Questões de Literatura para Concurso

Foram encontradas 1.139 questões

Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cujubim - RO
Q1192722 Literatura
Representante da poesia Árcade brasileira:
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Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Itaguara - MG
Q1189759 Literatura
O livro conta a história de Eugênio e Olívia, dois médicos que sofrem as angústias do mundo moderno. O livro divide-se em duas partes: na primeira, ocorre o cruzamento de dois níveis temporais – o presente (Eugênio dentro do carro em direção ao hospital) e o passado (sua vida de infância, seus traumas, o conhecimento de Olívia, o casamento com Eunice, a frustração, o sentimento de se ter vendido para vencer); a segunda parte desenvolve-se de maneira mais linear, embora o passado se misture ao presente através das cartas de Olívia e pela presença da filha. Assim, nessa narrativa de vários planos temporais, entrelaça-se uma crítica à sociedade fútil e vazia, ao acúmulo de riquezas e à consequente hipocrisia das relações sociais. Nesse mundo em crise, a voz de Olívia representaria a mensagem do próprio autor, simbolizada na metáfora do título. Uma mensagem de otimismo, de confiança, que Eugênio só compreenderá no final. 
É sintomático que o herói do romance, Eugênio, seja médico. O médico tornou-se, na sociedade atual, aquele mediador entre a ciência, a técnica e o sentimento humanitário. Pensando primeiro em si mesmo, egoisticamente, Eugênio evolui para a solidariedade, através das colocações de Olívia, que mesmo depois de morta, é uma personagem presente no romance, fazendo contraponto com Eugênio. A obra citada é:   
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Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Pitangueiras - SP
Q1189508 Literatura
Conta o médico Fernandes Figueira, no livro “Velaturas” (com o pseudônimo de Alcides Flávio), que seu amigo Aluísio de Azevedo o consultou, durante a composição de “O homem”, sobre o envenenamento por estricnina; mas não seguiu as indicações recebidas. Apesar do escrúpulo informativo do naturalismo, desrespeitou os dados da ciência e deu ao veneno uma ação mais rápida e mais dramática, porque necessitava que assim fosse para o seu desígnio. (CANDIDO, 2000, p. 12.) Em “Literatura e sociedade: estudos de teoria e história literária”, Antônio Candido evoca o episódio envolvendo o escritor que introduziu o naturalismo na literatura brasileira para elucidar que: 
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Ano: 2016 Banca: FAU Órgão: Câmara de Godoy Moreira - PR
Q1189362 Literatura
Dias Gomes ficou conhecido em todo o país pelo trabalho na dramaturgia. Foi casado com uma escritora de teledramaturgia, que assinava suas obras com o nome de:   
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Ano: 2019 Banca: CONSULPLAN Órgão: Prefeitura de Pitangueiras - SP
Q1188977 Literatura
“Mais tarde tive notícias dele. Mandava-me dizer que lá me esperava. Sim, Barão!... Hei de voltar, um dia. E havemos de tornar a perder-nos pelos caminhos sombrios do nosso sonho e da nossa loucura; e mais uma vez havemos de cantar às estrelas, e dar a vida para ires depor outro botão de rosa na alta janela na tua Bela Adormecida!...” O trecho exposto de “O barão”, de Branquinho da Fonseca, atesta a constituição de uma narrativa na qual, conforme o crítico literário Massaud Moisés (2008), em “A literatura portuguesa”, “fundindo o real e o ideal, o universo das formas sensíveis com o das formas intuíveis, o escritor cria um surrealismo poético, que emana da própria sondagem no interior das realidades palpáveis”. Por tais características estilísticas e pela influência da própria época de suas produções ficcionais, o autor vincula-se ao movimento artístico-literário português que levou o nome de: 
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Ano: 2018 Banca: MS CONCURSOS Órgão: Câmara de Itaguara - MG
