Questões de História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo para Concurso
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As primeiras tentativas de exploração do litoral brasileiro pelos portugueses se basearam no sistema de ______________, adotado na costa africana. Nos anos iniciais, entre 1500 e 1535, a principal atividade econômica foi a exploração do pau-brasil, obtida mediante ___________ com os indígenas. As árvores não cresciam juntas, encontravam-se ________________. À medida que a madeira foi se esgotando no litoral, os europeus passaram a recorrer aos índios para obtê-la. O trabalho de derrubada das árvores era uma tarefa comum na sociedade _________________.
Assinale a alternativa que preenche, correta e respectivamente, as lacunas do trecho acima.
Durante o século XV, Portugal, sob o comando de dom Henrique, foi o pioneiro em grandes avanços na navegação e na construção naval. As caravelas se revelaram ser muito adequadas para missões de reconhecimento em litorais desconhecidos. A exploração da costa oeste africana foi rápida, e, se inicialmente o volume de comércio que os portugueses conseguiram conquistar foi escasso, o comércio de escravos logo se revelou a parte mais rentável dos negócios. A respeito do contexto mencionado, assinale a alternativa INCORRETA.
Dom João VI retorna à Portugal em 1821, cedendo ao contexto de pressões internas e externas, deixando Dom Pedro na condição de príncipe regente do Brasil. O principal motivo do retorno do rei foi a elaboração de uma nova Constituição para Portugal, que limitaria seu poder, que foi consequência direta da chamada:
As primeiras expedições portuguesas nas terras brasileiras não tiveram intensão de fixar povoamentos, mas sim cumpriam ordens da Coroa com outros objetivos. Por exemplo, a Armada de Martin Afonso de 1531 foi promovida para:
Ao longo dos anos, [na sociedade das Minas Gerais], houve intensa mestiçagem de raças, cresceu a proporção de mulheres, que em 1776 era de cerca de 38% do total, e ocorreu um fenômeno cuja interpretação é um ponto de controvérsia entre os historiadores: o grande número de alforrias, ou seja, de libertação de escravos. Para se ter uma ideia da sua extensão, enquanto nos anos 1735-1749 os libertos representavam menos de 1,4% da população de descendência africana, em torno de 1786 passaram a ser 41,4% dessa população e 34% do número total de habitantes da capitania.
(Boris Fausto, História do Brasil)
Para Boris Fausto, a hipótese mais provável que explica esse número expressivo de alforrias relaciona-se
No que se refere à formação da sociedade colonial e, em particular, ao exercício do mando pelas elites senhoriais na América portuguesa, assinale a alternativa correta.
O tráfico atlântico implicou o deslocamento compulsório de 12 milhões e meio de homens, mulheres e crianças através do oceano [...]. Em sua face mais profunda, o tráfico humano vinculava-se às especificidades históricas das Américas, da Europa e da África.
FLORENTINO, Manolo. Aspectos do tráfico negreiro na África Ocidental (c. 1500-c.1800). In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima (orgs.). O Brasil colonial: vol. 1 (ca. 1443-ca.1580). 2. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015, p. 229.
A respeito do tráfico atlântico e das sociedades escravistas na América portuguesa, assinale a alternativa correta.
TEXTO I
Manda o Santo Ofício da Inquisição que ninguém, seja qual for seu estado, idade ou condição, pare com carroça, caleça ou montaria nem atrapalhe com mesas ou cadeiras o centro das ruas, que vão da Inquisição a São Domingos, nem atravesse a procissão em ponto algum da ida ou da volta, amanhã, 19 do corrente, em que se celebrará auto de fé. E também que nem nesse dia nem nos dos açoites ouse alguém atirar nos réus maçãs, pedras, laranjas nem outra coisa qualquer.
PALMA, R. Anais da Inquisição de Lima. São Paulo: Edusp; Giordano, 1992 (adaptado).
TEXTO II
Como acontece em todos os ritos, o sentido do auto da fé é conferido pela sequência dos atos que o compõem. Os lugares, as posturas, os gestos, as palavras são fixados previamente em toda a sua complexidade. Por isso, o auto da fé apresenta momentos fortes — durante a preparação, a encenação, o ato e a recepção — que convém seguir em seus pormenores.
BETHENCOURT, F. História das Inquisições: Portugal, Espanha e Itália – séculos XV-XIX. São Paulo: Cia. das Letras, 2000.
O rito mencionado nos textos demonstra a capacidade da Igreja em
Para os Impérios Coloniais, o problema das doenças que atingiam os escravos era algo com que cotidianamente deparavam os senhores. Em vista disso, uma série de obras dedicadas à administração de escravos foi publicada com vista a implementar uma moderna gestão da mão de obra escravista em convergência com o Iluminismo. Nesse contexto, o saber médico adquiria um papel extremamente relevante. Este era encarado como um instrumento fundamental ao desenvolvimento colonial, dada a percepção do impacto que as doenças tropicais causavam na população branca e nos povos escravizados.
