Questões de Concurso
Comentadas sobre processo de independência: dos movimentos nativistas à libertação de portugal em história
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(...) Mas, foi após a Revolução do Porto, com a criação do Grande Oriente do Brasil, órgão que reunia as principais lojas brasileiras, que a maçonaria se destacou no movimento de independência.
Em torno do Grande Oriente aglutinou-se o grupo dos ativistas liberais de Gonçalves Ledo e Cunha Barbosa, cujas posições, entretanto, eram consideradas “radicais” pelos liberais conservadores. Para distinguir-se deles, e também para pôr em prática seu próprio programa político; os conservadores romperam com o Grande Oriente e organizaram outra sociedade secreta, o Apostolado, liderada por José Bonifácio.
Tanto Ledo como Bonifácio procuraram atrair dom Pedro para as fileiras de suas organizações. O príncipe aceitou participar das duas, filiando-se ao Apostolado e também ao Grande Oriente. Mais tarde, já imperador, cedendo à insistência de José Bonifácio, reprimiu duramente os liberais de Gonçalves Ledo. O Grande Oriente foi fechado e Ledo teve de se refugiar em Buenos Aires.
(TEIXEIRA, Francisco M. P. Brasil, História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2001, p. 160)
“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais” — a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808; da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831 — podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
Há relativo consenso historiográfico quanto ao fato de que a
transferência do Estado português para a colônia foi decisiva
para que o processo de independência do Brasil, já em curso
desde as últimas décadas do século XVIII, sofresse solução de
continuidade e só se concretizasse após a vitória da revolução
absolutista irrompida no Porto, em 1820.
“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais” — a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808; da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831 — podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
Decisão estratégica de D. João VI, a criação do Reino Unido,
em 1815, objetivou demonstrar, às forças políticas que
passaram momentaneamente a dominar o cenário europeu
devido à derrota imposta a Bonaparte e ao pretenso
aniquilamento do legado da Revolução Francesa, que Portugal
não se curvava aos ditames do Congresso de Viena.
“Os acontecimentos são como a espuma da história, bolhas que, grandes ou pequenas, irrompem na superfície e, ao estourar, provocam ondas que se propagam a maior ou menor distância”. São de Georges Duby essas observações. De acordo com ele, “acontecimentos sensacionais” — a exemplo da chegada da corte portuguesa à cidade do Rio de Janeiro, em 1808; da criação do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, em 1815; da oficialização do rompimento entre Brasil e Portugal, em 1822; da outorga da Carta Constitucional do Império, em 1824; e da abdicação de D. Pedro I, em 1831 — podem apresentar valor inestimável para a compreensão das circunstâncias históricas nas quais se evidenciaram.
Cecília Helena de Salles Oliveira. Repercussões da revolução: delineamento do império do Brasil, 1808/1831. In: Keila Grinberg e Ricardo Salles (Orgs.). O Brasil imperial (vol. I - 1808-1831). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009, p. 17 (com adaptações).
Tendo o fragmento de texto precedente como referência inicial e considerando aspectos marcantes do processo de independência do Brasil, julgue (C ou E) o item seguinte.
A oficialização do rompimento entre o Brasil e a metrópole
portuguesa, ainda que conduzida por setores da elite política
colonial, tendo à frente o próprio príncipe regente D. Pedro, se
fez acompanhar da ação popular que, em alguns pontos do
território brasileiro, enfrentou as tropas portuguesas que
se insurgiram contra a independência, a exemplo da batalha do
Jenipapo, no Piauí, e da guerra finalmente vencida pelos
baianos em 2 de julho de 1823.
Diferentemente do ocorrido nas colônias espanholas da América, o processo de independência do Brasil passou ao largo da conjuntura histórica europeia de princípios do século XIX, tendo ficado adstrito às circunstâncias da política interna da colônia.
Entre os movimentos que lutaram pela emancipação da colônia, dois se destacaram por suas características distintas, ainda que irmanados pelo mesmo objetivo: a Conjuração Mineira (Inconfidência), essencialmente popular, e a Conjuração Baiana (Alfaiates), que uniu a elite local contra o domínio português.
Proclamada a independência, em 1822, o Brasil se constituiu na única monarquia do continente americano. Marcado por crises, o Primeiro Reinado (1822-1831) se extinguiu com a volta de D. Pedro I a Portugal. Seguiu-se a fase regencial (1831-1840), uma espécie de ensaio republicano em meio a crises e revoltas armadas que se sucederam. Antecipada a maioridade de D. Pedro II, iniciou-se o Segundo Reinado (1840-1889), no qual conviveram fases de estabilidade política, de crescimento econômico e de crises, as quais anunciaram o ocaso do regime. A República Oligárquica foi o regime da exclusão política, social e econômica. A Revolução de 1930 pôs fim a essa “República”, dando origem à Era Vargas (1930-1945).
