Questões de História para Concurso
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Comício da campanha 'O petróleo é nosso', na Cinelândia, em 1957. Foto de arquivo/Agência O GLOBO. Disponível em: https://grabois.org.br/2016/02/comuninistas-e-militaresnacionalistas-na-campanha-o-petroleo-e-nosso/. Acesso: 09 abr. 2024.
Entre o final da II Guerra e a década de 1950, a campanha para privatizar a exploração do petróleo brasileiro, sacudiu a sociedade e trouxe para o centro da política a discussão sobre política econômica: nacionalistas X entreguistas se confrontavam no Congresso, nas ruas, nos quartéis e escolas.
As afirmativas a seguir referem-se ao período da campanha.
I Um lado exigia que o Estado tivesse o monopólio de toda a exploração, seus antagonistas, a quem chamavam "entreguistas", advogavam pela abertura do mercado para o capital estrangeiro.
II Em 1953, os nacionalistas obtiveram uma expressiva vitória com a criação da Petrobrás, a empresa teve o monopólio da exploração, do refino e do transporte de petróleo durante mais de quatro décadas.
III O escritor Monteiro Lobato foi um fervoroso apoiador da campanha, escrevendo inclusive o livro O poço do Visconde, no qual faz o petróleo jorrar em pleno sitio do pica-pau amarelo.
Estão corretas:
Os primeiros quarenta anos da República Oligárquica brasileira transcorreram sem qualquer transtorno sério e eficaz na obediência às normas políticas. Não houve interrupção nas eleições legislativas, não houve deposição de presidente antes de 1930, nem houve manifestações militares bem-sucedidas. Algumas tentativas de revolução da década de 1920, sim, embora todas fracassadas, violência na política local, sim, como é usual na política de sistemas oligárquicos, mas golpe de estado bem-sucedido, não.
Disponível em: https://doi.org/10.1590/S0011-52582013000100002. Acesso: 09 abr. 2024.
Assinale a opção que contribui decisivamente para o entendimento dessa estabilidade.
Simca Chambord
Um dia me pai chegou em casa,
Nos idos de 63
E da porta ele gritou orgulhoso,
Agora chegou a nossa vez
Eu vou ser o maior, comprei um
Simca Chambord
(...)
Meu pai comprou um carro,
Ele se chama Simca Chambord
E no caminho da escola eu ia tão contente
Pois não tinha nenhum carro
Que fosse na minha frente
Nem Gordini nem Ford
O bom era o Simca Chambord
O presidente João Goulart,
Um dia falou na TV
Que a gente ia ter muita grana
Para fazer o que bem entender
Eu vi um futuro melhor,
No painel do meu Simca Chambord
Mas eis que de repente, foi dado um alerta
Ninguém saía de casa e as ruas
Ficaram desertas
Eu me senti tão só, dentro do
Simca Chambord
Tudo isso aconteceu há mais de vinte anos
Vieram jipes e tanques que
Mudaram os nossos planos
Eles fizeram pior
Acabaram com o Simca Chambord
(trecho extraído da canção Sinca Chambord, Marcelo Nóvoa e Camisa de Vênus, 1986)
Assinale a única opção que NÃO corresponde a um traço característico do período:
Legenda: Primeira Missa no Brasil, de Vítor Meireles (1860). Coleções de Pintura Brasileira do Museu Nacional de Belas Artes. Disponível em: https://artsandculture.google.com/asset/primeiramissa-no-brasil-0012/IQFUWbm_Wu1XaA. Acesso: 09 abr. 2024.
Um(a) professor(a) de História dos últimos anos do Fundamental II vai trabalhar com o quadro A Primeira Missa no Brasil, pintado por Victor Meirelles e exibido no Salão de Paris em 1861. Para auxiliar a análise da turma, o/a docente afirmou alguns pontos.
Assinale a assertiva INCORRETA.
Disponível em: https://www.vestibulandoweb.com.br/historia/primeirarevolucao-industrial/#google_vignette. Imagem gerada por IA. Acesso: 09 abr. 2024.
A Revolução Industrial teve início na Grã-Bretanha por volta de 1750. Com ela pela primeira vez na história da humanidade, foram retirados os grilhões do poder produtivo das sociedades humanas, que daí em diante se tornaram capazes da multiplicação rápida e constante, e até o presente ilimitado, de homens, mercadorias e serviços. Este fato é hoje tecnicamente conhecido pelos economistas como a “partida para o crescimento autossustentável” (...)
(HOBSBAWM, A era das Revoluções – 1789/1848. Rio de Janeiro: Ed. Paz e Terra, 1977, p. 44.)
Ao espalhar-se pela Europa, em seguida pelos EUA e, por fim, por todo o mundo, essa lógica acabou por causar impactos de grande amplitude ao meio ambiente e a vida do planeta.
