O conhecimento dos fatores associados às alterações de equilíbrio corporal dos idosos é de fundamental importância, uma vez que
auxilia na adoção de estratégias preventivas mais adequadas e específicas voltadas para atenuar os efeitos deletérios de certos
determinantes. O equilíbrio corporal é fator primordial para a orientação do indivíduo no espaço circundante. É um processo automático que possibilita ao indivíduo se mover no meio ambiente e resistir à desestabilização da gravidade. Nele, o Sistema Nervoso
Central (SNC) precisa de acurada percepção do senso interno da posição dos segmentos corporais; uns em relação aos outros e
destes em relação ao espaço. O processo fisiológico do envelhecimento compromete, dentre outros sistemas corporais, a habilidade
do SNC em realizar o processamento dos sinais vestibulares, visuais e proprioceptivos responsáveis pela manutenção do equilíbrio
corporal, bem como diminuir a capacidade de modificações dos reflexos adaptativos. Esses processos degenerativos são responsáveis pela ocorrência de vertigem e/ou tontura e de desequilíbrio na população idosa. O conceito de fragilidade não é novo, mas é
recente a sistematização de informações que possibilitam a observação de que um idoso está frágil e, consequentemente, vulnerável aos efeitos adversos de estresses. Em geral, os idosos percebidos como frágeis são aqueles que apresentam riscos mais elevados
para desfechos clínicos adversos, tais como: dependência; institucionalização; quedas; piora do quadro de doenças crônicas; doenças agudas; hospitalização; lenta ou ausente recuperação de um quadro clínico; e, morte. Os sinais e sintomas de fragilidade são
preditores de diversas complicações futuras em sua saúde, o que torna esta condição um importante problema de saúde pública. A
fragilidade em idosos é caracterizada como uma síndrome clínica que envolve cinco componentes; assinale-os.