Questões de Geografia - Urbanização para Concurso
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Macrocefalia urbana pode ser entendida como a massiva concentração das atividades econômicas em algumas metrópoles que propicia o desencadeamento de processos descompassados: redirecionamento e convergência de fluxos migratórios, déficit no número de empregos, ocupação desordenada de determinadas regiões da cidade e estigmatização de estratos sociais, que comprometem substancialmente a segurança pública urbana.
SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. São Paulo: Edusp, 2004.
O processo de concentração espacial apresentado foi estimulado por qual fator geográfico?
Brasileiros levam mais tempo de casa para o trabalho
Pesquisa do IBGE aponta que a situação é mais grave no Sudeste: 13% das pessoas levam mais de uma hora para chegar ao trabalho. Nas regiões metropolitanas de São Paulo e do Rio, o IBGE registrou os maiores percentuais de trabalhadores que levam mais de uma hora no trajeto até o emprego. Quem vê o Marcelo chegar ao trabalho nem imagina a maratona que ele enfrenta todos os dias antes das 5 h. “Acordo 4 h 30, saio de casa 5 h, pego trem 5 h 20, chego na Central umas 6 h 50, pego ônibus e chego no trabalho mais ou menos 7 h 10”, conta. Segundo especialista, são os mais pobres os que moram mais longe do emprego.
Disponível em: www.portaldotransito.com.br. Acesso em: 23 nov. 2021 (adaptado).
A pesquisa desenvolvida retrata a seguinte dinâmica populacional:
Leia o texto abaixo:
A pesquisa Regiões de Influência das Cidades - REGIC define a hierarquia dos centros urbanos brasileiros e delimita as regiões de influência a eles associados. É nessa pesquisa em que se identificam, por exemplo, as metrópoles e capitais regionais brasileiras e qual o alcance espacial da influência delas.
(Disponível em: https:www.ibge.gov.brigeociencias/organizacao-doterritorio/redes-e-fluxos-geograficos/15798-regioes-de-influengia-dascidades.html?=&t=o-que-e. Acesso em: 28 de março de 2022.)
Em relação à hierarquia dos centros urbanos, Rio de Janeiro e Brasília são caracterizados como:
A ironia da charge do Texto IX se dá a partir da exposição
Entre 2008 e 2018, o Brasil formou três novas metrópoles. Campinas, Florianópolis e Vitória subiram de nível e passaram a integrar o grupo de 15 metrópoles brasileiras.
(Disponível em: https://censos.ibge.gov.br/)
Em relação a estas novas metrópoles é correto afirmar:
Analise o gráfico e as afirmações a seguir.
As Quinze Maiores Aglomerações Urbanas em 2030
(Evolução urbana entre 1950-2030, em milhões de habitantes)
(Disponível em: https://espace-mondial-atlas.sciencespo.fr)
I. O crescimento populacional das cidades e a persistência do êxodo rural explicam a rapidez da urbanização e criam uma demanda por moradia, infraestrutura e serviços não atendida; as aglomerações dos países mais pobres são as que crescem mais rapidamente.
II. O predomínio das maiores aglomerações na Ásia revela o rápido crescimento econômico do continente, sob forte influência da China, além da superação de tradicionais conflitos étnicos.
III. O processo de urbanização apresenta ritmos diferenciados no mundo, fato que pode ser observado comparando os dados demográficos de cidades entre 1950 e 2030.
Está correto o que se afirma APENAS em
A urbanização ocorre quando a população urbana supera a população rural. No Brasil, este processo ocorreu principalmente após a Segunda Guerra Mundial e apoiou-se basicamente no êxodo rural, pois, devido à modernização das técnicas de trabalho rural, muitos trabalhadores do campo foram para a cidade em busca de novas oportunidades.
Sobre a urbanização do Brasil, é correto afirmar:
Sobre a densidade demográfica, julgue as seguintes afirmativas:
I. Também é chamada de população relativa.
II. É o número médio de pessoas que ocupam determinado espaço.
III. É obtida dividindo-se o número total de pessoas pela área ocupada.
São corretas as afirmativas:
“A ironia do desenvolvimento desigual é que o Estado, ao prover melhorias nos espaços segregados, ocupados pela população de baixo poder aquisitivo, vê esses espaços serem apropriados pelo mercado, que, capitalizando as melhorias, desencadeia a ocupação dessas áreas por uma população de maior poder aquisitivo. [...] Acontece que ocorre um processo de filtragem que não para, resultando no final em uma área sem condição de permanência da população mais carente que anteriormente residia no local (isso decorre do aumento dos preços dos alimentos, serviços, taxas públicas, entre outros), e, como produto final do processo, ocorre uma recomposição social.”
MEDEIROS, Sara Raquel Fernandes Queiroz de. Segregação e gentrificação: os conjuntos habitacionais em Natal. Natal: EDUFRN, 2018. 384 p.
A partir da leitura do trecho, pode-se inferir que ele faz referência ao processo de
Leia o trecho abaixo para responder à questão.
Globalização e urbanização brasileira – o papel da informação. “A informação emerge, no atual período da globalização, como chave para a compreensão das dinâmicas de reorganização do território brasileiro. A análise da circulação da informação nos permite apreender questões relativas à gestão do território nesse período, ao novo papel das metrópoles como centros de informações, à nova urbanização diante do impacto das redes de informação, à reorganização das regiões sob um acentuado comando externo a essas regiões, sob comando, sobretudo, de grandes empresas”.
