso, uma redução de impostos financiada pelo endividamento do governo deixa o consumo inalterado. No entanto, os defensores da abordagem tradicional do endividamento do governo acreditam que uma redução nos impostos, financiada por endividamento do governo, eleva a renda atual dos consumidores e, consequentemente, o consumo, ainda que a renda futura seja mais baixa.
Com base no texto acima, a alternativa que apresenta um aspecto que justifique o fato de, para abordagem tradicional de endividamento do governo, o consumo do presente não permanecer inalterado, como afirma o Princípio da Equivalência Ricardiana, é:
Um aumento da taxa monetária de juros retarda a produção de riquezas em todos os ramos em que ela é elástica, sem estimular a produção da moeda (que, por hipótese, é perfeitamente inelástica). A taxa monetária de juros, determinando o nível de todas as demais taxas de juros de mercadorias, refreia o investimento para produzir essas mercadorias, sem poder estimular o investimento necessário para produzir moeda que, por hipótese, não pode ser produzida [...]. Quer isso dizer que o desemprego aumenta porque as pessoas querem a Lua; os homens não podem conseguir emprego quando o objeto de seus desejos (isto é, o dinheiro) é uma coisa que não se produz e cuja demanda não pode ser facilmente contida. O único remédio consiste em persuadir o público de que Lua e queijo verde são praticamente a mesma coisa, e a fazer funcionar uma fábrica de queijo verde (isto é, um Banco Central) sob o controle do poder público.
KEYNES, J. M. Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda. São Paulo: Nova Cultural, 1996, p.229. Adaptado.
No trecho mencionado, Keynes reconhece o papel do Banco Central na estabilização da economia nos períodos que se seguem às crises monetário-financeiras. Apesar disso, o autor não viveu para testemunhar as políticas monetárias não convencionais, como as taxas de juros nominais próximas de zero (Zero Lower Bound) e as políticas de afrouxamento monetário (Quantitative Easing - QE), adotadas pelo Banco Central dos Estados Unidos (Federal Reserve Bank - FED) e pelo Banco Central Europeu, nos anos imediatamente após a crise financeira global de 2008.
Com respeito ao QE, o principal objetivo do FED e do Banco Central Europeu, alinhado com a concepção de Keynes sobre a determinação das taxas de juros, foi
Por conhecimento incerto, não pretendo distinguir o que é conhecido como certo do que é, apenas, provável. Neste sentido, o jogo da roleta não está sujeito à incerteza; nem sequer à possibilidade de se ganhar na loteria. Ou, ainda, a própria esperança de vida é apenas moderadamente incerta. O sentido em que estou usando o termo [incerteza] é aquele segundo o qual a perspectiva de uma guerra europeia é incerta, o mesmo ocorrendo com o preço do cobre e a taxa de juros daqui a vinte anos ou a obsolescência de uma nova invenção [...]. Sobre esses problemas, não existe qualquer base científica para cálculos probabilísticos. Simplesmente, nada sabemos a respeito.
KEYNES, J. M. The general theory of employment. The Quarterly Journal of Economics, v. 51, n. 2, February, 1937, p.213-214, (tradução nossa). Adaptado.
De acordo com Keynes, diante da incerteza futura, os agentes econômicos tomam decisões relevantes, baseando-se
No que se refere à fundamentação teórica e às orientações para a implementação dessas regras, verifica-se que
• propensão marginal a consumir (c) = 0,9. • propensão marginal a tributar (t) = 0,2. • propensão marginal a transferir do governo (r) = 0 • propensão marginal a investir (i) = 0,3. • propensão marginal a importar (m) = 0,1.
Então, o multiplicador keynesiano será
Dessa maneira a deflação é
O índice de preços utilizado pelo BCB no sistema de metas para a inflação é o
Consumo (C) = 10 + 0,5 (Y - T),
Investimento (I) = 12,
Impostos (T) = 10,
Importações (M) = 10,
Exportações (X) = 15, e
Gastos do governo (G) = 20.
Com base nessas informações, assinale o ponto de equilíbrio, ou seja, o valor do Produto Interno Bruto (PIB) em que a demanda agregada é igual à produção agregada.
Considerando os diferentes modelos de formação de expectativas, julgue o item a seguir.
Um dos resultados da adoção da hipótese de expectativas
sob condições de incerteza não-probabilística é que os
agentes tomam suas decisões baseados predominantemente
na sua intuição, sem levar em conta convenções.
Considerando os diferentes modelos de formação de expectativas, julgue o item a seguir.
Uma diferença básica entre expectativas racionais e
expectativas sob condições de incerteza não-probabilística
é que, no primeiro caso, supõe-se que os agentes fazem o
melhor uso possível da informação limitada disponível, além
de possuírem o mesmo modo de entender a economia (e que
corresponde à verdadeira forma de operação da economia);
já sob expectativas sob incerteza os agentes se defrontam
com a impossibilidade de se determinar o quadro relevante
de influências que atuarão entre a decisão de implementar
um certo plano e a obtenção efetiva de resultados, devido a
extrema precariedade da base de conhecimento.
Com relação aos modelos de demanda por moeda, julgue o próximo item.
Segundo análise de Keynes sobre a demanda especulativa
por moeda se a taxa de juros corrente estiver abaixo da taxa
normal de juros (que é aquela que um agente espera que
prevaleça em um determinado horizonte de decisão) então os
agentes irão vender títulos e reter moeda para fins
especulativos, definindo o comportamento do agente como
urso.
Baseando-se nos conceitos essenciais da economia política e macroeconomia, julgue o item.
O paradoxo da parcimônia, de Keynes, diz que como a
poupança agregada determina o investimento agregado, uma
elevação na taxa de juros que aumente a propensão a poupar
dos agentes gera um acréscimo na poupança agregada, ainda
que paradoxalmente o aumento na taxa de juros afete
negativamente o investimento.
Nos modelos novos-keynesianos, a moeda é neutra não afetando o nível de produção no longo prazo.
A escola novo-keynesiana procura explicar os resultados keynesianos — equilíbrio sem pleno emprego — a partir de imperfeições encontradas no funcionamento do mercado de trabalho.
Para Minsky, a probabilidade de uma grande recessão no período do pós-guerra seria menor, pois os mercados teriam aprendido com as lições da crise de 1929 os problemas da alavancagem financeira.
Para Keynes, a remoção da rigidez de preços no mercado de trabalho e de produto não levaria ao pleno emprego.
Na interpretação keynesiana do funcionamento de uma economia, não há equilíbrio nos mercados.
Para os economistas keynesianos, uma alta taxa de juros decorre da insuficiência de poupança dos agentes, para uma dada demanda por investimentos.
De acordo com a interpretação pós-keynesiana do livro A Teoria Geral do Juro, do Emprego e da Moeda, de Keynes, o desemprego surge como decorrência de rigidez encontrada no sistema preços.