Questões de Concurso
Sobre aspectos linguísticos da língua brasileira de sinais em libras
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O intérprete pode utilizar a mão direita para fazer o sinal de "perguntar" sem expressões faciais, o que não altera o entendimento do sinal. Por exemplo, ao sinalizar "perguntar", o intérprete não precisa levantar as sobrancelhas ou inclinar a cabeça para que o sinal seja compreendido corretamente.
A adoção das tecnologias de comunicação assistiva na educação de surdos, particularmente a utilização de dispositivos de realidade aumentada (AR) e inteligência artificial (IA), é indispensável para mitigar as deficiências históricas no ensino de Libras, promovendo a interatividade e personalização do aprendizado, e permitindo que os alunos surdos superem as barreiras linguísticas e culturais profundamente enraizadas devido à longa marginalização institucional da Língua de Sinais.
A fonologia da Língua Brasileira de Sinais (Libras) incorpora a articulação simultânea de múltiplos parâmetros fonológicos, como configuração e orientação das mãos, ponto de articulação, movimento e expressões faciais não-manuais. Essa simultaneidade contrasta com a articulação sequencial dos fonemas em línguas orais, sublinhando a complexidade e a singularidade estrutural das línguas de sinais. A capacidade de integrar esses parâmetros de maneira concomitante exige um profundo entendimento das interações multimodais e das nuances contextuais que moldam o significado e a gramática em Libras.
A integração de ferramentas de processamento de linguagem natural (PLN) em contextos educacionais elimina a necessidade de intérpretes de Libras, pois essas tecnologias são capazes de proporcionar total acessibilidade aos alunos surdos.
O reconhecimento da Libras como língua materna dos alunos surdos e a língua portuguesa como segunda língua implica a necessidade de desenvolver políticas educacionais que respeitem a diversidade linguística, promovendo a identidade cultural e o desenvolvimento cognitivo dos alunos.
As línguas de sinais, incluindo a Libras, são reconhecidas como línguas naturais com todas as características linguísticas, tais como flexibilidade, versatilidade, arbitrariedade, descontinuidade, criatividade, produtividade, dupla articulação e dependência estrutural, desafiando a visão tradicional, que as considerava meras mímicas gestuais.
Julgue o item subsequente.
A utilização de técnicas de neurolinguística e estimulação magnética transcraniana eliminou a necessidade de intérpretes de Libras, pois essas tecnologias são suficientes para mediar a comunicação e aprendizagem dos alunos surdos no ambiente educacional.
A precisão na configuração das mãos é dispensável para a interpretação de sinais em Libras por parte dos intérpretes, sendo uma escolha meramente estética que não afeta a compreensão semântica ou sintática dos sinais. Por exemplo, um intérprete pode optar por qualquer configuração ao sinalizar termos técnicos em uma aula de biologia, sem comprometer a clareza e a exatidão do conteúdo transmitido aos alunos surdos.
As expressões faciais e corporais em Libras são elementos redundantes e ornamentais, sem exercer influência substancial na estrutura sintática ou semântica dos sinais, sendo meramente acessórios que não alteram o significado ou a gramática da comunicação em língua de sinais.
A morfologia da Libras utiliza mecanismos como a incorporação e a classificação para formar palavras. Esses processos morfológicos, distintos das línguas orais, permitem que a Libras expresse conceitos abstratos e específicos através da modificação espacial e do movimento das mãos, o que pode ser desafiador para interpretação em tempo real em contextos educacionais.
As propriedades cinésicas distintivas dos sinais na Língua Brasileira de Sinais (Libras), incluindo a direcionalidade, a amplitude, a frequência repetitiva e o plano tridimensional dos movimentos, apresentam nuances e variações que são intrinsecamente diversas das características paralinguísticas observadas na comunicação verbal de indivíduos ouvintes. Essas variações não apenas influenciam a semântica e a pragmática dos sinais, mas também refletem uma complexa interação entre fatores linguísticos e socioculturais que moldam a percepção e a produção de sinais pelos usuários de Libras.
A introdução da Língua de Sinais Francesa (LSF) no Brasil pelo professor surdo francês Eduardo Huet foi um marco crucial para o desenvolvimento da Libras e para a criação do primeiro Instituto de Surdos no país.
A utilização de jogos e atividades lúdicas no ensino de Libras não facilita a aprendizagem nem motiva os alunos, tornando o processo educativo menos dinâmico e interativo. Por exemplo, incorporar jogos de linguagem e atividades interativas nas aulas de Libras não contribui para o engajamento dos alunos nem melhora sua proficiência na língua de sinais.
A estrutura fonológica da Língua Brasileira de Sinais (Libras) é intrincada e multidimensional, abrangendo parâmetros essenciais como configuração das mãos, ponto de articulação, movimento, orientação das mãos e expressões não-manuais. Cada um desses parâmetros possui características específicas que interagem e influenciam diretamente o significado e a gramática dos sinais. A compreensão detalhada dessas interações é crucial para a proficiência em Libras e para a efetividade na comunicação com a comunidade surda.
A implementação de programas de educação bilíngue para surdos, que enfatizam o uso da Libras como primeira língua e o Português como segunda, enfrenta desafios significativos devido à falta de material didático especializado e à insuficiente formação de professores bilíngues qualificados.
Julgue o item subsequente.
A Libras não pode ser considerada uma língua materna para os surdos brasileiros, pois carece de um sistema linguístico autônomo e depende intrinsecamente do português para ser aprendida e utilizada, não possuindo, portanto, a complexidade e a autonomia necessárias para funcionar como uma língua independente.