Questões de História - História do Brasil para Concurso
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Em meados da década de 1860, surgiram no Brasil associações abolicionistas inicialmente elitistas, formadas por segmentos da elite que se opunham ao sistema escravista. Com o tempo, essas associações se popularizaram e, no final da década de 1880, passaram a incluir uma ampla gama de participantes, como mulheres, pessoas negras e até mesmo escravizados, refletindo a diversificação e democratização do movimento abolicionista e a crescente mobilização social contra a escravidão.
A monarquia no Brasil ganhou grande respeito e admiração após a Guerra do Paraguai, quando o Brasil saiu vitorioso do conflito. Os desafios econômicos e sociais resultantes da guerra, juntamente com os novos arranjos políticos que estavam se desenvolvendo desde a década de 1860, começaram a ganhar destaque no cenário político brasileiro. Essa conjuntura desencadeou um processo de maior admiração ao sistema monárquico.
O término de mais de 300 anos de trabalho forçado de afro-brasileiros foi acompanhado por medidas de reparação histórica por parte do Estado. Essas medidas ajudaram a reparar os danos causados pela escravidão e contaram com políticas de inclusão, compensação financeira, acesso igualitário à educação e ao mercado de trabalho, mas não amenizaram a marginalização da população afro-brasileira, pois ainda nos dias de hoje os danos da escravidão se refletem nas disparidades de oportunidades e nas condições de vida desfavoráveis enfrentadas por muitos afro-brasileiros.
Em 1985, com o fim da ditadura militar no Brasil, trabalhadores, intelectuais e representantes do movimento popular fundaram o primeiro sindicato dos trabalhadores, com a proposta de melhorar as condições da classe trabalhadora.
A proclamação da república no Brasil marcou uma mudança histórica significativa, caracterizada pela implementação do federalismo, estabelecimento do sufrágio universal masculino e fim do voto censitário, implantação do Estado laico e adoção do presidencialismo como forma de governo.
Ernesto Geisel promulgou o Ato Institucional nº 5 (AI-5), fechando o Congresso, decretando estado de sítio, cassando mandatos de prefeitos e governadores, e proibindo reuniões. O AI-5 permitiu punições arbitrárias aos inimigos do regime. Esse período ficou conhecido como “anos de chumbo”.
Durante a Guerra do Paraguai, as estratégias militares adotadas pelos países envolvidos refletiram não apenas rivalidades geopolíticas regionais, mas também dinâmicas complexas de poder e influência na América do Sul, evidenciando os desafios enfrentados pelas nações em transição para a era do imperialismo capitalista.
Os governos militares instaurados em 1964 exerceram um controle rigoroso sobre a disciplina de História, alinhando o ensino à ideologia do regime ditatorial que buscava formar cidadãos dóceis, obedientes e ordeiros. Durante esse período, a História foi utilizada como um “instrumento de veiculação e formação do espírito cívico”, glorificando os feitos dos autoproclamados heróis do regime.
Durante a República Nova, o Brasil passou por transformações urbanas e industriais significativas, acompanhadas por revoltas urbanas e movimentos culturais importantes, como a Semana de Arte Moderna de 1922. As reformas urbanas, o crescimento industrial e as revoltas refletiram as mudanças sociais, políticas e culturais do período.
A Guerra do Paraguai impulsionou o movimento abolicionista ao permitir que muitos ex-escravos retornassem vitoriosos, condecorados e dispostos a lutar por seus direitos. Além disso, a pressão da Inglaterra pelo fim do tráfico negreiro desempenhou um papel significativo no processo que culminou na Abolição da Escravatura.
A Revolução de 1930 foi um golpe de Estado que depôs o presidente Júlio Prestes e impediu a posse do presidente eleito Washington Luís, alegando fraude eleitoral. Liderado por Minas Gerais, Paraíba e Rio Grande do Sul, o movimento também foi impulsionado pelo descontentamento popular devido à crise econômica de 1929 e ao assassinato do político paraibano João Pessoa. Essa revolução marcou o fim da República Velha e a ascensão de Getúlio Vargas ao poder.
Em São Paulo, a Sociedade dos Caifazes, um movimento abolicionista radical liderado pelo advogado Antonio Bento de Sousa e Castro, se especializou em fomentar e organizar fugas de escravos. Utilizaram as ferrovias, construídas para otimizar o transporte do café e sustentar a economia escravista, como instrumentos para subverter o sistema de trabalho escravo. Escravos do Oeste paulista eram levados para São Paulo e, de lá, para Santos, onde fundaram o grande quilombo do Jabaquara, com cerca de dez mil habitantes.