ABREU, J. L. N. A Colônia enferma e a saúde dos povos: a medicina das “luzes” e as informações sobre as enfermidades da América portuguesa. História, Ciências, Saúde – Manguinhos, n. 3, jul.-set. 2007 (adaptado).
De acordo com o texto, a importância da medicina se justifica no âmbito dos objetivos
Personalidades Negras – Luísa Mahin
Nascida em Costa Mina, na África, no início do século XIX, Luísa Mahin foi trazida para o Brasil como escrava. Da nação africana Nagô, Luísa esteve envolvida na articulação de todas as revoltas e levantes de escravos que sacudiram a então Província da Bahia nas primeiras décadas do século XIX.
Quituteira de profissão, de seu tabuleiro eram distribuídas as mensagens em árabe, através dos meninos que pretensamente com ela adquiriam quitutes. Desse modo, esteve envolvida na Revolta dos Malês (1835) e na Sabinada (1837-1838). Caso o levante dos malês tivesse sido vitorioso, Luísa teria sido reconhecida como Rainha da Bahia.
Disponível em https://www.gov.br/palmares/ptbr/assuntos/noticias/personalidades-negras-2013-luisa-mahin. Adaptado.
A partir da descrição das experiências de Luiza Mahin na Bahia oitocentista e do estudo da realidade dos escravizados no Brasil imperial, por meio do exposto no Texto VII, podemos
O Movimento Abolicionista foi resultado de uma grande mobilização social pelo fim da escravidão no Império do Brasil, e pode ser caracterizado como um movimento
Originária de Cametá, a dança expressa gratidão dos índios e escravos africanos por um milagre. Depois de um dia exaustivo de trabalho, os escravos eram liberados, sob fiscalização, para conseguir algo para comer. Certo dia foram à praia e encontraram grandes quantidades de siris que se deixavam apanhar facilmente. Em agradecimento, ensaiaram uma dança e deram o nome de Siriá, que narra o fato.
(Disponível: http://www. belem.pa.gov.br)
Em termos históricos, o texto indica a
Durante o século XIX, a escravidão africana atingiu seu ponto máximo no Brasil, período em que o número de africanos obrigados a vir para o Brasil correspondeu a mais de 40% do total trazido desde o início do comércio negreiro, no século XVI. Todavia, pode-se afirmar que a escravidão foi formalmente extinta no Brasil em 13 de maio de 1888, com a promulgação da Lei Áurea
Marquês de Pombal assumiu a frente do Estado português (1750-1777) e iniciou uma série de reformas que afetaram fortemente o Brasil. Dentre elas podemos citar:
I- Criou empresas manufatureiras geridas pelo Estado brasileiro;
II- Aumentou o controle da economia brasileira, criando órgãos para cobrar impostos do ouro brasileiro;
III- Substituiu todos os funcionários públicos brasileiros por portugueses, parentes e amigos, o que acarretou em desvios de verbas com mais facilidade;
IV- Fechou as faculdades de direito então existentes no Rio de Janeiro.
Dos itens acima:
O Quilombo dos Palmares é considerado um dos mais importantes redutos da resistência escrava durante o período colonial, durou cerca de 100 anos e estima-se que tenha abrigado 15 mil habitantes. Seu território e população cresceram de acordo com os movimentos e conflitos da colônia. Um dos fatores que favoreceram o crescimento da população palmarina foi:
SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloísa M. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
As medidas apresentadas no excerto acima eram necessárias para os propósitos do sistema escravista devido
(Kabengele Munanga e Nilma Lino Gomes. O negro no Brasil de hoje)
De acordo com o entendimento dos autores, a persistência de alguns quilombos decorreu da seguinte realidade:
(...) hei por bem ordenar, que todas as fábricas, manufaturas, ou teares de galões, de tecidos, ou de bordados de ouro, e prata. De veludos, brilhantes, cetins, tafetás (...); excetuando tão somente aqueles dos ditos teares, e manufaturas, em que se tecem, ou manufaturam fazendas grossas de algodão, que servem para o uso, e vestuário dos negros, para enfardar e empacotar (...); todas as mais sejam extintas, e abolidas em qualquer parte onde se acharem nos meus domínios do Brasil.
(Citado em Bittencourt, C. M. F. Ensino de História: fundamentos e métodos. São Paulo: Cortez, 2004, p.347)
Esse decreto real trouxe implicações como
(Circe Maria Fernandes Bittencourt, Ensino de História: fundamentos e métodos.)
Uma possível ação de um professor de história com a finalidade de evitar a incorreção apontada no texto é