Questões de Concurso Comentadas sobre filosofia

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Q2113772 Filosofia
No movimento dos “caras-pintadas”, um grito de basta à corrupção e de resgate da ética na política; na luta contra o desemprego e a violência, em especial na década de 1990, no início do século XXI e até os dias atuais, pois esse quadro tem se agravado, sobretudo nos grandes centros urbanos, o grito continua. Enfim, o homem vem há muito procurando caminhos que o conduzam à felicidade. A sociedade civil organizada tem procurado com convicção as soluções, pois o princípio do trabalho humanamente significativo é claro: é o que proporciona ao sujeito que trabalha espaços de liberdade e de criação, e não opressão e tortura. Uma relação de trabalho é dignificante quando possibilita ao homem desenvolver de maneira autônoma formas de cultura e de lazer; quando lhe permite morar com decência e educar seus filhos para a cidadania, e não para o mercado de trabalho; enfim, quando não desumaniza os sujeitos e lhes dá oportunidade para conquistar a cidadania plena. 
(Filosofia_Politica_Contemporanea.pdf. Adaptado.)
A política não é um fenômeno estático; pelo contrário, trata- -se de um processo histórico complexo, multifacetado e em contínua transformação. Sobre o assunto, existem mirantes de observação diferenciados e ferramentas conceituais diversificadas. Sobre política e poder, no viés da filosofia política de Michel Foucault, assinale a afirmativa correta. 
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Q2113771 Filosofia
Leibniz estabeleceu uma distinção entre verdades de razão e verdades de fato. As verdades de razão enunciam que uma coisa é, necessária e universalmente, não podendo de modo algum ser diferente do que é e de como é. O exemplo mais evidente das verdades de razão são as ideias matemáticas. É impossível que o triângulo não tenha três lados e que a soma de seus ângulos não seja igual à soma de dois ângulos retos; é impossível que um círculo não tenha todos os pontos equidistantes do centro e que não seja a figura formada pelo movimento de um semieixo ao redor de um centro fixo; é impossível que 2 + 2 não seja igual a 4; é impossível que o todo não seja maior do que as partes.
(ARANHA, 2016.)
Gottfried Wilhelm Leibniz foi um matemático, físico e filósofo científico alemão, famoso por ser um dos criadores do cálculo diferencial e integral, conquista que é dividida com Isaac Newton. Leibniz concebe as ideias do cálculo de forma independente, sem nenhuma relação com Isaac Newton. Este fato gerou inúmeras discussões pela disputa do título de criador do cálculo. Leibniz escreveu diversos ensaios, mas não expôs de modo organizado e sistemático o seu pensamento filosófico. No entanto, é o responsável pela criação do termo:
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Q2113770 Filosofia
Talvez a maior contradição da atual civilização tecnológica esteja na capacidade de produzir riquezas sem, no entanto, distribuí-las ao conjunto da humanidade. O acesso à tecnologia e a seus frutos é o grande desafio do século XXI para mais da metade da população mundial, que nem sequer chegou ao estágio da Revolução Industrial. Esse processo de artificialização da matéria está levando a percepção humana a distanciar-se fisicamente da natureza. O ser humano vai perdendo, assim, contato com a dimensão primitiva da natureza, passando a vivê-la e a representá-la como natureza “construída” e modificada. Durante o século XIX, a escola positivista (liderada na França por Auguste Comte), herdeira da concepção cartesiana de ciência, acreditava que, com o progresso técnico, os homens seriam necessariamente mais racionais em todos os campos de atividade: na política, na ética, nos negócios, nas relações entre as nações, na construção da paz etc. Desde então, as avaliações sobre o papel da tecnologia oscilam entre uma postura ingênua, em que se acredita piamente nos benefícios do progresso, e uma postura cética, que considera a técnica nociva à humanidade.
(A IMPORTÂNCIA DA CIÊNCIA PARA A SOCIEDADE | Oliveira | Infarma – Ciências Farmacêuticas. Adaptado.)