Entre os reflexos negativos da Revolução
Industrial no meio ambiente NÃO se encontra:
Observe o esquema a seguir, que sistematiza as relações entre absolutismo e mercantilismo.
Assinale a opção que completa o quadro do(a)
professor(a) nos quesitos meios e objetivos,
respectivamente:
Disponível em: https://www.officeholidays.com/holidays/simonbolivars-birthday. Acesso: 09 abr. 2024.
Todavia, ainda que a dinâmica interna das diferentes regiões seja distinta, a conjuntura internacional e as características do domínio colonial ibérico estabeleceram proximidades entre elas. Identifique se as assertivas a seguir estão corretas (C) ou incorretas (I).
I Apesar de Bolívar desejar a unidade política da hispano-América, como expressa na criação da Gran-Colômbia, em 1819 e na bandeira política do panamericanismo, essa perspectiva sofreu forte oposição dos criollos, elite branca local.
II A influência da Independência dos Estados Unidos e do Haiti foi um componente comum no processo de independência das Américas hispânica e portuguesa, ainda que sua absorção tenha resultado em perspectivas distintas nas duas regiões.
III Tendo na escravidão e em outras formas de trabalho compulsório o motor de sua riqueza, as elites agrárias do continente resistiram em proibir essa vil exploração. Na Colômbia, Venezuela e Equador a Abolição, por exemplo, só ocorreu na década de 1850.
IV A escolha pela República expressa, na América hispânica, a compreensão do tratamento desigual vivenciado pelos criollos. Mesmo brancos, eram alijados de cargos e possibilidades de inserção no mercado mundial em expansão.
V Na luso-américa a repressão violenta e bem-sucedida aos movimentos divergentes do projeto monárquico português, criou condições para que o poder se mantivesse no interior da casa real de ambos os lados do Atlântico.
De cima para baixo, a sequência correta é
I Os ideais iluministas e as práticas de cidadania durante a Revolução Francesa; as práticas de cidadania a partir da independência dos Estados Unidos
II Processo de formação, expansão e dominação do capitalismo no mundo: a industrialização e a concentração urbana, as políticas econômicas liberais
III As declarações dos Direitos Universais do Homem e os contextos de suas elaborações, os direitos das mulheres, dos jovens, das crianças, das etnias e das minorias culturais
A(s) assertiva(s) correta(s) é(são) apenas:
Observe o gráfico a seguir:
Disponível em: Banco Mundial, apud https://eleuterioprado.blog/tag/crise-economica/. Acesso: 09 abr. 2024.
Ele expressa a chegada, já em 1973, da grande crise do modelo econômico do pós-guerra. O mundo capitalista mergulha em uma profunda recessão. Desde então, ganham bastante terreno as ideias neoliberais.
As ideias neoliberais podem ser
compreendidas como aquelas que
I Não apenas os Maias, mas os Astecas e Incas desenvolveram complexos sistemas de escrita e registro de dados
II Diferentes povos, em diferentes regiões e épocas construíram cidades e desenvolveram técnicas agrícolas de alto rendimento
III Constituíram comunidades com hierarquias sociais e estruturas de poder definidas, mas desconheciam o uso da roda
E assinale
Como esclarece Arruda, quando o processo de mecanização ocorre em um dos ramos da produção, ele se difunde para outros ramos, especialmente naqueles setores industriais nos quais haja isolamento em virtude da divisão social do trabalho, de tal modo que cada um produz uma mercadoria independente, mas que constituem, no conjunto, um processo global de produção. O exemplo característico é o da tecelagem, que envolve o aprimoramento na produção de fios, o avanço das indústrias mecânicas para a produção de máquinas, o progresso da metalurgia para produzir o ferro, o desenvolvimento da mineração para extrair carvão mineral, o progresso das experiências químicas (para o aprimoramento das técnicas de branqueamento ou tinturaria) etc.
BEAUCLAIR, G. Raízes da indústria no Brasil. Rio de Janeiro: Studio F&S Editora, 1992. p. 13-14.
De acordo com o autor, a pré-indústria deve ser entendida como uma etapa em que a(o)
Não havia na época local instituído para apresentações públicas de música de tradição oral. Sabe-se dos cortejos populares que eram acompanhados de música, como os que aconteciam durante os dias de carnaval no Rio de Janeiro. A poesia e a música populares eram percebidas pelos intelectuais como práticas coletivas e anônimas de propriedade do “povo”, nasciam e cresciam tão naturalmente como uma planta ou uma árvore e eram apreciadas em praça pública ou nas ruas. Tal concepção fazia parte da mentalidade que predominava no final do século XVIII. Pensava-se que a autoria não era importante em se tratando de uma “arte popular”, porque ela pertenceria a todos, a todo o “povo” (das Volk dichtet, o povo produz a poesia).
MERHY, S. As transcrições das canções populares em Viagem pelo Brasil de Spix e Martius. Revista Brasileira de Música. Universidade Federal do Rio de Janeiro, v. 23/2, 2010. p. 177.
