Questões de Concurso Sobre história
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No primeiro semestre de 2024, a fuga de dois presos da penitenciária federal de _____________, no Rio Grande do Norte terminou após cerca de 50 dias de buscas intensas. Os fugitivos utilizaram materiais de uma obra no pátio da penitenciária para escapar. Durante a fuga, eles receberam apoio de facções criminosas, principalmente o (a)____________. Desde a origem, eles percorreram cerca de 1.640 km até serem finalmente capturados em ______________, Pará, numa operação envolveu centenas de agentes e a colaboração de moradores locais.
As afinidades entre as ideologias dominantes nas extremidades oriental e ocidental do Eixo são deveras fortes.
[...].
Contudo, o fascismo europeu não podia ser reduzido a um feudalismo oriental com uma missão imperial nacional.
Em suma, apesar das semelhanças com o nacional-socialismo alemão (as afinidades com a Itália eram menores), o Japão não era fascista.
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos: O breve século XX: 1914 – 1991)
Entre as diferenças identificadas pelo autor, que fundamentam o exposto no excerto, está o fato de que, no Japão,
Nas histórias da colonização, de modo geral, opõe-se o caso de Portugal, com suas feitorias comerciais, ao da Espanha, dotada de um verdadeiro império territorial. A oposição, sem dúvida, pode ter existido, mas falta a verdadeira explicação, pois no Brasil foi de fato um império territorial que os portugueses erigiram.
(Marc Ferro. História das colonizações:
das conquistas às independências, século XIII a XX)
De acordo com o autor, a “verdadeira explicação”, para que Portugal não tivesse erigido o mesmo império territorial na África, reside no fato de que
[...] o Renascimento dos séculos XV-XVI recorreu a modelos culturais clássicos, que a Idade Média também conhecera e amara. Aliás, foi em grande parte por meio dela que os renascentistas tomaram contato com a Antiguidade. As características básicas do movimento (individualismo, racionalismo, empirismo, neoplatonismo, humanismo) estavam presentes na cultura ocidental pelo menos desde princípios do século XII. Ou seja, como já se disse muito bem, “embora o Renascimento só invoque a Antiguidade, é, realmente, o filho ingrato da Idade Média” [...].
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média, nascimento do ocidente)
No excerto, o autor argumenta que
Até aqui discutimos a gênese do feudalismo na Europa Ocidental como síntese de elementos liberados pela dissolução circunstancial dos modos de produção comunais primitivo e escravo; e, então, esboçamos a estrutura constitutiva do modo de produção feudal desenvolvido no Ocidente. Este modo de produção jamais existiu em um estado puro em parte alguma da época medieval.
(Perry Anderson.Passagens da Antiguidade ao Feudalismo)
Segundo Anderson, o modo de produção feudal jamais existiu em estado puro porque, entre outras razões,
Em seu ensaio, o argentino Domingo Faustino Sarmiento, no afã de entender a Argentina, construiu uma interpretação carregada de ideias, imagens e símbolos, compartilhados, na mesma época, por contemporâneos brasileiros, ocupados com idêntica tarefa de compreender o próprio país. Facundo ultrapassou os limites da Argentina para se estender pelo território latino-americano, animando controvérsias e contribuindo para a cristalização de certos estereótipos sobre o continente.
(Maria Ligia Coelho Prado.
América Latina no século XIX – Tramas, telas e textos)
Em sua obra clássica Facundo, Sarmiento apresenta seu pensamento sobre
Ao longo do século XIX, as elites brasileiras e os escravistas de um modo geral tiveram de enfrentar a resistência dos cativos em cada lugar em que a escravidão floresceu. Essa resistência sugere que o projeto vencedor de um país escravocrata não foi desfrutado sem a contestação dos principais perdedores.
As rebeliões representaram a mais direta e inequívoca forma de resistência escrava coletiva.
(João José Reis. Nos achamos em campo a tratar da liberdade:
a resistência negra do Brasil oitocentista. Em: Carlos Guilherme Mota (org.).
Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000). Formação: histórias)
Segundo o historiador, as rebeliões
Leia um trecho do “Manifesto da Nação Portuguesa aos soberanos e povos da Europa”, promulgado pelos rebeldes do Porto em 1820.
Os portugueses começam a perder as esperanças para com o único recurso e meio de salvação que lhes foi deixado em meio à ruína que quase consumiu sua querida terra natal. A ideia do status de colônia ao qual Portugal tem sido com efeito reduzido, aflige profundamente todos aqueles cidadãos que ainda conservam o sentimento de dignidade nacional. A justiça é administrada a partir do Brasil para os povos leais da Europa, o que implica numa distância de duzentas léguas e excessivo custo e demora.
(Apud Kenneth Maxwell. Por que o Brasil foi diferente?
O contexto da independência. Em: Carlos Guilherme Mota (org.).
Viagem incompleta. A experiência brasileira (1500-2000).
Formação: histórias)
O Manifesto revela
A matriz do dissenso historiográfico está na caracterização do sistema escravista, tido por alguns como violento e cruel, por outros como brando, benevolente. Quem inicialmente obteve grande repercussão ao difundir essa última concepção foi Gilberto Freyre.