Q1188819 Literatura
Quanto à versificação, atribua (V) para verdadeiro ou (F) para falso aos itens e assinale a alternativa correta:  
( ) Em poemas, as palavras podem ser utilizadas em sentido figurado, também chamado sentido conotativo. 
(  ) Metro é a extensão da linha poética, o número sílabas do verso. 
(  ) Versificação é a arte de fazer versos. 
(  ) Verso é o nome da linha do poema. Assim, cada linha constitui um verso. 
(  ) Ritmo é a música do verso. Para que um verso tenha ritmo, usam-se sílabas fracas, com intervalos regulares. A sequência rigorosa dessas sílabas é que dá ao verso música, harmonia e beleza. 
( ) Rima é a identidade ou semelhança de sons, a partir da vogal tônica, entre duas ou mais palavras. 
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Ano: 2018 Banca: IBADE Órgão: Prefeitura de Cujubim - RO
Q1187722 Literatura
Em teoria literária, usa-se o termo CATARSIS. Este termo, um tanto técnico, tem sua origem: 
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Ano: 2017 Banca: CONPASS Órgão: Prefeitura de Gurjão - PB
Q1184468 Literatura
Pode ser considerado o primeiro romancista brasileiro. Em 1844, mesmo ano em que se formou em Medicina, lança sua primeira e mais célebre obra: “A moreninha”. Estamos nos referindo a: 
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Ano: 2017 Banca: FEPESE Órgão: Prefeitura de Chapecó - SC
Q1183538 Literatura
Relacione as colunas 1 e 2 abaixo:
Coluna 1 Obras 1. Contos Gauchescos 2. O Continente 3. Memórias quase póstumas de Machado de Assis
Coluna 2 Descrição ( ) Blau Nunes conta as histórias que viveu ou ouviu ao longo de sua experiência nos pampas. É um vaqueiro, pertence às classes não favorecidas e usa a linguagem típica do povo gaudério. ( ) O primeiro capítulo, intitulado “Saldo de duas vidas”, apresenta claramente a intertextualidade com um clássico da literatura brasileira, na qual o narrador relata seu óbito. Vê-se nesse capítulo uma clara intertextualidade com a obra original. ( ) Com este personagem, que por vezes é narrador também, adentramos no folclore pampeano sem sairmos de nossos lugares, desvendamos os mistérios dos tesouros, dos encantamentos e conhecemos lugares jamais imaginados como a furna que existe em um dos cerros do Jarau. ( ) As páginas do romance são aulas de escrita, com exemplos de construção de personagem, com o entrelaçamento de monólogos interiores junto com ação e diálogos de uma maneira orgânica. Em seu volume 1, descreve os primeiros personagens do que viria a ser formada futuramente a árvore genealógica de umafamília muito importante na trama da história. ( ) A fotocronologia surge como um modo inovador para trabalhar o ensino de Literatura em sala de aula, na medida em que se trata do relato da vida de alguém, recorrendo às fotografias e eventos presentes em suas memórias.
Assinale a alternativa que indica a sequência correta, de cima para baixo.
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Ano: 2017 Banca: ADVISE Órgão: Câmara de Brejão - PE
Q1183267 Literatura
Leia o fragmento textual a seguir:    Foi uma poetisa e contista brasileira contemporânea, e sua primeira obra “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” foi publicada quando tinha mais de 70 (setenta) anos. Após sua morte, a casa onde viveu os últimos anos de vida foi transformada em Museu e reconhecida pela UNESCO como Patrimônio Histórico da Humanidade.    O trecho acima faz referência a: 
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Ano: 2018 Banca: FADESP Órgão: Prefeitura de Marabá - PA
Q1182163 Literatura
Cora Coralina
por Daniela Diana
Cora Coralina foi uma poetisa e contista brasileira contemporânea. Escritora das coisas simples, ela é considerada uma das mais importantes do país.
Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas nasceu na Cidade de Goiás, dia 20 de agosto de 1889.
Era filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães Peixoto e de Jacyntha Luiza do Couto Brandão. Com apenas um mês de vida seu pai veio a falecer.
Fez o primário na Escola da Mestre Silvina. Em 1900, mudou-se com sua família para a cidade de Mossâmedes. Foi na adolescência que Ana começou a escrever e a participar de ciclos literários.
No entanto, sua primeira obra “Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais” foi publicada quando ela tinha 76 anos. Durante a maior parte de sua vida foi doceira.
Com dezenove anos, criou o jornal de poemas femininos “A Rosa”, ao lado de suas amigas: Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana. A partir daí, começa a escrever contos e crônicas com o pseudônimo Cora Coralina.
No mesmo ano, 1907, ela assume a vice-presidência do gabinete literário goiano. Em 1910, Cora publicou o conto “Tragédia na Roça”.
Nesse mesmo ano, conheceu o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas e passam a viver no Estado de São Paulo. Casaram-se em 1925 e com ele teve seis filhos, sendo que dois deles morreram. Em 1932, Cora participa da Revolução Constitucionalista em São Paulo.
Em 1934, falece seu marido no interior de São Paulo, na cidade de Palmital. Na capital paulista conhece o editor José Olympio e passa a vender livros.
Em 1936, Coralina passa a viver no interior, na cidade de Penápolis. Mais tarde, mudou-se para Andradina, também no interior, e ali abre uma loja de tecidos.
Em Andradina, Cora começa a escrever para o jornal da cidade e ainda, se candidata a vereadora em 1951. Cinco anos depois, decide voltar a sua cidade natal.
Em 1970, ela toma posse da cadeira número 5 da Academia Feminina de Letras e Artes de Goiás. E, em 1981 recebe o Troféu Jaburu através do Conselho Estadual de Cultura de Goiás.
No ano seguinte, recebe o Prêmio de Poesia em São Paulo. Pela Universidade de Goiás, Cora Coralina foi agraciada com o título de Doutora Honoris Causa.
Em 1984 recebe o Troféu Juca Pato, sendo a primeira escritora do país a recebê-lo. Nesse mesmo ano, ingressa na Academia Goiana de Letras, ocupando a cadeira número 38.
Faleceu em Goiânia, em 10 de abril de 1985, com 95 anos, vítima de pneumonia.
Você Sabia?
Após sua morte, a casa onde viveu os últimos anos de vida foi transformada no Museu Cora Coralina. Em 2001, a moradia na cidade de Goiás foi reconhecida pela Unesco como Patrimônio Histórico da Humanidade.
Disponível em https://www.todamateria.com.br/cora-coralina/ Acessado em 16/11/2018 Texto adaptado
O nome verdadeiro de Cora Coralina era 
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Q1173236 Literatura
O Romantismo brasileiro é subdividido por três gerações distintas. Assinale a opção em que a afirmativa não é adequada:
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Q1171691 Literatura
Leia as estrofes e identifique as escolas literárias em que se enquadram, respectivamente:
I- "rosa rilke raimundo correia         
     Uma pálpebra,    
Mais uma, mais outras,
     enfim, dezenas
de pálpebras sobre pálpebras
     tentando fazer
das minhas trevas
     alguma coisa a mais
que lágrimas."
II- "merda e ouro
     Merda é veneno,
No entanto, não há nada
     que seja mais bonito
     que uma bela cagada.
Cagam ricos, cagam padres,
     cagam reis e cagam fadas.
Não há merda que se compare
     à bosta da pessoa amada."
III- "Que o pólen de ouro dos mais finos astros
      Fecunde e inflame a rima clara e ardente ...
      Que brilhe a correção dos alabastros
      Sonoramente, luminosamente."
IV- "Invejo o ourives quando escrevo:
       Imito o amor
       Com que ele em ouro o alto relevo
       Faz de uma flor." 
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Q1165023 Literatura
Assinale a opção que apresenta corretamente duas tendências da literatura contemporânea.
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Q1165022 Literatura

O texto a seguir é um trecho de uma entrevista concedida por Janet M. Paterson à revista Aletria.


      Aletria — Vários críticos, tais como Lacan, Derrida, Levinas, Deleuze, Lévi-Strauss, Bhabha e Spivak, têm discutido a questão da alteridade e as implicações das teorizações baseadas nas percepções do outro. Quais são as bases teóricas de sua pesquisa sobre figurações da alteridade?

      Janet M. Paterson — O trabalho do sociossemioticista francês Eric Landowski forneceu o arcabouço conceitual de meu livro. Em Présences de l’Autre: essais de socio-sémiotique, Landowski estuda casos reais de alteridade em Paris, tais como os moradores de rua ou os artistas da região do Centre Pompidou. Isso lhe permitiu elaborar uma metodologia extremamente requintada e precisa que me pareceu muito útil. Mencionarei alguns de seus principais conceitos: a distinção entre diferença e alteridade (distinção que permite a Landowski conceituar alteridade); a necessidade de um grupo de referência (um grupo social dominante) para a existência de qualquer forma de alteridade; e a complexidade dos vários tipos de relações estabelecidas com o outro. Acima de tudo, eu era continuamente lembrada de que na literatura, assim como na sociedade, a alteridade é sempre uma construção.

Na teoria literária, a emergência da noção de alteridade vincula-se teoricamente de modo mais expressivo aos textos produzidos no 

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Q1165019 Literatura

    O séc. XX instaura um corte na episteme do século que o antecede ao modificar radicalmente o rumo dos estudos literários. Em vez da concepção de literatura como epifenômeno social ou como ramo de uma ciência hegemônica da qual todas as outras disciplinas derivassem, ou, ainda, como projeção narcísica do sujeito fruidor, dá-se ênfase agora à produção do discurso e às diferenciações discursivas e, em consequência, às indagações acerca da especificidade da literatura e da relação que esta mantém com a “realidade”, em contraposição a outras modalidades de discurso. Nesse contexto, surgem duas linhas de abordagem do literário, conforme a orientação teórica que as caracteriza predominantemente: as abordagens de cunho prevalentemente linguístico e as de cunho prevalentemente cultural, como as distingue Luiz Costa Lima, sem, contudo, deixar de assinalar os traços comuns que as correlacionam.

Sônia Lúcia Ramalho de Farias Graphos v 10,

n º 2 João Pessoa, dez /2008 (com adaptações)

A abordagem literária de cunho prevalentemente cultural mencionada no texto inclui

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Q1139166 Literatura

                                                 TEXTO II

                                                 A caçada


      Quando a cavalgata chegou à margem da clareira, aí se passava uma cena curiosa.

      Em pé, no meio do espaço que formava a grande abóbada de árvores, encostado a um velho tronco decepado pelo raio, via-se um índio na flor da idade.

      Uma simples túnica de algodão, a que os indígenas chamavam aimará, apertada à cintura por uma faixa de penas escarlates, caía-lhe dos ombros até ao meio da perna, e desenhava o talhe delgado e esbelto como um junco selvagem.

      Sobre a alvura diáfana do algodão, a sua pele, cor do cobre, brilhava com reflexos dourados; os cabelos pretos cortados rentes, a tez lisa, os olhos grandes com os cantos exteriores erguidos para a fronte; a pupila negra, móbil, cintilante; a boca forte mas bem modelada e guarnecida de dentes alvos, davam ao rosto pouco oval a beleza inculta da graça, da força e da inteligência.

      Tinha a cabeça cingida por uma fita de couro, à qual se prendiam do lado esquerdo duas plumas matizadas que, descrevendo uma longa espiral, vinham roçar com as pontas negras o pescoço flexível.

      Era de alta estatura; tinha as mãos delicadas; a perna ágil e nervosa, ornada com uma axorca de frutos amarelos, apoiava-se sobre um pé pequeno, mas firme no andar e veloz na corrida. Segurava o arco e as flechas com a mão direita calda, e com a esquerda mantinha verticalmente diante de si um longo forcado de pau enegrecido pelo fogo.

      Perto dele estava atirada ao chão uma clavina tauxiada, uma pequena bolsa de couro que devia conter munições, e uma rica faca flamenga, cujo uso foi depois proibido em Portugal e no Brasil.

      Nesse instante erguia a cabeça e fitava os olhos numa sebe de folhas que se elevava a vinte passos de distância, e se agitava imperceptivelmente.

      Ali por entre a folhagem, distinguiam-se as ondulações felinas de um dorso negro, brilhante, marchetado de pardo; às vezes viam-se brilhar na sombra dois raios vítreos e pálidos, que semelhavam os reflexos de alguma cristalização de rocha, ferida pela luz do sol.

      Era uma onça enorme; de garras apoiadas sobre um grosso ramo de árvore, e pés suspensos no galho superior, encolhia o corpo, preparando o salto gigantesco.

      Batia os flancos com a larga cauda, e movia a cabeça monstruosa, como procurando uma aberta entre a folhagem para arremessar o pulo; uma espécie de riso sardônico e feroz contraía-lhe as negras mandíbulas, e mostrava a linha de dentes amarelos; as ventas dilatadas aspiravam fortemente e pareciam deleitar-se já com o odor do sangue da vítima.

      O índio, sorrindo e indolentemente encostado ao tronco seco, não perdia um só desses movimentos, e esperava o inimigo com a calma e serenidade do homem que contempla uma cena agradável: apenas a fixidade do olhar revelava um pensamento de defesa.

      Assim, durante um curto instante, a fera e o selvagem mediram-se mutuamente, com os olhos nos olhos um do outro; depois o tigre agachou-se, e ia formar o salto, quando a cavalgata apareceu na entrada da clareira.

      Então o animal, lançando ao redor um olhar injetado de sangue, eriçou o pêlo, e ficou imóvel no mesmo lugar, hesitando se devia arriscar o ataque.

      O índio, que ao movimento da onça acurvara ligeiramente os joelhos e apertara o forcado, endireitou-se de novo; sem deixar a sua posição, nem tirar os olhos do animal, viu a banda que parara à sua direita.

      Estendeu o braço e fez com a mão um gesto de rei, que rei das florestas ele era, intimando aos cavaleiros que continuassem a sua marcha.

      Como, porém, o italiano, com o arcabuz em face, procurasse fazer a pontaria entre as folhas, o índio bateu com o pé no chão em sinal de impaciência, e exclamou apontando para o tigre, e levando a mão ao peito:

      – É meu!... meu só!

ALENCAR, J. de. O guarani. 20ª ed., São Paulo: Ática, 1996 - com adaptações).

Assinale a alternativa em que estão CORRETAMENTE relacionados autor, obra e escola literária:
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Q1135284 Literatura

TEXTO 4


Já vem a primavera, desfraldando

Pelos ares as roupas perfumadas,

E os rios vão, nas águas jaspeadas,

Os frondíferos troncos retratando;


Vão-se as neves dos montes debruçando

Em tortuosas serpes argentadas;

Pelas veigas, o gado, alcatifadas,

A esmeraldina felpa vai tostando.


Riem-se os céus, revestem-se as campinas;

E a natureza as melindrosas cores

Esmera na pintura das boninas.


Ah! Se assim como brotam novas flores,

Se remoça todo o orbe...das ruínas

Dos zelos renascessem meus amores!


Fonte: ELÍSIO, Filinto. Poesias. Lisboa: Sá da costa, 1941.

Em relação aos diferentes tipos de romances produzidos durante o movimento do Romantismo brasileiro, assinale a alternativa correta. 
Alternativas
Q1135283 Literatura

TEXTO 4


Já vem a primavera, desfraldando

Pelos ares as roupas perfumadas,

E os rios vão, nas águas jaspeadas,

Os frondíferos troncos retratando;


Vão-se as neves dos montes debruçando

Em tortuosas serpes argentadas;

Pelas veigas, o gado, alcatifadas,

A esmeraldina felpa vai tostando.


Riem-se os céus, revestem-se as campinas;

E a natureza as melindrosas cores

Esmera na pintura das boninas.


Ah! Se assim como brotam novas flores,

Se remoça todo o orbe...das ruínas

Dos zelos renascessem meus amores!


Fonte: ELÍSIO, Filinto. Poesias. Lisboa: Sá da costa, 1941.

A preocupação vernaculista apresentada de maneira serena ao retratar aspectos da natureza, revestindo um quadro bucólico tipicamente clássico, conforme se observa no Texto 4, é uma característica da poesia
Alternativas
Q1110426 Literatura
“Do francês avant-garde, a palavra vanguarda significa o que marcha na frente”. Artística ou politicamente, vanguarda são grupos ou correntes que apresentam uma proposta e/ou uma prática inovadora.” (Cereja & Magalhães, 2005: 391). A este respeito, considere as afirmativas a seguir atribuindo valores Verdadeiro (V) ou Falso (F). ( ) No Futurismo, Marinetti lançou um Manifesto cujas propostas eram revolucionárias. Algumas delas são: destruição da sintaxe; abolição dos adjetivos e advérbios; destruição do eu psicologizante. ( ) O Cubismo, embora tenha sido iniciado na pintura com Pablo Picasso, também ocorreu na literatura, e suas características foram a lógica, o humor, anti-intelectualismo, simultaneidade, linguagem predominantemente nominal. ( ) Alguns dos fundamentos do Expressionismo são: a arte não é imitação, mas criação subjetiva, livre; a razão é objeto de descrédito; a arte se desvincula do conceito de belo e feio e torna-se uma forma de contestação. ( ) O movimento dadá (Dadaísmo) pretendeu ser uma resposta à nítida decadência da civilização apresentada pelo conflito da guerra. Disto proveio a irreverência, o deboche, a agressividade e o ilogismo dos textos dadaístas. ( ) No Surrealismo, duas foram as linhas de atuação: as experiências criadoras automáticas e o imaginário extraído do sonho. Nelas, são frequentes o ilogismo, o sonho, a loucura, a hipnose, o humor negro, a livre expressão dos impulsos sexuais, entre outros.
Assinale a alternativa que traga, de cima para baixo, a sequência correta.
Alternativas
Respostas
781: E
782: A
783: C
784: D
785: C
786: C
787: B
788: A
789: B
790: E
791: A
792: C
793: D
794: E
795: A
796: E
797: C
798: D
799: D
800: D