A expedição de Spix e Martius foi finalizada pouco antes dos eventos determinantes para a Independência do Brasil, e a análise de Silvio Merhy aponta características constitutivas de nossa formação social.
Nesse sentido, o texto aponta aspectos da cultura de época compatíveis com um(a)
Documentos da época, hoje guardados no Arquivo do Senado, em Brasília, revelam como a composição do campo brasileiro foi planejada. Os próprios senadores e deputados eram, em grande parte, senhores de terras. O senador Costa Ferreira (MA), por exemplo, discursou:
— Isso de repartir terras em pequenos bocados não é exequível. Só quem nunca foi lavrador é que pode julgar o contrário. São utopias. Ninguém vai para lá [o interior do país]. Ninguém se quer arriscar. [...] Os senadores afirmaram que o governo deveria fixar altos preços para as terras públicas colocadas à venda. O Visconde de Abrantes opinou:
— O preço deve ser elevado para que qualquer proletário que só tenha a força do seu braço para trabalhar não se faça imediatamente proprietário comprando terras por vil preço. Ficando inibido de comprar terras, o trabalhador de necessidade tem de oferecer seu trabalho àquele que tiver capitais para as comprar e aproveitar.
HÁ 170 anos, Lei de Terras [...]. Agência Senado. Disponível em https://www12.senado.leg.br/noticias/especiais/arquivo-s/ha-170-anos-lei-de- -terras-[...]. Acesso em: 5 mar. 2024. Adaptado.
A análise feita pela reportagem sobre a Lei de Terras de 1850 tangencia uma característica brasileira praticamente inalterada nos últimos 200 anos de nossa história.
Trata-se da
Com a aclamação do príncipe regente D. Pedro como imperador do Brasil, em 12 de outubro de 1822, começou a ser construída no imaginário político dos povos, outrora irmãos, a ideia de um império autônomo em terras americanas. [...] O processo de emancipação política representou o ponto de partida para a construção de uma ideia moderna de nação. [...] Essa polarização que exprimia um difuso sentimento antilusitano e antibrasileiro em imagens e escritos dos dois povos, agora reinos e nações separados, terminava por demonstrar em que se constituiu, em parte, o processo de emancipação política do Brasil. [...] À medida que se aprofundava a incompreensão recíproca, a possibilidade de manter-se a união entre Portugal e o Brasil tornou-se cada vez mais distante para ambos os lados. Incompatibilidade que se resolveu, como costuma ocorrer, pelo divórcio, talvez não tão amigável, como muitas vezes supôs a historiografia, pois envolveu lutas e disputas não só entre os dois lados do Atlântico, como também no próprio interior do Brasil. Mais difícil, porém, era a tarefa que restava, de construir e definir o Brasil: não mais como continuação de Portugal, mas dotado de identidade própria, que foi procurada pelo menos ao longo de todo o Oitocentos, em oposição ao ser português.
NEVES, L. M. P. B. Estado e política na independência. In: GRINBERG, K.; SALLES, R. (org.). O Brasil Imperial, 1808-1830. vol. I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2009. p. 129-131. Adaptado.
Segundo a autora, o processo de independência do Brasil
Considerando esse amplo período e seus efeitos para estruturação dos direitos sociais e políticos em nosso país, Vargas
Observada tal definição, reconhece-se que está inserida(o) no conceito de Estado Democrático de Direito a(o)
Ilê desfilou pela primeira vez no Carnaval de 1975, causando espanto entre as elites da Bahia e um despertar para a pauta racial em uma das cidades mais negras do país. “Fomos escoltados pela polícia e fomos vaiados pela população, com alguns aplausos tímidos em meio às vaias. Fomos considerados negros rebeldes que estavam espalhando racismo na cidade”, lembra Arany [Santana, 72, diretora licenciada do bloco]. [...] O jornal A Tarde, um dos mais tradicionais da cidade, publicou na época a nota “Bloco racista, nota destoante”, afirmando que o Ilê Aiyê havia proporcionado “um feio espetáculo” com uma “imprópria exploração” do tema do racismo no Carnaval. Anos depois, o jornal se retratou.
PITOMBO, J. P. Ilê Aiyê, 50, afrontou ditadura com bloco-manifesto e foi levante da Bahia negra no Carnaval. Folha de São Paulo, São Paulo, 07 fev. 2024. Adaptado. Disponível em: https://www1. folha.uol.com.br/cotidiano/2024/02/ile-aiye-50-afrontou-ditadura- -com-bloco-manifesto-e-foi-levante-da-bahia-negra-no-carnaval. shtml#comentarios. Acesso em: 8 fev. 2024.
Ao longo de nossa história, a relação entre racismo e democracia no Brasil
Essa sensação de intimidade da marchinha sintetiza o(a)