Questões de Concurso
Sobre o sujeito moderno em filosofia
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Kant fez uma virada para poder lançar as bases de um novo modelo do pensar filosófico, modelo delineado aos impasses nos quais as disputas filosóficas de seu tempo tropeçavam. Contrariamente às outras ciências, a metafísica sempre fracassara, sendo o motivo de tal tropeço o modo tradicional de pensar o objeto da metafísica, o incondicionado, que não pode ser sem contradição. Foi depois de preparar o campo e mudar completamente os termos da filosofia que Kant fez com que ela pendesse mais para uma epistemologia.
(CHADS, Bruno Holmes. A Superação Kantiana dos Impasses da Metafísica. Trabalho de Conclusão de Curso (Filosofia). Niterói: UFF, 2016. p 14. Adaptado.)
Quando o enunciado menciona que Kant fez com que a metafísica pendesse mais para uma epistemologia, pretende esclarecer que a metafísica
“O problema epistemológico da objetividade científica coloca, quer queira quer não, a questão da neutralidade dos cientistas relativamente a todo e qualquer tipo de valoração e de engajamentos pessoais.”
JAPIASSU, Hilton. O Mito da Neutralidade Científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975, p. 29.
O problema da objetividade e da neutralidade é um dos mais discutidos na epistemologia em sua história e ganha novos contornos na contemporaneidade. As posições epistemológicas são variadas e até antagônicas. Entre essas posições, existem
“Kuhn sugere que a racionalidade da ciência pressupõe a aceitação de um referencial comum. Sugere que a racionalidade depende de algo como uma linguagem comum e um conjunto comum de suposições. Sugere que a discussão racional e a crítica racional só serão possíveis se estivermos de acordo sobre questões fundamentais.”
POPPER, Karl. A Ciência Normal e seus Perigos. In: LAKATOS, Imre; MUSGRAVE, Alan (orgs.). A Crítica e o Desenvolvimento do Conhecimento. São Paulo: Cultrix, 1979, p. 68-69.
O trecho acima citado apresenta um comentário de Karl Popper sobre Thomas Kuhn, que ficou mundialmente conhecido através de sua obra A Estrutura das Revoluções Científicas. A posição de Karl Popper sobre as teses de Thomas Kuhn é a de
“Uma ciência madura é governada por um único paradigma. O paradigma determina os padrões para o trabalho legítimo dentro da ciência que governa”
CHALMERS, Alan. O Que é a Ciência, Afinal? São Paulo: Brasiliense, 1993, p. 125.
O texto de Chalmers citado acima comenta a posição de Thomas Kuhn sobre a questão do paradigma e sua relação com a ciência. Para Kuhn, um paradigma
Leia o texto a seguir.
Considerando a charge apresentada, mais do que
influenciadoras, para Pierre Lévy as tecnologias são um
produto da
Observe a imagem a seguir.
A imagem acima é ilustrativa de uma das maiores
discussões emergentes na filosofia sobre a relação
cooperativa entre cérebro humano e tecnologias digitais na
atualidade, especialmente sobre as possibilidades do
amadurecimento da inteligência coletiva. Sob esta
inteligência, centraliza-se o debate que abrange
criticamente o hipercórtex vinculado ao modelo de economia
da informação
“O sonho moderno da razão legisladora da felicidade tem trazido frutos amargos. Os maiores crimes contra a humanidade têm sido cometidos em nome da regrada razão, da melhor ordem e da maior felicidade”.
ZIGMUNT, B. Ética pós-moderna. São Paulo: Editora Paulus, 2006, p. 271.
Crítico da modernidade, Zigmunt Bauman admite que uma ética pós-moderna se vincula à admissão do outro como
“A modernidade é um mundo completo, fechado, endógeno, autorreferencial, autossuficiente e autossubsistente, que não precisa de colaboração e crítica de fora para dentro, e nem abre espaço para a participação por parte do outro da modernidade”.
DANNER, F.; DORRICO, J.; DANNER, L. F. Pensamento indígena brasileiro como crítica da modernidade: sobre uma expressão de Ailton Krenak. Griot: Revista de Filosofia. Amargosa – BA, v. 19, n. 3, p. 76, outubro, 2019.
O excerto acima, com base no pensamento de Ailton Krenak, leva à afirmação de que o Ocidente é uma