Questões de Literatura - Arcadismo para Concurso
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O dualismo, o bifrontismo, o fusionismo, o feísmo, a religiosidade mesclada com a sensualidade, o niilismo temático, a pobreza ou a ausência de assunto, o rebuscamento da forma, a ornamentação estilística, a produção em prosa foi qualitativamente superior à poesia.
Trata-se de:
“Simplicidade, clareza e equilíbrio; volta aos modelos clássicos greco-romanos; pastoralismo; bucolismo; poesia descritiva e objetiva”.
Essas são algumas características do:
Texto 7
INSONE
Noite feia. Estou só. Do meu leito no abrigo
cai a luz amarela e doentia do luar;
tediosa os olhos fecho, a ver, se, assim, consigo,
por momentos sequer, o sono conciliar.
Da janela transpondo o entreaberto postigo
entra um perfume humano impelido pelo ar...
“és tu meu casto Amor? és tu meu doce amigo,
que a minha solidão vens agora povoar?”
A insônia me alucina, ando num passo incerto:
“és tu que vens... és tu! – reconheço esse odor...”
corro à porta, escancaro-a: acho a treva e o Deserto.
E este aroma que é teu, aspirando, suponho
que a essência da tua alma, ó meu divino Amor!
para mim se exalou no transporte de um sonho.
(MACHADO, Gilka. Poesia completa. Prefácio de Maria Lúcia Dal Farra. São Paulo: V. de Mendonça Livros, 2017. p. 128.)
Leia o poema "O prazer", correspondente ao rondó XXIV do livro Glaura, cujo autor é o poeta árcade Manoel Inácio da Silva Alvarenga, mineiro nascido em Vila Rica, capitania de Minas Gerais, em 1749.
O prazer
Sobre o feno recostado
Descansando afino a lira ESTRIBILHO
Que respira com ternura Pouca terra cultivada
Na doçura do prazer Me agrade com seus frutos;
Mas os olhos tenho enxutos,
Amo a simples Natureza: Quanto agrada assim viver!
Busquem outros a vaidade
Nos tumultos da cidade O meu peito só deseja
Na riqueza e no poder. Doce paz neste retiro;
Por delícias não suspiro
Desse pélago furioso Onde a inveja faz tremer!
Não me assustam os perigos, [...]
Nem dos ventos inimigos
O raivoso combater.
[...]
ALVARENGA, Manuel Inácio da. Glaura. Poemas eróticos. Lisboa. Lisboa: Of. Nunesiana,
1799, p. 93.
Nos versos, NÃO se identifica, implícita ou explicitamente, a defesa do ideal arcádico denominado
Assinale a alternativa que corresponde à fase literária à qual se refere a sentença abaixo:
“Os artistas deste período atribuíram à arte uma função social. Em suas obras, procuraram refletir sobre a realidade sócio-histórica, promover debate e, assim, contribuir para mudanças sociais. Têm um posicionamento impessoal e sem idealizações românticas.”