Acerca desse período da História do Brasil, julgue o item .
A transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1808, na
prática antecipou a independência, especialmente por ter
determinado o fim do monopólio do comércio, característica
essencial da colonização mercantilista.
SAINT-HILAIRE, Auguste de. Viagem pelo Distrito dos Diamantes e litoral do Brasil. Belo Horizonte/São Paulo: Itatiaia; EDUSP, 1974, p. 213.
A declaração de Saint-Hilaire, naturalista, que percorreu províncias do Brasil entre 1816 e 1822, se refere, entre outros significados, à seguinte característica da cidadania instaurada por ocasião da independência política:
São Paulo: Editora Nacional, 1958, v.1, p. 94.
Embora conduzida pelo príncipe herdeiro do trono português, a Independência é consensualmente vista como ato político que rompeu com as estruturas básicas do período colonial, o que foi possível em face da conciliação que aproximou as elites brasileiras em torno do projeto maior de assegurar a emancipação do país e de inseri-lo vantajosamente na economia internacional.
O contexto histórico europeu das duas primeiras décadas do século XIX em muito favoreceu a Independência do Brasil: a relativa paz alcançada com a renúncia de Napoleão Bonaparte ao projeto expansionista que embalara suas pretensões imperialistas e o fim da era revolucionária levaram as monarquias ibéricas a conceder a emancipação de suas colônias.
Sobre as revoltas ocorridas durante o período regencial, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Dentre suas causas, pode-se apontar a precária condição de vida da população pobre do Império.
( ) Foram mantidas à custa de forte apoio estrangeiro, interessado na fragmentação do Brasil.
( ) Um dos seus efeitos mais notáveis foi a manobra liberal para emancipar Pedro de Alcântara, permitindo sua coroação antecipada.
( ) Dentre essas revoltas, pode-se citar a Praieira e as ocorridas em Minas Gerais e São Paulo, todas de caráter liberal.
Assinale a sequência correta.
“Prevendo que a independência do Brasil seria apenas uma questão de tempo, o Governo português planejara ficar com uma parte para ele, isto é, o norte, recriando o Estado do Maranhão que compreenderia as províncias do Pará, Maranhão e do Piauí”. (CHAVES, Joaquim. Participação de Oeiras no movimento de Independência. In: Revista do Instituto Histórico de Oeiras. Oeiras, n. 02, 1979, p. 91).
Sobre a participação do Piauí na Independência do Brasil e o interesse português em preservar uma parte do território da Colônia sob seu domínio, podemos destacar CORRETAMENTE que isso está relacionado
Tendo em vista o contexto da Independência do Brasil e o sentido dado pela charge a esse importante momento da história do Brasil, assinale a afirmativa correta.
Logo depois do “Grito do Ipiranga”, fazia-se imprescindível investir o novo governante do país com as suas reais atribuições. (...) Se D. Pedro era alçado à condição de cabeça e coração do império, era necessário que todo o corpo político (...) soubesse dessa mudança e se reconhecesse como parte desse mesmo corpo (...). Logo, urgia estabelecer um elo de continuidade entre o soberano e o súdito, a cabeça e os membros, o coração e o corpo, entre o Brasil e a sua gente.
(Iara Lis Carvalho Souza. Pátria coroada. São Paulo: Editora da UNESP, 1999. p. 256)
O texto trata das preocupações que então nortearam o processo de consolidação do Brasil como país independente. O país que surgiu desse processo caracterizava-se pela
Para muitos historiadores, o fim do período colonial brasileiro ocorreu em 1808, quando da chegada da família real ao Rio de Janeiro. No entanto, a opção pela independência formal do Brasil passou a ser abertamente discutida apenas em 1820, com a Revolução do Porto.
Mary Del Priore e Renato Venâncio. Uma breve história do Brasil. SãoPaulo: Ed. Planeta do Brasil, 2010, p. 143-4 (com adaptações).
Transformando as bases materiais da sociedade, com vigorosa repercussão política, social e cultural, a Revolução Industrial rompeu com os elementos de sustentação da economia vigente na Idade Moderna, subvertendo os pilares do antigo sistema colonial sobre os quais se assentara a colonização portuguesa na América.
Mary Del Priore e Renato Venâncio. Uma breve história do Brasil. SãoPaulo: Ed. Planeta do Brasil, 2010, p. 143-4 (com adaptações).
Enquanto as ideias iluministas, que fundamentaram a Revolução Francesa em 1789, chegavam ao Brasil e incendiavam os movimentos pela independência, que se multiplicavam pela colônia, a independência das treze colônias inglesas da América do Norte foi ignorada tanto nas colônias hispânicas quanto no Brasil.