Questões de Enfermagem - Doenças Infecciosas e parasitárias para Concurso

Em gestantes, o esquema de tratamento em ambulatório ou unidade básica de saúde preconiza o acompanhamento mensal nas consultas de pré-natal, a visita domiciliar quando houver suspeita de descontinuidade do tratamento e a certificação de que a cartela de PQT contém tiacetazona em vez de rifampicina.

O bacilo morto do agente etiológico da hanseníase ainda possui capacidade de infectar outras pessoas, de modo que o paciente deve ser orientado a não interromper o tratamento antes de resultados laboratoriais que comprovem a diminuição do número de bacilos ativos em até 80%.

O tratamento preconizado pela OMS para hanseníase é a poliquimioterapia associada a rifampicina, pirazinamida e rifapentina. Os ajustes da dose devem ser feitos conforme peso e a altura do paciente, devendo-se ainda considerar a tipologia da doença, sendo imprescindível a orientação ao paciente no momento da entrega da cartela de PQT.

O bacilo Calymmatobacterium granulomatis, responsável pela transmissão da doença, tem alto poder de infectividade.

É comum se associar o tamanho das lesões e a perda de tecido ocasionados pela hanseníase à ausência de dor. Entretanto, os profissionais deverão atentar para o fato de que existem diferentes manifestações e tipos da doença, que podem associar-se tanto à presença de dor quanto à perda de sensibilidade (sensitiva, motora e autonômica).

A vacinação BCG na infância é eficiente no combate à tuberculose; entretanto, a baixa adesão da população a esse procedimento e o aumento do número de crianças com HIV positivo, que têm contraindicação absoluta de tomar a vacina, são os fatores responsáveis pelo incremento de casos em crianças, adolescentes e adultos saudáveis.

Entre as estratégias de controle da tuberculose, a busca ativa em indivíduos sintomáticos respiratórios é prevista apenas no nível da atenção básica. A busca ocorre por meio da identificação dos casos suspeitos na visita trimestral da população adscrita para cada equipe.

O sintoma mais comum dessa doença em sua forma pulmonar é a hemoptise.

O teste anti-HIV deverá ser obrigatório para o paciente com diagnóstico confirmado de tuberculose.

Entre as diversas competências previstas para o controle da tuberculose no nível da atenção básica, encontram-se as ações relativas ao controle diário de faltosos, podendo-se utilizar de estratégias como a visita domiciliar e o contato telefônico ou pelo correio, para evitar o abandono do tratamento.

Na suspeita de um caso de raiva, a equipe deverá notificar o Ministério da Saúde, que providenciará o repasse de recursos para a coleta de líquor e raspagem das células da córnea em até setenta e duas horas.

O soro antirrábico e a vacina antirrábica deverão ser imediatamente administrados diante de um caso de suspeita clínica-epidemiológica de raiva humana, de modo a prevenir a ocorrência de encefalite e outras complicações neurológicas.

O Ministério da Saúde recomenda que todo caso suspeito deverá ser acompanhado no serviço de referência ambulatorial do estado ou município em que se localiza. O encaminhamento do paciente para atendimento de média e alta complexidade deverá ocorrer apenas se houver queixas de salivação progressiva, taquipneia e redução do nível de consciência.

Morcegos e cães têm sido os principais responsáveis pela transmissão da raiva no Brasil.

A raiva é uma doença que acomete animais invertebrados por meio do protozoário Toxoplasma gondii, encontrado particularmente na América Latina.

Nas relações sexuais protegidas, o risco de se infectar pelo HIV é ainda bastante elevado.

Apesar da tecnologia disponível no mundo, a testagem para HIV/AIDS no Brasil ainda se apresenta onerosa para a população, sendo disponibilizada gratuitamente a testagem rápida apenas para crianças, idosos e gestantes.

A janela imunológica pode durar de trinta a cento e vinte dias. Assim, quando um usuário procurar o serviço hospitalar, é importante informá-lo que ele poderá infectar outras pessoas se estiver ou suspeitar estar nessa condição, reforçando-lhe a recomendação quanto às relações sexuais com o uso de preservativo e o não compartilhamento de seringas.

Filhos de pais HIV soropositivos não poderão ser vacinados contra a tuberculose e hepatite B, a fim de evitar exposições desnecessárias a um sistema imunológico em condição especial de desenvolvimento.

Enquanto não houver vacina contra o HIV, recomenda-se o uso da profilaxia pré-exposição sexual como prevenção da contaminação do HIV. Esse é um método seguro, desde que seja utilizado em dose única e sob prescrição médica.