Ao longo do século XX coexistiram discursos muito variados sobre a natureza da ciência e do método científico e de suas influências na sociedade. Estabelecido nas primeiras décadas, o positivismo lógico foi progressivamente suplantado, especialmente da segunda metade do século em diante, primeiramente por conta das críticas de Popper. Se seguiram perspectivas epistemológicas historicamente orientadas, como as de Paul Karl Feyerabend, filósofo da ciência e autor de alguns dos mais notáveis e polêmicos argumentos sobre o tema, que afirmava, a entre outros fatores:
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Q2113769 Filosofia
A fusão das telecomunicações, da informática, da imprensa, da edição, da televisão, do cinema e dos jogos eletrônicos em uma indústria unificada da multimídia é o aspecto da revolução digital que os jornalistas mais enfatizam. Mas não é o único, nem talvez o mais importante. Escolhas políticas e culturais fundamentais abrem-se diante dos governos, dos grandes atores econômicos, dos cidadãos. Não se trata apenas de raciocinar em termos de impacto (qual o impacto das “infovias” na vida política, econômica ou cultural?), mas também em termos de projeto (com que objetivo queremos desenvolver as redes digitais de comunicação interativa?). (LÉVY, Pierre. A inteligência coletiva. Por uma antropologia do ciberespaço. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2003. p. 13. Adaptado.)
As preocupações sociológicas e filosóficas com as questões relacionadas à expansão e dominação que as mídias impunham, já era uma das pautas dos filósofos da Escola de Frankfurt, cujas reflexões ainda orientam estudos até hoje. Foi nessa escola filosófica que surgiu o termo “indústria cultural”, dentre outros. São ideias de seus representantes:
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Q2113768 Filosofia
De acordo com o que pensou Thomas Hobbes (ibid., p. 41-42), o “pacto de união” logo no começo da sua história política formalizaria uma importante declaração contratual: “autorizo e cedo meu direito de governar a mim mesmo a este homem ou a esta assembleia de homens, com a seguinte condição: que tu também lhe cedas teu direito e autorize todas as suas ações do mesmo modo”. 
(Leviatã: 112 apud Bobbio.)
Thomas Hobbes foi um filósofo e teórico político inglês, sendo um dos formuladores da teoria contratualista. Trata-se de um dos pensamentos essenciais no modelo político de Hobbes
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Q2113767 Filosofia
Ser artista de vanguarda, ainda que de vanguarda em crise, significa, em primeiro lugar, acreditar no conteúdo de verdade da arte. Isto é, acreditar que a arte expressa algo de essencialmente verdadeiro que não pode ser alcançado por outros caminhos. Em segundo lugar, significa acreditar que esse algo, uma vez revelado, possa mudar a relação entre as pessoas e as coisas.
(MAMMI, Lorenzo. In: TASSINARI et al. Nuno Ramos. São Paulo: Ática, 1977. p. 200-1.)
A relação que se estabelece entre arte e filosofia está presente nas discussões sobre estética desde os primórdios da teoria da arte (e mesmo antes de que ela assim fosse nomeada). Observa-se uma constante necessidade de discutir a prática criativa através das discussões filosóficas. Platão e Aristóteles trouxeram importantes considerações sobre a estética, sendo que:
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Q2113766 Filosofia
Na obra “A estrutura das revoluções científicas”, o filósofo estadunidense Thomas Kuhn desenvolve uma nova noção de paradigma para a ciência. Não se trata de um conceito simples. O importante é compreender que o trabalho científico desenvolve-se com base no modelo consensual adotado pelos cientistas. Sua primeira obra intitula-se “A revolução copernicana”; mas foi no livro “A estrutura das revoluções cientificas” que assentou seu público filosófico.
(Aranha, 2016.)
Para kuhn, a ciência progride pela tradição intelectual do seu tempo. Uma das suas conceituações – Paradigma – é: 
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Q2113184 Filosofia
Sobre a prática em sala de aula, Sílvio Gallo explica que o professor de filosofia deve trabalhar problemas filosóficos na sua atividade didática, ressalta que o problema não pode ser falso ou estranho à vida dos estudantes e que “a partir do problema vivido, podemos investigar na história da filosofia conceitos criados para equacionar esse problema ou problemas próximos a ele.