(BERNARDES, A. Círculos de informações e novas
dinâmicas do território brasileiro. In: Anais do XVI
Encontro Nacional de Geógrafos, 2010).
No estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), publicado em 2018, a rede urbana brasileira está estruturada em duas dimensões: a hierarquia dos centros urbanos, dividida em cinco níveis; e as regiões de influência, identificadas pela ligação das cidades de menor para as de maior hierarquia urbana. A unidade urbana de análise e exposição dos resultados da pesquisa Regiões de Influência das Cidades é o conjunto formado por Municípios e Arranjos Populacionais. Isto se deve ao fato de que a unidade funcional cidade pode vir a ser composta não apenas por um, mas por vários municípios que são indissociáveis como unidade urbana. Trata-se de municípios conurbados ou que possuem forte movimento pendular para estudo e trabalho, com tamanha integração que justifica considerá-los como um único nó da rede urbana.
IBGE. Regiões de Influência das Cidades: 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2020. p.13. Adaptado.
De acordo com o estudo do IBGE, considerando-se a classificação dos centros urbanos, identifica-se a abrangência da região de influência de
Durante os anos 1990, a realidade urbana brasileira apresentava uma nova divisão territorial do trabalho. Evidências empíricas permitiram identificar um processo socioespacial devido, em grande medida, à capacidade de atração dos pobres pela metrópole, onde vem engrossar uma demanda de empregos formais e de serviços urbanos que a cidade do capital monopolista não atende. Nesse contexto, identifica-se uma situação constatada por três indicadores: i) o PIB cresce menos nas metrópoles que no país como um todo e em certas áreas de sua região de influência; ii) nas áreas onde o capitalismo amadurece, há tendências à reversão do leque salarial, com certas ocupações menos bem remuneradas envolvendo um maior percentual de trabalhadores na metrópole que no campo; e iii) certos índices de qualidade de vida tendem a ser melhores no interior do que nas regiões metropolitanas. A metrópole não para de crescer. Mas outras regiões crescem mais depressa.
SANTOS, M. Por uma Economia Política da Cidade. São Paulo: Hucitec, 1994. p. 75. Adaptado.
No período referido, por meio dos indicadores mencionados, constata-se o seguinte processo socioespacial:
O atual estágio da urbanização brasileira, processo horizontal e inacabado, caracteriza-se por transformações expressivas na configuração espacial e na natureza das cidades. Nesse estágio, a metropolização é um processo que apreende na sua essência as dinâmicas de concentração e expansão urbana e seus resultados espaciais mais expressivos. Corresponde a uma etapa avançada da urbanização no atual modelo de acumulação e divisão internacional do trabalho, expresso na forma espacial do crescimento urbano, devido ao rápido e concentrado crescimento econômico, à elevada imigração sobre centros urbanos constituídos, à existência de meios de mobilidade e ao papel do país na economia mundial. Na metropolização contemporânea, todos os artefatos e os sistemas de objetos da globalização provocam a expansão física e a fragmentação do espaço urbanizado para áreas cada vez mais distantes dos antigos limites urbanos, avançando em todo o território nacional.
MOURA, R. et al. Rede urbana brasileira como agenda de pesquisa no Ipea: retrospecto e perspectivas. Relatório de pesquisa. Brasília, DF: Ipea, 2016, p. 9. Adaptado.
O estágio contemporâneo do processo de metropolização brasileiro apresenta a seguinte característica:
No Brasil, verificam-se recentes transformações ocorridas nas relações entre os territórios urbanos, bem como no perfil demográfico, produtivo e funcional dos municípios. Além das áreas de concentração de população, o IBGE também identifica os chamados arranjos populacionais, agrupamentos de dois ou mais municípios com forte integração populacional, assim como municípios isolados, com população superior a 100 mil habitantes, que, juntos, conformam concentrações urbanas. O Ipea define aglomerações urbanas como aquelas “formadas por áreas urbanizadas integradas – logo funcionalmente complementares” e que podem ser constituídas por espaços urbanizados contínuos e descontínuos. Constatam-se mudanças na morfologia urbana, apoiadas no predomínio do automóvel, nas tecnologias de informação e na localização de empresas e moradias em locais mais distantes, que vêm provocando uma “metropolização expandida”, ou seja, uma expansão territorial metropolitana que resulta em mudança completa na estrutura, forma e função das metrópoles.
MOURA, R.; PÊGO, B. Aglomerações urbanas no Brasil e na América do Sul: trajetórias e novas configurações. Rio de Janeiro: Ipea, 2016. p. 8. (Texto para Discussão n. 2.203). Adaptado.
Essa metropolização expandida é comprovada pela configuração de:
As cidades integrantes de uma rede urbana se diferenciam pelos seus tamanhos populacionais, mas também, e sobretudo, em razão da oferta e da qualidade dos serviços que oferecem, como escolas, hospitais, bancos, comércio e universidades. O avanço da transição urbana a partir dos anos 1980, juntamente com a progressão da transição demográfica, diminuiu as taxas de crescimento da população. Muitas regiões e cidades, porém, aumentaram seu peso demográfico por causa dos fluxos migratórios. O contexto da crise econômica abriu então alternativas para cidades de menor porte, especialmente em razão da periferização dos centros urbanos.
CARMO, R.; CAMARGO, K. Dinâmica demográfica brasileira recente: padrões regionais de diferenciação. Rio de Janeiro: Ipea, 2018. p. 51. (Texto para Discussão n. 2.415). Adaptado.
Nesse contexto de transição, a partir da década de 1990, identifica-se o seguinte processo socioespacial específico: