Questões de Literatura - Escolas Literárias para Concurso

Foram encontradas 868 questões

Ano: 2019 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2019 - ESPM - Vestibular 2020/1 - SP |
Q1795602 Literatura
Imagem associada para resolução da questão
Abaporu, Tarsila do Amaral

O herói deu um espirro e botou corpo. Foi desempenando crescendo fortificando e ficou do tamanho dum home taludo. Porém a cabeça não molhada ficou pra sempre rombuda e com carinha enjoativa de piá.
(Mário de Andrade, Macunaíma, capítulo II)
As lágrimas escorregando pelas faces infantis, do herói iam lhe batizar a peitaria cabeluda. Então ele suspirava sacudindo a cabecinha: — Qual, manos! Amor primeiro não tem companheiro, não!...
(Mário de Andrade, Macunaíma, capítulo IV)
A partir da imagem e dos excertos, verifique as afirmações abaixo:
I. O quadro de Tarsila do Amaral usa uma figura nua que pode ser interpretada como mal desenvolvida intelectualmente (cabeça pequena), com destaque para o trabalho braçal (mãos grandes) e para ligação à terra (pés enormes). II. Os textos de Macunaíma estabelecem um paralelo com a tela de Tarsila do Amaral, uma vez que o herói é apresentado com corpo adulto e com cabeça de criança. III. Tanto o quadro de Tarsila do Amaral quanto os fragmentos de Mário de Andrade confirmam a proposta da 1.ª geração modernista brasileira de resgatar certos fundamentos do Movimento Antropofágico, como a idealização do índio.
É correto o que se afirma em:
Alternativas
Q1791729 Literatura

Leia o texto e responda à questão.


SONETO


Pálida à luz da lâmpada sombria,

Sobre o leito de flores reclinada,

Como a lua por noite embalsamada,

Entre as nuvens do amor ela dormia!


Era a virgem do mar, na escuma fria

Pela maré das águas embalada!

Era um anjo entre nuvens d'alvorada

Que em sonhos se banhava e se esquecia!


Era a mais bela! Seio palpitando...

Negros olhos as pálpebras abrindo...

Formas nuas no leito resvalando...


Não te rias de mim, meu anjo lindo!

Por ti - as noites eu velei chorando,

Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! 


AZEVEDO, Álvares de. 1853. Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/11434/soneto-palida-a-luz-da-lampada-sombria..


O texto é um poema do tipo soneto. Quanto aos sonetos na literatura brasileira, assinale a alternativa que melhor descreve os usos desse tipo de poema.
Alternativas
Q1791728 Literatura

Leia o texto e responda à questão.


SONETO


Pálida à luz da lâmpada sombria,

Sobre o leito de flores reclinada,

Como a lua por noite embalsamada,

Entre as nuvens do amor ela dormia!


Era a virgem do mar, na escuma fria

Pela maré das águas embalada!

Era um anjo entre nuvens d'alvorada

Que em sonhos se banhava e se esquecia!


Era a mais bela! Seio palpitando...

Negros olhos as pálpebras abrindo...

Formas nuas no leito resvalando...


Não te rias de mim, meu anjo lindo!

Por ti - as noites eu velei chorando,

Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo! 


AZEVEDO, Álvares de. 1853. Disponível em: https://www.escritas.org/pt/t/11434/soneto-palida-a-luz-da-lampada-sombria..


Quanto ao movimento literário ao qual pertenceu esse poema, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Ano: 2019 Banca: ESPM Órgão: ESPM Prova: ESPM - 2019 - ESPM - Vestibular 2020/1 - RS |
Q1788875 Literatura
Para desvirginar o labirinto Do velho e metafísico Mistério, Comi meus olhos crus no cemitério, Numa antropofagia de faminto!
A digestão desse manjar funéreo Tornado sangue transformou-me o instinto De humanas impressões visuais que eu sinto, Nas divinas visões do íncola¹ etéreo²!
Vestido de hidrogênio incandescente, Vaguei um século, improficuamente³, Pelas monotonias siderais...
Subi talvez às máximas alturas, Mas, se hoje volto assim, com a alma às escuras, É necessário que ainda eu suba mais!
(“Solilóquio de um Visionário”, de Augusto dos Anjos, Eu e Outras Poesias)
¹íncola: habitante
²etéreo: referente ao céu ³improficuamente: inutilmente
Augusto dos Anjos é um poeta contextualizado no Pré-Modernismo, época literária em que houve um entrecruzamento de várias posturas artísticas. Assinale a opção que traz um aspecto de estilo não incorporado no poema acima.
Alternativas
Q1788723 Literatura
“Mais tarde tive notícias dele. Mandava-me dizer que lá me esperava. Sim, Barão!... Hei de voltar, um dia. E havemos de tornar a perder-nos pelos caminhos sombrios do nosso sonho e da nossa loucura; e mais uma vez havemos de cantar às estrelas, e dar a vida para ires depor outro botão de rosa na alta janela na tua Bela Adormecida!...” O trecho exposto de “O barão”, de Branquinho da Fonseca, atesta a constituição de uma narrativa na qual, conforme o crítico literário Massaud Moisés (2008), em “A literatura portuguesa”, “fundindo o real e o ideal, o universo das formas sensíveis com o das formas intuíveis, o escritor cria um surrealismo poético, que emana da própria sondagem no interior das realidades palpáveis”. Por tais características estilísticas e pela influência da própria época de suas produções ficcionais, o autor vincula-se ao movimento artístico-literário português que levou o nome de:
Alternativas
Q1788721 Literatura
Conta o médico Fernandes Figueira, no livro “Velaturas” (com o pseudônimo de Alcides Flávio), que seu amigo Aluísio de Azevedo o consultou, durante a composição de “O homem”, sobre o envenenamento por estricnina; mas não seguiu as indicações recebidas. Apesar do escrúpulo informativo do naturalismo, desrespeitou os dados da ciência e deu ao veneno uma ação mais rápida e mais dramática, porque necessitava que assim fosse para o seu desígnio. (CANDIDO, 2000, p. 12.) Em “Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária”, Antônio Candido evoca o episódio envolvendo o escritor que introduziu o naturalismo na literatura brasileira para elucidar que:
Alternativas
Q1785870 Literatura
O menor poema da língua é do modernista Oswald de Andrade, formado pelo título e uma palavra:
AMOR Humor
Acerca da linguagem modernista pode-se afirmar que:
Alternativas
Ano: 2021 Banca: UEG Órgão: UEG Prova: UEG - 2021 - UEG - Processo Seletivo UEG |
Q1783283 Literatura

Leia o excerto poético e observe a imagem para responder à questão.


                                                                 Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,

                                                                 Que viva de guardar alheio gado,

                                                                 De tosco trato, e dos sóis queimado.

                                                                 Tenho próprio casal e nele assisto;

                                                                 Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;

                                                                 Das brancas ovelhinhas tiro o leite,

                                                                 E mais as finas lãs, de que me visto.

                                                                                 Graças, Marília bela

                                                                                 Graças à minha estrela.


GONZAGA, Tomás Antônio. Lira I. In: A poesia dos inconfidentes. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 7



O excerto e a imagem se filiam ao Arcadismo pelo fato de
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Q1781732 Literatura
Sobre o poeta baiano Castro Alves, da corrente literária Romantismo, assinale V, se verdadeiro, ou F, se falso, nas assertivas abaixo:
( ) O poeta compartilhava com os intelectuais de sua época um sentimento humanitário em relação aos negros escravizados, tema que abordou em poemas célebres. ( ) A sua poesia lírico-amorosa, outra vertente de sua obra, propunha uma concepção de amor diferente daquela defendida pelos românticos das fases anteriores, já que os poemas de Castro Alves apresentam mulheres sensuais, dotadas de erotismo e de sentimentos intensos. ( ) O tom grandiloquente dos versos de Castro Alves é marcado por figuras de linguagem que remetem a uma natureza impressionante: astros, oceano, tufão, condor, águia, etc. ( ) Castro Alves usa uma grande dramaticidade em Navio negreiro, a fim de expressar o horror do eu-lírico diante da crueldade humana: “Senhor Deus dos desgraçados! //Dizei-me vós, Senhor Deus! //Se é loucura... se é verdade //Tanto horror perante os céus?!”
A ordem correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é
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Q1780622 Literatura
“A valorização da cultura clássica; a objetividade; descrever de forma detalhada as cenas e os objetos; busca da perfeição; arte pela arte; valorização da metrificação; presença da impessoalidade; linguagem rebuscada, culta e refinada; rejeição ao lirismo; preferência por sonetos”.
Estas são algumas características do: 
Alternativas
Q1779231 Literatura
Assinale a alternativa, onde temos, sequencialmente, representantes da 1ª, 2ª e 3ª gerações modernistas.

Alternativas
Q1778571 Literatura
Uma das características da arte literária barroca é o Gongorismo, definido como:
Alternativas
Q1776667 Literatura
Assinale a alternativa correta em relação a Relato de um certo Oriente, de Milton Hatoum.
Alternativas
Q1776666 Literatura

Acerca dos personagens de Clara dos Anjos, de Lima Barreto, considere as seguintes afirmativas:


1. Clara dos Anjos é uma moça que tem dezessete anos no início da trama; viveu toda sua vida no subúrbio e foi criada de maneira rígida, sem ter permissão para sair de casa sozinha.

2. Salustiana Baeta de Azevedo é uma mulher que se julga superior a todos os outros habitantes do subúrbio e que protege seu filho Cassi Jones mesmo contra a vontade do marido.

3. Marramaque é um pequeno funcionário público, padrinho de Clara e amigo do pai dela; desde o início da trama, Marramaque demonstra repulsa por Cassi Jones, que arquiteta seu assassinato.

4. Cassi Jones é um cantador de modinhas malandro típico do Rio de Janeiro do início do século XX, capaz de circular com desenvoltura tanto no subúrbio, onde vive, como no centro da cidade.


Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Q1776665 Literatura
A respeito do romance Casa de Pensão, de Aluísio Azevedo, é correto afirmar que:
Alternativas
Q1776664 Literatura
A respeito da temática da violência nos contos de Sagarana, de Guimarães Rosa, assinale a alternativa correta.
Alternativas
Q1776099 Literatura

Leia, a seguir, o trecho da obra Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto.

“O que mais a impressionou no passeio foi a miséria geral, a falta de cultivo, a pobreza das casas, o ar triste, abatido da gente pobre. Educada na cidade, ela tinha dos roceiros ideia de que eram felizes, saudáveis e alegres. Havendo tanto barro, tanta água, por que as casas não eram de tijolos e não tinham telhas? Era sempre aquele sapê sinistro e aquele "sopapo" que deixava ver a trama de varas, como o esqueleto de um doente. Por que, ao redor dessas casas, não havia culturas, uma horta, um pomar? Não seria tão fácil, trabalho de horas? E não havia gado, nem grande nem pequeno. Era raro uma cabra, um carneiro. Por quê? Mesmo nas fazendas, o espetáculo não era mais animador. Todas soturnas, baixas, quase sem o pomar olente e a horta suculenta. A não ser o café e um milharal, aqui e ali, ela não pôde ver outra lavoura, outra indústria agrícola. Não podia ser preguiça só ou indolência. Para o seu gasto, para uso próprio, o homem tem sempre energia para trabalhar. As populações mais acusadas de preguiça, trabalham relativamente. Na África, na Índia, na Cochinchina, em toda parte, os casais, as famílias, as tribos, plantam um pouco, algumas coisas para eles. Seria a terra? Que seria? E todas essas questões desafiavam a sua curiosidade, o seu desejo de saber, e também a sua piedade e simpatia por aqueles párias, maltrapilhos, mal alojados, talvez com fome, sorumbáticos!…” (BARRETO, Lima, 1983 [1915], p. 61 e 62).

Podemos observar no trecho algumas características como: linguagem coloquial, que apresenta elementos da realidade brasileira, personagens marginalizados e espaços interioranos, com temáticas históricas, sociais, políticas e econômicas. De acordo com a linguagem, a que movimento pertence Lima Barreto?
Alternativas
Q1776098 Literatura

Leia o trecho a seguir do romance Esaú e Jacó, de Machado de Assis, escritor do realismo brasileiro.


“Natividade e Perpétua conheciam outras partes, além de Botafogo, mas o Morro do Castelo, por mais que ouvissem falar dele e da cabocla que lá reinava em 1871, era-lhes tão estranho e remoto como o clube. O íngreme, o desigual, o mal calçado da ladeira mortificavam os pés às duas pobres donas. Não obstante, continuavam a subir, como se fosse penitência, devagarinho, cara no chão, véu para baixo. A manhã trazia certo movimento; mulheres, homens, crianças que desciam ou subiam, lavadeiras e soldados, algum empregado, algum lojista, algum padre, todos olhavam espantados para elas, que aliás vestiam com grande simplicidade; mas há um donaire que se não perde, e não era vulgar naquelas alturas. A mesma lentidão do andar, comparada à rapidez das outras pessoas, fazia desconfiar que era a primeira vez que ali iam. Uma crioula perguntou a um sargento: ‘Você quer ver que elas vão à cabocla?’ E ambos pararam a distância, tomados daquele invencível desejo de conhecer a vida alheia, que é muita vez toda a necessidade humana” (ASSIS, Machado, 1904, p. 1 e 2).

Com base no trecho lido, assinale a alternativa que contém uma característica do movimento realista. 

Alternativas
Q1776096 Literatura
Numa passagem rápida pela História, verifica-se que a concepção de trabalho humano foi sendo alterada ao longo dos tempos. Entre outros conceitos, passou do sentido de subsistência (I) ao da condenável escravidão (II), perpassando pela atuação dos servos na Idade Média (III), pela valorização do artífice no período renascentista (IV), pela visão do homem como proprietário do “trabalho de seu corpo e da obra de suas mãos”, na visão iluminista de John Locke (V), chegando à ideia de trabalho digno, que enobrece o indivíduo e pode retirá-lo da vadiagem e dos vícios (VI), como fica patente no Código Penal de 1940, e à de “força de trabalho” como mercadoria (VII), própria do capitalismo. Na obra Cinzas do Norte, de Milton Hatoum, relata-se um embate entre pai e filho, envolvendo duas dessas diferentes representações de trabalho, que estão indicadas em qual das alternativas? 
Alternativas
Q1759296 Literatura

Texto para a questão:


CAÇADA

           Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade. Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem. Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor de cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência. 

           Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas, que descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.

           Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

           [...]

           Ali por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol.

           Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco.

           Batia os flancos com a larga cauda, e movia a cabeça monstruosa, como procurando uma aberta entre a folhagem para arremessar o pulo; uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes amarelos; as ventas dilatadas aspiravam fortemente e pareciam deleitar-se já com o odor do sangue da vítima.

           O índio, sorrindo e indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só desses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade do olhar revelava um pensamento de defesa.

           Assim, durante um curto instante, a fera e o selvagem mediram-se mutuamente, com os olhos nos olhos um do outro; depois o tigre agachou-se, e ia formar o salto, quando a cavalgata apareceu na entrada da clareira.

          Então o animal, lançando ao redor um olhar injetado de sangue, eriçou o pelo, e ficou imóvel no mesmo lugar, hesitando se devia arriscar o ataque. O guarani. São Paulo: Ática, 1995.

Todas as informações abaixo têm relação com o Romantismo brasileiro, exceto uma. Marque-a:
Alternativas
Respostas
321: D
322: C
323: B
324: A
325: C
326: C
327: C
328: C
329: A
330: C
331: B
332: D
333: A
334: D
335: C
336: B
337: E
338: D
339: E
340: C