(GALLO, Sílvio. “A Filosofia e seu Ensino: Conceito e Transversalidade”. In: ETHICA. Rio de Janeiro, v.13, n.1, 2006, p.17-35)
Considere que um professor resolva discutir em sala de aula o problema da Guerra na Ucrânia com o objetivo de explicar a filosofia política de Hobbes baseando-se no que afirmara Gallo. Com base na ideia de que a origem da guerra é a igualdade entre os homens de acordo com Hobbes, considere as afirmativas abaixo:
  I. A igualdade é entendida como ter igual direito sobre todas as coisas, o que implica que qualquer Estado busca promover este tipo de Igualdade. Neste sentido, a Rússia ataca a Ucrânia porque busca promover a igualdade entre elas.  II. O ser humano estabelece um poder acima de todos para moderar os impulsos que levam o homem a ser lobo do homem, razão pela qual se criou a ONU. III. De acordo com Hobbes, a autoconservação é o direito natural que qualquer ser humano possui para reagir a qualquer ameaça externa. Assim, a Rússia ataca a Ucrânia pelo princípio de autoconservação.
Em conformidade com o pensamento de Hobbes, 
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Q2113183 Filosofia
O ensino médio deve ser entendido como a última etapa da educação básica no Brasil. Um de seus objetivos é a formação de indivíduos estimulados para o desenvolvimento da sua capacidade crítica, que pode ser trabalhada nas mais diversas disciplinas como, por exemplo, na matemática, português e artes. Contudo, é lugar-comum definir o desenvolvimento do senso crítico como o trabalho específico da filosofia. Isso revela um problema para o professor de filosofia: qual o trabalho específico da filosofia no desenvolvimento do senso crítico? Nesse sentido, a prática mais adequada ao ensino de filosofia no ensino médio, com vistas ao desenvolvimento do senso crítico, é 
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Q2113182 Filosofia
O lixo de Barrio e a poesia violenta de Paiva foram assimilados e diluídos pelos rapazes patrióticos e humanitários, ansiosos por proclamarem que a contestação não deve assustar ninguém.
(BITTENCOURT, Francisco. Arte-Dinamite. Rio de Janeiro: Tamanduá, 2017)
O texto do crítico de arte, poeta e escritor Francisco Bittencourt revela uma característica da indústria cultural, que a filósofa Marilena Chauí descreve em seu livro Convite à Filosofia (Ática: São Paulo, 2000). Dentre os trechos abaixo, melhor expressa a crítica de Bittencourt:
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Q2113181 Filosofia
Descartes em suas Meditações Metafísicas (São Paulo: Martins Fontes, 2005) estabelece: Assim, para rejeitar todas as minhas opiniões, bastará encontrar em cada uma delas pelo menos algum motivo de dúvida. Com base nisso, considere as afirmações abaixo sobre o ceticismo de Descartes:
  I. Como há alguma razão para duvidar de suas opiniões, Descartes opta pela suspensão de juízo à maneira do ceticismo antigo.  II. Descartes pretende encontrar uma opinião irrefutável, primeira verdade a resistir à dúvida hiperbólica. III. Não há opinião que escape à dúvida hiperbólica cartesiana.
Está correto o que se afirma APENAS em 
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Q2113180 Filosofia
Como adquirimos conhecimento? Na filosofia, uma resposta possível está na tese do inatismo. É correto dizer que, para a tese inatista, 
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Q2113179 Filosofia
No diálogo Mênon de Platão, alguém interpela:
Sócrates, mesmo antes de estabelecer relações contigo, eu já ouvia dizer que nada fazes senão caíres tu mesmo em aporia, e levares também outros a cair em aporia.
(Adaptado de: Mênon, tradução Maura Iglésias, Rio de Janeiro: Loyola, 2001)
De acordo com a passagem, o efeito causado por Sócrates é chamado de “cair em aporia”, o que significa que 
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Q2113178 Filosofia
(I) Todo ser humano por natureza deseja saber. (II) Sinal disto é o deleite pelas sensações. Aparte de sua utilidade, os seres humanos sentem deleite pelas sensações por elas mesmas, principalmente a da visão [...]. (III) A causa disto é que ela, mais do que as outras sensações, produz conhecimento e torna evidente muitas diferenças.
(Aristóteles. Metafísica. Texto estabelecido por W. D. Ross. Oxford: Clarendon Press. 1924)
A passagem da Metafísica de Aristóteles é um raciocínio aos moldes de um silogismo, de modo que, em conformidade com este filósofo, 
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Q2113177 Filosofia
[...] surge daí uma questão: é melhor ser amado que temido ou o inverso? A resposta é que seria de desejar ser ambas as coisas, mas, como é difícil combiná-las, é muito mais seguro ser temido do que amado, quando se tem de desistir de uma das duas.