A partir da década de 1950, Florestan Fernandes, Otávio Ianni, Emília Viotti da Costa passam a produzir teses que divergem diametralmente das de Freyre.
(Suely Robles Reis de Queiróz. Escravidão negra em debate.
Em: Marcos Cezar de Freitas (org.).
Historiografia brasileira em perspectiva. Adaptado)
Para os pensadores que se opunham às ideias de Freyre, a escravidão
Leia parte de uma entrevista com o historiador Peter Burke.
O Renascimento é visto tradicionalmente como parte de uma Grande Narrativa do desenvolvimento da civilização ocidental, desde os gregos e romanos da Antiguidade, passando pelo cristianismo, Renascença, Reforma, revolução científica, Iluminismo, e assim por diante; em outras palavras, como parte do surgimento da modernidade. A história é frequentemente contada de tal modo que se assume a superioridade do Ocidente sobre o resto do mundo. Eu, como outros historiadores, me empenhei em liberar a história de um movimento cultural (o movimento de reviver a arte e o saber clássicos) dos pressupostos de superioridade, não só do Ocidente, como da modernidade.
(Maria Lúcia Garcia Pallares-Burke.
As muitas faces da história – Nove entrevistas)
O esforço de Peter Burke em descentralizar a história do Renascimento esteve relacionado ao movimento teórico de
As monarquias absolutas introduziram os exércitos regulares, uma burocracia permanente, o sistema tributário nacional, a codificação do direito e os primórdios de um mercado unificado. Todas essas características parecem ser eminentemente capitalistas. Uma vez que elas coincidem com o desaparecimento da servidão, uma instituição nuclear do primitivo modo de produção feudal na Europa, as descrições do absolutismo por Marx e Engels como um sistema de Estado correspondente a um equilíbrio entre a burguesia e a nobreza – ou mesmo a uma dominação direta do capital –, sempre pareceram plausíveis. No entanto, um estudo mais detido das estruturas do Estado absolutista no Ocidente invalida inevitavelmente tais juízos.
(Perry Anderson. Linhagens do Estado absolutista. Adaptado)
De acordo com Anderson, a estrutura dos Estados absolutistas foi determinada
O sentimento antilusitano já era expresso mais livremente pelas camadas populares e vai, aos poucos, tornando- -se mais explícito entre a elite imperial brasileira. Alguns grupos associavam claramente o que consideravam “atraso” material e cultural do Brasil à administração portuguesa colonial e à permanência de vários traços dela no Império.
A República proclamada em 1889, sedenta de construir- -se sobre a incompetência monárquica, intensificou o antilusitanismo ao acrescentar aos antigos dominadores um outro epíteto medonho: assassinos do grande herói nacional, Tiradentes.
O primeiro a levantar-se contra toda essa construção mais imaginária que histórica foi Gilberto Freyre.
(Eduardo França Paiva. De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)
Considerando a discussão do excerto, Freyre
Na primeira metade do século XX, Pedro Bruno (1888- 1949) pintou O Precursor, interessante quadro que apresenta Tiradentes sendo preparado para a execução. O personagem aparece de pé e enquanto o carrasco, de cabeça baixa, sem olhá-lo, veste-lhe a alva, ele mantém a cabeça erguida, olhos no céu, braços estendidos como em súplica, entregando sua vida à justiça dos homens e de Deus. Um frade, de joelhos diante do herói, apresenta- -lhe o crucifixo que o acompanhará até o cadafalso. Essa cena é uma entre muitas leituras sacralizadas do drama vivido pelo alferes inconfidente e que tem seus correspondentes em textos historiográficos sobre a Inconfidência Mineira, nos quais poderia ter se baseado o artista.
(Thais Nívia de Lima e Fonseca. Ver para compreender: arte,
livro didático e a história da nação. Em: Lana Mara de Castro Siman e
Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e
construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto, assim o como o artigo citado, analisam
A Inconfidência Mineira, abortada entre os anos de 1788 e 1789, era um movimento, ao contrário do que comumente se afirma na historiografia e nos textos didáticos, bastante heterogêneo.
(João Pinto Furtado. Imaginando a nação: o ensino de história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais Nívia de Lima e Fonseca (org.). Inaugurando a História e construindo a nação – discursos e imagens no ensino de História)
O excerto alude à heterogeneidade do movimento, que pode ser verificada pela
Das figuras políticas é interessante destacar como têm sido representados [nos livros didáticos] os dois imperadores do Brasil: D. Pedro I, sempre jovem, porque afinal morreu com 34 anos; seu filho D. Pedro II, sempre velho, apesar dos textos escolares darem destaque ao episódio da “Maioridade” [...]. A ilustração do pai jovem e do filho velho tem causado uma certa perplexidade aos jovens leitores e falta a explicação do aparente paradoxo.
(Circe M.F. Bittencourt. Livros didáticos entre textos e imagens.
Em: Circe M.F. Bittencourt (org.). O saber histórico na sala de aula)
De acordo com a historiadora, o “aparente paradoxo”