Após o fim da Guerra do Paraguai, o Brasil impôs um novo governo ao Paraguai, liderado pelo Duque de Caxias. Ele foi encarregado de governar o país por cinco anos e foi responsável por assinar, em nome dos paraguaios, os tratados de fronteiras com o Brasil. Isso demonstra a influência do Brasil sobre o Paraguai no período pós-guerra, e como o país vencedor exerceu seu poder político para moldar o destino do Paraguai. Essa imposição de um governo estrangeiro exemplifica as complexas dinâmicas de poder e dominação na América Latina do século XIX.
Na América Latina, o Brasil foi o primeiro país a abolir a escravidão. No contexto histórico do país, uma figura de destaque na luta contra a escravidão foi Joaquim Nabuco, diplomata, político e historiador brasileiro, que simbolizou com ênfase as ideias antiescravistas. Após a luta de diversos grupos e a criação de medidas que, gradualmente, foram mitigando a servidão não remunerada, a escravidão foi abolida no Brasil em 1888.
( ) A revolta ocorreu em Santa Cruz do Sul, no atual estado do Rio Grande do Sul; o termo mucker foi utilizado para caracterizar uma comunidade alemã, formada por imigrantes e descendentes, como beatos e fanáticos religiosos.
( ) Os muckers eram agricultores e trabalhavam em lotes de terras, geralmente como posseiros; porém, a baixa fertilidade das terras tornava a atividade agrícola pouco rentável, tornando a vida no local ainda mais miserável.
( ) Essa revolta pode ser caracterizada como um movimento messiânico, uma vez que acreditavam ser os eleitos e agentes de Cristo para promover a chegada dos “novos tempos”.
( ) A comunidade rejeitava a pregação de sacerdotes católicos e dos pastores evangélicos, assim como as diferenças de classes; não estenderam suas contestações aos níveis políticos e/ou econômicos.
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
I. Para ocupar a região, os pecuaristas, extrativistas e agricultores enfrentaram e submeteram a população guarani e caingangue em uma luta que durou várias décadas.
II. Para os tropeiros que cruzavam a região e estavam sujeitos aos ataques, os indígenas deveriam ser eliminados, pois eram empecilho ao livre trânsito das tropas.
III. Os governos imperial e provincial viam o indígena como elemento povoador da área fronteiriça com o rio da Prata, por isso, diferentemente dos estancieiros, o interesse era submeter e controlar, não eliminar.
Quais estão corretas?
A sentença de morte contra os banidos, auto documenta-se. Entre 1971 e 1973 foram capturados dez. Nenhum sobreviveu. Ordenara-se também o assassínio dos “cubanos”, nome dado aos militantes que regressavam de Havana. O Cenimar publicou confidencialmente uma galeria com fotografias de 135 pessoas que tinham ido para a Ilha. O DOI de São Paulo produzira uma apostila ensinando a identificá-los: “Vestem-se sobriamente”, usam cabelos curtos, carregam duas armas, seus documentos são muito bem falsificados, e reagem violentamente quando presos, “coisa que não é normal nos demais terroristas”.
GASPARI, Elio. A Ditadura Escancarada. As Ilusões Armadas. São Paulo: Companhia das Letras, 2002, p. 374. [Adaptado].
A estrutura mencionada no texto enfatizou os “cubanos” por
Nas grandes fazendas de café do Estado de São Paulo, a insatisfação do proletariado rural exprimiu-se por formas semelhantes às do meio urbano, mas a possibilidade de manifestá-la foi bastante limitada. A massa de imigrantes, introduzida em terra estranha, dispersou-se por fazendas isoladas, impossibilitando contatos que reforçassem a tomada de consciência de uma condição comum e o esboço de uma ação reivindicatória. No interior da fazenda, o fazendeiro detinha poderes absolutos, dominava as instituições do Estado (polícia, magistratura), colocadas a seu serviço. Era fácil também isolar os portadores do bacilo radical, pela simples proibição da entrada de elementos estranhos.
FAUSTO, Boris. Trabalho urbano e conflito social. 1890-1920. 4. Ed. São Paulo: Difel, 1986, p. 21. [Adaptado].
Como efeito na atuação dos movimentos sociais, tal situação ensejou a