(Maquiavel. O Príncipe. São Paulo: Martins Fontes, 2001)
Valendo-se disso, é correto afirmar que 
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Q2113176 Filosofia
      A diferença entre ele com os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um cego. O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles. Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar − o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mastigava goma na escuridão [...]. O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo espantada [...] mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite − tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso.

(LISPECTOR, Clarice. “Amor”, Laços de Família. São Paulo: Rocco, 1998)
Sabemos que Ana não opera mais no senso comum porque
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Q2113175 Filosofia
      A diferença entre ele com os outros é que ele estava realmente parado. De pé, suas mãos se mantinham avançadas. Era um cego. O que havia mais que fizesse Ana se aprumar em desconfiança? Alguma coisa intranquila estava sucedendo. Então ela viu: o cego mascava chicles... Um homem cego mascava chicles. Ana ainda teve tempo de pensar por um segundo que os irmãos viriam jantar − o coração batia-lhe violento, espaçado. Inclinada, olhava o cego profundamente, como se olha o que não nos vê. Ele mastigava goma na escuridão [...]. O que chamava de crise viera afinal. E sua marca era o prazer intenso com que olhava agora as coisas, sofrendo espantada [...] mantinha tudo em serena compreensão, separava uma pessoa das outras, as roupas eram claramente feitas para serem usadas e podia-se escolher pelo jornal o filme da noite − tudo feito de modo a que um dia se seguisse ao outro. E um cego mascando goma despedaçava tudo isso.

(LISPECTOR, Clarice. “Amor”, Laços de Família. São Paulo: Rocco, 1998)
Do ponto de vista da experiência filosófica, o que ocorreu com Ana revela que
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Q2113162 Filosofia
Francis Bacon, filósofo inglês do século XVI, diz-se arauto da ciência experimental em busca de um novo método. Esse caminho é dificultado pelos ídolos, os enganos que enredam a busca pelo conhecimento verdadeiro: as opiniões preconcebidas (ídolos da caverna), a perspectiva antropocêntrica sobre a natureza (ídolos da tribo), a força das opiniões compartilhadas (ídolos do mercado) e das tradições sedimentadas (ídolos do teatro). Os ídolos, embora aninhados na mente dos homens, só revelam sua ação se observados na trama social, ou seja, no interior das culturas. A teoria dos ídolos é hoje considerada pela sociologia do conhecimento o vestíbulo das ideologias. Desse modo, pode-se concluir que
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Q2113161 Filosofia
No século XVII já eram fabricados autômatos que despertavam interesse e admiração pela complexidade e perfeição de movimentos. O pensador francês René Descartes reflete então sobre a possibilidade de ser fabricado um autômato a tal ponto semelhante a um ser humano que tornasse quase impossível a tarefa de diferenciar o homem da máquina. Para distingui-los, sugere dois critérios. Máquinas poderiam até proferir palavras obedecendo a comandos, mas nunca arranjar as palavras para responder ao sentido de tudo quanto se disser na sua presença. E, do mesmo modo, ainda que máquinas pudessem vir a desempenhar algumas tarefas de modo muito superior aos seres humanos, contudo, falhariam infalivelmente em algumas outras, pelas quais se descobriria que não agem pelo conhecimento.
(DESCARTES, René. Discurso do Método, Parte V, § 10)
Traduz os argumentos do filósofo para o nosso tempo o que se encontra em:
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Q2113160 Filosofia
Na Investigação sobre o Entendimento Humano, escrita em meados do século XVIII, o filósofo escocês David Hume trata, dentre outros temas, da aquisição do conhecimento humano. O príncipe indiano que recusou crédito aos primeiros relatos sobre os efeitos da geada raciocinava com acerto; e, naturalmente, era preciso um testemunho muito forte para levá-lo a admitir fatos decorrentes de um estado da natureza que ele desconhecia por completo e que tão pouca analogia mostravam com os acontecimentos de que tinha experiência constante e uniforme.
(Cf. HUME, David. Investigação sobre o Entendimento Humano, § 89)
O exemplo do filósofo
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Respostas
921: D
922: D
923: A
924: A
925: A
926: B
927: B
928: D
929: C
930: E
931: D
932: B
933: E
934: A
935: A
936: C
937: C
938: D
939: A
940: C